Your Selection - Fanfic Interativa escrita por Soo Na Rae


Capítulo 12
Cosette Étienne Villeneuve


Notas iniciais do capítulo

Estou chorando... De verdade... Chorando... Boa leitura.



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Capítulo 11

Cosette

“Esta vida é um punhal com dois gumes fatais: não amar é sofrer; amar é sofrer mais” – Menotti Del Picchia

Artic Monkeys – Do I Wanna Know

Já anoitecera quando ela finalmente guardou a última parte das roupas. Iria embora dali, no momento em que pudesse. Afinal o príncipe disse que poderia sair, certo? Quando quisesse, aliás. Não queria saber se ele era herdeiro do Japão ou um garotinho mimado. Iria embora. As criadas tentaram convencê-la a ficar, mas ninguém tiraria isso de sua mente. Cosette viu quem ele era. Viu a pessoa egocêntrica e ridícula que ele era. Não suportaria mais humilhação. Esperava um príncipe, não aquilo.

“Não existe perfeição”, é claro que não existia perfeição. Mas qualquer coisa era mais perfeito que ele. Sentou sobre a cama, sentindo pela última vez a maciez das cobertas. Era tudo muito bonito. Foi tratada como uma princesa pelas criadas, elas eram tão gentis e a ensinaram várias tradições japonesas, entretanto nada valia agora. Porém havia algo... Apenas um detalhe naquele garoto que mudava tudo. Praticamente todas as meninas haviam concordado em ir embora, somente Marina e mais algumas não abandonaram o príncipe. E agora, já pronta para partir... Será que valia a pena arriscar tudo por esse detalhe? Isaac era tão... Solitário. Respirou fundo. Mas tinha que pensar racionalmente. Era sua vida que estava em jogo. Quem sabe o que aquele garoto poderia fazer? Ele era louco!

Mesmo assim... Ainda não conhecia o lado dele da história. E isso a incomodava. O que o fez assim? O que o tornou alguém tão misterioso? Tão terrivelmente melancólico e desleixado?

Tinha certeza que ele era o mesmo tipo de homem com quem tantas vezes se deparara. Homens que não se importavam se você dissesse “não”, eles insistiriam até conseguir, com ou sem força. Odiava homens assim, que não se importavam com a mulher. Que tratavam mulheres como animais inferiores. Ela detestava isso. E Isaac era esse tipo de homem.

Respirou fundo novamente, levantou-se e avançou com a mala na mão. Era hora de partir. Deixou uma carta de despedidas para suas criadas e agradeceu por serem tão gentis, embora duvidasse que elas soubessem ler francês. As escadas eram quase intermináveis, principalmente para levar a mala. Notou que alguns guardas ajudavam as participantes que iam embora e chamou um deles, que ajudou-a de bom grado. Se Isaac fosse assim, talvez ficasse. Mas ele não era como os guardas. Ele era “o príncipe”. Continuou arrastando suas roupas até a porta e esperou que algumas das selecionadas saíssem antes de sair também. Todas seguiam o mesmo caminho, indo em direção ao carro estacionado no final do jardim. Ergueu a cabeça, observando o castelo. Ela tinha até a manhã do outro dia para ir embora. Queria ver mais daquele castelo, era verdade. Queria saber como ele era por trás, queria descobrir se realmente tinha um farol perto do mar, como as criadas contaram.

Com cuidado, contornou a casa. Pensou em deixar a mala em algum lugar, porém não sabia se alguém poderia roubá-la e tudo o que tinha da França e da sua vida estavam dentro daquela mala. Não podia simplesmente deixá-la em qualquer lugar. Então continuou arrastando-a pela trilha de pedra, até estar atrás do castelo, realmente cansada. A mansão era larga demais, e atrás dela, uma outra casa se erguia, menor, entretanto com todas as luzes apagadas. Parecia uma casa de bonecas. Uma placa dizia “Forte do Príncipe Isao/Não entre”, como se ela quisesse ver o rosto dele. Passou pela casa, seguindo a trilha e viu ao longe o brilho do oceano. Era tão inspirador estar em uma ilha, cercada de água. O Japão sempre pareceu mágico. Flutuando no oceano, uma terra pequena e cheia de cultura... Isso sempre a impressionou. E quando soube que viria para o Japão, pensou que seus sonhos se tornariam realidade. Mas o príncipe estragou tudo. Ele estragou todos os sonhos que tinha e possivelmente um romance.

Agora adentrava um bosque. Sabia que não deveria estar indo tão longe, mas algo a chamava. O farol, lá longe, iluminando o oceano. A chamava. Parecia quase morto, branco e cinzento. Depressivo. Avançou. A mala era o único ruído além do farfalhar das folhas e os animais noturnos. Mais de uma vez viu um vaga-lume piscando ao longe, ou ouviu o som de corujas voando de galho em galho. Engoliu em seco e prosseguiu. Voltar não era uma opção.

Diante do farol, ele era muito mais majestoso do que esperara e por mais que estivesse abandonado, ainda tinha aquele ar de Velho Mundo. Ele sobreviveu a guerra e agora era mais velho que ela. Abriu a porta com facilidade, pintada de vermelho e descascando em todos os locais. Ela gemeu, mas cedeu com um empurrão. As tabuas de madeira rangiam e as escadas pareciam prestes a cair. Em caracol, subiu. Interminável. Principalmente levando a mala junto. Ainda se perguntava porquê não deixava tudo para trás, não valia a pena subir até lá em cima apenas para ver o oceano. Poderia fazer isso na França, eles tinham uma península própria, aliás, onde poderia ir passar as férias com a mãe. Mas... Ainda queria ir lá em cima.

Teias de aranha se enrolaram em sua cabeça, mas ela se livrou facilmente. Escutou o guincho das escadas e dos ratos. O lugar cheirava a mofo. Um trovão ecoou e uma luz se lançou na parede. Encarou por alguns segundos e então buscou o celular em um dos bolsos da calça. Iluminou o local onde antes vira algo estranho. Estremeceu. Linhas, letras. Palavras inteiras.

“Andava com mania de suicídio e com crises de depressão aguda; não suportava ajuntamentos perto de mim e, acima de tudo, não tolerava entrar em fila comprida pra esperar seja lá o que fosse. E é nisso que toda a sociedade está se transformando: em longas filas à espera de alguma coisa. Tentei me matar com gás e não consegui. Mas tinha outro problema. Levantar da cama. Sempre tive ódio disso. Vivia afirmando: "as duas maiores invenções da humanidade foram a cama e a bomba atômica; não saindo da primeira, a gente se salva, e, soltando a segunda, se acaba com tudo". Acharam que estava louco. Brincadeira de criança, é só disso que essa gente entende: brincadeira de criança - passam da placenta pro túmulo sem nem se abalar com este horror que é a vida.”

Subiu mais um lance de escadas antes de encontrar mais uma parte do texto.

“Sim, eu odiava ter que me levantar da cama de manhã. Significava que a vida ia recomeçar e depois que se passa a noite inteira dormindo cria-se uma espécie de intimidade especial que fica muito mais difícil de abrir mão. Sempre fui solitário. Você vai me desculpar, creio que não regulo bem da cabeça, mas a verdade é que, se não fosse por uma que outra trepadinha legal, não me faria a mínima diferença se todas as pessoas do mundo morressem. É, eu sei que isso não é uma atitude simpática. Mas ficaria todo refestelado aqui dentro do meu caracol. Afinal de contas, foram essas pessoas que me tornaram infeliz.”

Seria um filme de terror? Ela entrou dentro de algum conto de Edgar Allan Poe? Não soube porquê, mas continuou subindo. Pé ante pé, as mãos erguidas, protegendo o corpo de algum modo. No alto, as janelas deixavam o vento entrar, frio e tempestuoso. O cheiro da chuva vinha junto. Os chiados das escadas começavam a se tornar mais altos em sua cabeça, ecoando. O peito acelerado, a escuridão. A qualquer instante, morreria de medo. Mas continuava.

O farol não teria fim? Subia e subia, mas nunca alcançava seu topo. Quando estava prestes a parar, notou que uma luz distante surgia. Era a luz do próprio farol. Isso serviu como combustível, subindo as escadas correndo. Então o pé passou pelo vão das escadas tão rápido que pensou que despencaria metros e metros para uma morte dolorosa, mas era só um vão pequeno. Respirou fundo e se levantou, continuando a subir. O pé doía, mas persistiu, até encontrar a luz novamente, forte, agora, queimando os olhos. Passou por ela e encontrou uma porta aberta que dava de encontro com um local de observação, a plataforma rodeava o farol. Do lado de fora, escuridão e estrelas, uma noite bela. Estava frio, sim, mas o vento era gostoso e o cheiro de chuva ainda mais forte. Logo choveria torrencialmente.

Observou o castelo, agora vendo-o com completo. Era realmente grande, mas o mundo era ainda maior. Sorriu. O mundo era tão grande... E metade dele estava destruída por causa das pessoas. Triste, muito triste...

Andou mais um pouco pela plataforma, admirando o bosque por onde havia passado e agora conseguindo ver o mar. As ondas quebrando contra colunas de rocha, forte, graciosas. Cheias de vitalidade. Assim como Marina. Fez bem em chamar a garota de Mar, ela tinha a mesma energia. Suspirou, sua visita valeu a pena. Nunca encontraria um lugar tão belo. Estava prestes a voltar para dentro quando sua mala prendeu uma das rodas em um fio do farol. Suspirou, agora te irritação, enquanto tentava livrar-se do fio, em vão. A única escapatória seria seguir o fio e tirá-lo de onde quer que fosse para poder livrar a mala. Seguiu-o, até adentro do farol novamente, para uma parte que não tinha visto ainda. Dava de frente para o oceano, a umidade era agradável e a luz do farol contornava a silhueta de alguém. De um homem. Parou, mortificada. O sangue gelou. Tinha de ir embora, tinha de ir embora agora.

Mas algo estava errado. O homem encarava o oceano por uma abertura. Seus braços estavam abertos e ele se segurava nas bordas do farol. Parecia prestes a... Pular.

Soltou a maldita mala e correu, enquanto os pés se atrapalhavam nas sandálias e agarrava quem quer que fosse pelas costas, jogando-se para o lado, para longe daquele suicídio. Sentiu a dor no pescoço instantaneamente quando bateu-o no chão. Ainda abraçava a pessoa, e ela estava imóvel. Temeu que já estivesse morta, quando finalmente se acabou e sentiu sua respiração. Era uma respiração agitada, de quem estava com a adrenalina no sangue. Soltou-o lentamente e encarou a porta em direção ao oceano. Voltou então a olhar para quem estava deitado sobre suas pernas e encarou o rosto, um tanto boquiaberta, um tanto apavorada.

– Até em me matar em sou um desastre? – ele exclamou, colocando as mãos no rosto. – Pare de me olhar assim. Como se estivesse impressionada.

Você ia se matar! – foi a única coisa em que conseguiu pensar, enquanto encolhia-se, trêmula. Ele ia se matar, ia matar... Respirou fundo, ainda estava gelada. – Você não pode fazer isso.

O rapaz se sentou.

– E por quê não?

– Porque... O Japão precisa de você. – respondeu, mas sabia que isso não convenceria príncipe Isao. Ele apenas sorriu.

– O Japão precisa do meu pai, não de mim. – quando suspirou, foi mais tristeza do que irritação. – Ele estava certo. Eu não sirvo para nada, inclusive para me matar. Graças a você. – e então a cutucou de leve no ombro.

O cutucão não a incomodou, entretanto, sentiu-se mais quente quando ele o fez. O silêncio caiu, mas era disso que precisavam. Príncipe Isao parecia tão perdido em si mesmo que ela não queria saber o que rondava a mente dele. Quando ele finalmente voltou a olhar para ela, Cosette notou que estava roendo as unhas.

– Então... Aquele poema nas paredes...

– Charles Bukowski. – ele respondeu, sorrindo. – Pelo menos uma coisa eu gosto: poesia. Agora que já sabe o que eu gosto, o que você gosta? Evitar pessoas de acabarem com todo o sofrimento de suas vidas?

– Se matar não é uma escolha para acabar com todo o sofrimento. É um caminho que só covardes seguem.

– Então eu devo ser muito covarde para pular de um farol.

– Você é louco.

Ele ponderou e por fim sorriu.

– Talvez eu seja. Então é por isso que vai embora? Porque sou louco?

– E-eu não vou embora – de repente sentiu vergonha.

– E de quem é essa mala? – ele apontou para a mala do outro lado do farol. Bingo, ele havia pegado-a.

– De uma amiga.

– E você trouxe a mala até aqui para...?

Ela abraçou os joelhos.

– Certo, eu ia embora.

Isaac sorriu, triste.

– Eu sei. – lançou um olhar furtivo para o oceano. – É bonito, não? Como ele é violento e ao mesmo tempo gracioso. Parece dançar sobre minas terrestres.

Ela admirou um pouco o oceano e concordou com ele, embora preferisse pensar que o oceano era energético e não violento. Isaac permaneceu em silêncio. Parecia outra pessoa. Pensativo, dentro de seus devaneios. Não aquele rapaz que havia chamado as selecionadas de “cachorrinhas”, ou lutado contra Marina como se ela fosse um boneco de palha. Ele parecia doente, solitário, triste... Fraco. Parecia terrivelmente fraco. Quando seus olhos encontraram os dela, Cosette soube que não queria ir embora. Que não podia ir embora. Porque as suspeitas que tivera sobre Isaac eram verdadeiras: ele tinha algo dentro de si, guardado a sete chaves, que o machucava tão profundamente que era capaz de desistir da própria vida. Não sabia se sentia pena dele, ou se o amava por ser tão humano. “Humano”.

– Você é sincera, menina?

– Eu tento ser, e meu nome é Cosette.

– Cosette – ele repetiu – O meu é Isao. Muito prazer. – estendeu a mão, e ela a encarou algum tempo antes de apertá-la. – Muito bem, Cosette, você pode me ajudar a entender algumas coisas?

– Claro, eu acho.

– Ótimo – ele se arrumou, sentando mais inclinado. – Quantas garotas foram embora?

– Eu não sei ao certo...

– Me dê um número mínimo de garotas.

– Vinte. – notou o modo como ele se encolheu. Talvez odiando a si mesmo, ou talvez apenas decepcionado.

– Esperava que todas fossem embora – ele admitiu – Mas no fundo, queria que ficassem. – e então seus olhos se ergueram. – É confuso, não? Eu faço tantas coisas que odeio, e depois espero tantas coisas que odeio mais ainda. Parece eu mesmo tento me machucar. Acho que sou masoquista...

Ela não pôde deixar de rir.

– Você parece um pouco maluco, sim. – e ele sorriu também, mas sem encará-la. – Então, você quer falar sobre isso?

– Sobre o quê? – o príncipe de repente ficou sério, rígido. Não deveria ter tocado nesse assunto.

– Sobre o que o levou a vir até aqui, no meio da noite, para apreciar a vista.

Ele sorriu e então a olhou. Parecia um anjo, e ao mesmo tempo um louco em busca de sua sanidade.

– Por que eu deveria me abrir com você?

– Eu salvei sua vida. – lembrou e Isaac ergueu as sobrancelhas.

– Tem razão. – e então se acomodou – Porque eu notei que, para mim, é só uma questão de tempo para que esteja morto. Entende? – ele de repente se inclinou e pegou suas mãos. Não gentilmente, mas quase de forma suplicante. – Estão me matando. Matando minha mente, minha sanidade. A cada dia eu a perco. Minha mãe envenena minha alma, enquanto meu pai me joga no inferno sempre que me vê. – então soltou-a, recuando e abraçando-se. – Me sinto uma criança. Sinto vontade de gritar e chorar, de quebrar tudo. E... Vontade de ir embora. Abandonar eles, deixar tudo para trás. Simplesmente esquecer quem eu sou, esquecer tudo.

Não disse nada. Ele parecia tão menor, tão terrivelmente menor. Poderia envolve-lo facilmente, como uma mãe faria. Mas Cosette agora duvidava que alguém um dia já tinha feito aquilo com Isaac. Visivelmente, ele odiava os pais. E odiava a si mesmo acima de tudo.

– A morte é uma faca de dois gumes – aproximou-se dele, sabendo que estava abaixando a guarda. – O primeiro lado machuca você. E o segundo lado machuca que te ama.

Ele não se abriu, continuou enterrado nos próprios braços, com a cabeça escondida entre os joelhos. O silêncio era mortal, e Cosette sentiu que nenhuma das suas tentativas de acalmá-lo funcionariam. Por que o mundo tinha de ser tão difícil para alguns? Isaac sofreu tanto, tanto tempo em silêncio, ele parecia tão esquecido por si mesmo, como se tivesse se fechado para o próprio ser. Como se ignorasse quem era. Ergueu a mão e tocou seu cotovelo, mas ele se afastou, erguendo a cabeça. Ela viu o brilho das lágrimas.

– Ninguém sofreria com a minha morte – ele se arrastou para longe dela, enquanto voltava a se abraçar.

– Eu sofreria – disse, agora decidida. Ajoelhou-se de frente para ele e colocou ambas as mãos em seus joelhos. Isso fez Isaac estremecer. – Porque eu conheço você. Porque me importo com você.

Você não me conhece! – ele gritou, agarrando seus pulsos tão rápido que não teve tempo para recuar. – Você não sabe nada sobre mim! Você não pode se importar com uma pessoa que acabou de conhecer! Não pode se importar comigo, se uma hora atrás estava indo embora. Para sempre. – então começou a soluçar e as mãos ao redor de seus pulsos fraquejaram, soltando-a. Cosette notou que não apenas ele chorava, mas a sua alma também chorava. Ele inteiro chorava.

– Tem razão, eu não te conheço. – admitiu. Passando um braço pelos ombros de Isaac e o outro pelo seu pescoço. – Mas sei o suficiente para querer te ajudar.

– Vocês mulheres subestimam demais os homens – ele riu, fraco. – Eu poderia te agarrar agora mesmo, sabia?

– Você faria isso?

Ele demorou, e por fim apoiou a cabeça contra seu peito.

– Não. Não faria – suspirou – Você pode me abraçar por mais algum tempo?

– O quanto você precisar.

Ele riu.

– Mais ou menos dezoito anos. Para compensar todo o tempo que estive aqui em cima, e você não veio me salvar.


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Notas finais do capítulo

Cosette: http://cdn26.us1.fansshare.com/photo/amandaseyfried/amanda-seyfried-full-hd-wallpaper-996761870.jpg
#Cossaac #Isette
Que bom que todas odeiam o Isaac, assim eu posso ser a Cosette dele e abraçá-lo no farol *-----*
Eu digo e ninguém acredita: sou a pessoa que mais se conecta com os personagens!
Beijos da Meell Sensível.