The Name Is Stella Stilinski. escrita por buckyonce


Capítulo 13
XIII - Silence.


Notas iniciais do capítulo

Okay, vamos as explicações.
Muitos de vocês não entenderam o que realmente houve no capítulo anterior e estou aqui para explicar.
O que eu fiz foi exatamente o que me pediram. Quase exatamente.
Depois da cena de sexo entre Stella - que está sendo dominada pela mente do Stiles - e Derek, os leitores me pediram uma cena de Stiles e Derek. E eu fiz. Com o Stiles ainda dominado pela mente da Stella.
Eu sei que muitos de vocês querem o verdadeiro Stiles com o Derek, mas isso irá demorar mais um pouco, por isso dei uma "palhinha" para que vocês vejam o que está por vir quando eles trocarem de corpo.
Eu sei que ficou muito "gráfico", mas é assim que eu sei escrever.
Adoro vocês e espero que não me abandonem!
Para compensar, fiz um capitulo repleto de fluffy Stella/Derek pra vocês!
Enjoy!



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O silêncio nunca havia sido bom pra mim.

Era algo irritante, na verdade.

Mas ali, com os braços de Derek ao meu redor enquanto relaxávamos e aproveitamos o momento pós-sexo maravilhoso, silêncio era a melhor coisa. Não era irritante, era reconfortante. Eu, finalmente, tinha perdido minha virgindade e foi com o homem que eu amava. Eu não poderia estar mais feliz e realizado comigo mesmo. Apesar de a tal “virgindade” ter sentido metafórico, já que Stellinha tinha deixado de ser virgem há um bom tempo, pelo que Lydia e, surpreendentemente, Scott, me disseram.

Um arrepio percorreu minha espinha assim que senti uma respiração em minha nuca e acabei sorrindo, de olhos fechados, quando senti os lábios do lobisomem beijando o lugar e percorrendo um caminho imaginário pelos meus ombros.

–- No que está pensando? – Ele me perguntou e eu decidi virar para olhar melhor em seus olhos esverdeados.

–- Em como eu gosto de ficar assim, com você. Nunca mais vamos brigar. – Passei uma de minhas mãos em sua bochecha e ele se inclinou, fazendo um calor gostoso se apossar do meu peito.

–- Nunca mais. – Ele concordou e eu sorri, antes de puxar-lhe para um beijo calmo e sem contato de língua, apenas um leve encostar de bocas. Voltei à minha posição anterior e ele continuou com os braços ao redor do meu corpo. De repente, algo veio á minha mente e eu comecei á rir, baixinho.

–- O que foi dessa vez?

–- Nada, eu só... – Ri mais uma vez ao pensar no que iria dizer. – Eu estava pensando em como a Stella está se virando na outra dimensão.

–- Do que está falando?

–- Ah, você sabe. Da Stella. A verdadeira dona desse corpo. – Fiz um gesto com as mãos em direção aos meus seios e ele continuou com a expressão de quem não entendeu nada. – Derek, você sabe que eu sou o Stiles, não sabe?

–- É claro que sei!

–- Então! Eu estava pensando em como a Stella, a minha versão feminina, está se virando no meu corpo de homem. Entendeu agora?

Consegui notar o exato momento em que o estranhamento virou entendimento porque sua expressão relaxou e ele deu de ombros.

–- Por quê está pensando nisso agora?

–- Ah, sei lá. Deve ser porque acabei de ter uma noite maravilhosa e eu aposto que ela está sofrendo muito já que o Derek de onde vim nunca deu chances para mim. – Consegui sentir ele ficar tenso ao meu lado e, na mesma hora, fiquei alarmado. – Derek, qual é o problema?

–- Não, é só que você disse isso e uma coisa me passou pela mente, mas eu não sei se você vai gostar de ouvir ou não.

Virei-me e arqueei minha sobrancelha, fazendo minha melhor cara de “DESEMBUCHA LOGO!”. Ele revirou os olhos e sentou-se na cama, assim como eu.

–- Ok, você e eu... Somos mates, certo?

Assenti e ele continuou.

–- Pois é. Isso é uma coisa que, não importa nossa idade, nossos problemas, nossos sexos, vai continuar. Você sempre será minha e eu sempre serei seu.

–- Olha só, Sourwolf, acho bom chegar logo ao ponto antes que eu me aborreça aqui. E você, definitivamente, não quer me ver aborrecido.

–- É bem provável que o seu eu na outra dimensão seja mate do outro Derek ou seja lá como posso chamá-lo.

Desviei meu olhar do dele e levantei-me, desconcertado.

–- Está querendo dizer que tudo o que passei, achando que ele não ligava pra mim, era mentira? Ele gostava – ou gosta – de mim?

Derek assentiu e eu xinguei.

–- Eu vou matar ele quando voltar!

Percebi que foi a coisa errada a se dizer por que o lobisomem soltou um grunhido que eu mal consegui ouvir e, quando voltei à encará-lo, ele me fitava com tristeza nos olhos. Na mesma hora, me arrependi e voltei pra cama, segurando seu rosto com minhas mãos.

–- Ei, não foi isso que eu quis dizer. Não fica chateado, ok?

Ele assentiu e eu dei um leve selinho em seus lábios antes de levantar – mais uma vez – e começar á procurar algo para vestir.

–- Pra onde vai?

–- Procurar algo pra comer. – Respondi, ainda de costas pra ele, enquanto vestia a calcinha e o sutiã de novo e voltava à procurar a camisa dele na bagunça do quarto. Achei-a perto de minhas botas, por isso tratei logo de vesti-la e calçar-me. – Alguma preferência? – Perguntei e ele me olhou de um jeito engraçado, sorrindo até. – Que foi?

–- Nada, é que eu gosto de te ver assim.

–- Assim como?

–- Feliz. Enquanto usa minha camisa e pergunta se vou querer algo. É uma das imagens mais lindas que já vi.

Baixei a cabeça e comecei a brincar com a barra da camisa, claramente envergonhado.

–- Consegui te deixar quieta? – Ele brincou e eu revirei os olhos. – Eu sou muito bom.

–- Idiota. É que você diz coisas... e essas coisas me deixam bem constrangido. – Murmurei e assustei-me quando senti mãos segurando as minhas, por cima do pano da camisa, e entrelaçando nossos dedos. – Derek... – Comecei, porém ele nem me deixou terminar, já colando nossas bocas em um beijo urgente e muito bom. Ainda com as mãos unidas, ele as levou para as minhas costas e me puxou para mais perto de seu corpo. Não consegui me controlar e soltei minhas mãos, as levando para a sua nuca e puxando o cabelo daquela parte.

Quando nos separamos, ele olhou pra mim fixamente e eu fiz o mesmo.

–- Eu te amo.

Três palavras que conseguiram mudar totalmente meu mundo. Pisquei algumas vezes e sorri, colando nossas testas, mesmo que precisasse ficar na ponta dos pés para isso.

–- Eu também te amo.

Ele me puxou pra mais um beijo, dessa vez calmamente, e começou a tirar a blusa que havia acabado de vestir.

–- Volta pra cama. – Ele sussurrou e eu, de olhos fechados, assenti e me deixei ser levado.

*

Quando “acordamos” pela segunda vez, já era tarde e minha barriga roncava. Decidimos ir almoçar em algum lugar, mas sem antes, passarmos em casa para eu banhar e trocar de roupa. Ao chegarmos lá, meu pai estava na porta e não tinha uma cara muito boa. Olhei para Derek e ele suspirou, resignado, antes de estacionar perto da calçada e sair do carro, junto comigo.

–- Bom dia, xerife.

–- Oi, pai.

Ele ficou calado por um tempinho até que bufou e passou a mão na cabeça, desencostando-se da porta.

–- Eu ainda não sei por que ainda me preocupo... – E saiu, dando espaço para que pudéssemos entrar. – Estou indo trabalhar, talvez assim esqueça a filha problemática que tenho.

–- Ei! – Reclamei e ele nem me deu ouvidos. – O senhor fez lasanha?

–- Fiz. E é melhor que ache ela deliciosa, mocinha! – Ele gritou antes de entrar na viatura e descer a rua.

–- Agora eu sei de onde tirou esse seu jeito de ser... – Derek murmurou e eu parei na porta, com as mãos nos quadris.

–- O que disse? – Ele não me respondeu e eu entrei, jogando meu casaco na cara dele. – Nada de lasanha para o lobo mau.

Parti para a cozinha e ele veio atrás, sentando-se no balcão enquanto eu ia até o forno e tirava a lasanha – com pelo menos três quartos sobrando – e a punha em cima da mesa. Assustei-me quando senti suas mãos em minha cintura, puxando-me de encontro á seu corpo.

–- O que pensa que está fazendo?

–- Apenas te ajudando.

Virei o rosto e meus lábios estavam próximos demais dos dele.

–- Acho que isso é “atrapalhar” e não “ajudar”, segundo o dicionário.

–- A culpa é sua. Quem manda se abaixar desse jeito? – Uma de suas mãos desceu até a minha bunda, apertando uma das metades para dar ênfase. Desferi um tapa em seu ombro e me desvencilhei dele.

–- Eu acho que o problema aqui está em você e não em mim, seu tarado. – Peguei dois pratos do armário e os entreguei a ele. – Vai pondo pra mim e pra você enquanto eu vou me banhar. Deve ter alguma coisa pra beber na geladeira. E nem pense em vir atrás de mim! – Ameacei, pondo um dedo em seu peito, e saindo. Decidi entrar na brincadeira e, quando vi que estava fora do alcance de sua visão, tirei a camisola e atirei em seu rosto. Ele me olhou com um sorrisinho no rosto e eu apenas pisquei, correndo para o banheiro e trancando-o em seguida.

Ainda estava rindo quando entrei debaixo da ducha, mas logo me calei assim que o tempo passou e a água começou a amolecer meu corpo. Sai apenas quando a água quente acabou e fui na ponta dos pés – apesar de saber que ele provavelmente estaria me ouvindo, malditos lobisomens e sua super audição – para o meu quarto trocar de roupa. Quando desci, Derek já havia posto lasanha o suficiente para dois de mim em um prato enquanto comia o dele.

Olhei, triste, para o resto de lasanha que restava e o pus em outro prato, dentro do microondas.

–- Pelo menos, meu pai vai ter algo para jantar. – Murmurei para mim mesmo e voltei para a mesa. – Tá boa?

O lobisomem apenas assentiu, com a boca cheia, e eu soltei um risinho antes de começar a comer. Ele havia conseguido achar um refrigerante na geladeira e, assim que comecei, encheu um copo pra mim. Comemos em silêncio por alguns minutos até que terminei – bem depois dele – e ele levantou, já pegando o meu prato.

–- O que vai fazer?

–- Lavar a louça. Posso comer como um animal, mas sei me comportar.

–- Bom, se vai lavar, eu enxugo então.

Ele apenas deu de ombros e começou a lavar enquanto eu enxugava com o pano de prato. Ficamos fazendo os mesmos movimentos – lava, passa, enxuga, guarda – por um bom tempo até que ele parou e começou a farejar algo.

–- O que foi? – Perguntei e ele franziu as sobrancelhas.

–- Eu estou sentindo cheiro de... algodão-doce.

–- Ah, deve ser o parque de diversões que está tendo aqui perto. – Voltei minha atenção para a louça, mas ele continuou parado. – Derek?

–- Você quer ir?

–- Ir aonde?

–- Ao parque.

–- Está me convidando para ir a um parque de diversões?

–- Não, eu estou te convidando para ter um encontro comigo e que, coincidentemente, vai ser no parque de diversões.

Semicerrei os olhos e larguei o pano de prato na pia.

–- Ok, grandão, pode me dizer qual é o seu plano.

–- Plano? Eu não tenho nenhum plano!

–- Ah, você tem... Eu conheço você e sei quando está mentindo. Anda, fala logo.

Ele bufou e desligou a torneira, tornando a pegar o pano para secar as mãos.

–- É que eu nunca fui à um parque de diversões antes.

Golpe baixo. Extremamente baixo. Como eu iria negar algo assim para alguém como ele?

–- Tudo bem. – Tirei o pano de suas mãos e comecei a empurrá-lo na direção da porta.

–- O que está fazendo? – Ele perguntou e eu nem dei bola, jogando a jaqueta de couro para ele assim que chegou ao lado de fora.

–- Se vamos a um encontro, temos que fazer isso direito. Volte para a sua casa e venha me pegar as oito. E é bom não se atrasar!

–- Sabia que está bem mandona para alguém tão pequena? – Ele falou, com um sorrisinho zombeteiro no rosto, e eu dei língua, como a pessoa extremamente madura que sou, fechando a porta na cara dele e correndo para o meu quarto, a fim de pegar meu celular e ligar para Lydia.

*

Como definir uma aventura com Derek em um parque de diversões em uma palavra?

Maçã do amor.

Não é bem uma palavra, mas deu pra entender.

–- Eu quero uma maçã do amor, Derek. – Grunhi enquanto esperávamos na fila para a montanha russa, o único brinquedo que havíamos concordado – juntos, vejam o progresso – em ir.

–- Você não gosta de maçã. – Ele pontuou e fiz minha melhor expressão de ofendido.

–- Mas eu quero!

Ele revirou os olhos e eu apelei, juntando as mãos e fazendo beicinho.

–- Você é irritante. – Ele disse antes de sair da fila.

–- E você me ama por isso! – Falei antes que ele não pudesse mais escutar. Sorri e dei mais um passo na fila. Uma mão tocou meu ombro e dei de cara com ninguém menos que James, com uma garota um pouco mais nova que ele. – James! Oi!

Eu.

Estou.

Ferrada.

–- Stella! – Ele sorriu e me puxou para um abraço, ao qual fiquei com medo de retribuir. – Não sabia que vinha para cá. Poderia ter te dado uma carona ou algo assim... Ah, essa é minha meia-irmã, Andrea.

Dei um aceno na direção da garota e ela também acenou de volta.

–- Hã, James, é que... – Estava tentando falar e estava gesticulando demais para o meu gosto, até que senti uma mão na minha cintura enquanto outra estava em frente ao meu rosto, segurando uma maçã do amor.

–- Desculpe a demora, a fila estava grande... – Derek deu uma mordida na maçã e sorriu, na direção do James. – E você seria...

James ficou olhando de mim para Derek e eu queria ser um avestruz para pôr minha cabeça na terra, nesse momento.

–- James, eu sou... amigo da Stella.

–- Derek. Namorado dela. – E lá vai mais um sorriso perfeito sendo desperdiçado.

–- Me desculpem, mas eu... Andrea tem que ir cedo pra escola amanhã e eu... A gente se vê depois, Stella.

Nem consegui me despedir pois James, literalmente, correu segurando Andrea pelo pulso.

–- O que foi aquilo?

–- Isso foi eu tentando te proteger. Esse cara não é normal, Stella, ele não é humano.

–- Como assim? James é tão normal quanto eu. A gente se conheceu há algumas semanas quando a gente...

–- Quando terminamos. É, eu sei.

Peguei a maçã da mão dele e demos mais uns passos na fila.

–- Andou me espionando? Mesmo depois do rompimento? – Perguntei, incrédulo, e Derek nem me respondeu. – Mas que mer...

–- Próximo! – A moça do ingresso chamou e logo entramos.

*

(Doze horas depois)

Amordaçado, preso e seminu. Essa era a minha situação.

Minha visão estava meio embaçada, mas eu sabia que estava em alguma casa. Talvez em um porão, porque as vozes vinham de cima. O suor caía, excessivamente, em meu rosto e meus pulsos já doíam de tanto eu fazer força para me soltar. Gritar era totalmente inútil e, pra piorar, eu estava apenas de sutiã e shorts.

A porta rangeu e eu parei, prestando atenção no barulho da escada e na minha própria respiração entrecortada. Quando a pessoa entrou no meu campo de visão, eu quase engasguei com minha própria saliva, porque ali, na minha frente, estava James e ele tinha um sorriso cínico no rosto.

–- Olá, Stella. – Ele falou e, quando abriu os olhos, eu quase gritei.

Porque James não tinha olhos castanhos. Ele tinha olhos roxos. E presas. E garras. James era um lobisomem.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Espero que sim!
Fiz com todo carinho e dedicação do mundo!
Eu pensei na Andrea como a Maia Mitchell e, antes que perguntem, sim. Ela também será um lobisomem.
Próximo capítulo tem mais ação e James mostrando as garras! Entenderam? Mostrando as garras? Affs, que sem-graças ¬¬'
Então é isso. Tchau!
Amo vocês! :3



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