Your Selection - Fanfic Interativa escrita por Soo Na Rae


Capítulo 22
Cosette Étienne Villeneuve


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Capítulo 21

Cosette

“Amor – pólvora que se acaba com a primeira explosão” – José América

Tom Odell – Hold Me

Encarou fixamente o quadro negro a sua frente. As palavras escritas tinham riscos por todos os lados, e mesmo assim significavam quase um milhão de outras coisas. “Casa” era o mesmo que “Não”, “Amor” era o mesmo que “Coração”, que também poderia ser escrito de mais três modos. Cosette estava começando a odiar as aulas de japonês. Os dialetos eram impossíveis! Quase quinhentos, e ela teria de aprender todos! Respirou fundo, enquanto sentia os pés de Marina batendo contra sua cadeira. A menina usava fones de ouvidos, batucando os lápis no caderno no compasso da melodia. Madame havia desistido dela após os primeiros dois dias de aulas. Já fazia um dia e meio que não viam Isao em lugar algum. O príncipe realmente fugiu delas. E o Imperador estava em todos os cantos, supervisionando as aulas, conversando com algumas. Mas visivelmente ignorando ela e Marina, que haviam defendido Isao durante a reunião. Sempre que se lembrava disso, Cosette sentia raiva. Deveria ter ido embora aquela noite, ao invés de ficar. Isaac era um idiota e sempre seria, tratando-a mal e sendo grosseiro.

– Estão dispensadas para se arrumarem. O jantar será em trinta minutos – disse Madame, apagando as palavras no quadro negro. As trinta e cinco meninas se levantaram, enquanto, em silêncio, curvavam-se para Madame e agradeciam pela aula. Marina a cutucou com o lápis.

– Quero ir ao seu quarto hoje. – ela disse e então levantou os braços, espreguiçando-se.

– Meu quarto? – às vezes Cosette não sabia o que se passava pela cabeça da espanhola, mas aprendeu a não questionar. Marina parecia muito à vontade com toda a situação, na verdade ela estava mais do que à vontade, estava desleixadamente pouco se lixando para a Seleção. Não participava das aulas, não se curvava, não olhava para Madame ou para o Imperador e às vezes fugia das aulas. – Por que meu quarto?

– Tudo bem, venha ao meu quarto – ela piscou. – Preciso falar com você. Em particular.

– Ah, certo – concordou, e Marina virou-se, indo embora. “Mas quando?”, seria esta noite. Mas em que momento? Antes ou depois do jantar? Suspirou, guardando os livros e voltando para seu quarto, onde as criadas já arrumavam o banho para ela. Asumi a ajudou a se despir e Hikari a colocou dentro da banheira. Yano se preparou para pintar suas unhas. As criadas estavam mais quietas agora que o príncipe havia ido embora. Todos no palácio pareciam mais quietos, quase satisfeitos. Quando perguntou porquê, Asumi lhe deu um sorriso de lado.

– Ele era um problema.

Cosette não soube se ficava com pena de Isaac ou se concordava. Quando, enfim, já estava pronta para o jantar, encarou a porta e decidiu que iria falar com Marina naquela hora, para acabar com todo o suspense. Atravessou o corredor até o quarto da menina, bateu duas vezes, antes que uma das criadas dela abrisse a porta.

– Senhorita Cosette? A Senhorita Marina espera. – disse, educada, curvou-se e deixou-a sozinha no quarto com Marina. A espanhola estava sentada na cama, pernas cruzadas, enquanto uma toalha envolvia seus cabelos. Ela usava uma roupa um pouco não convencional: bermudas camufladas, uma camiseta justa e meias, tênis e quando amarrou o cabelo com uma bandana vermelha, Cosette teve certeza de que encontrara a versão feminina de Isao.

– O-o que você queria? – perguntou, enquanto deslizava pelo quarto, sentindo-se de repente insegura. Marina era uma das garotas que ficavam por perto, mas não era sua amiga ainda. Marina a observou, enquanto estalava uma bola de chiclete.

– Você é mesmo assim tão energética? – ela perguntou, enquanto tirava um pirulito do bolso da bermuda. – Quer?

– Obrigada. – sussurrou, enquanto recebia o presente. Marina sorriu, passando por ela e envolvendo-a em um abraço gentil. Aproximou a boca de sua orelha e Cosette sentiu o cheiro de morango.

Então você é a cachorrinha dele?

– O-o quê? – empurrou-a, enquanto recuava em direção a porta. Marina soltou uma gargalhada.

– Calma, não irei te atacar, menininha. – ela suspirou, abrindo a janela. – Você tem coragem?

– Coragem?

– Para escalar o castelo. – Marina jogou as pernas para fora da janela e de repente estava sentada no parapeito. Cosette sentiu-se congelada. Ela poderia cair, poderia se machucar. Correu até Marina e segurou-a. – O que foi, ovelhinha? Você tem medo?

– Vai cair!

– Eu nunca caio. – Marina piscou e então a puxou para fora da janela. Por um segundo Cosette esteve pendurada apenas pela mão dela, até conseguir tocar os pés no que parecia um duto de ar. – Ande atrás de mim e não irá cair. Eu prometo – Marina sorriu.

– Para onde vamos? – questionou, começando a aceitar aquele rapto.

– Ele me mandou te buscar. Parece que não agüenta mais.

“Ele”.


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Notas finais do capítulo

E então o trio começa a ganhar formas! :3



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