Perdida em Crepúsculo escrita por Andy Sousa


Capítulo 39
Em ruínas.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Trailer

Especial: Edward PDV - Parte 2

"Não durmo faz uma semana,
Minha cama tornou-se meu caixão.
Não posso respirar, nem mesmo falar,
Minha cabeça é como uma bomba-relógio.
Leve meu coração e minha alma,
Eu não preciso mais deles,
Pois aquela que amo
Está me destruindo, me deixando de joelhos,
Me afogando em meus sonhos
E me deixando para baixo.
Vazio, sem nada,
Um buraco está queimando dentro de mim.
Leve minha fé e meu orgulho,
Não preciso mais deles.
Um jardim de escuridão é onde estou jogado
Então leve minha vida,
Eu não preciso mais dela."

The One I Love – The Rasmus

~*~

Conseguira trazer Liese para dentro e ao ver o grande sorriso no rosto de minha mãe ela relaxou, Esme se sentira muito culpada pela forma pouco educada com que Rosalie a tratara mais cedo e ter uma segunda chance de causar boa impressão realmente a animou.

Com exceção de Charles e minha irmã todos lidavam muito bem com a presença de uma humana, mesmo Peter e Charlotte haviam deixado as conveniências de lado e se portavam muito bem.

Durante algum tempo conversamos e só quando Alice perguntou algo a Aneliese que ela não respondeu vi quão alheia estava ao assunto.

– Me desculpe – pediu embaraçada.

– Em que estava pensando? – Ficou claro que minha tentativa de soar casual falhara, seus olhos inteligentes captaram de imediato que eu estava irrequieto.

– Está preocupada com algo.

Chicoteei o olhar na direção de meu irmão.

“Está amedrontada. Não parece muito à vontade com a presença dos visitantes e imagino que se trate de uma reação perfeitamente cabível. Ela jamais lhe contaria, mas está muito amedrontada.”

Minha mãe lhe perguntou se havia algo de errado e ela negou, eu ainda ouvia o que Jasper dizia.

“Talvez fosse recomendado tirá-la daqui, este estilo de vida é difícil para ela aceitar. É natural, ela quase foi vítima dele.”

– Por favor, não fale de mim como se eu não estivesse aqui. Eu disse que estou bem. – Tentou confidenciar aquilo somente a mim, porém claramente não foi segredo. Todavia fez-me sentir encabulado por tê-la deixado sem jeito, eu soava indelicado, mas era extremamente árduo ignorar que ela podia estar passando por algum problema, era complicado aceitar que a causa de sua inquietação sempre parecia vir de mim ou de algo relacionado à minha ‘vida’. Eu quis apenas garantir que ela ficaria bem.

Todos tinham seus próprios pensamentos sobre o que se passava, nem todos eram favoráveis, entretanto apenas Emmett verbalizou seu aborrecimento, era algo que eu admirava em meu irmão, ele era franco, não escondia o que achava, antes isto do que a falsidade. Desta vez, porém eu o ignorei.

Voltei-me para Liese e a perguntei se queria que eu a levasse para casa, ela me encarou estarrecida e seus olhos faiscaram em direção aos visitantes, notei que soou um pouco rude de minha parte, mas era de sua segurança que eu tratava, tinha de ser imparcial, eu me desculparia com eles mais tarde.

Liese ficou calada por um longo minuto, novamente tive certeza que seria capaz de dar toda minha fortuna em troca de um pensamento seu, era frustrante ter de descobrir as coisas pelo modo tradicional.

– Não. Eu quero ficar – discordou por fim, mas colocou a mão de leve sobre a minha fazendo-me um breve carinho.

Charlotte questionou Jasper sobre o que estava havendo e o tom amistoso da conversa logo se perdeu quando Charles se intrometeu deixando clara sua aversão por minha parceira. Eu prometera a Esme que me comportaria e também por Aneliese não quis fazer uma cena, mas a vontade de me levantar e lançá-lo metros longe através da parede de vidro ainda era intensa.

Sua acusação dividiu ainda mais as águas, fez com que cada um no círculo tornasse a analisar o que achava da presença de alguém tão diferente. Eu não me importei com as críticas, de fato já estava acostumado a elas e para mim parecia uma questão óbvia: sua opinião sobre a garota ao meu lado era irrelevante, justamente por isso, ela era minha garota. Cabia somente a mim o conceito que havia de ser levado em conta.

Claro que Alice não perdeu tempo em deixar clara sua afeição pela amiga, de certo modo fiquei agradecido por sua coragem em defendê-la. Por outro lado infelizmente não podia dizer o mesmo de Rosalie, ela a atacava outra vez, mesmo a conversa que havíamos tido há alguns dias, quando lhe pedira para ser mais razoável, não surtira efeito.

Não soube dizer em que momento o bate-papo avançou para uma discussão e suspirei exausto, arrisquei um olhar para Aneliese e me surpreendi ao vê-la de olhos fechados, respirando calmamente enquanto tentava se manter alheia ao que se desenrolava ao seu redor. Achei muito maduro de sua parte manter a compostura em meio aos ataques, admirei-a por sua obstinação.

Eu a amava, não havia dúvidas e só o que queria era estar junto dela.

Quando tornou a abrir os olhos nossos rostos estavam nivelados, cumplicidade rapidamente se formou. Havia muito sendo dito através daquele azul profundo: ‘queria que fosse fácil’, ‘odeio vê-los brigando’, ‘sinto muito’, aquilo se tornara fácil de interpretar porque eu passara muitos dias me esforçando em compreendê-la e agora havia casos em que o fazia sem enigmas.

Por último pude notar que Liese estava aflita, com certeza se perguntando se não seria tudo mais fácil se nos afastássemos.

– Nunca – lhe disse seguramente, procurando fazê-lo de forma discreta, pois aquilo apenas dizia respeito a nós dois.

Ela vagarosamente abriu um sorriso e com cuidado se aproximou, encostando-se a minha forma pétrea e se encaixando perfeitamente a ela. Surpreendi-me que ela não se incomodasse com o frio, com a firmeza rude, quase podia afirmar que parecia sentir-se bem estando aqui. No que dizia respeito a mim, poderia ficar assim para sempre, o batimento suave de seu coração, o cheiro doce de seus cabelos, sua respiração... Era o que eu necessitava para seguir em frente e eu a quis tanto agora como antes.

Eu a quis para sempre.

Quando a discussão passou a ser sem sentido alguns intervieram e com a voz da razão calaram os demais, quase como se fosse um pedido de desculpas a Aneliese começaram a lhe contar sobre como havia sido sua vida enquanto ainda eram humanos e ela escutou com muita atenção. Conhecendo-a do modo como conhecia duvidava que fosse chegar a guardar rancores, certamente logo esqueceria o ocorrido, mas não significava que não tivesse ficado chateada.

Charlotte compartilhou conosco o difícil passado de sua família e esta era uma história que apenas Jasper e Alice conheciam, todos os outros mantiveram silêncio. Enquanto a ouvia falar inevitavelmente fui transportado para meu próprio passado, eu me lembrava dele, no entanto eram lembranças vagas. Eu tivera uma boa vida, talvez houvesse encontrado a plena felicidade caso dispusesse de mais tempo para procurá-la.

Aneliese me olhou e sorriu percebendo que eu estava distante, puxei-a para perto e fechei os olhos aspirando o perfume de seus cabelos. Eu encontrara a felicidade de um modo diferente, tinha muita sorte por isto.

O desfeche do conto de Charlotte não fora feliz e nenhum de nós claramente esperava por isto, o final sempre era sombrio e obscuro: o término da vida, o início de uma sina indesejada. Eu deliberadamente não costumava pensar muito nesta parte.

– Ela sofreu tanto quanto vocês – Liese refletiu para si mesma, a voz quase um sussurro.

Obviamente todos no cômodo ouviram o que ela disse e à menção de tais palavras imediatamente ficaram atentos, Rosalie sentada a alguns metros prendeu a respiração. Liese levantou o rosto e pareceu surpresa e constrangida ao perceber que estava sendo observada.

– O que foi?

– O que você disse? – Alice indagou e seus pensamentos eram incoerentes enquanto ela revia um milhão de cenas em sua cabeça.

Sem parecer temer ou talvez sem ter notado que a atmosfera havia ficado pesada ela respondeu calmamente:

– Acho que esta moça, Charlotte sofreu tanto quanto o restante de vocês. Não foi uma jornada fácil.

Como? De que ela estava falando, afinal?

Um jorro de pensamentos invadiu minha cabeça quando todos os outros tiveram suas próprias reflexões sobre o tema e havia muito mais que medo, havia julgamento, censura e até mesmo ódio. Alguns olharam para mim esperando que lhes desse uma resposta, mas eu não tinha.

Charles questionou se havíamos dito a algo a Aneliese, algo sobre nossa vida passada e a negativa foi geral. Inclusive minha. Eu não lhe dissera nada, como ela poderia saber?

O ‘não’ que Alice verbalizou pareceu ter surtido o maior efeito, Aneliese a fitou por um segundo e se encolheu em seu lugar, parecia que não esperava uma reação assim vinda da outra.

Eu não conseguia desviar meu olhar de sua pequena silhueta ao meu lado, procurava por algo que jamais encontraria, não havia forma de lê-la, não havia forma de desvendar o que escondia por trás de seu rosto que demonstrava apenas confusão.

Nada de medo.

Nada de temor.

Ela se sentia perfeitamente confortável em meio ao amontoado de criaturas nocivas, criaturas que agora a observavam com olhos semicerrados e postura defensiva. Liese não temia e era como se ela já tivesse estado em situações assim antes, como se realmente soubesse tudo sobre nós, como se nos conhecesse há tempos!

Quando Jasper fez a pergunta óbvia, me indagando se eu havia revelado algo a ela eu lhe respondi com insegurança, também queria saber de que se tratava aquilo e notando que não conseguiria nada dialogando comigo, transferiu sua atenção para Aneliese e lhe perguntou o que tanto ela sabia. Pude ouvi-la distintamente engolindo em seco e senti seu corpo se retesando enquanto fitava meu irmão. O olhar sábio de Jasper não a deixou à vontade. Mas por quê? Será que temia ao menos a ele? Jasper era excepcional em combate, o mais ágil de nós, talvez o mais letal em uma briga e de alguma forma Aneliese o observava como se soubesse de suas capacidades.

Demorou muito até que ela lhe deu uma resposta.

– Sei bastante.

Bastante? Quanto? Como? Não fui o único a refletir.

“Como ela pode saber? Não pode ser verdade, deve estar blefando, é uma mentirosa, seria perfeitamente capaz de inventar uma história assim para nos alarmar. Nunca gostei dessa garota.” Rosalie.

“Edward deve ter lhe dito algo, não é possível. Nenhum humano conhece nosso passado! Não existe nem a mais remota possibilidade de descobrir, é um segredo guardado a sete chaves, um grande segredo. Mas se ela descobriu o primeiro, teria tanta dificuldade em desvendar o segundo? Não é possível. Liese deve estar se confundindo, não é possível.” Alice.

“Cara isto é alguma coisa. Meu irmão está caidinho pela garota, deve ter dito tudo o que ela quis saber e agora está com medo de admitir. É bom mesmo, quando a verdade vier à tona vou dar uma surra nele!” Emmett.

“Aneliese deve estar equivocada, ela é uma ótima garota, educada, gentil e faz meu filho feliz, como pode estar falando a sério? Isto representaria que tudo o que conhecemos sobre ela é equivocado?” Esme.

“Não. É um engano. Não há como ela saber, a não ser... Não, devo estar me precipitando.”

Carlisle teve uma consideração notavelmente preocupante ao se lembrar de antigos amigos que agora representavam uma ameaça letal e sua suspeita não se mostrou ao todo absurda, uma vez que os pensamentos de Jasper foram similares aos seus.

“Isto é perigoso. Como Edward não percebeu a ameaça que ela representa? Esta sua atitude fria e calma é alarmante, sempre achei que ela se demonstrava segura demais perto de nós, suas emoções são contidas, quase agradáveis, ela se sente bem estando onde está. Em uma humana não deveria haver mais temor que este? Mas a pergunta real é: como ela pode saber? Se Edward assegura não ter lhe contado nada, então quem disse? Quem conhece nossos mais obscuros segredos? Bem, talvez... Sim, talvez estejamos fazendo a pergunta errada. Estamos deixando passar algo. Quem é capaz, quem tem o poder e as intenções suficientes para armar um plano contra nós? Quem sempre quis nossa ruína? Só consigo pensar em uma resposta.”

Volturi. Foi inevitável completar seu raciocínio, era óbvio e claro como cristal. Os Volturi eram o único perigo existente para nós, os únicos de quem não tínhamos capacidade de vencer. Mas será que isto poderia ser real?

Eu lera todas as mentes em questão de segundos e enquanto isso Jasper seguia com seu questionamento:

– Somente sobre Edward? – Sondou.

Liese negou em silêncio.

– Sobre mais algum de nós?

Ela assentiu. Porque estava tão calada agora?

– Quem? – Rosalie interveio em um rosnado.

Aneliese que finalmente começara a demonstrar receio não se reprimiu com a afronta, ao invés disso se aprumou, assumindo imediata confiança e, com efeito, parecia novamente segura de si:

– Todos – sentenciou com frieza.

Ao notar que seu atrevimento surtiu grande efeito, entretanto se mostrou arrependida e seu rosto caiu um pouco. Será que se deu conta de que estava encurralada e pensou melhor? Eu já a via com tanta desconfiança quanto os outros, o que estava havendo comigo?

– Está mentindo – Rosalie cuspiu.

Liese lhe olhou por um breve instante e demonstrou consternação.

– Eu não estou mentindo – falou apática.

Porque sua atitude era tão comedida? Seu rosto estava sério, distante, quase parecia outra pessoa. Há pouco eu a vira sorrir e me abraçar e agora seu afastamento me pareceu um mau sinal, como conseguia se metamorfosear de uma garota comum para uma completa estranha em apenas um instante?

– Mas será que não estão em apressada preocupação? Diga Aneliese, o que Jasper era antes de ser transformado em vampiro? – Não fazendo parte da família Peter não achou dificuldade em agir racionalmente, para ele tudo se tratava de um equívoco, simplesmente isto.

E se fosse? Talvez estivéssemos mesmo nos precipitando, quero dizer, o que eu estava pensando? Aquela era Liese, eu a amava, eu a conhecia bem. Me senti culpado por ter seguido a linha de raciocínio ofensiva dos outros.

Mas então ela falou e suas palavras foram como a ruína para mim.

Para nós.

– Ele era major. Major Jasper Whitlock pelo exército confederado. Tornou-se vampiro aos dezenove anos pelas mãos de uma mulher chamada Maria.

Quem visse de fora poderia dizer que sua afirmação não surtiu efeito, já que nenhum de nós se moveu, falou ou demonstrou algo, mas eu era o único que tinha um panorama diferente e a partir daquele momento um sentimento se tornou unânime: medo.

Como se não bastasse a confirmação inicial Aneliese continuou a falar, relatando tudo o que sabia, deu-nos todas as informações: nomes, datas, lugares, quase como se ela mesma tivesse estado lá. Uma história real e muito bem contada, repleta de detalhes estarrecedores. E ela sabia de tudo!

Aos poucos uma sensação desagradável foi tomando conta de mim e reconheci ser mais que apenas apreensão, eu estava triste. Nenhum de nós havia se enganado ao julgá-la mal, ela acabava de confirmar todas as suspeitas, era definitivamente uma ameaça. Não éramos nós os nocivos, era ela. Aneliese tinha em suas mãos o poder de nos destruir, podia ter revelado o que sabia aos outros, podia tê-lo feito desde o início, mas não fez. Não, ao invés disso preferiu se calar e se aproximar de mim, viveu ao meu lado por vários dias no que eu pensei ser um sonho.

Era um pesadelo.

Onde estava a garota que eu conhecia? Você jamais a conheceu, Edward. Sim, meu subconsciente raciocinava rapidamente, cercado pelo perigo. Eu não a conhecia, a pessoa sentada ao meu lado era uma completa estranha agora, me perguntei se alguma vez havia sido verdadeira e isto me levou ainda mais a fundo: o que mais ela omitira?

Num estalo revivi todos os momentos que havíamos passado juntos, desde o primeiro dia eu me recordei de cada pequeno e insignificante detalhe e comecei a encontrar ligações em pontos que antes não vira. Ela sempre fora reservada, não me contara muito sobre sua família, sobre seu passado, sobre si mesma. Eu desconhecia suas origens e mesmo o que sabia não podia afirmar ser verdade. E se ela tivesse mentido sobre isto também? Veio de outro país, era claro o modo como se portava ou falava, mas eu nunca considerara isto duvidoso.

De repente me senti um estúpido, inconseqüente. O que eu fizera? Juntara-me a uma pessoa e a trouxera para meu mundo, mostrara a ela minha casa, meus costumes, a deixara confirmar que tudo o que sabia tinha fundamento. Deixei que ela visse as coisas com seus próprios olhos e agora... Agora eu não sabia mais quem ela era.

Eu olhava enquanto ela falava e era como se jamais tivesse ouvido sua voz, uma traidora verbalizava aquelas palavras, Aneliese trairia minha família. Finalmente tudo ficou claro.

Os Volturi eram impiedosos e implacáveis em sua fúria, tratava-se da mais antiga forma de realeza que existia em meu mundo, eles representavam a lei e a lei não podia ser sobrepujada. Minha família andava de acordo com os costumes, sempre soubera das regras e da conseqüência quando elas eram quebradas, nunca havíamos dado motivos para que nos condenassem, todavia havia algo que eles sempre consideraram uma afronta. Carlisle fora seu amigo, vivera junto deles por vários anos e ficara íntimo de seu modo de vida, mas depois optara por seguir seu próprio caminho, contrário a certas decisões que eles tomavam. Agora ele era chefe de seu próprio clã, mas os Cullen haviam crescido tanto em número quanto em dons; Aro tinha vago conhecimento dos poderes sustentados por mim e meus irmãos e ele era invejoso, profundamente cobiçoso. Queria o que aparentemente estava em poder do amigo, queria Alice, Jasper e eu como membros de sua maldita guarda e não nos passara despercebido que ele seria capaz de lutar com todas as armas para obter êxito.

Então enviara Aneliese. Esta era a lógica da questão, ela era a resposta da equação. De alguma maneira daria o xeque-mate, o ponto final em um plano que via sendo elaborado há décadas. Como seria o desfecho? Talvez ela esperasse pelo momento certo e então agisse, provavelmente quando menos suspeitássemos, eu lhe dera todas as informações de que precisava, seria fácil para ela agir. Em uma manhã qualquer enquanto estivéssemos na escola ou em qualquer lugar em público, assim haveria testemunhas. Se ela fizesse com que qualquer um de nós perdesse o controle a batalha estaria ganha. E havia como consegui-lo, ela sabia muito bem...

Ao que tudo indicava seria eu o escolhido. Se ela me tentasse com a única coisa que eu tinha dificuldade em resistir, tinha a suspeita de que cederia, pois mesmo neste exato instante, mesmo quando a rejeitava e censurava não podia evitar o imenso desejo que sentia por seu sangue. Eu queria destroçá-la, queria satisfazer meu ego e meu apetite, seria bom, um prazer incomensurável.

Então feito uma criatura aprisionada eu estava em suas mãos, nunca tivera dúvidas de que este poderia ser meu fim e mesmo assim correra para ele a toda velocidade.

Eu condenara minha família tanto quanto meu coração. Estava perdido.


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