The Name Is Stella Stilinski. escrita por buckyonce


Capítulo 14
XIV - Panic.


Notas iniciais do capítulo

Depois de duas semanas...
HERE I AM!
E aí, prontas para descobrir o que o James é?
Cuidado, ainda há mais surpresas nesse capítulo!
Enjoy!
P.S: Obrigada, fran_silva, pelos coments e pela linda recomendação!



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O pânico tomou conta de mim em seguida. Afinal, eu não estava com uma pessoa qualquer naquele minúsculo porão. James estava comigo e, pra piorar, era um lobisomem. Um lobisomem com olhos extremamente roxos, por Deus! O que tem de errado com os bons e velhos olhos dourados?

Estava tão atento aos meus devaneios que não notei quando ele se aproximou e apenas dei (ou melhor, tentei) dar um passo para trás quando ele decidiu tocar meu rosto. Um grunhido escapou de minha boca, mais pelo desgosto de estar tão perto dele do que pela dor torturante que estava fazendo meus pulsos virarem gelatina. Eu, com certeza, não iria aguentar por muito tempo e ele sabia disso.

–- Stella... – Ele pronunciou meu nome com um leve sotaque inglês e eu revirei os olhos. Ótimo, agora ele é inglês também. Tenho medo de saber o que ele pensa que vai ter de “lanchinho” na hora do chá das cinco. – Tão bela, tão ingênua, tão... – Ele fungou e seus olhos passaram do roxo para o castanho e voltando para o roxo depois. – Deliciosa.

Ingênua? Ingênua?! Quem ele pensa que eu sou, a filha do presidente?!

Tentei perguntar para ele o óbvio “O que você quer, James?” ao mais sarcástico (e meu preferido) “Sério? Sequestro? Cara, isso é tão anos 80...” porém me controlei e apenas gritei, mesmo com a boca enfaixada. Ele sorriu, cinicamente, e desfez o nó do pano que estava do lado de trás da minha cabeça.

–- De nada. – Ele murmurou e eu revirei os olhos.

–- Se quiser que eu te agradeça, que tal me deixar ir em paz e sumir daqui? Aí, quem sabe, se ainda estiver vivo, eu posso pensar em te mandar um agradecimento. Só não prometo ser sincero.

James riu (de verdade, até saiu meio anasalado) e sentou-se em uma cadeira velha e empoeirada que estava em um canto, bem na minha frente.

–- Você não entende, não é? Eu não posso te soltar. Eu não consigo. – Ele sussurrou a última parte e voltou a passar os dedos em meu rosto. – Você é perfeita. Olhos, boca, sorriso, corpo. Sem falar da personalidade. É teimosa, honrada, pode fazer mil e uma mancadas mas nunca dá as costas aos amigos. Eu gosto de garotas assim.

–- Que bom! Sabe onde têm um monte desse tipo? Los Angeles! Então, vamos fazer o seguinte...

–- CALADA! – Ele vociferou e eu me calei, tentando ao máximo não me deixar abater pela tonalidade da voz e os olhos, que conseguiam me dar mais calafrios que os olhos vermelhos de Scott. – Seu único defeito é esse! Você não consegue calar essa maldita boca!

–- Que eu saiba, há meros minutos, minha boca era perfeita.

–- E ela é. – Ele voltou à ficar ao meu lado, seu rosto a milímetros do meu. – Nunca vi lábios tão rosados e tão saborosos quanto os seus. Minha vontade é de beijá-los, aqui e agora. Tirar cada vestígio daquele beta ridículo de sua boca e de seu corpo... – Seus olhos passaram do meu rosto para o meu colo, que estava meio descoberto, graças ao sutiã. Não pude evitar o rubor que passou por mim e vi, pelo canto dos olhos, uma de suas mãos subir, com uma clara intenção, mas ele foi mais sensato e a baixou no mesmo instante. – Mas eu sei me controlar. E controle é o que mais preciso agora.

Assim que ele virou-se, levantei-me e só não o ataquei por conta das amarras em meus pulsos.

–- Onde está Derek? O que você fez com ele?

–- Ah, nada de mais. Andrea?

A porta do porão foi aberta e uma claridade muito forte bateu em meus olhos, fazendo com que eu os fechasse por uns segundos para me acostumar com a luz. Estava um lindo dia lá fora, com muito sol e nuvens, e eu me vi pensando na ironia da situação em relação ao tempo do dia.

Andrea entrou com algo na mão que reconheci na mesma hora. Era a jaqueta de Derek. A mesma com que ele havia ido ao parque de diversões e a mesma com que ele havia ido embora da minha casa, na madrugada de hoje, com medo de que meu pai nos pegasse juntos.

“Eu preciso ir, Stella... Posso ser um lobisomem, mas sei que seu pai tem um estoque de balas com wolfsbane prontas para essa situação.”

Eu devo ter reclamado alguma coisa e ele deve ter revirado os olhos e me dado um beijo, fazendo com que eu me acalmasse e acabasse dormindo sem vê-lo sair pela janela do meu quarto. Um nó se formou em minha garganta ao pegar a peça de roupa que a garota havia jogado aos meus pés e notar as marcas de garras na parte de trás.

–- Onde ele... O que vocês... – Eu não conseguia falar direito. Só de pensar que algo havia acontecido com Derek, meu coração apertava e doía e eu começava a recitar o pequeno mantra que havia feito para mim mesma, a fim de me acalmar.

Ele está bem. Ele está bem. Ele está bem.

–- Andrea fez um ótimo trabalho com ele. Ela é pequena, mas é veloz e Derek não teve muitas chances de revidar os golpes que ela dava. Só foram precisos alguns movimentos, uns socos, uns chutes e algumas mordidas, até ela terminar com a torcida no pescoço. – Ele olhou, com orgulho, para a irmã mais nova e a mesma o respondeu, mudando a cor dos olhos para o roxo e voltando ao castanho. – Clássico e limpo, do jeito que eu pedi a ela.

–- Ele está... está...

–- Morto. – Essa foi a primeira vez que Andrea falou desde a hora que havia chegado. – E eu mesma o matei.

Apertei mais a jaqueta entre meus dedos e o cheiro amadeirado inconfundível encheu o lugar, me fazendo liberar as primeiras lágrimas. Eu não conseguia acreditar. Ele não podia estar...Nem conseguia pensar na palavra.

–- Pobre Stella... Tão triste... – James fez um bico falso e ficou de joelhos na minha frente. – O que você acha de um acordo?

Quando não respondi, ele prosseguiu:

–- Eu posso trazer seu Derek de volta, Stella. Sou um bruxo, afinal de contas. Como percebeu, meus olhos são roxos, representando o meu sangue mais do que especial. Eu e Andrea somos descendentes diretos de uma linhagem considerada inferior, mas que sempre teve um grande potencial. Somos werewitches, metade lobos metade bruxos. E, como todo bom bruxo, eu sei como trazer alguém de volta a vida.

–- O que ganharia em troca?

–- Ora, minha cara Stella, não acredito que não tenha entendido até agora. – Ele segurou em meus cabelos e os puxou, fazendo-me olhar naqueles olhos violeta demoníacos. – Eu só quero você. Apenas e inteiramente você. Desde o instante em que te vi, é você. Sempre foi e sempre será você.

Senti seus lábios roçarem nos meus e controlei o impulso de vomitar, respirando fundo pela boca.

–- Então é isso que faremos: Você se entrega, eu trago Derek do mundo dos mortos e todo mundo sai feliz. O que acha?

Eu sabia que não era nada sensato aceitar a proposta de James. Ele havia acabado de mandar matar Derek e sabe-se lá o que estava planejando fazer comigo. Eu não podia confiar nele. Na verdade, nem deveria. Mas se havia uma chance, por mais remota que fosse, de fazer o homem que eu amo voltar a viver...

–- James, eu acho que já tenho sua resposta.

*

SPECIAL POV

Derek

Abrir os olhos nunca havia sido uma tarefa tão difícil. Quando, enfim, minha visão voltou ao normal, a primeira coisa que vi foi uma silhueta bem na minha frente.

–- O que...

–- Não fale nada. – A voz feminina disse e um copo cheio d’água apareceu na minha frente. – Beba logo. – Ela levou o copo até meus lábios e segurou meu queixo para que eu não me engasgasse. Terminou tudo em três grandes goladas e consegui focar no rosto da garota. – Você...

–- Bem-vindo de volta, Derek Hale. – Andrea falou e deu um pequeno sorriso. – Achei que não iria acordar mais... – Ela levantou-se e voltou à mesa posta não muito longe de onde eu estava. – Ande, já está na hora do café.

Levantei, o que levou certo tempo, e foi aí que notei uma coisa.

–- Onde estão minhas roupas? – Perguntei assim que olhei para meu tórax descoberto. Eu ainda estava de calça, mas também não estava com os sapatos.

–- Eu precisei de provas. – Ela deu de ombros, como se fosse a coisa mais natural do mundo, e sentou-se em uma das cadeiras, enchendo uma taça com pequenos pedaços de fruta.

–- Provas? Para quê precisava de provas? E por quê tinha que ser a minha camisa e o meu sapato?

–- Ah, não se esqueça da jaqueta. Ela foi fundamental.

Dei passos pesados até a mesa e bati minhas duas mãos nela, fazendo com que os utensílios balançassem com o tremor.

–- Ei, isso é porcelana chinesa! Eu não...

–- Me dê explicações! Agora! – Mandei e meus olhos mudaram para o azul. A garota mal arqueou a sobrancelha e largou a colher que estava usando para comer a salada de frutas.

–- Tudo bem, eu digo! Nunca é possível tomar café sem estresse por aqui... – Ela murmurava enquanto levantava-se e caminhava para longe da mesa e aí vi que estávamos em um apartamento. Era grande e espaçoso, como uma suíte de hotel. Havia uma enorme janela ao meu lado e não reconheci a paisagem do lado de fora.

–- Onde estamos?

–- Em algum lugar longe o suficiente de Beacon Hills. – Ela sentou em uma cadeira em uma espécie de “sala de estar”, fazendo depois menção para que eu me sentasse ao seu lado. Apenas dei de ombros e fiquei no mesmo lugar que estava. – Você sabe quem eu sou, Derek Hale? Eu sou Adriana Blair.

No mesmo instante, a ficha caiu e ela deu mais um sorrisinho ao notar minha expressão.

–- Você é uma werewitch. – Falei e ela cruzou as pernas, assentindo. – Eu pensei que elas não existissem mais...

–- E não existem. Nossos irmãos e ancestrais foram massacrados, há milhares de anos atrás, em uma luta bárbara entre caçadores, lobisomens e werewitches.

–- Eu me lembro dessa história. Minha mãe costumava me dizer antes de ir dormir... – Cerrei os punhos quando as lembranças de minha família passaram em minha mente e respirei fundo. – Se é quem diz ser, como ainda está viva? James é um também? Ele é mesmo seu irmão?

–- Uma pergunta de cada vez, jovem beta. Sim, James é meu irmão e sim, ele é um werewitch como eu. Somos os únicos sobreviventes do massacre da nossa família. No dia da luta, nossa mãe nos mandou para um vilarejo próximo ao nosso e nos escondeu junto ao lixo para que pudéssemos estar a salvo. – Andrea (ou Adriana) baixou a cabeça e começou a brincar com os dedos, o que imediatamente me fez pensar em Stella. – Ela já sabia que tudo acabaria em morte. Desde esse dia, somos apenas eu e James.

–- Você tem quantos anos?

–- Acredito que uns... 900 anos. No mínimo.

Olhei para a garota na minha frente. Ela parecia ter 16 anos, não 900. Mais uma vez, Andrea parecia saber o que eu estava pensando, porque descruzou as pernas e levantou-se, dando uma voltinha.

–- Nada mau para uma garota de quase mil anos, não é? Quando completei 18 anos, parei de envelhecer. Foi a mesma coisa com James. Isso é uma condição da nossa espécie. – Ela piscou e pegou uma sacola que estava do lado da cadeira, pegando algo de dentro e jogando na minha direção. – Achei que iria gostar.

Por impulso, peguei o objeto no ar e não acreditei no que vi. Era uma camisola. A mesma camisola que Stella havia usado enquanto preparava o nosso almoço e a mesma com a qual dormiu, depois de termos ido ao parque.

–- Ela está viva, Hale.

–- Onde ela está?

–- Longe daqui. Com James. E correndo grave perigo.

Rosnei e senti as garras passando pelo tecido, o rasgando. Na mesma hora, me controlei e minhas mãos voltaram ao normal.

–- O que está acontecendo? O que quer de mim?

–- Eu quero te ajudar. Acredite em mim. Ouça meu coração quando digo que estou aqui só para lhe ajudar.

–- E por quê quer me ajudar?

Ela suspirou e virou-se, observando algo pela grande janela.

–- Porque eu estou cansada. Eu já tenho quase um milênio de vida e você não faz ideia do que eu vi James fazer nesses anos todos. Quantas mortes, quantas vidas destruídas, quanta dor ele deixou para trás... Eu quero que isso acabe de uma vez por todas. Eu preciso de paz.

Ficamos um tempo em silêncio, que foi quebrado por mim:

–- Eu não posso confiar em você.

–- Então não confie. Eu preciso de uma chance. James precisa pagar por tudo o que fez e eu serei aquela que irá cobrá-lo. Você nem precisa se preocupar comigo, apenas pegue Stella e vá embora. Só me dê uma chance. – Ela estendeu a mão na minha direção e eu olhei para a mesma.

Na mesma hora, pensei em Stella e no que estaria acontecendo com ela nesse instante e em como eu estava imune. Eu não poderia ajudá-la e sabia que precisava de Andrea para isso. Suspirei e apertei sua mão minúscula.

–- Eu não sigo planos.

–- Nem eu. Como acha que consegui trazê-lo pra cá?

Dei um meio-sorriso. Flashes da noite anterior passaram em minha cabeça e ela me lançou uma camisa.

–- Você é bem forte.

–- Anos e anos de prática. – Ela sorriu e deu de ombros. – Precisamos de aliados.

–- Como assim?

–- Gente que saiba lutar e saiba como atacar. Precisamos de lutadores.

–- Eu conheço alguns.

–- Seus amigos?

–- Não. O meu Pack.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Eu amo tanto a Andrea/Adriana agora, mds.
JESUS MARIA E JOSÉ
James malvado-o-o! BUUUU!
Caralho, e a Stella? Mano, o que vai acontecer? O que ele vai fazer? Ela vai dizer sim?!
E essa dupla Derek + Andrea? Vai dar certo ou não?
Hm, sinto cheiro de luta... Pode ser que no próximo capítulo tenha, rsrsrs.
Qualquer coisa >>>>>>>>>>> @sterekeando
Bjos! Amo vocês! =3



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