Capitã Marvel - Thunder escrita por Captain Gordon


Capítulo 1
Capitã Marvel: Thunder - Volume 1


Notas iniciais do capítulo

Então... Eu tava sumido né? Muito que bem, resolvi apagar os poucos capítulos já postados da segunda temporada.
Sobre a primeira temporada, resolvi compilar todos os capítulos já postados dela aqui nesse volume único.
Provavelmente ninguém ainda continua lendo essa fanfic, mas mesmo assim, apenas queria dizer que não estou mais postando capítulos não porquê eu abandonei a fic, mas sim porquê eu não consigo mais pensar como desenvolvê-lá de um modo correto e sem que pareça idiota. Originalmente lançada somente como "Thunder" e mais tarde rebatizada de "Capitã Marvel - Thunder", foi um projeto que iniciei no dia 11 de fevereiro de 2015, há mais de 2 anos atrás, e parece que foi ontem.
Essa fanfic foi muito importante para mim e enquanto eu escrevi ela, evolui muito, e por conta disso, prometo que além desse "Volume Um" que compila os oito episódios da primeira temporada, virão mais dois volumes, sendo um deles o "Volume Dois" que compilará os cinco capítulos da segunda temporada que haviam sido deletados e mais quatro inéditos, porém, infelizmente, eu não tenho uma previsão de quando isso acontecerá. Talvez esse mês? Talvez em julho/junho? Quem sabe em dezembro? Ou em 2018 ou qualquer outro ano?
Bom, é mais precisamente, sobre isso que eu queria falar. Eu não tenho uma previsão exata de quando o Volume Dois irá ser lançado, pelo simples fato de que meus planos mudaram muito no decorrer da produção da fanfic.
Para vocês terem apenas uma noção, na minha programação, era para eu ter lançado o Volume Um/Primeira Temporada em fevereiro 2015, o Volume Dois/Segunda Temporada em março de 2016 e a finalização da trilogia, o Volume Três/Terceira Temporada em abril de 2017.
E aqui estamos, em fevereiro de 2017, dois anos depois do lançamento do primeiro capítulo da fanfic, e só temos o Volume Um e alguns episódios do Volume Dois escritos. Pois é.
Eu imploro para vocês, não abandonem da fanfic, pois a única certeza que eu tenho é que ela irá sim voltar, mas infelizmente, não tenho uma data certa para falar para vocês.

Continuem ligados, e não se esqueçam de assistir o filme da nossa querida "Capitã Marvel", que lançará em março de 2019 e será estrelado pela magnifica Brie Larson!

Beijos e até mais, Corps

PS: Caso queiram conversar comigo, meu user no Twitter é @pedro_skywalker



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Mansão dos Vingadores, hoje, 18h16

Carol Danvers. Capitã Marvel. Super heroína. Destruída.

Seu cabelo dourado estava penteado para trás, e seus olhos severos e claros estavam observando sua mala de couro-negro e as outras que estavam a sua volta. Tudo iria voltar ao normal, ela iria voltar a pilotar e estava tudo bem.... Não adiantava mentir. Sua cabeça ficou martelando. Ela estava se sentido culpada, culpada por fazer com que suas amigas também fossem embora.

Então uma moça de cabelos negros como ébano e com um óculos escuro bateu na porta. Seus cabelos eram lisos, mas as pontas eram bem pouco encaracoladas. Ao seu lado estava outra mulher, essa já possuía cabelos ruivos, olhos claros e lábios avermelhados.

— Senhorita Danvers? - Disse a morena imitando uma voz masculina grave - Vamos dar no pé.

Carol se sentiu mais culpada ainda. Então resolveu ir a janela, observar todos lá fora. Pela janela, ela conseguia observar Steve, com um casaco de moletom azul, que combinava com seus cabelos louros e pele clara. Já, do outro lado do jardim, estava Tony Stark, com um terno social negro e com sapatos totalmente lustrosos. Carol então, olhou para um último, com um aperto no peito.

Peter havia crescido muito, e seu cabelo que antes era todo desalinhado e com pedaços de peperoni, agora estavam totalmente alinhados. Ele estava ao lado de Logan, um homem grande com roupa de academia.

Após um longo tempo filosofando, Carol volta sua atenção as garotas que estavam na porta de entrada de seu quarto. Elas três então pegaram suas malas e desceram as escadas. Enquanto desciam, Carol observou o local pela última vez. Ele era todo revestido de madeira, parecia até um internato. As escadas estavam com uma leve camada de sujeira e o cheiro era aconchegante e caseiro.

Quando chegaram aos jardins, as três puderam observar a Mansão por fora. Ela era branca e dourada, e com detalhes bege. Marcas estavam por toda parte, Noturno que ficava andando pelas paredes.

Todos Vingadores estavam lá. Um carro do governo as esperavam na frente dos jardins. Carol, Jessica e Natasha cumprimentaram todos, e quando a Capitã Marvel chegou em Peter, seu corpo estremeceu. O rapaz deu um abraço nela, que fez o mesmo com ele.

—Até - disse Peter, com um sorriso no rosto.

— Até - respondeu Carol, que seguiu para o táxi, com Jessica e Natasha. Elas estavam indo para a NASA, tentar renovar suas vidas, parar de salvar vidas, e serem normais.

***

O cabelo dourado de Carol estava levemente enrolado na parte direita. Ela não conseguirá dormir direito noite passada, ficou pensando sobre a sua saída dos Vingadores, e como teve parte disso também na saída das suas companheiras. Ela estava vestindo uma calça negra, e uma camiseta com estampa listrada preta e branca. E por cima da camiseta estava com um casaco marrom e bege. Ela estava num corredor branco, com luzes que se encontravam a direita e a esquerda do teto. Jessica e Natasha a acompanhavam. Jessica, estava com um cabelo totalmente jogada a esquerda, e estava apenas com um Jeans velho e uma camiseta amarela com algumas bolinhas negras. Já Natasha estava com um vestido curto social e preto. Seu cabelo, que há dois dias era encaracolado, agora era totalmente liso.

Uma moça magra e com um blazer branco, e uma saia branca, estava com uma prancheta na mão, e o trio de heroínas (ou talvez não mas) estavam seguindo a figura. Quando chegaram a frente de uma porta cinza, com detalhes negros, a moça magricela abriu a porta, e Carol pode observar mais atentamente o local. A cor cinza subia pelas paredes e tomava conta do local, porém, tinha um pilar pela metade no centro da sala. Em cima daquele pilar, estava uma lâmpada ecológica gigante, que transformava as substâncias químicas do ar em energia. O local não apresentava janelas, apenas algumas tubulações. E várias mesas grandes, como as de escritório, estavam distribuídas igualmente entre toda a sala.

Carol levantou um pouco o queixo, e conseguiu ver uma porta no final daquela sala. Era uma saída, caso eles fossem agentes da H.I.D... NÃO! Carol lutava para não ter pensamentos como este toda hora. Ela não era mais uma heroína, era apenas uma pessoa comum que iria prestar serviços ao governo. Ela estremeceu, e uma mão gelada pousou sobre seu ombro. Quando ela virou rosto, pensou por um minuto ter visto o rosto de Peter, mas quando piscou várias vezes, percebeu que realmente era Jessica.

— Carol, você está bem? Ainda está tendo alucinações com o...

— Não. – Respondeu a loira, com um olhar profundo para a amiga.

Natasha apenas observava. Ela nunca falava nada. Só observava e estudava as pessoas, para que caso possível, e se preciso, ela conseguisse derrubar a pessoa. Seus olhos estavam analisando o local com uma atenção. Ela já havia identificado uma arma fácil perto dela, uma saída caso houvesse uma emergência, e claro, um rapaz bem-dotado.

Já Jessica, sempre se preocupava com suas amigas, e gostava de saber o que havia acontecendo com ela. Ela ainda estava um pouco abalada e em choque por eventos pessoais, e também por que acabara de sair dos Vingadores, um grupo que batalhou muito para pertencer. Os Defensores até ofereceram uma vaga para caso ela resolvesse integrar o grupo, mas ela recusou. Jessica era a melhor amiga de Carol, que sempre gostava de conversar. Mas atualmente, ela estava fria. Seu coração e seus sentimentos ainda abalados por causa de decepções amorosas.

— Senhorita Danvers, pode me acompanhar? Sabemos que você é capaz de suportar uma viagem no tempo, só precisamos fazer mais alguns testes em você. Suas amigas, como não são dotadas do mesmo DNA, terão que iniciar o teste desde o início. – Informou a moça magra que acompanhavam as três.

— A gente se vê mais tarde. – Disse Jessica antes que Carol soltasse algo que ela se arrependeria.

—É. – Repetiu Natasha, agora analisando o grampeador no bolso da moça. Ela poderia facilmente pegar o instrumento e deformar o seu rosto, mas estava pensando em outras coisas. Ou melhor, em outra coisa. E essa outra coisa era um soldado de olhos azuis e cabelos louros...

A moça colocou uma das mãos no ombro esquerdo de Carol, que a seguiu onde deveria.

***

Natasha seguia Jessica, que seguia outra moça, dessa vez uma já mais “fofinha”. Seus saltos altos ecoavam por todo o corredor onde estavam agora, fazendo-a sentir desconfortável. Ela não gostava de ser notada, mas Jessica a convenceu a usá-lo. “Um sapato que custa mais de 200 dólares não pode ficar num armário pegando mofo! ” Justificou a Mulher-Aranha antes de irem a NASA. Então, ela, Jessica e a instrutora entraram num corredor onde tinha vários ligados a ele. Em uma das placas coladas nas portas, Natasha leu:

“TESTES COM PEDRAS INTERGALÁTICAS”

Natasha então se lembrou que o Senhor Fantástico (ou Reed Richards) estava a pagando U$30.000 por 100 gramas de urânio, que era a quantidade que necessitava para mais uma de suas missões misteriosas. Natasha entrou no corredor rapidamente, e retirou os seus saltos, para não a entregarem. Ela abriu a porta lentamente do laboratório, e quando viu a cena, ficou paralisada, sem saber o que fazer.

***

Jessica estava com frio, e seu casaco havia ficado em seu dormitório no hotel ao lado da NASA. Ficou pensando como foi tão burra de ter esquecido o casaco. Casaco. Isso lhe lembrava de Logan, um mutante meio adoidado que adorava atormentar sua vida. Ela lembra da última noite que passou com ele, e sua reação radical quando soube que ela iria sair dos Vingadores, e iriam se ver só depois de 7 meses. “Eu não sou besta de ficar te esperando por toda minha vida! ” Justificou o mutante. Jessica teve um relacionamento amoroso, e forte com Logan. Mas parecia que ele só queria mesmo era alguém para beijar e falar para os outros que tinha uma namorada.... Seus pensamentos foram interrompidos por um barulho vindo de uma das alas.... Ela observou se Natasha a estavam seguindo, e ficou furiosa ao saber que não. Ela tirou sua camiseta, revelando um uniforme vermelho e amarelo. Ela tirou sua máscara do bolso e voou até a sala.

***

Carol estava se deitando sobre um banco branco inclinado para trás. Uma das enfermeiras presentes no local esterilizou sua pele, e enfiou uma agulha para retirar seu sangue. Era necessário para fazer os exames. Carol pulou de susto ao ouvir um “BOOM” do corredor. Ela não pensou duas vezes e murmurou:

— Droga, Natasha...

***

Ao ouvir a explosão que ocorrerá, Carol salta da cadeira onde estava e começa a correr pelos corredores da NASA, procurando Natasha e Jessica dentre tantos gritos. Os olhos da Capitã cintilam ao encontrar Natasha com seu vestido preto, dando alguns chutes em alguém. Carol corre até Natasha, observando seus cabelos ruivos caindo pelos ombros. Ao se impactar contra Natasha, Carol a empurra para a direita, e observa Jessia chegando junto delas. Quando finalmente Carol lhe dá atenção, ela observa o traje cintilante que a figura vestira. Então logo percebeu que se tratava de ninguém menos que Wanda Maximoff, mais conhecida como Feiticeira Escarlate.

Carol se levanta rapidamente e passa os palmos nas suas calças, limpando o pó que se fixara lá. Ela observa Wanda atentamente, que não parece nem um pouco assustada. Depois de alguns segundos se encarando, finalmente Jessica pergunta a Wanda:

— Mas que diabos você está fazendo aqui?

Wanda permaneceu em silêncio. Natasha estava começando a bufar, e isso não era nada bom. Mas então, finalmente, a Feiticeira Escarlate se pronunciou:

— Missão da SHIELD, Jessica.

A voz rouca de Wanda era só mais um sinal para o trio que ela estava mentindo. Natasha avança contra ela, e a empurra contra a parede, pressionando seu pescoço. Carol tenta puxar Natasha para longe de Wanda, mas sem sucesso, ela lhe dá uma facada no braço. Os olhos de Natasha começam a transbordar de ódio, então ela saca um revólver do bolso de seu vestido e aponta para Wanda.

— Eu sei por que você está aqui, mas elas não. E como você deve saber, eu respeito que as pessoas contem a verdade de suas próprias mentiras. Então vamos logo com isso ou eu te viro ao avesso, sua bruxa nojenta.

— S..Steve me mandou para vigiá-las.

Ao dizer isso, Carol se apoia numa das paredes mais próximas e começa a relaxar o corpo, deixando-o abaixar normalmente.

— Wanda, você nunca cansa de ser peão deles? - Disse Carol, com a maior delicadeza do mundo.

— Eu não sou um peão sua ET, eu sou a Feiti...

Antes que pudesse terminar suas palavras, o celular de Jessica começava a tocar. Ela passou a mão pelo seu casaco de couro importado da Itália e passou o dedo por cima do telefone, atendendo a ligação e a colocando no viva-voz.

— Garotas - era a voz de Maria Hill – Tenho um trabalho para vocês

***

A minivan preta era um tanto confortável. Carol estava no banco da frente, dirigindo em direção a SHIELD, e Natasha, Jessica e Wanda estavam jogadas nos bancos de trás, se encarando.

— Vou ser bem clara, Wanda. – Disse Natasha – Você é um peso para nós. E se Maria Hill descobrir que nós te pegamos, nós somos cortadas da missão. Então vai ser o seguinte, daqui para frente você vai andar com a gente, por que se Maria Hill descobrir que nós brigamos, ela nos degola e manda um mandato de prisão para nossas casinhas nos campinhos. Você sabe, ela não quer que aconteça igual da última Guerra C...

Natasha tinha acabado de levar um chute por Jessica, que agora estava lhe olhando torto. Natasha compreendeu a abaixou a cabeça, e apenas observou Carol no banco da frente bufando.

Elas permaneceram em silêncio, até que Wanda finalmente perguntou:

— Por que vocês saíram da equipe? Dos Vingadores? Por que vocês largaram sua família?

Carol freiou o carro e saiu dele. Ela foi até a porta dos passageiros e puxou Wanda para fora do carro. A energia do sol estava começando a se armazenar em suas mãos, isso é, ela estava se preparando para dar uma bela rajada de energia em Wanda.

— Saímos porquê cansamos de sermos peões de Steve e do Tony. Cansamos de ser a segunda opção, aquelas que nunca levam o crédito que salvaram o dia simplesmente por serem mulheres. Cansamos de não ter nada em troca por salvar a vida de tantas pessoas em tanto pouco tempo. Cansamos de ser trouxas, agora nós vamos fazer nosso próprio caminho, sem nenhum maldito homem para nos atrapalhar ou para ficar nos dando ordens.

Então Carol puxa Wanda pelo cangote e a joga de volta para o carro, e segue o caminho até a sede da SHIELD.

***

Maria Hill estava séria, e permanecia olhando para as garotas por um tempo, e estas estavam sentadas ou em pé na sala de reuniões, somente com Hill. O ar frio cortava os lábios de Jessica, que estava começando a ficar com calafrio.

— Temos uma missão código vermelho. Jean Grey, 26 anos, está dando uma de doida em NY e destruindo tudo o que vê pela frente. Vocês devem conhecer ela dos X-Men, o grupinho de otários-mutantes. O Quinjet já está esperando pelo embarque de vocês, e se falharem, saibam que várias pessoas vão morrer. Estamos dando a chance a vocês para provarem aos seus outros amigos coloridos que vocês são importantes. Então vão lá e façam a mamãe orgulhosa.

***

Ao chegarem em NY, a primeira coisa que pensaram foi o frio. Todas as garotas começaram a passar um braço sobre o outro, tentando formar calor sobre suas peles, até que um dos agentes da SHIELD que estava presente no quinjet lhes jogou seus uniformes feitos pela SHIELD. Elas foram até os banheiros do quinjet e vestiram os seus uniformes. O uniforme de Carol era como o seu clássico, era todo azul, com detalhes vermelhos e uma estrela dourada estampada no peito. Já o de Natasha era todo negro, e os seus ferrões de Viúva estava de volta aos seus pulsos. O de Wanda era apenas um vestido negro, e um par de botas marrons, e uma jaqueta vermelha surrada; parecia que a SHIELD não ia com a cara dela. Já o de Jessica, era idêntico ao seu antigo, todo vermelho e com detalhes amarelos. Elas desceram do quinjet e começaram a observar a destruição que a telepata Jean Grey estava causando. Elas se entreolharam e perceberam que a única forma de deter a mutante era um ataque organizado. Então, Carol abre os seus lábios vermelhos e começa a falar a suas companheiras sua estratégia.

— Natasha, você distrai ela enquanto, você, Jessica, ataca ela por baixo, e Wanda, tente atacar ela pelas costas. E eu, vou tentar rondar ela e ver o lugar mais fácil de acertá-la, OK?

Todas concordaram com a cabeça.

Natasha começou a correr, e subiu num dos prédios mais altos (com a ajuda de Carol) para chamar a atenção de Jean Grey, que estava pairando sobre o ar, movendo carros para caírem em pessoas e fazendo prédios desmoronarem. Natasha atirou uma bala contra Jean, que virou e lançou uma moto em sua direção. Wanda chegou na frente da russa e fez um campo de força que lhe protegerá. Jessica lançou uma rajada de fótons pelas suas costas, o que a fez se atrapalhar e parar de voar, caindo metros abaixo. Então apareceu Carol, que conjurou uma rajada de energia que se compactou contra o peito de Jean, a empurrando para a direita, fazendo esmagar um carro.

A equipe da SHIELD chegou com vários agentes, que começavam a atirar dardos tranquilizantes contra a mutante. As meninas se entreolharam e entenderam a mensagem, não precisavam do Steve, nem do Tony, nem do Thor para conseguirem salvar o dia. Podiam simplesmente salvar o dia se desejassem isso e trabalhassem em equipe.

Então, as garotas subiram num outro quinjet que tinha acabado de pousar na frente delas, e foram até a SHIELD, esperando que Maria Hill tenha gostado do resultado, e que não ficasse bravinha como sempre ficava.

***

Hoje, 23h45, Alemanha, QG da H.I.D.R.A.

O sangue de Carol descia pela sua testa e percorria até seu ombro esquerdo, e o frio lhe cortava as orelhas, que já estavam roxas. Sua jaqueta da SHIELD estava toda rasgada, e ela ainda tinha as imagens das garotas em sua cabeça. Ela cambaleia seu corpo para trás, se permitindo cair e se impactar contra o chão negro e frio. Ela estava numa das várias passagens secretas do QG da H.I.D.R.A, e havia sido enviada com Nat, Jessy e Wanda para lá, afim de capturar alguns arquivos que não foram totalmente revelados a elas.

Ela sente alguém com mãos quentes lhe puxado pela jaqueta, e a levando para alguma outra sala, porém, antes que conseguisse procurar na sua mente e tentar descobrir a pessoa, Carol desaba em si mesma, e acaba desmaiando.

A sala era um lugar frio, e as paredes eram de pedras, igual ao chão. O som de porcelana se impactando contra algo duro, e as gotas de água pingando do teto faziam Carol se lembrar de Sorcó.... Não. Ela se reprimia em pensar na sua fase se super-heroína, e continuava a se concentrar onde estava.

Uma garota pálida, e com cabelos castanhos e uma mecha branca aparece em sua frente. Carol tenta se levantar da cadeira onde se encontrava, porém, suas costas rejeitavam suas ações e permaneciam duras, interrompendo que se mexa.

— Você quebrou algumas costelas - disse a garota, com uma voz áspera e ríspida - se eu fosse você, Carol Danvers, eu ficaria parada.

Carol reconhecia aquela voz. O sangue subiu pela sua cabeça, e ela ficou com vontade de pular da cadeira e esmurrar ela. Vampira, a maldita X-Man que estragou sua vida.

— Sua vaca maldita, eu vou acabar com sua raça, só podia ser você por trás disso...

— Loirinha, melhor ficar quieta. Não fui eu que quebrei suas costelas nem prendi suas amiguinhas para tortura, fui? Quem deixou isso acontecer foi você, que resolveu fugir no meio da porradaria...

— Como você pode saber de tudo isso? - Perguntou Carol.

Ela vê o dedo da garota apontando para o acumulado de monitores onde estavam locais do QG. Vampira tinha acesso as câmeras de segurança, e viu toda a desgraça que aconteceu com Carol, Nat, Jessy e Wanda.

— Sua maldita! Você viu tudo e não saiu da sua maldita toca nem para nos dar um maldito reforço! - Berrou Carol, irritadíssima.

— Não sou paga para limpar a bagunça de vocês. Agora eu vou ditar as regas, sua loira oxigenada. Você fica aí, igual um trapo enquanto eu vou buscar suas parceiras, OK? É isso e ficamos quites pelo resto da vida...

— Nunca vamos ficar quites. Quando eu sugar todo seu poder e te deixar em como por três anos, aí sim vamos ficar quites. - Exclamou a Capitã.

Vampira ficou quieta, e ignorou o que Carol tinha falado. Ela pegou do chão, no canto da caverna rochosa, uma bolsa, e guardou suas luvas nela. Então, ela puxou a rocha que escondia a sua sala, e saiu pelos corredores do QG da H.I.D.R.A., andando cuidadosamente até as masmorras.

***

Os corredores do QG da H.I.D.R.A. eram úmidos, e deixavam a mutante com o nariz irritado. Nenhum agente da organização passava pelos corredores, todos eles estavam no lugar onde vampira queria ir, nas masmorras. A H.I.D.R.A. era um lugar bem clichê e antiquado, Barão Zemo e a Víbora determinaram assim, isso é, os chefões queriam assim, e quem não seguisse as ordens simplesmente era "reeducado". A mutante conhecia bem o sistema da organização pois já trabalhará nela, antes do início de sua vida como heroína.

Ela continuava a percorrer os corredores, e quando encontrou um agente, se esquivou pela parede rochosa, e encostou um dedo nas costas da palma do seu alvo. Ele desmaiou imediatamente, e ela simplesmente determinou que ele era um humano fraco. Quando chegou a porta das masmorras, ela chutou a fechadura e arrombou a maçaneta. Ela entrou sorrateiramente e viu a cela de Wanda. Ela pegou a mão de Wanda, que gemou, e absorveu uma parcela de seus poderes. E sem os agentes ali presentes perceberem, ela fez várias rajadas escarlates contra eles, fazendo com que vários cambaleassem para trás e tombassem no solo. Ela então mirou na fechadura da cela de Wanda e lançou outra rajada, fazendo com que a cela se abrisse, e esta fugisse. Com Wanda já libertada, agora só faltava Natasha e Jessica.

A Feiticeira Escarlate deu conta de Natasha e a libertou, já Vampira, não avistava Jessica.

— Para onde a levaram? - Perguntou Vampira.

— Para a sala de tortura; A Madame Hidra não gostou da última vez em que ela as traíu.

A X-Man concordou com a cabeça e voltou ao corredor central do QG, procurando alguma placa que a redirecionasse até a sala de tortura. Porém, não achava, e não poderia arriscar abrir a porta de cada sala para procurar por el...

— Eu sei onde é - gemeu Natasha. Ela apontou para a última porta do corredor á esquerda, e todas elas seguiram até lá. Vampira colocou a mão na maçaneta, e trocou olhares com Nat e Wanda. Ela fez alguns sinais com a mão livre, indicando que elas atacariam pela frente, enquanto ela própria iria sorreteiramente até Jéssica e a libertaria. Elas concordaram com a cabeça, então Vampira girou a maçaneta, e se vislumbrou com Víbora, a Madame Hidra.

A sala era totalmente branca, menos pela saída de ar, que era um tanto quanto cinza. A mesa e os instrumentos de tortura estavam encostados na parte direita da sala, e Madame Hidra estava no centro, procurando algumas lâminas de tortura para usar contra Jessica. Quando Vampira entrou, Víbora parou sua busca e sacou dois revólveres de seus bolsos, e apontou um para Natasha e outro para Wanda. Natasha, porém, já estava também com a sua arma preparada e na mira, e Wanda tinha acabado de lançar algumas outras rajadas escarlates, que se impactaram contra o tórax da Madame Hidra, que fui empurrada para trás. Vampira, libertou Jessica da maca cheia de sangue e a puxou até fora da sala. Quando todas saíram, Víbora ainda estava se recuperando do impacto. Wanda lançou algumas faíscas da mão trancou a porta, impedindo a passagem da Víbora.

— E agora? - Perguntou Wanda.

— Agora pegamos Carol e damos no pé, otárias. - Respondeu Vampira, ríspida.

***

Hoje, 22h23, Hell's Kitchen

Me levanto rapidamente da cama quando percebo que não estou na caverna. Minha nuca e meus braços doíam e estavam doloridos. Eu não estava necessariamente numa cama, estava num pedaço de papelão estirado numa viela escura. Sinto uma mão gelada tocando meu ombro, e olho para trás, vislumbrando o rosto escuro de Jessica. Ela, Natasha, Wanda e Vampira estavam também na viela, com roupas comuns, sem seus uniformes. Eu também.

— Mas que diabos aconteceu? - Perguntei.

— Você dormiu por uns quatro dias, sua folgada. Depois que fugimos da HYDRA, eles têm nos perseguido, Carol - responde Natasha.

— E onde nós estamos? - Questionei.

—Hell’s Kitchen. Eu tenho um ceguinho que pode nos ajudar.

— Você não pode estar falando do…

— Sim, é dele mesmo - Retrucou Nat.

Eu sabia que só por estar no Hell’s Kitchen já teria um problema, pois caso uma antiga amiga minha me encontrasse, eu estava ferrada. Mas fazer o que, eu não tenho nada para arriscar.

Natasha estende sua mão para mim, e eu me levanto. Saímos da viela; Natasha vai ao meu lado, enquanto Jessica, Wanda e Anna nos seguiam. Eu olhei para trás para ver se estava tudo bem, e percebi uma desconfiança nos olhos de Anna. Ela possivelmente também tinha algum problema com as gangues da área, mas estou pouco me ferrando.

Natasha para em frente a um prédio comercial bege, e vira para nós.

— Eu vou resolver meus negócios, enquanto você Carol, vai ver outra amiga sua.

— Você só pode estar brincando - Respondi.

— Não, você vai ter que se resolver com ela. Vamos precisar dela para sair do radar da HYDRA. Ela já lidou com isso.

Faço uma careta, mas vou seguindo até um hotel simples com Wanda, Jessica e Anna. Olho para trás e vejo Natasha entrando no prédio comercial. Viro meu rosto novamente para frente e entro no hotel. Abro a porta, que faz um barulho estridente, e vejo um balcão com uma moça idosa.

— Um quarto, por favor.

***

A pele do meu rosto fica da cor de meu cabelo quando entro no prédio comercial. Tiro minha jaqueta de couro e a amarro na cintura, enquanto vou escondendo uma das facas do meu bolso no meu sapato. Subo um andar e dou de cara com uma sala vazia, apenas uma escrivaninha e duas portas trancadas. Em cima da mesa estava uma placa, e nela estava escrita com letras brancas e garrafais “KAREN PAGE”. Derrubo a plaquinha no chão, e ouço uma das portas se abrindo.

Dela, sai um antigo amigo meu, Matt.

— Quem está aí? - Ele pergunta.

— Pensei que você conseguia se cuidar sozinho.

— Natasha - Ele me interrompe de forma ríspida e direta.

— E aí ceguinho? Como tá indo com o gorducho e com a ninja vermelha?

— Isso pouco de interessa. Pensei que você estava tratando de negócios com Frank.

— Qual é ceguinho… Você sabe que eu tive que colaborar com ele por quê Fury mandou…

— Você obedece ao Nick como um cachorro obedece ao seu dono - Ele me interrompe novamente.

— Ah, qual é… - Digo, me aproximando de Matt, que estava com um terno surrado. Coloco minhas mãos em volta de seu pescoço e falo em seu ouvido - Não vai me dizer que você não quer relembrar os velhos tempos?

— Foram tempos sombrios, Natasha. E já estou em outra. - Responde ele, me afastando com sua bengala.

— Qual é dessa vez? A ninja assassina ou a secretária chorona?

— O nome dela é Karen, para sua opinião. E ela é a melhor pessoa que eu já conheci. Você sabe, ela não sai por aí te traindo com assassinos que matam inocentes.

— Porra, Matt. Eram negócios, e então, simplesmente aconteceu…

— E teve de acontecer logo com o Frank? Que merda Natasha…

— Ok. Vamos deixar isso de lado; preciso de outra ajuda sua - interrompo-o.

— Pode falar.

— Preciso achar a Jones.

— Você cheirou merda? Ela vai dar uma surra em você; já se esqueceu da última vez que se encontraram?

— Sim eu lembro, mas eu preciso achar ela. E eu não estou sozinha…

— Puta que pariu Natasha, não vai me dizer que você trouxe a Carol com você. Cacete, não sei se você é burra ou idiota mesmo.

— Carol tem que ajustar as contas com Jones, e depois que isso ser feito, eu vou precisar da ajuda dela.

— E por qual motivo vocês precisam da ajuda dela?

— A HYDRA está nos perseguindo.

— Quem mais está com você? Além da Carol, claro.

— Drew, Maximoff e Raven.

— Aranha, Feiticeira e Vampira? - Questiona Matt - Ainda não sei lidar muito bem com isso de identidade secreta.

— Isso mesmo.

— OK, amanhã eu ajudo vocês. Mas agora você precisa ir embora.

— Na verdade, eu não tenho dinheiro para ficar num hotel, então você querendo ou não, eu vou ficar no seu apartamento.

Matt faz uma cara de espanto, e sua sobrancelha começa a se erguer na sua testa.

— Porra Matt, não vai me dizer que a secretária chorona tá lá.

Ele não responde nada, apenas fica calado, esperando alguma reação minha.

— Tudo bem, eu durmo no sofá do seu escritório. Mas você vem comigo - Digo puxando-o pela gravata, contra sua vontade, e o jogando no velho sofá de seu escritório.

Arranco sua gravata, e estouro os botões de sua camisa social, expondo seu peitoral marcado por facas e tiros.

— Eu sempre achei isso sexy - comento.

Tiro minha camiseta dos Yankes rasgada que roubei de uma loja de conveniências de um posto de gasolina, e coloco meu sutiã a amostra. Ele coloca as mãos dentro de minha calça, e começa a apertar minha bunda. Vou descendo o palmo de minha mão até o grande volume de sua calça, e o aperto. Sinceramente falando, sempre que eu e Matt fazíamos sexo, eu precisava de uma cadeira de rodas para voltar a andar, e fico toda assada.

Matt joga seus óculos no chão, levanta sua cabeça e começa a beijar meus seios. Abaixo minha calça e abro a calça dele, sentindo agora a verdadeira sensação de estar no paraíso.

***

Acordo com meu cabelo no meu rosto, e todo embolado. Viro minha cabeça e vejo Jessica babando na coberta, Wanda roncando, e Anna caindo da cama. Dou um empurrãozinho nela com meu pé, e ela acaba caindo da cama, e dando um grito. Finjo que voltei ao sono, e que nada aconteceu, então ela levanta do chão e volta para a cama.

Me pergunto como Natasha estaria agora, e me lembro de ela tinha ido no prédio comercial bege. Então, uma sombra passa pela janela e me olha. Eu sei quem era… Corro para perto da janela, porém, ela some. Eu sabia quem era, e sabia que estava atrás de mim.

***

Hell’s Kitchen, hoje, 12h34

Acordo lentamente do chão, sentindo o peito de Matt abaixo de minha bochecha. Dou um sorriso, quando veja uma sombra feminina abrindo a porta do escritório. Tinha certeza que era a secretária chorona com quem ele dormia. Eu e ele estávamos no chão quando ela abriu a porta, pois havíamos quebrado o sofá. Ao abrir a porta, vejo uma moça loira com o cabelo ligeiramente ruivo. Ela era bonitinha, mas o Matt era muita areia para o caminhãozinho dela.

— M-m-Matt? - Gaguejou a secretária, que pelo o que eu me lembro se chamava Karen.

— Karen? - Perguntou Matt, que acordou de repente - Eu posso explicar...

Já era tarde demais, a secretária saiu e bateu a porta do escritório, saindo para a rua.

— Parece que deu a louca na secretária - comentei, vendo Matt bufar de raiva.

— Calada, Natasha - respondeu Matt, rigidamente.

— Ah, qual é, nós sabemos que você era muita areia para o caminhãozinho dela…

— Porra Natasha! - Disse ele, levantando do chão, e expondo suas partes (e que partes).

— OK, você então vai ficar com a puta de secretária e me deixar moscando? Tudo bem, pois tem outros na fila. Steve, Tony, Frank… E muitos outros.

Nem dei tempo para ele responder, apenas peguei minhas roupas, me vesti e sai. Mas o que ele não sabia, é que eu havia pego o endereço da Jones no celular dele quando ele estava dormindo. Era alguma rua com B, e o nome do local era “Alias - Departamento de Investigação”, e eu pesquisei na internet pelo Google Maps, e parece que ele fica num prédio comercial bem velho.

Bom, eu já sei o que fazer. Vou pegar Wanda e as meninas e ir atrás da Jones.

***

O banheiro do hotel estava um tumulto. Drew estava passando um delineador, Wanda estava escovando os dentes, Anna estava lavando o rosto, e eu, tentando arrumar meu cabelo.

Era um empurra-empurra, e o lugar mais desorganizado que eu já estive na minha vida.

Após todos nós nos vestirmos, nós descemos ao saguão e ficamos esperando por Natasha, que nos enviou a mensagem que estava chegando.

Ao ela chegar, ela nos contou sobre Jones:

— Ela está num prédio comercial antigo, e o nome do escritório é Alias.

— Alias? - Questionou Wanda.

— Alias - afirmou Natasha.

— Alias - repeti.

— Alias - Repetiu Vampira.

— Alias - repetimos juntas, percebendo o significado real da palavra.

— Essa não foi a última palavra que o Homem Púrpura disse antes dela… Você sabe… - disse Drew, passando o dedo indicador na garganta.

— Sim - confirmou Natasha - mas vamos deixar de conversar e fazer logo o que se tem para fazer.

Então, saímos do hotel, andamos por uma rua escura e com vários pneus velhos jogados no chão, onde cresciam alguma planta dentro e fora deles. Olha para cima, avistando uma sombra num prédio. Era a mesma sombra de ontem. E ela estava me observando. Eu sabia quem era, mas não podia tratar disso naquele momento; tínhamos que achar Jones primeiro.

Natasha para em frente a um outro prédio comercial acinzentado, que parecia ter uns dez anos. Ela abre a porta lentamente, fazendo um pequeno ruído, que faz Drew ficar arrepiada. Ao Romanoff entrar, ela faz um sinal com a mão de que podemos entrar. Ou não. Quando chegamos perto da porta para entrar, ela disse:

— Não falem nada enquanto eu estiver lá dentro. Eu converso com ela primeiro e depois vocês entram.

Ela nem deu tempo para respondermos, mas todas nós sabíamos o quanto Jones era perigosa. Porém, deixamos Nat fazer do jeito dela.

Após uns quatro minutos, Natasha é jogada da janela do baixo prédio comercial, e cai no meio da rua. Anna e Wanda vão socorrer Natasha, enquanto eu e Drew subíamos a escada correndo. Entramos numa sala com a placa “Alias - Departamento de Investigações”. Ao entrarmos, vemos Jones sentanda na sua cadeira de couro, com os pés em cima de uma mesa, e com a cara ensanguentada de sangue. Parecia que Natasha não foi muito amigável com a nossa anfitriã.

— Oi… Jones… - digo com minha voz falha.

— Olá vadia - ela me responde - Como vai? Matando muitas pessoas como a Natasha? Ou você deu uma pausa?

— Você sabe que o que aconteceu não foi culpa nossa, Jones. - Digo.

— Foi sim. Vocês que colocaram a porra daquele demônio na minha cabeça. - Disse ela se levantando da cadeira e acendendo um cigarro.

— Não foi culpa nossa que ele entrou na sua cabeça, foi?

— FOI, PORRA. - Berra ela.

Avanço para Jones, contornando a mesa e ficando peito a peito com ela

— Não foi culpa nossa se o Cage te largou. - Digo.

Isso foi um dos maiores erros que eu já fiz. Ela me levanta pela gola da jaqueta e me encosta na parede.

— Escuta aqui sua vadiazinha louca, não vai ser você que vai me desrespeitar dentro de meu próprio escritório, está ouvindo? - Não respondi nada - TÁ OUVINDO?

— Não. Fala mais alto - digo, desafiando-a.

Pronto. A batalha começou. Jessica me jogou contra o chão, e empurrou Drew pela janela, nocauteando-a como Natasha. Jones me dá um soco no rosto, o que faz com que o chão rache. Percebendo que ela estava vulnerável na parte de baixo, dou uma joelhada nela, e ouço seu gemido de dor. Joga ela pro lado para sair de cima de mim, porém, rapidamente, ela levanta, e me puxa meu braço, quebrando-o. Fico vulnerável, e ela me joga no chão novamente, e coloca uma faca no meu pescoço.

— Por quê agora vocês resolveram aparecer aqui? Por quê neste exato segundo? - Questionou Jones, rígida.

— Nós precisamos de sua ajuda. - Digo com o pouco de voz que me resta.

Eu e Jones somos interrompidas por um grito vindo de baixo. Ela sai de cima de mim, e ambas olhamos para as outras garotas que estavam na rua.

Anna, Wanda e Natasha estavam aglomeradas ao redor de Drew, que estava estirada no chão, com uma lamina grega entre a cabeça. Sinto meu corpo pesado demais para minhas pernas me sustentarem.

— E-eles m-m-mataram a Jessica… - digo lentamente, ajoelhada no chão e com lágrimas caindo do meu rosto.

— Eles? - Questiona Jones, ainda não comovida com meu sofrimento por causa da morte de Jessica.

— A HYDRA. Eles estão nos perseguindo - respondo.

— Eu acho que está claro que não foi a HYDRA. E sim, uma velha amiga da Natasha - diz ela, apontando para a lâmina, que alguns segundos depois, percebi de quem era.

— Elektra… - digo, com meus olhos cheios de fúria.

***

Hoje, Hell’s Kitchen, 23h59

Após ligar para todos os parentes de Drew e levar seu corpo para um beco, eu liguei para Natasha, Carol e Jones, e ambas não atenderam minhas ligações. Talvez elas ainda estivessem lutando contra o Tentáculo e Elektra. Enquanto elas estão salvando o dia, eu estava lá, com o corpo de Drew, fazendo nada. Claro, quem confiaria na mutante doida? Ninguém, mas tudo bem, eu não as culpo.

Depois de mais algumas várias horas, eu liguei novamente para todas elas, e nenhuma das três atendeu. Resolvi esconder o corpo de Jessica escondido numa esquina, e procurar por Stephen, um antigo mentor meu. Possivelmente, ele me ajudará. Então, sigo pela rua mais próxima, procurando por sua casa.

***

Ando mancando pela rua, sentindo o sangue pingar do meu pé. A lâmina de Elektra tinha penetrado no meu pé, e ela tinha me jogado no chão algumas vezes, o que fez eu ficar com cortes no rosto. Eu não sei para onde ir. Não sabia onde Carol, Wanda ou Jones estavam.

Então, penso em ir ao apartamento de Matt. Hesito no exato momento. Talvez ele ainda estivesse bravo comigo. Talvez a Karen Page (a.k.a. secretária chorona) estivesse lá, e eu não estava com paciência para brigas fúteis. Com escassez de opções, resolvo ir para o apartamento. Ando alguns quarteirões de Hell’s Kitchen, até chegar num antigo prédio velho. Procuro, no painel de campainhas a campainha de de Matt, e quando a acho, a aperto. Ouço um som abafado de pantufas se impactando contra o chão, então, ele abre a porta do prédio para mim. Ele estava com um pijama listrado azul. Dou um sorriso pelo canto da boca.

— E aí ceguinho.

— Oi Natasha.

— Posso entrar?

— O que aconteceu? Sinto cheiro de sangue - disse, abrindo passagem para mim entrar no prédio.

— Elektra jogou uma lâmina no meu pé. Ela tava com o Tentáculo - digo, subindo a escada com ele atrás de mim.

— Elektra está na cidade? - Diz ele com a voz um pouco falha.

— Está.

— Bem… Amanhã nos vemos isso, agora você tem que descansar e fazer o curativo deste pé - ele fala, enquanto eu abro o apartamento dele.

Karen não estava no apartamento, que por sinal, estava todo desarrumado e com ataduras e micropólio espalhados no sofá. Ele tranca a porta enquanto eu olho para a vidraça vermelha que estampava a parede de tijolos da sala.

— Como tá indo com a secretária? - Questiono.

— Nós terminamos - disse ele.

Sinceramente, quando eu ouvi aquelas palavras, minhas bochechas coraram, e eu dei um sorriso discreto.

— Quer dizer que agora o Mattzinho está de volta para a pista de dança?

Ele não responde nada, apenas permanece quieto, enquanto senta em sua cama. Eu o sigo, e sento em seu colo, com o rosto virado para ele e com os braços em volta de seu pescoço, ele olha para baixo, então, jogo-o lentamente na cama, e começo a beijá-lo. Ele coloca seus braços em minha cintura, e começa a morder minha orelha. Eu abro a camiseta de seu pijama, e ele tira a minha regata sangrenta. Ele gira seu corpo, me deixando por baixo do dele. Ele começa a descer seu rosto até minhas partes. Ele abre minha calça e tira minha calcinha. Então, ele começa a lamber minha vagina. Após esta estar lubrificada, ele tira sua calça e penetra seu pênis em minha vagina. Fazendo um rápido movimento frenético e acariciando minhas nádegas, eu vou beijando seu ombro.

Após uns 20 minutos, eu e Matt estávamos deitados de conchinha na cama. Eu me deixei adormecer, mas sabia, que assim que acordar, deveria ir atrás das outras meninas. Eu estava cansada, então, dormi.

***

Volto a ver pelos meus próprios olhos; estes e minha mente haviam sido tomados por Killgrave há algumas horas. Eu não sabia o que estava acontecendo, só sabia que eu estava com um velho casaco surrado, e a touca deste cobria minha testa. A pele de meus punhos estava vermelha, e em algumas partes, sangrava. Eu não sentia nada, pois não estava em controle do meu próprio corpo. Eu estava em uma loja de esquina, apontando uma arma para possivelmente a dona do caixa, que colocava todo o dinheiro do caixa numa sacola.

“Jessica”.

“Jessica Jones”, dizia a voz atordoante em minha cabeça.

Eu estava fraca, não estava em condições de retomar o controle de minha mente, apenas de obedecer aos fios de marionete que estavam em minha cabeça, e estes sendo controlados por Killgrave. Porém, eu poderia tentar. Consigo retomar o controle de minha mão, só desta, porém. Pego a sacola de dinheiro com a mão esquerda, que estava sendo controlada por Killgrave, e ao sair da loja, minha mente ficava atordoada. Várias imagens começavam a se formar em meus olhos. Várias vítimas que eu matei no passado, quando estava sob o controle de Killgrave. Retomei o controle de minhas pernas, então corri para o centro da rua. E nesta, um carro estava passando. Ao ele se impactar contra mim, ele amassa sua lataria e me empurra apenas uns dois centímetros para trás. Olhei para dentro do carro, e apenas vi uma grávida aterrorizada, olhando para mim, com medo de que eu a ferisse. Algo em minha cabeça dizia para matá-la, e outra dizia para fugir. Como estava sob controle de minhas pernas, corri por muito tempo, até chegar no rio mais próximo. O ar estava gelado, e ninguém passava pela ponte. Eu sabia, que caso eu pulasse e não tomasse o controle de meu corpo rapidamente, ou eu morreria ou eu voltaria a assaltar e matar pessoas ao mando de Killgrave. Não hesitei e pulei da ponte ao mesmo tempo que ouvia os gritos de raiva de Killgrave dentro de minha cabeça.

***

Acordo com a cabeça e os braços doloridos. Meu cabelo dourado estava embolado e amassado, e eu estava numa cama pequena. Pela janela, a luz da Lua invadia o local inteiro. Procuro com meus olhos alguém, e acho um rosto familiar ao meu lado.

— Bom dia, Bela Adormecida.

— Peter - disse.

— Carol. De quem você levei surra desta vez? - Disse ele, que estava com um pijama com estampa de bananas e com uma tigela de cereal em cima de suas pernas.

Senti um alívio ao saber que estava a salvo, porém, fiquei nervosa ao saber que Natasha, Jones e Wanda poderiam estar em perigo. Mas eu estava muito fraca para pensar sobre como sair de lá naquele momento.

— Onde você vai dormir? - Pergunto a Peter, já que eu estava em sua cama.

— Com você. Não te posso colocar no sofá porquê ele está lavando. Mas olha pelo lado bom, finalmente vai realizar seu desejo de estar na mesma cama que eu - diz ele, do jeito engraçado que sempre diz, do jeito Peter.

Então, vou para o lado da cama, deixando um espaço para ele se deitar. Ele se deita na cama e apaga o abajur.

— Boa noite Peter.

— Boa noite, Carol. - Diz ele, me dando um beijo em meus lábios.

***

Hoje, 10h12, Manhattan, NY

Meu cabelo louro estava amarrado num rabo de cavalo, e eu estava vestindo um dos pijamas velhos de Peter. O banheiro dele, era sinceramente, uma bagunça; enquanto eu lavava o rosto, ele escovava os dentes, na mesma pia. Após escorvamos os dentes e lavarmos os rostos, eu e ele tomamos um café da manhã típico de Nova Iorque, um prato de bacon com ovos. Nós ficamos sentados na mesa em silêncio.

— Então… - digo - Por qual diabos você me pegou de Hell’s Kitchen, feioso? - Falo, brincando com ele.

— Porquê você estava toda ferrada... - eu sabia disso, mas não sabia da outra parte… - E também, por que eu preciso de sua ajuda…

— Para que?

— Bom… Eu venho trabalhando com Reed, Stark e Stephen Strange por um tempo, e bom, nós descobrimos que há vários… Bom… Como eu posso dizer isso sem ser de uma forma estranha? Bom, nós achamos vários portais, escondidos, por toda Nova Iorque. Inclusive em Hell’s Kitchen. - Diz ele.

— Isso não é mais problema meu, eu tô fora dos Vingadores mesmo. E deve ser só mais um monstrinho de Asgard. Deixe o Thor lidar com isso. - Digo.

— A questão não é essa, Carol. - diz, dando uma colherada no ovo com bacon - A questão é que, para fechar, nós precisamos de energia Kree. E só você consegue produzir energia suficiente para conseguir fechar os portais.

— Eu já disse Peter, não. Se você me salvou só para tentar me convencer a ajudar você e seus amigos, está errado. Eu saí dos Vingadores exatamente por isso. Quando vocês têm informações importantes, vocês nunca dizem. Mas quando vocês precisam da gente, vocês vêm correndo contar para a gente.

— Carol, isso é série. São portais para um Universo paralelo. Reed chama isso de Amálgama.

— E o que você acha que pode sair desse portal? Uma barata mutante roxa com poderes de aniquilar o mundo?

— Carol, há uma outra organização nesse Universo, e eles podem batalhar contra nós.

— Eu tô pouco me ferrando pra eles. - Digo, levantando da mesa e indo para o quarto.

Visto minha jaqueta, e coloco um moletom por cima. Pego meu par de botas de couro e as coloco no pé, antes que dê tempo para Peter encher mais meu saco com esse papo de Amálgama.

***

Voltei para o lugar onde tinha deixado o corpo de Drew. Quando vou até a esquina, lá está ela, em decomposição. Faço uma careta, e penso como ela daria risada sobre essa situação. Mas ela nunca mais vai poder dar uma risada. Eu fiquei acordada a última noite inteira, na casa de Stephen Strange. Eu pedi para ele me ajudar a achar Carol, Natasha e Jones, porém, ele disse que ambas estavam fazendo jornadas pessoais, e que precisavam de um tempo. E quando eu ia embora, ele me pediu para ficar, pois tinha um assunto importante para tratar comigo. Ele disse algo sobre um Universo Amálgama, e que ele estava estudando-o com Parker, Reed e Stark. No momento, eu perguntei o que eu tinha haver com aquilo, então, ele passou algumas (quatro) horas explicando sua teoria, e segundo ele, somente com a energia Kree e com um feitiço feito por uma mutante com o dom da magia poderiam ligar e selar os portais para este outro Universo. Eu perguntei para ele como ele descobriu esse Universo, e como várias (52) fendas se abriram na superfície da Terra. Ele, então, disse que tudo isso ocorreu por conta do meu irmão Pietro, que estava numa missão em Boston, contra o Toupeira. No momento, eu já fiquei preocupada, com medo de que algo tivesse acontecido com ele. Stephen me disse que Pietro estava preso nesta outra dimensão, e que nós não tínhamos nenhum meio de salvá-lo ou de se comunicar com ele, a não ser pela energia Kree e pela minha magia. Então, eu jurei para ele que conseguiria convencer Carol de me ajudar. Ele me agradeceu, e perguntou por Drew. Eu lhe contei tudo o que havia ocorrido, desde o encontro com Jones até a morte de Drew. Ele ficou espantado, e com remorso. Drew era uma grande amiga dele. Ele perguntou onde o corpo estava, e eu disse que em uma lata de lixo na Quinta Avenida com a Décima. Ele disse para eu levar o corpo para a mansão dos Vingadores (que é o que eu estou fazendo neste exato momento), que iria providenciar um velório.

***

O peito de Matt era bem definido e com nenhum pelo. Sua pele era áspera, e sua barba era sempre raspada semanalmente, e seu pescoço tinha o cheiro de loção de bebês. Nós estávamos em sua cama, com um lençol amarelado sobre nossos corpos, que estavam entrelaçados. Quando eu acordei, a primeira coisa que eu tentei fazer foi sair sorrateiramente de seus braços, para conseguir lavar meu rosto e escovar meus dentes. Primeiro, desentrelaço minhas pernas das dele, lentamente, tentando não fazer nenhum movimento bruto. Então, consigo me livrar de seus braços. Eu realmente gosto do Matt. Ele é melhor na cama que Steve, Frank e Stark, e ele se importava comigo. Porém, eu não queria nada sério; afinal, eu sou uma espiã, e todos que tem algum relacionamento comigo se machucam.

Ao chegar banheiro dele, acho apenas uma escova de dentes, a dele. Visualmente falando, ela parecia nova, então, sem medo, coloquei um pouco de pasta nela e escovei meus dentes. Quando fui lavar o rosto, tinha uma barra de sabonete pequena no canto da pia, com cheiro de lavanda. Eu lavei meu rosto com a tal, e voltei para a cama.

Quando eu estava com Matt, eu me sentia acolhida, me sentia protegida, e amada. Eu sabia, que uma hora ou outra, quando ele decidisse que queria algo sério, eu teria que fugir, de magoá-lo, novamente. Me entrelacei novamente nos braços dele, rapidamente, antes que ele acordasse.

Ele abriu um de seus olhos. Mesmo sendo cego, ele possuía um belo par de córneas. Ambas eram de uma cor castanho-claro, como mel. Ao sentir que eu ainda estava na cama com ele, ele dá um grande sorriso, e diz:

— Eu não mais deixar você fugir de mim.

***

Eu sentia que meu corpo estava pesado e minhas roupas encharcadas, e a sensação de gelo tomava conta de tudo. Também sentia a areia no meu couro cabeludo, e começava a sentir a sensação de calor, vindo dos ombros. Ao abrir os olhos, vejo um rosto conhecido a minha frente. Percebi que Killgrave já não estava mais no controle de mim, porém, eu tinha outro problema. Eu estava na areia do rio Hudson, com meu ex-marido, Luke Cage, tentando me acordar. Aquilo não poderia terminar bem.

***

Após sair da casa de Peter, recebo uma ligação, de meu celular, que agora estava carregado. Era Natasha, que dizia estar na Mansão dos Vingadores, com Wanda, pra o velório de Drew. Então, eu voei (literalmente) até lá, e encontrei todos.

Todos estavam de preto, menos Natasha, que estava com um casaco colegial vermelho surrado; ao lado dela, estava Matt, com um terno preto e seu clássico par de óculos vermelhos; Matt estava com seu braço ao redor do pescoço de Nat. Logan, Stark, Rogers, Scott Lang, a família Richards, todos estavam ali, com roupas de luto. Eu chego perto do aglomerado de pessoas sorrateiramente, até chegar perto do caixão.

Drew estava com a mesma roupa que havia morrido, e o caixão era negro, como ébano. Todos estavam se lamentando, eu também.

Depois daquilo, depois da morte de Jessica, eu desistiria da vida de Capitã Marvel, e me tornaria somente Carol Danvers.


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