The Boyfriend escrita por Marih Yoshida


Capítulo 27
Formatura


Notas iniciais do capítulo

Hey! Tudo bem com vocês meus amores? Eu demorei né? E não, dessa vez eu não tenho nenhuma preguiça. Porque eu já tenho bastante ideias para a fic, já entrei de férias e tenho tempo... o único problema foi a preguiça mesmo.
De qualquer forma, obrigada por todos os comentários no último capítulo! Amo vocês :3



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"Você, suave e única; Você, perdida e sozinha; Você, estranha como os anjos, dançando nos oceanos mais profundos, girando na água. Você é igualzinha a um sonho, igualzinha a um sonho."

Talvez ele tivesse exagerado quando mandou essa mensagem para ela. Talvez, ela se sentisse desconfortável de alguma forma. Mas essa era sua única chance. Sua única chance de mostrá-la o quanto ela era incrível. E, que jeito melhor do que enviando-a um trecho de sua música favorita?

Ela não respondeu. Mas, de qualquer forma, ainda não havia feito a pergunta, certo? Provavelmente ela achara que era mais uma brincadeirinha do garoto, e talvez fosse. Uma brincadeira cujo objetivo era real e sério.

Suspirando, ele digitou a pergunta que tanto o fazia estremecer. Não, não iria pedi-la em namoro, ou em casamento. Iria apenas pedir para que ela fosse à festa de formatura com ele. Uma pergunta simples e boba. Mas, se tratando de quem era ele e de quem ela era, o simples pensamento da pergunta já o fazia tremer da cabeça aos pés.

"Estamos no mundo dos esquecidos, e perdidos dentro de sua memória. Você está se arrastando, seu coração foi partido. Porque todos nós sucumbimos na história."

Ótimo, agora ele virara uma espécie de versão masculina de Thalia. Francamente, chamar uma garota para sair nunca fora um problema para ele, e, agora, estava pior do que Jason, e isso não era bom, definitivamente. Mas ela causava um efeito nele, um efeito como calmante e cafeína juntos. Ela era seu agridoce preferido. Pensar nela fez com que seu cérebro derretesse e suas pernas tremessem.

Suspirou, sabia que deveria fazer isso logo. Então, tentando parecer indiferente e despreocupado, mandou a pergunta para ela, se arrependendo no segundo depois que o fez. Como uma adolescente apaixonada, ele começou a entrar em pânico. E se ela risse dele? E se ela já tivesse um acompanhante? E se...? Sua sucessão de "e se" foi interrompida pelo barulho do celular avisando que havia chego uma mensagem. Curioso e com medo da resposta, ele pegou o celular relutante, porém rápido.

"Tudo bem, que horas você vai passar aqui?"

Releu a mensagem pelo menos dez vezes antes de ter certeza do que tinha lido. Com um sorriso de orelha a orelha, ele respondeu. Dez minutos depois, tudo já estava combinado e ele não sabia que iria ser tão simples. Ainda olhando bobo para o celular, se lembrou que deveria pegar seu smoking na lavandeira. E se lembrou que a lavandeira ficava do outro lado da cidade e que seu irmão tinha pego seu carro emprestado porque precisava fazer compras com a namorada e o carro dele estava quebrado.

Talvez, se pegasse um ônibus, daria tempo de pegar o smoking e ir direto para a casa dela, mas ele estaria suado e sem carro. Pensou em esperar o irmão voltar, mas o outro disse que iria devolver o carro apenas a tempo de o mais velho ir ao baile. Sua cabeça pensando o mais rápido do que podia, ele se lembrou da moto do irmão, que ficara na garagem. Sorriu, não estava totalmente perdido, afinal.

~^~

Chegou em casa junto com o irmão, que pediu desculpas por pegar o carro. Falando que estava tudo bem, correu para seu quarto, para tomar um banho rápido. Ele só tinha vinte minutos e ainda não sabia como arrumar a gravata. Com a ajuda da namorada de seu irmão, ele conseguiu sair faltando cinco minutos. Tudo bem, se ele pegasse os atalhos, conseguiria chegar a casa dela com apenas um minuto de atraso. E assim o fez.

Parando o carro na frente da grande casa, ele se olhou no retrovisor uma última vez antes de sair e andar calmamente até a porta da frente. Tocou a campainha e esperou que alguém atendesse. Ouviu som de passos, e logo depois ali estava ela, linda num vestido azul claro que ia até acima de seus joelhos.

– Oi Leo. - Sorriu. Leo sorriu de volta.

– Você está linda. - Disse, sem conseguir se conter. Corando, Reyna agradece. - Vamos?

~^~

A festa estava boa, tinha bebida sem álcool, uma pista de dança, e um palco onde ele e Jason iam tocar. Quando chegou a hora, Jason e ele se levantaram e deixaram Reyna sozinha na mesa. Andaram até o palco e Leo pediu silêncio pelo microfone.

– Nós fomos os escolhidos da nossa sala para fazer isso, uma última homenagem a todos que estão se formando hoje. - Começou. - E, bem, escolhemos essa música porque achamos que não seria nada repetitivo e é meio perfeita para a ocasião. - Ele mexia as mãos nervosamente.

Jason começou a tocar. Leo encarava Reyna que a encarava de volta. Quando chegou a hora, ele começou a cantar: (música)

"Diga adeus para o pátio e as aulas, diga olá para um emprego e os impostos. Os finais de semana com antigos amigos virando de 9 as 5 na rotina.

Diga como você se sente cansada disso, como se sua vida fosse um mapa sem bússola para te guiar. No bar bebendo muito, cantamos juntos o "Forever Young"

E aqui vamos nós de novo, desejando que pudéssemos começar de novo

Wendy, fuja comigo. Eu sei que soo louco, não vê o que você faz comigo? Eu quero ser um garoto perdido. Ultima chance, uma realidade melhor.

Wendy, nós podemos fugir, prometo, se estiver comigo, diga a palavra e daremos um jeito. Eu posso ser seu garoto perdido, sua ultima chance, você é tudo que eu planejo de melhor. Ah, em algum lugar na terra do nunca.

Começaremos uma vida modesta e simples, de ótimos momentos com pessoas bem melhores. E finais de semana com nossos amigos, rindo do vinho que mancha os dentes deles. Vamos falar de como seus pais se separaram, e de como você não quer cometer os mesmos erros que eles. Eu direi que o importante é deixar pra lá, e tentar se sentir jovem para sempre

E aqui vamos nós de novo, desejando que pudéssemos começar de novo

Wendy, fuja comigo. Eu sei que soo louco, não vê o que você faz comigo? Eu quero ser um garoto perdido. Ultima chance, uma realidade melhor.

Wendy, nós podemos fugir, prometo, se estiver comigo, diga a palavra e daremos um jeito. Eu posso ser seu garoto perdido, sua ultima chance, você é tudo que eu planejo de melhor. Ah, em algum lugar na terra do nunca.

E aqui vamos nós de novo, desejando que pudéssemos começar de novo

Wendy, fuja comigo. Eu sei que soo louco, não vê o que você faz comigo? Eu quero ser um garoto perdido. Ultima chance, uma realidade melhor.

Wendy, nós podemos fugir, prometo, se estiver comigo, diga a palavra e daremos um jeito. Eu posso ser seu garoto perdido, sua ultima chance, você é tudo que eu planejo de melhor. Ah, em algum lugar na terra do nunca.

Ah, em algum lugar na terra do nunca"

Depois de terminar, foram aplaudidos e muitas pessoas choravam. Pedindo silêncio novamente, Leo voltou a falar:

– Eu só tenho mais uma última pergunta antes de deixar que vocês curtam a noite, e essa pergunta é para um único alguém. - Disse. - E então, Reyna Avila Ramírez-Arellano, o que acha de ser minha Wendy?

Todos encararam Reyna, que encarava Leo sem reação. Ela ficou alguns segundos assim antes de soltar um "hã?" que fez todo mundo rir, inclusive Jason. Leo apenas sorriu, escondendo seu nervosismo.

– Quer namorar comigo? - Perguntou devagar, como alguém fala com uma criancinha. Reyna abriu e fechou a boca várias vezes, antes de sorrir. Ela se levantou e andou calmamente até o palco, cada passo uma tortura para Leo, que já preparava as bochechas para um belo tapa. Mas, ao invés disso, depois que conseguiu subir no palco com a ajuda de Jason, pegou Leo pelo pescoço de juntou seus lábios aos dele.

As pessoas aplaudiram, gritaram, assoviaram, mas tudo tinha sumido para Leo. Só conseguia pensar nos lábios da garota nos seus. Quando finalmente conseguiu ter alguma reação, ele a segurou pela cintura e aprofundou o beijo, com medo de que aquilo fosse um sonho e que Reyna, na verdade, fosse seu travesseiro.

Mas não. Era real. E ele sabia disso. Um travesseiro não usava gloss de melancia, nem tinha a curva da cintura tão definida.

É, definitivamente, aquele não era seu travesseiro.


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Notas finais do capítulo

Cara como eu amo essa música :3 Prefiro a versão original, é claro, mas a acústica é tão lindinha também :3
Eu achei esse capítulo tão bonitinho :3 Ele já estava planejado há um bom tempo, eu só precisava de u lugar para encaixá-lo.
E o que vocês acharam? Deixem reviews!
~Kisses!