Perdida em Crepúsculo escrita por Andy Sousa


Capítulo 34
A partida.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, voltei! Tudo bem com vocês? Tenho mais dois capítulos, mas acho que todo mundo já deve imaginar o teor deles. Alguém esperava que o Edward fosse fazer aquilo com a Liese? Eu não rs.
Ps. Leitores novos sejam bem-vindos!
Ps². Leitores de sempre obrigada por ainda estarem aqui :)



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Trailer

"Era uma vez, alguém fugiu,
Alguém fugiu para longe dizendo:
'O mais rápido que puder eu tenho que ir,
Eu tenho que ir.'
Era uma vez, nós nos despedaçamos,
Você segurava em suas mãos as duas metades de meu coração.
Era uma vez, nós brilhamos intensamente
E agora tudo o que parecemos fazer é brigar.
Uma vez no mesmo lado, no mesmo jogo,
Porque você teve que ir?
Teve que ir e jogar água na minha chama...
Eu poderia ter sido uma princesa, você um rei.
Poderia ter tido um castelo e usado um anel,

Mas não, você me deixou partir.
Você realmente me machucou."

Princess Of China - Coldplay feat. Rihanna

~*~

Eu andei e andei, toda minha vida pareceu passar antes que pudesse alcançar um lugar promissor, eu tinha dúvida se era meu passo vagaroso o culpado, ou a distância infinita até a rodovia. Quando meus pés finalmente alcançaram o asfalto eles estavam doloridos, meu corpo enregelado pela chuva que não cessara, meu queixo tremia e eu tinha seguidos calafrios. Olhei de um lado para o outro, mas não avistei sequer um veículo; quem estaria dirigindo na chuva a esta hora? A insensatez de estar aqui era somente minha.

Os relâmpagos haviam praticamente se extinguido, então porque era como se a escuridão piscasse, indo e voltando em vultos difusos?

Eu tremia muito dos pés à cabeça ansiava por um banho, por roupas quentes, por comida. Mas acima de tudo isto eu ansiava por ele.

Ele havia me deixado. Me abandonou sozinha, indefesa, estarrecida. Eu sequer podia pensar nisso, parecia que o restante de minhas forças era sugado de mim em face à tão dolorosa lembrança.

Talvez eu estivesse chorando, mas nem eu mesma saberia dizer, de fato meu pensamento estava incoerente e lerdo, será que eu ainda estava caminhando?

Me sentia muito cansada como se não dormisse há dias, mas meu cérebro me alertava para não fechar os olhos. Ainda assim a escuridão ia e voltava a curtos intervalos de tempo e mesmo em meio à névoa dentro de minha cabeça, com muita dificuldade pude identificar que era eu lutando contra minhas pálpebras que queriam furiosamente se fechar.

Continuei andando, olhando somente e diretamente para frente, pois desconfiava que se mirasse o chão acabaria cedendo à exaustão. E então ao longe, muito longe pude identificar uma silhueta imensa e escura. Parei de imediato e apertei os olhos, queria muito não estar tão sonolenta. A figura grandalhona não me era estranha: coberta de pêlos e de aparência selvagem se parecia com...

– Jacob? – Chamei. Minha voz quase inexistente.

Ele pareceu escutar o que eu disse, mas ao invés de fazê-lo se aproximar isto o fez desaparecer. Será que havia sido apenas fruto de minha imaginação? Talvez. Eu estava tão esgotada! E se pudesse descansar um pouco? Antes que conseguisse repensar a idéia estava me sentando no asfalto desconfortável, mas ainda assim pareceu ter sido a melhor coisa do mundo!

Puxei uma respiração profunda e fechei os olhos. De uma só vez imagens dele invadiram minha mente, vieram num jorro, num ataque cruel e certeiro: sorrisos, olhares, palavras de amor. E então traição. Eu me sentia traída pela pessoa que jurara me querer para sempre. E ele me chamara de mentirosa. Ele era o mentiroso, o vil, o assassino.

E você não é nada.

Apertei as pálpebras com toda a força como se isto de algum modo fosse dissipar a angústia.

Você não é nada.

Você não é nada.

Você não é nada.

– Eu pensei que ele me amava – sussurrei.

E aí então eu soube que estava chorando. Toda a dor viera de uma só vez, lancinante e esmagadora, senti inveja de Edward por ele não ter mais um coração. E então ódio por ainda lembrar o nome dele. Eu me lembrava de tudo...

Eu queria poder esquecer e para tentar novamente fugir do que era real continuei de olhos fechados procurando refletir sobre coisas boas. Aos poucos tudo foi se aquietando e eu me senti imersa em um torpor agradável, meu corpo rejubilou com a chance de poder descansar e minha inquietação foi diminuindo a cada nova respiração que dava. Mas então algo inquietante foi se formando no fundo de meu peito, parecia preocupação, eu não devia estar de olhos fechados, mas não tinha força para abri-los e logo senti meu corpo pender para trás, num movimento curto eu ia caindo de costas, mas antes que atingisse o duro solo alguém me resgatou. Mãos fortes me rodearam e ergueram do chão com tanta facilidade que me senti como uma criança pequena.

– Aneliese? Aneliese, acorde!

Que voz era aquela? Eu pensei que fosse Jacob que estivesse por perto, mas me equivocara, eu não conhecia essa pessoa. Me senti pouco à vontade de estar sendo carregada por um desconhecido, mas a força que precisava para poder me defender não existia mais, eu devia protestar e ordenar que fosse colocada novamente no chão, entretanto ao invés disso fui deixando que ele me conduzisse para onde quer que fosse. Recostando-me a seu peito bem definido constatei que estava em contato com a pele nua e isto não me agradou, mas ao menos era quente, muito quente e de algum jeito serviu para me aquecer.

– Ei Aneliese, não adormeça, logo vamos chegar em casa, Charlie está preocupado com você.

Eu resmunguei uma resposta que soou ininteligível até para mim e depois de alguns segundos já não pude ouvir mais nada.

Eu não sabia bem o que estava acontecendo, ouvia um barulho baixo e que parecia se repetir a curtos intervalos de tempo e depois de ficar quieta reconheci se tratar de vozes. Eram duas pessoas, homens, um deles eu logo pude afirmar ser Charlie, mas o outro eu não tinha certeza. Conversavam aos sussurros e levou um período maior do que o primeiro para constatar que falavam sobre mim.

– ...são perigosos para ela, acho que você devia começar a cogitar seriamente esta possibilidade – pude ouvir somente metade da frase que o estranho falava.

– Sim, sei disto.

– Não é implicância nossa, Charlie, entenda, por favor.

– Sim, eu entendo, mas tenho de dizer que é difícil assimilar.

– Mas é necessário.

A voz era grave e autoritária, pude ver que conseguiu fazer o xerife meditar.

– Agora tenho que ir, mas estaremos de olho para que eles não voltem a se aproximar.

Breve silêncio. Charlie então falou e suas palavras vieram seguidas de uma risada nervosa.

– Você faz parecer... Bem, faz parecer que estará vigiando-a. Como um protetor ou algo assim, mas Sam, eu sei cuidar dela e realmente acho que você seja jovem demais para se entregar a uma tarefa aparentemente tão pessoal e importante.

Eu conhecia bem aquele tom, era ele tentando passar uma ordem de forma descontraída, mas ainda assim uma ordem, eu já ouvira aquele tom várias vezes.

Então era Sam quem estava com ele! Sam Uley? Bem, eu verdadeiramente não me recordava de mais nenhum rapaz com esse nome no universo de Crepúsculo. E ele disse que estaria de olho em mim? Não, ele disse ‘nós’, eu ouvira distintamente a forma plural. Então ele falava da alcatéia?

– Estaremos de olho – reafirmou sem se abalar.

– Está bem – Charlie apenas resmungou claramente duvidando da sanidade do rapaz.

Ouvi exatamente quando os dois começaram a andar para longe e só então me dei conta de que ainda estava de olhos fechados. Bem, eu na verdade estivera espionando a conversa e ao suspeitar que não pudesse mais ser pega abri os olhos. Eu não estava em meu quarto e realmente não pensei que estivesse. Me encontrava deitada no sofá da sala, uma coberta fina sobre meu corpo, a roupa que usava estava completamente molhada, mas porque?

E então tudo veio à tona como uma onda gigantesca, me atingindo em pontos que ainda doíam muito. A briga com Edward! Ela realmente acontecera?

– Obrigado por sua ajuda Sam, eu... Eu estava morto de preocupação. Mas ela está bem, é só o que importa. Disse que a encontrou na rodovia a quilômetros daqui, não é? Mas ela estava na casa dos Cullen? Tem certeza?

– É como lhe disse, não há mais ninguém que more por aquelas redondezas. Repito: eles são nocivos para a saúde de Aneliese, ouça o que lhe digo.

– Esta é uma acusação muito séria, Sam.

– Porque não liga para eles, Charlie?

– Realmente acha necessário?

– Ligue. Mas não obterá resposta alguma.

– Como assim?

– Estes ‘Cullen’ como você os chama foram embora da cidade há cerca de uma hora.

Eu arfei e o som foi tão alto que fez os dois voltarem ao meu encontro, antes que notasse estava de pé e muito perto do rapaz grandalhão que me encarava com a expressão vazia.

– Quem te disse que eles foram embora? QUEM?

– Aneliese, se acalme, você está desorientada.

– Não estou desorientada! Sei perfeitamente onde estou. – Dentro de uma maldita história de livro! – Eu estou ótima, Charlie – completei ao me desvencilhar de suas mãos que procuravam me conter. Eu o ignorei completamente. – Sam, por favor, só me responda, por favor, eu preciso saber. Edw... – De repente pareceu impossível dizer o nome. – Ele foi embora?

Eu sabia que aquele rapaz fortíssimo e mais velho que eu devia me considerar apenas uma tola apaixonada, uma adolescente inconseqüente que andava com vampiros, eu sabia que ele podia simplesmente se virar e partir, mas algo em meus olhos o fez me dar o que eu queria. No entanto mal passou de um breve aceno de cabeça.

E nada aconteceu. Eu pensei que fosse morrer com o ‘sim’, mas aparentemente me enganara. Eu não sentia mais dor, nem tristeza, ou mesmo revolta – o que seria perfeitamente cabível ao momento. Só o que houve foi um vazio imenso e oco, algo que eu podia jurar jamais ter sentido.

– Hmmm – foi o máximo que consegui verbalizar.

Eu levei uma das mãos ao cabelo por reflexo, algo que fazia quando estava nervosa e a manga larga da blusa que usava se recolheu para baixo deixando meu antebraço à vista.

– ANELIESE! – O berro do xerife pegou-nos de surpresa, sua mão voou para meu braço e ele o estendeu à minha frente com pouca ou nenhuma delicadeza. Imediatamente eu percebi o motivo de seu descontrole. – Aneliese, o que aconteceu com você?

Ao redor do pulso haviam nítidas marcas arroxeadas, grandes hematomas se formando sorrateiramente. Era onde ele havia me apertado e segurado sem dó. Meu coração se apertou com a lembrança.

– O que é isto Aneliese? – Charlie exigia saber. Sua feição estava lívida, a boca retorcida num esgar.

– Eu, ah, bem...

O que eu diria a ele? A verdade? O que isto significaria? Não importa mais Aneliese, ele se foi. Minha mente cruel calou qualquer possível resposta que eu pudesse dar.

– Foram eles? – Sondou Sam.

Eu olhava de um para outro, calada, com medo de que se abrisse minha boca dela saíssem apenas lamentos, porque era disso que meu coração estava cheio.

– Algum dos Cullen fez isto a você? Como puderam...? – Charlie enfim me soltou e se virou de costas dando alguns passos para longe na clara tentativa de se acalmar, como policial ele sem dúvidas já havia lidado com inúmeras situações frustrantes, mas pela intensidade de sua reação eu pude livremente afirmar que nenhuma delas chegara a envolver sua família, ou o que ele considerava família. Ele se voltou para mim – Quem foi? Aneliese, quem foi? Eu exigo que me diga agora! – Cuspiu.

Diga a ele! Sabe o que Charlie vai fazer, vai caçá-lo até o fim, quem sabe ele não o encontre e o obrigue a voltar e se ajoelhar para lhe pedir desculpas? Eu me senti patética por ter tido tal linha de raciocínio, tinha poucas dúvidas de que Charlie mesmo mataria o responsável se possível, mas não era isto o que eu queria. Não por pena, não, longe disso, pois depois que toda a humilhação e tristeza e abandono passava vinha uma revolta sem precedentes, eu queria mesmo que ele pagasse pelo que me fez, mas o que eu ganharia com isto? Não, por hoje ao menos eu queria apenas esquecer.

– Ninguém me fez nada. Eu caí – menti descaradamente e muito mal, lógico que nenhum dos dois aceitou minha versão absurda.

– Você caiu? – Repetiu o xerife descrente.

– Sim.

– Entendo. É escolha sua me contar ou não, mas independente do disparate que inventou eu a proíbo de voltar a ver qualquer membro daquela família, você entendeu? Qualquer um deles! E acho incrivelmente conveniente que não estejam mais em Forks, isto acaba por contribuir imensamente com meu plano. Agora suba e vá tomar banho, pois vai acabar adoecendo.

Eu pensei em dialogar, porém seu olhar rígido me impossibilitou de ser malcriada e de qualquer modo Charlie estava certo, eu tinha de me cuidar, já sentia uma leve dor de cabeça e calafrios demais para poder ignorar. Lancei um último olhar a Sam e me virei indo para a escada, notei que assim que fiquei fora de vista ele e Charlie foram para a parte de fora da casa e arrisquei um breve olhar pela janela do corredor. Os dois conversavam na calçada e pareciam muito absortos, eu perdi um segundo a mais de meu tempo pensando em tudo o que vivenciara neste dia, não era animador e quase parecia irreal, uma notícia ruim demorava para ser aceita por nosso cérebro. Era mais fácil conviver com a mentira. Era mais fácil fingir que tudo estava bem.

Mas não estava.

Por vontade própria meus pés recomeçaram a se mover, refizeram seu caminho me levando de volta ao andar de baixo e sem nenhum temor de poder ser pega eu me encaminhei até o telefone da cozinha. Havia uma pequena e surrada agenda telefônica em cima da bancada, eu a abri e procurei pelo número, em seguida o disquei e aguardei, uma voz de mulher atendeu ao segundo toque. Eu perguntei pelo doutor Carlisle, menti dizendo que tinha uma emergência e que precisava que ele viesse imediatamente à residência e esta foi a resposta que obtive:

– Sinto muito, o doutor já não faz mais parte de nosso quadro de funcionários – a voz dela parecia tão consternada que me deu a impressão de estar mais triste que eu. – Mas o doutor Munch está disponível, pedirei para ele ir ao seu encontro imediatamente, qual é o endereço?

Eu nunca lhe dei resposta. Recoloquei o telefone no gancho sem dizer mais uma palavra e fiquei algum tempo ali, parada.

O que será que eu pensara? Que Sam havia se equivocado? Que a informação que ele tinha estava equivocada e que eles, na verdade, continuavam por perto? Que se eu envolvesse uma pessoa de fora, de um mundo que parecia real isto implicaria que de alguma forma o que eu vivera fora um sonho e talvez nem tivesse existido?

A negação só tornava tudo mais difícil de suportar.

Ele fora embora. Era o que ele fazia, fugia como um covarde, como um fantasma que só havia existido em minha cabeça. Eu estava tão furiosa com ele! Queria tê-lo aqui para poder gritar com ele e até mesmo lhe agredir da forma que ele me agredira, apesar de saber que a ele eu não causaria qualquer dano. E talvez fosse assim, talvez ele estivesse intacto, longe daqui agora em algum lugar que o impossibilitava de se lembrar de Forks. Talvez ele estivesse com ela. Imagens da loura estonteante do clã Denali surgiram à minha cabeça e eu tive vontade de gritar de ódio.

Eu não queria ser pega por Charlie e acabar aumentando o prazo de meu castigo então na ponta dos pés voltei vagarosamente para cima, ele sequer notou, seja lá qual fosse o tópico da conversa exigia sua completa atenção. Um a um subi os degraus e fui para meu quarto, cheguei num lugar conhecido e ao mesmo tempo estranho para mim, ele não estava aqui, mas eu podia sentir sua presença em todo canto. Eu odiei isso.

Eu queria esquecer, será que isto não podia simplesmente acontecer? Será que eu não merecia um pouco de paz? Era esta a sina dos vampiros: confundir e destruir a vida das pobres mortais que se apaixonavam por eles? Eu seria a Bella, então? Eu agiria como ela? Me entregaria à desolação e me destruiria aos poucos? Eu era assim?

Não!

Ele me tirara tudo, era verdade, e eu não estava exagerando, ele fora toda a razão de eu ter decidido vir para Forks e eu desconfiava que ele também fosse a causa, mas ele não merecia minha alma, não merecia que eu me rendesse assim como se não houvesse nada mais que pudesse ser feito. Eu estava destruída. Não me atrevia a pensar o contrário, mas eu era muito boa em fingir, verdadeiramente boa, apesar do baixo desempenho que tinha em mentir: conseguia manter minha feição composta mesmo em face a maior tristeza. Eu aprendera muito bem a não externar meus sentimentos quando eles não fossem necessários, adquirira esta habilidade nas inúmeras vezes em que fora obrigada a seguir meus pais para seus intermináveis e aborrecedores encontros de negócios. Ora, de fato agora via que isto me seria útil. Eu iria simplesmente fingir. E quem sabe com o tempo ficasse tão boa na farsa que acabasse por também acreditar nela? Não seria de todo ruim saber que um dia eu poderia viver como se ele jamais tivesse existido.

Algo me ocorreu e fui até o banheiro, acendi a luz e logo focalizei a pequena jóia que havia ganhado de presente. Pensei em jogá-la pela janela, ou lançá-la descarga abaixo, mas não consegui. Suspirei. Eu tinha de me esforçar mais, mal tinha forças para começar minha forçada e nova vida...

Voltei para o quarto e olhei ao redor, procurando. Logo avistei a cerca de um metro e meio de distância, era um dos tacos do chão e ele estava solto, eu notara no primeiro dia em que ficara aqui. Andei até mais perto e me abaixei, cravei as unhas pela fissura do rejunte e não tive problemas para retirar o pequenino pedaço de madeira do lugar, debaixo dele como eu suspeitava havia um mínimo espaço, mas o que eu tinha para esconder quase não tinha volume então foi fácil. Depois do feito rearranjei a peça em seu devido lugar e me levantei, com algum esforço empurrei o guarda-roupa um pouco para o lado de modo que encobrisse meu esconderijo – não era como se eu desconfiasse que alguém o acharia, o que eu queria era exatamente isto, esconder. Mas de mim.

Quem dera pudesse fazer o mesmo com as recordações.


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