O Sangue do Olimpo - a "continuação do fim" escrita por ImperadorSagamante500


Capítulo 3
Lxi


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês... como eu disse, dessa vez do nosso querido bad boy latino Leo Valdez! Aproveitem!



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LXI

LEO

Festus estava em cacos. Depois de levar uma bola de Onagro em chamas na cara, voar com um Leo semi-morto nas costas até uma ilha mítica que ninguém encontrou duas vezes e voar para fora dela sem nem um descanso, Calipso ainda fez o favor de levar toneladas de bagagem com eles, como se quisesse compactar toda a ilha de Ogígia naquelas malas. Também não ajudou o fato de que a localização de Ogígia no "mundo real" seja estrategicamente perto da Europa. Era óbvio que Leo não conseguiu convencer Calipso a não fazer compras em Paris, o que aumentou o peso das malas. Mas Festus não se importou com mais esse esforço. Leo tinha que admitir: Aquele dragão é sua melhor invenção. Aquele dragão era o seu melhor amigo.

Mas até que Paris trouxe boas notícias. Enquanto Calipso fazia suas compras ( com um dinheiro que ele não fazia idéia de onde ela tirava ), Leo deu um jeito de esconder Festus dos mortais para que ele descansasse o mínimo possível, então ele conseguiu descobrir quanto tempo ficou em Ogígia. Parece que a "magia maluca do tempo" naquela ilha continuava funcionando. Pois quando acordou da batalha contra Gaia já estava lá, e no simples instante que reencontrou Calipso e eles levantaram vôo, no mundo real passaram-se dois dias desde a batalha.

Leo não queria interromper sua namorada, Calipso estava realmente feliz por descobrir o mundo fora da ilha, ainda mais uma cidade tão bonita e romântica quanto Paris. Mas eles tinham que se apressar e voar à Nova York, seus amigos precisavam saber que ele estava vivo e bem. Calipso foi bem compreensiva e não se opôs. Mais um dos milhares de motivos para Leo amá-la cada dia mais, ele lhe deu um beijo antes de subirem em Festus e prometeu a ela que depois a levaria onde ela quisesse.

Festus ficou parado e descansando por mais ou menos duas horas. Leo sabia que esse breve descanso não seria o suficiente para que carregasse suas energias para cruzar o Atlântico. Calipso se ofereceu para pagar passagens de avião, mas eles não tinham alternativa. Se eles pegassem o avião, Festus seguiria o rastro deles, não conseguia abandoná-los. E muito menos Leo conseguia deixá-lo sozinho em Paris. Festus pediu a Zeus, pelo seu amigo Jason, que ele mandasse ventos favoráveis que ajudassem a empurrar o pobre dragão pela imensidão de mar azul que os esperava.

Zeus pareceu ouvi-lo. Durante toda a viagem não passaram por nenhuma tempestade e nenhuma corrente de vento oposta. Eles levantaram vôo de Paris no final da manhã, mas só chegaram à ilha de Manhattan no final da tarde. Ao ver a proximidade que estava de casa, Festus estava realmente se entregando à exaustão, perdendo altitude, mas continuava se esforçando além do limite para alcançar o estreito de Long Island. Calipso se encantou com a metrópole que aos poucos acendia suas luzes esperando a chegada da noite, e disse que depois iria conhecê-la também.

Festus despencou do céu quando chegou à Long Island. Ele estava tão exausto que suas engrenagens começavam a soltar peças. Ele posou como uma pedra em cima de várias árvores da floresta que cercava o Acampamento Meio-Sangue. Os campistas ficaram assustados com o barulho, e apareceram para averiguar os estragos que o dragão fez na floresta já com armas em punho. Alguns deles ameaçaram atacar, mas Quíron os conteve.

– Esperem! Eu conheço esse dragão...

Leo ajudou Calipso a sair de baixo do dragão, ela foi buscar suas bagagens ( se é que elas sobreviveram ) enquanto Leo subiu nas costas de Festus para que a grande roda de campistas estarrecidos pudesse o ver.

– Nossa, não fui morto por uma bola de fogo pra agora ser atacado pelos meus próprios colegas? Por isso que vocês são tachados de problemáticos.

– LEO! - gritou Jason, que estava logo atrás de Quíron. Ele e Piper saíram correndo atrás dele. Jason o agarrou e o deu um abraço que parecia ser do próprio Hércules de tão forte. - Senti tanto a sua falta, cara. Fiquei tão preocupado com você! Onde esteve?

– Bem, eu... - Ele ia começar a contar toda a história de Ogígia e Calipso quando Piper deu um tapa na cara dele. - Ai! Pra quê isso, rainha da beleza?

– Isso foi por você não ter me contado seus planos, ter se sacrificado daquela maneira estúpida e ter me deixado tão preocupada com você por dois dias!

– Tá, já saquei. Eu mereço... - Piper então o agarrou com um abraço tão forte quanto o de Jason. Ela agarrou as mãos nas costas de sua camisa, como se ainda não acreditasse que ele estava ali, e começou a chorar em seu ombro.

– Eu senti tanto a sua falta. - ela pôs as mãos em suas bochechas - Você não sabe o quanto que eu fiquei triste com a possibilidade de viver sem as suas piadinhas sem graça. Sem o seu bom-humor de todo dia. Sem sentir o cheirinho de fuligem do meu bad boy latino preferido. - Ela o abraçou de novo. - Nós te amamos muito, Leo.

– Faço as palavras de Piper também minhas, Leo. - disse Jason - Você é meu melhor amigo, sabe disso.

– Valeu, gente. - agora Jason o abraçava também. - Também amo muito vocês.

– LEO! - Percy e Annabeth gritaram seu nome em uníssono e subiram o vale correndo. Eles se jogaram em cima de Leo para o abraçar enquanto Jason e Piper ainda faziam o mesmo, fazendo os quatro caírem em cima de Leo como um bando de crianças. Eles riram do próprio mico. Percy e Annabeth falaram quase as mesmas coisas, exceto pela parte que Nico e Hazel não conseguiram detectá-lo.

– Então vocês passaram esses dois dias sem saber se eu estava vivo ou morto? - perguntou Leo.

– Sim. - disse Annabeth. - E isso nos preocupou ainda mais.

– Hazel e Frank ainda estão aqui?

– Não, foram para Nova Roma ontem à noite. - disse Jason. - Frank vai se tornar Pretor ao lado de Reyna. Vou mandar uma mensagem de Íris para avisá-los que você apareceu e que está conosco e muito bem.

– Puxa, que legal! Fico feliz por ele. Mas eu ainda não entendo como Nico e Hazel não conseguiram sentir se eu estava vivo ou morto. Tipo, os filhos de Hades não conseguem sentir a morte de qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo?

– Não na ilha de Ogígia, Leo. - Os cinco estavam sentados na grama e se levantaram em um salto ao ver Calipso na frente deles. - Olá, semideuses. Acredito que sejam amigos do Leo, certo.

– Sim, amor. - Leo foi até o lado dela e fez as apresentações apontando um a um. - Calipso, estes são Piper, filha de Afrodite; Jason, filho de Zeus; Annabeth, filha de Atena; e Percy, filho de Poseidon, que você já conhece.

– Sim, conheço Percy Jackson. - Percy parecia que ia ficar mais vermelho que um dos morangos dos Campos. Calipso caminhou até Annabeth. - Você deve ser a namorada dele, suponho?

– Sim. - disse Annabeth , meio nervosa.

– Bom, eu cuidei de Percy quando ele caiu em minha ilha depois de ser explodido do Monte Santa Helena. E, bem, você é filha de Atena, sabe de minhas histórias... - Não precisava ser mais específica do que isso, Annabeth já entendeu o que aconteceu naquela ilha. Calipso respirou fundo. - Enfim, eu quero que saiba que o passado é passado. Estou com Leo agora e quero que saiba que fico feliz por Percy ter encontrado alguém que claramente o completa e o faz feliz, além de ser muito bonita.

– Obrigada, Calipso. - Annabeth sorriu.

– É bom te rever também, Percy. Você ficou ainda mais bonito também.

– Hã... Valeu!

– Bem, Calipso - disse Quíron - você é muito bem vinda aqui. Mas como o seu pai não possui chalé no Acampamento, você pode se hospedar na Casa Grande se quiser...

– Obrigado, Quíron, mas não vai ser necessário. Conhece meu modo de vida, sabe que eu ficarei mais feliz encontrando uma caverna onde eu possa transformar em um abrigo aconchegante. Vai me lembrar um pouco Ogígia.

– Tudo bem então. Pode seguir em frente para o Norte nesta mesma trilha, dentro da floresta, perto dos rochedos deve ter alguma caverna espaçosa cm certeza. - Quíron se virou para a multidão de campistas. - Que tal fazermos um banquete especial pela volta do nosso amigo Leo, hein? - Todos os campistas gritaram de alegria. O chalé de Hefesto se agrupou para carregar Leo e Calipso em seus ombros enquanto desciam o vale.

A noite foi maravilhosa, Leo pediu aos filhos de Apolo que tocassem alguma música romântica de estilo latino, e ele e Calipso a dançaram com o fogo da lareira crepitando às suas coisas. A linda cena teve direito até a um beijo no final da música, que despertou muitos gritos e palmas da multidão de campistas. Leo pode ter morrido a poucos dias, mas ele nunca se sentiu tão vivo.


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Notas finais do capítulo

Enfim... Parece que acabou, mas não acabou, tem muuuito mais... Vou ficar uns dias sem postar, Carnaval né, cês sabem... Mas não vou demorar muito, prometo. Abraços!



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