Your Selection - Fanfic Interativa escrita por Soo Na Rae


Capítulo 60
O Fim da Inglaterra


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/593724/chapter/60

Capítulo 59

O Fim da Inglaterra

“Espírito de mentira na boca do conselheiro, ruína do reino e do reino” – L. dos Reis

Abney Park – The End of Days

O helicóptero se deslocava lentamente pelos céus, em comparação a sua urgência. Os olhos percorriam todo o campo, os bosques e os arredores de Londres. O motorista da águia de ferro disse algo aos socorristas, que prepararam as cordas e fixaram os olhos a leste. Adam fez o mesmo. Era loucura ir buscar as selecionadas, principalmente por ser o monarca e por ser tão jovem, sem qualquer herdeiro. Mas tinha de fazer aquilo. Não queria confiar a vida delas, de suas garotas nas mãos de homens que poderiam muito bem não querer procurar direito. Sabia que o covento ficava escondido entre as árvores, porém era fácil vê-lo em certo ângulo. Foi então que viu, o grupo no centro do campo, todas correndo em direção a aeronave, gesticulando e gritando.

– Elas nos viram. – comentou um homem ao seu lado, porém Adam não acreditava nele.

– Elas não nos viram. Estavam nos esperando. Desesperadas. – mordeu os lábios. Por que tanto desespero? Olhou em direção ao convento, e só então percebeu que ele estava a quase um quilômetro de distância. Ardendo em chamas. Pessoas corriam para fora a todo instante, meio-vivas, outras jaziam carbonizadas, negras, enquanto o fogo se espalhava pela relva. O peito se apertou e de repente compreendeu que elas não sobreviveriam mais um dia caso não tivessem vindo.

Agradeceu mentalmente ao Imperador Chinês pela grande ajuda que lhe dera e pela Rainha Francesa, que lhe concedera o helicóptero. Respirou fundo, chegou no momento certo, graças a Deus. As cordas foram abaixadas e uma a uma as garotas se amarravam e eram erguidas. Porém o número superava vinte e o helicóptero não suportaria mais de quinze pessoas, contanto com os dois pilotos, os três socorristas e ele. Aquilo só significava uma coisa. Teria de escolher quem ia e quem ficava.

Adam sempre soube que uma hora sua função de rei teria de colocar vidas em jogo, ma jamais imaginou que se sentiria assim: tão convicto e insensível. Sempre se viu em uma posição desfavorável, amedrontado, temendo pelo pior que poderia acontecer com os outros. Mas não era essa a questão agora. Isso não queria dizer muita coisa, pois ele não se importava com o bem dos demais, apenas com Dominique. Olhou para as garotas que haviam acabado de subir a bordo, todas apavoradas, com os rostos manchados de lágrimas e hematomas. Mas nenhuma era ela. Olhou para baixo. Por um instante o pânico se apoderou do corpo de Adam, fazendo-o se curvar cada vez mais porta afora, até que foi pego pela camisa por um dos socorristas e por fim a viu, olhando para cima, não para ele, mas para as outras duas meninas que eram levantadas.

– Peguem ela. – disse, apontando para Dominique. – A menina loira. Peguem ela.

– Senhor, será difícil convencer as outras garotas que já estão lutando pelos próximos lugares na aeronave...

– Faça o que eu ordenei! – às vezes um rei deve mostrar sua autoridade com a própria autoridade. O homem concordou com um meneio, amarrou-se em uma das amarras e desceu, correu até onde Dominique estava, ignorando as demais garotas. Prendeu-a e juntos começaram a subir. Adam sentiu alívio.

O número de pessoas no helicóptero superava os dez, apenas mais cinco garotas poderiam ser resgatadas. Algumas freiras observavam o resgate, boquiabertas. Pobres mulheres de Deus, que nada fizeram de errado neste mundo, mas que pagarão. Elas já estão fadadas a morte, pois Adam veio buscar suas selecionadas, não elas. A cada vida que ele deixava para trás, mais peso sentia contra seu coração, manchando-o de negro. Era um rei tão ruim. Um rei sem, reino, sem coroa e sem Rainha. Um rei de nada. E quando voltasse? E quando a Inglaterra morresse? Passaria a ser um Rei Mendigo, vivendo em cortes que não lhe pertencem. Ou poderia travar uma guerra e conquistar algum território da frança e da China. Poderia se casar com alguma filha da rainha francesa, talvez a mais velha, que tinha apenas três anos de diferença. Mas mesmo isso lhe parecia inútil. Adam não queria ser um rei pedinte, também não queria abandonar seu povo. Queria poder salvar a todos, e no fim não se importaria de tirar a coroa, desde que todos ficassem bem. O sentimento voltou imediatamente depois que Dominique já estava dentro do helicóptero. Não esperou que lhe retirassem os cintos e fivelas, envolveu-a em um abraço apertado e insensível, diante da porta do helicóptero.

Está tudo bem. Está tudo muito bem. Sentiu o cheiro de poeira e cinzas nos cabelos dela e notou que metade de seu pescoço, ombro e orelha estavam queimados. Fiapos e tufos se cabelo dourado enegrecidos escapavam por todos os lados. Havia manchas de sangue por toda a roupa e os olhos ostentavam olheiras profundas. Mas ela estava viva. Não sorriu, não gemeu. Apenas se deixou ser abraçada, enquanto os socorristas e desamarravam e voltavam ao objetivo de buscar mais sortudas para embarcar. Adam soltou o pescoço de Dominique e olhou dentro de seus olhos. Aquele azul tão profundo e gentil não brilhava mais. Ela estava imóvel.

Então um leve clique ocorreu em sua mente.

– Altura. Você não gosta... – ele disse e soube que havia cometido um erro terrível ao pedir helicópteros. – Tudo bem. Eu também não gosto, lembra? Mas estou aqui. Venci meu medo. – tocou-lhe o rosto, entretanto Dominique não reagiu ao toque. Havia fragilidade em sua alma, ela se envergava, diminuía. Parecia uma criança amedrontada, quase morta, ou talvez apenas apagada. Teve a esperança de ver sua Dominique, a de sempre, gentil, polida e muito amável. Todavia encontrou uma pobre alma abatida, que encontrara a morte duas vezes e sobrevivera nas duas.

Sentou-se em alguns bancos no fundo da aeronave, onde não havia janelas. Notou como as demais selecionadas também estavam aterrorizadas, trêmulas. Nenhuma sorria ou celebrava o resgate. Encolhiam-se em seus cantos, balançavam-se freneticamente e encaravam um ponto fixo a frente, perdidas em seu próprio mundo. Dominique foi conduzida até os bancos, sentou-se ao lado de algumas garotas. Apenas olhá-la assim, tão fora de si, já lhe causava dor extrema. Demorou demais. Ele havia se atrasado e Dominique se machucou por isso. Ela pagou por isso. Por um instante quase culpou a Rainha Francesa e o Imperador Chinês, porém não era isso que deveria fazer. A culpa fora sua, de qualquer modo. Teria de se desculpar com todas que conseguisse salvar, teria de se desculpar com todas que deixasse para trás. Teria de pedir perdão a Inglaterra, por ser um rei tão idiota. Adam suspirou, deixando-se arriar no banco. Alguns socorristas começaram a tratar dos ferimentos das meninas, costurando suas mãos, limpando seus rostos e vestindo-as com roupas limpas e inteiras. Uma das meninas tinha um grande corte que ia na testa até o queixo, outra segurava firmemente a própria mão, imóvel e meio-decepada. O que houve para causar tanto caos no convento? O que deixou tudo assim? Não podia ser apenas o fogo, um incêndio não cortava mãos, não riscava rostos daquele jeito. Foi a mesma pergunta que os socorristas fizeram às machucadas e elas responderam com olhares vazios, cabeças pendentes e choro.

– Estão em transição. – comentou um dos especialistas. – É comum, ataques pós-traumáticos costumam deixar as pessoas fora de si, perdidas no mundo. Às vezes agressivas e facilmente irritáveis.

Adam tinha consciência de que Dominique já havia passado por um tratamento pós-traumático, quando o avião em que estava com o pai e o irmão caiu, porém não soube se isso a tornaria mais forte ou mais fraca para vencer aquele segundo trauma. Talvez enlouquecesse de vez, ou então conseguisse superar muito mais rápido. Torcia para que fosse a segunda opção, pois ainda queria sua doce e adorável Nique.

º º º

Corte Espanhola

– O Bloqueio foi feito com sucesso, Senhor. – informou o Mestre das Colunas. Ele ostentava um semblante vitorioso, quase orgulhoso, enquanto explicava ao Monarca que havia conseguido cumprir a ordem de bloquear as frotas inglesas de aportar nas praias espanholas, desde Norte até Sul, fechou completamente a Península, impedindo também que os imigrantes africanos alcançassem a terra firme, afundou navios, cruzeiros e pequenos barcos, pescadores, comerciantes, embarcações cheias de munição e carros de guerra. Qualquer veículo que indicasse ser inglês ou americano. O Bloqueio Continental entre a Eurásia e o resto dos continentes foi findado com grande maestria, tornando impossível chegar a África, Américas ou a própria Oceania, que dava vestígios de ter a Praga se enraizando nas cidades litorâneas.

– A Inglaterra ruirá logo, e o rei será desconstituído de seu cargo. Poderemos avançar sobre a França e reunificar nosso território, expandi-lo. A Rainha recebeu recentemente o pedido de casamento de um irmão segundo na linha de sucessão ao trono do Imperador Chinês. Minhas fontes dizem que a China planeja tomar a França para ela, o que significa que devemos manobrar logo o casamento real. – informou o Mestre dos Olheiros.

A cabeça do Rei pendeu um pouco, enquanto ele pensava. A Rainha não era má escolha, bonita, ainda jovem. Poderia gerar um filho forte para ele e principalmente: lhe dar a França. Só era preciso segurá-la mais um pouco e matar seus dois filhos perdidos... Mas mesmo encontrá-los parecia impossível. As crianças, impressionantemente, haviam conseguido escapar da armadilha do trem, porém não poderia ter ido longe. Os melhores olheiros de Sir Edígio estavam procurando por eles, e as notícias que recebiam eram promissoras. Pessoas de vilarejos litorâneos afirmavam ter visto três criaturas ruivas com um grupo de garotas.

– A União nos deve hoje mais de dois milhões de euros, incluindo a dívida da Guerra. Os príncipes estão viajando em direção a nós, querem ser coroados em nossa corte. Herdaram o território e a dívida de seu pai. – O Mestre Estrategista estalou a língua, ruidosamente. – Ninguém desconfia do incidente dos fornos. Todos aceitam que o monarca morreu em uma tragédia. Como sua mulher.

O rei espanhol abriu um sorriso pequeno, satisfeito.

– E o Japão...

– Ocupado demais procurando seu herdeiro. – Sir Alexandro sorriu, junto com seu rei. – Totalmente fora de jogada. Angelo Romanov já tomou toda a costa leste da União e agora corre atrás dos príncipes, com a esperança de matá-los antes que cheguem até nós, e acho muito possível, afinal ele tem um exército em seu auxílio e o príncipes apenas cavalos, e não são cavalos de corrida. – piscou, divertido. – Mais boas novas russas: um navio que supostamente ajudou os príncipes a partir do Japão até a União foi afundado por nossas tropas em auxílio das tropas submarinas americanas. Seus tripulantes eram poucos, porém bem armados e alimentados. Serão vendidos para os Arauto.

– Não me importo com prisioneiros de guerra – o rei movimentou a mão. – A China continua sendo uma pedra em meu sapato, mas logo cairá, assim como a Inglaterra e a França. Um a um meus oponentes caem e ninguém vê o que mais se fortalece: a Península. Detemos da corte francesa e inglesa. O ex-rei inglês é meu grande amigo e aceitou desistir de seu trono por minha influência. Porém seu filho parece ter um pouco mais de juízo, porém menos de sensatez. Aceitou um trono abandonado e perdido. Condenado.

– Senhor, tenho novas notícias sobre a América! – O Mestre de Relações Internacionais disse, rapidamente, movimentando-se até a ponta da mesa e apontando para a televisão na parede, para que todos vissem o gráfico. – Os reis nos enviaram uma estatística de infectados e dos avanços com o antídoto da Praga.

– Encontraram? – o rei saltou na cadeira. – Encontraram a cura?

– Quase! Até agora a solução vem dando bons resultados. Porém não é certo. – ele se encolheu – Como previmos, Vossa Graça, investir nas pesquisas americanas resultou em gloriosos avanços que poderão salvar a todos na Terra.

– Poderá salvar-me! – O rei retrucou, apertando a gravata. – E a todos nesta corte. E depois me incriminaram por roubar do dinheiro russo e francês. Ridículos, isso sim! Pois eu salvei a todos! Que o resto do mundo exploda!

A sala permaneceu em silêncio, o rei voltou a se sentar, suspirando.

– Voltemos aos relatórios. Mestre do Comércio?

º º º

A Rainha Francesa

Passou as mãos pelos cabelos ruivos de Mirella, penteando-os com cuidado. A menina sorria, enquanto falava sobre sua cavalgada com Guilherme e Gustavo, o príncipe e seu primo. Ela havia se aproximado muito de ambos. Após tantos dias na Península, era óbvio que suas garotas teriam de se enturmar. Olesya se recusou a sair do quarto em quatro dias inteiros de luto, sem comer muito mais que algumas frutas. Quando finalmente permitiu que alguém entrasse em seu quarto, estava suja e magricela. Quase não parecia uma princesa. E Cecília... Ah, Cecília foi a que mais sentiu a morte de seu pai. Chorou por uma noite e um dia, rasgou seu vestido e gritou com todos que tentavam acalmá-la. A menina sumiu por dois dias, antes de ser encontrada dentro de um armário em um quarto de hóspedes no final do décimo quinto corredor mais longo do castelo espanhol. Louise queria ter lágrimas para chorar por seus pequenos Francis, Johanna e Louis, porém não havia mais o que pudesse sair. Desperdiçou tudo com seu querido. Seu esposo. Ainda lhe doía o peito observar a cama de casal, o lugar vazio ao seu lado. Nunca mais ele estaria lá para lhe fazer rir, lhe fazer se irritar e se enfurecer. Era o único com o talento de fazer tudo isso, sem diminuir seu afeto e seu amor.

– Senhora, uma carta do senhor Joaquim. – disse um criado, entregando-lhe o envelope.

Ah, Joaquim... Um homem tão duro e inflexível, diferentemente do irmão. Mas era um bom rei, conseguiu arrumar a França, a controlaria com mão de ferro, até que tudo se amenizasse. Louise ainda não compreendia o motivo dos camponeses desejarem a morte de um rei tão bom quanto o seu esposo, mas quem é que entendia os motivos dos homens para matar e destruir?

Muitas vezes, não era preciso motivos.

Abriu a carta com cuidado.

Querida Cunhada,

Já faz uma semana que venho tratando das feridas da França, isto é, da parte que meu irmão tentou cuidar mas não conseguiu. Me dói o coração pensar que ele não cumpriu seu propósito como rei, todavia pagou o preço por seus erros. É preciso ouvir a voz do povo, para saber onde lhe dói mais as chibatadas, antes de montá-lo. Meu filho tem a mesma idade do seu e cresceu entre o conselho e minhas operações políticas. Em muitos aspectos, me parece um jovem muito mais preparado para cuidar do reino que seu marido e meu irmão deixou. Príncipe Louis pode ter um bom coração e ser um menino alegre, porém não é disso que o povo precisa, o povo precisa de um líder competente e que saiba dizer não. Por isso, como Rei Regente, caso o seu filho primogênito não seja encontrado, o darei como morto, junto de seu pequeno caçula. Meus filhos estão a salvo e possuem qualidades mentais suficientes para o comando de um reino. Pelo bem da França e do mundo, espero que compreenda as minhas decisões e as aprove.

Vida longa a rainha.

Joaquim I, Rei Regente da França.

Suspirou. Já era a terceira carta que recebia sobre o assunto. Joaquim queria passar o trono para seus filhos, queria se tornar o rei definitivo da França. Talvez estivesse certo em muitos pontos, mas não sobre Louis. Louise sabia que seu filho era o rei que a França merecia. Como podia abrir mão de seu primogênito para assinar um documento onde o colocava como morto e passava a França para as mãos de um garoto que não conhecia? Vira René somente algumas vezes. Uma criança um pouco introvertida e durona, quando Louis o irritava não se importava em fazê-lo chorar, apenas para não ser mais irritado. Se fosse mesmo um filho de Joaquim, então teria o mesmo temperamento frio e insensível. Não era disso que a França precisava, não de uma mão de ferro, não de uma ditadura. Joaquim seria morto pelos revoltosos antes que conseguisse se dar conta. A França gritava por liberdade, e a única coisa que ele fazia era tampar os ouvidos, ao contrário do que havia dito que faria.

Um rei que se contradiz não é um rei honrado. Um hipócrita não pode ser um líder.

º º º

Príncipe Louis

Colocou a mochila sobre as costas, ajudando Catarina a montar no cavalo. Tinham conseguido comprar apenas dois cavalos no último vilarejo em que se instalaram. Assim, dividiam-se nas montarias. Johanna e Francis usavam um apenas para eles, já que eram crianças e muito provavelmente ficariam para trás com facilidade. Madame implorara por ser a primeira a montar, porém teve de descer duas horas depois, para que ele montasse. Agora era a vez de Catarina, que passava as pernas dolorosamente sobre o dorso do animal. Ela parecia realmente indisposta. Seus músculos do corpo todo doíam e ela gemia a cada esforço físico.

Caminhavam há quatro horas sem pausas, mas os pés reclamavam do esforço e enfim sinalizou que parariam. As meninas tiraram pedaços de pão de suas mochilas, trocaram algumas garrafas de água e conversaram sobre assuntos banais, que não tivesse qualquer relação entre voltar para a corte francesa que estava a mais de sessenta quilômetros de distância ou a condição precária em que sobreviviam a viagem.

Louis lançou um olhar longo para a floresta que os cercava e distinguiu uma luz flamejante entre os arbustos. Levantou-se de um salto e começou a avançar em direção a luz. Após alguns passos, encontrou a fonte: uma fogueira. Quatro homens vestidos de caçador riam e conversavam sobre a caçada, espanhol fluente, algo que ele achou estranho, mas não estavam tão longe da Península, por isso não se intimidou. Arrumou o cabelo, ajeitou a camisa e saiu de trás da árvore.

– Boa tarde, senhores – disse, em espanhol. – Sou Louis, príncipe da França. Estou em viagem para meu castelo, poderiam me dizer se estamos longe de Viela?

Eles se entreolharam, atônitos, um deles, o maior, levantou-se e se aproximou, com a arma em punho. Observou Louis e sorriu, virando-se para os companheiros.

– É mesmo o príncipe, rapazes! – disse, em um espanhol muito melhor que o de Louis. – Sorte a nossa! – abriu os braços e voltou para junto de seus companheiros. – Talvez consigamos pegar as garotas ainda na floresta, e o outro garoto.

– Não antes de eu conseguir a recompensa. – o segundo riu, alcançando o revolver. Louis não conseguia captar muito bem as palavras deles, pois tinham um facilidade invejável em unir as palavras em uma só. – Lembram-se do que Edígio disse: o matador leva a filha mais velha!

– Por que eu iria querer uma garotinha de quinze anos? – o terceiro deu de ombros – Ele também nos prometeu dinheiro. Muito, muito dinheiro. Senhores... Está na hora de conseguirmos nosso dinheiro.

Louis piscou, atônito. Só então notou o modo como eles engatilhavam suas armas e como o primeiro o olhava, sádico. Por fim, reparou que o quarto e até então silencioso homem, ergueu o punho, girou o dedo e disparou. A bala atravessou a pele e se alojou em seu pulmão. Tudo negro, frio e tão, tão sufocante. O céu caiu sobre sua cabeça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! *-* Fanfic na reta final :3 Quem será o vitorioso nessa guerra? Será que a humanidade se destruirá ou se salvará da Praga? Veja isso e outras respostas nos próximos capítulos de Your Selection.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Your Selection - Fanfic Interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.