31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 9
8º Dia de Dezembro


Notas iniciais do capítulo

Ola galerinha, viu, não demorei muito ebaaaa!!! E espero não demorar muito porque quero ver se consigo chegar pelo menos no natal bem no dia do nosso natal aqui! Então não vamos perder tempo. Gostaria de dar as boas vindas as leitoras nova, teve uma em especial que amei, porque comentou em todos os capitulo, beijos sua linda, e obrigada pelos comentarios tbm minhas leitoras fieis. Em especial a pessoa que me disse que queria dialogo de Edward e Bella, porque esse capitulo por causa de você escrevi diferente, e introduzi Edward antes do que esperava. Pra quem lê minha fic menininha complicado, vamos ter atualização finalmente, pra quem não lê dê uma olhadinha depois. Booooa leitura



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Oitavo Capitulo: 8º dia de dezembro

Existem manhãs em que abrimos a janela, e temos a impressão de que o dia está nos esperando.

O celular nem havia despertado e já estava acordada devia ser um marco muito grande na minha vida. E quase poderia ter comemoração, caso eu estivesse a fim, claro.

A verdade foi que não havia conseguido dormir direito, me lembrava de pensar em Edward antes de pegar no sono, e agora quando havia acordado também estava pensando. Primeiramente porque havia conseguido fugir dele ontem, consegui escapar de qualquer uma de suas ameaças que estariam por vir, e também porque estava querendo entende-lo. Algo não havia saído da minha casa, qual teria sido o fator para Edward mudar de ideia?

Também tinha a questão de Karl, ela é uma criança adorável, e estava começando a gostar de sua companhia, fiquei olhando o cartãozinho que ela havia me dado por horas, nunca tinha ganhado nada de nenhuma criança e fiquei extremamente feliz em ganhar algo dela, ainda que fosse tão simples. Acabei colocando na porta da geladeira, Jacob chegou a me zoar falando que seria o tipo de mãe que teria todos os desenhos dos filhos pregados na geladeira. E provavelmente seria mesmo, por isso respondi que teria um quarto para ajudar quando a geladeira estivesse cheia.

Me virei na cama sentindo o cansaço da noite mal dormida, mais estava estranhamente ansiosa para chegar no serviço, e claro fugir de Edward novamente.

Sempre tinha algo em meu trabalho, era o desafio de trabalhar com moda, mas estava sendo algo diferente as coisas depois do ocorrido com Karl, havia agitado as coisas um pouco.

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Resolvi levantar e me arrumar, havia mais um dia de trabalho pela frente e precisava estar pronta. Escolhi algo simples, uma calça preta uma blusa de frio bege e um lenço preto, joguei as coisas que precisava dentro da bolsa, e fui para a cozinha.

Algo no balcão me chamou a atenção, havia três cartas solitárias ali. Peguei- as na mão e analisei, não tive duvida quando virei o envelope, era da mãe de Jacob, e isto me lembrou nossa conversa no dia do parque.

– Bom dia! – ele falou passando pela cozinha.

Larguei as cartas onde estava, não queria deixar ele de mal humor logo cedo, e sabia exatamente como Jacob poderia ficar caso eu o pressionasse.

– Bom dia. – respondi dando um beijinho em sua bochecha. – Esta cheiroso. – comentei

– Obrigado. – respondeu – Às vezes precisamos tomar banho.

– Ou chamar a atenção de alguém. – comentei – Alguém especial no serviço?

Me sentei ao seu lado no balcão e entreguei um copo de suco para ele.

– Só se eu quiser chamar a atenção das criancinhas apenas. – ele riu. – As garotas me amam.

– Crianças de dez anos apaixonadas pelo professor. Primeiro amor. – comentei – Tão clichê.

– Assim como você e o professor da primeira série.

– Ele ainda é um gato Jacob. – respondi me defendendo, o cara realmente era bem novo, não tinha culpa – Saiba que se tornou professor da universidade de Princeton?

– Você tem procurado a vida dele? – fez uma careta.

– Claro que não!

– Tem certeza ? – duvidou

– Ok, só um pouquinho. – respondi rindo.

– Eu estou saindo já. – se levantou e me deu um beijo na testa. - Caso queira abrir e ler.

Jacob foi ate o balcão pegou as três cartas e entregou em minhas mãos, fiquei um tempo olhando para elas antes de pegar.

– Fique a vontade.

Olhei para as cartas em minha mão novamente, e então notei que havia um numeração em cada uma delas no cantinho do envelope, continha o numero 1, o numero 3 e o numero 8, circulados. Pela caligrafia a letra era Jacob, ele havia numerado conforme elas estavam chegando. E não havia nenhum sinal de que elas tinham chegado a serem abertas, como já havia imaginado.

Coloquei as cartas dentro da bolsa, peguei as chaves do caro e sai logo em seguida.

– Ok! Vamos lá! – falei ao sair do elevador e dar de cara com Edward – Ok, não vamos não.

Bom não foi bem um dar de cara porque ele estava bem longe de mim, e não havia me visto ainda.

– Para com bobeira. – falou Âng me empurrando para fora.

Como Edward Cullen não era uma pessoa que gostava de ouvir bom dia, aproveitei a deixa e entrei na sala de Brant, antes me certifiquei que ele não havia me notado, isso graças a sua incrível percepção de funcionários.

– Bom dia! – falei.

– O que faz de óculos? – foi a primeira coisa que Barnt disse ao me olhar.

Falaria da minha tentativa de passar desapercebida? Já que se eu falasse que fosse por causa do sol passaria por louca, hoje estava caindo o mundo de água lá fora.

– Esta fugindo de alguém?

Brant era tão perceptivo e nem ao menos precisava olhar em meus olhos.

– O que o levou a pensar isso? – queria saber o que é que havia me denunciado, eu precisaria melhorar.

– Quase entrou na ponta dos pés. – respondeu

– Ah!

– Não esta atrasada, então suponho que é Pierri, posso te ajudar com isso.

Coloquei minha bolsa em cima da mesa, tirei os óculos escuros patéticos. Sem necessidade para o uso deles.

– Obrigada, mas se eu sumir também, estarei dando assas a imaginação de Pierri.

– E o que seria esse tipo de imaginação?

– Você e Rosalie provavelmente envolvidos em um assassinato. – falei como se não fosse nada, ele chegou a abrir a boca para dizer algo mais o cortei – E a arma do crime é seu salto agulha.

– Faz sentindo. – respondeu se contorcendo.

– Não entre nas ideias de Pierri.

– Irei comentar sobre isso indiretamente.

Bufei, mas é claro que ele falaria.

– Vou pensar muito antes de contar algo parecido a você.

– Divirta-se – desejou.

Era o cumulo mesmo!

Brant voltou a fazer o que é que ele estivesse fazendo naquele momento, e me peguei encarando-o.

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Ele vestia uma camisa azul escura que destacava a cor dos seus olhos, a camisa era um pouco colada, o que dava para notar seu corpo, que dava para notar que era bem definido, usava um relógio que devia ser caríssimo assim como suas roupas, a gravata havia uns risquinhos e neste momento ele desafrouxava o nó dela para ficar mais confortável. Usava uma calça marrom mais clara, que havia dado a combinação perfeita. Constrangida por analisar meu chefe dessa forma voltei a atenção para minha mesa, peguei de dentro da bolsa o envelope que Jacob me entregará .

Fiquei olhando para elas algum tempo, não conhecia sua mãe muito bem, nem mesmo Jacob a conhecia. Havíamos nos encontrado algumas vezes, na verdade poderia chamar de alguns esbarros, duvidava que ela me conhecia. Jacob já tinha visto mais vezes, mas se recusava a ouvi-la, era uma verdadeira confusão quando ela aparecia na vida de Jacb novamente.

E agora ficava me perguntando se era certo abrir a carta, se não estaria invadindo seu espaço, indo contra um limite estabelecido entre nós silenciosamente. Estaria ultrapassando esses limites? Geralmente fazia sempre isso, mas não queria magoa-lo neste caso.

Suspirei com o envelope na mão, eu poderia pensar mais sobre esse assunto mais tarde, havia trabalho e coisas de mais me esperando para serem feitas.

– Terminamos com os vestidos ontem? – perguntei.

– Não – ele respondeu – Estou esperando o surto de Roselie passar.

– Ela esta brava com você?

– Quer ver a mensagem que me mandou? – olhou para mim estendendo o celular.

– Acho que não. – não queria me envolver mais. – Foi minha culpa.

– Alice ter ligado? – falou – Não.

– Rosalie vai me odiar? E pegar no meu pé como Edward tem feito depois do ocorrido com sua filha?

Não sabia se Brant estava a par do que estava acontecendo entre eu e o Cullen, mas me encontrar na sala dele, sair para almoçar com a filha, acho que ele já estava bastante informado.

– Rosalie é bem madura. – uma resposta bem simples e vaga.

– Mulheres são bem possessivas com amizades. – comentei por cima, foi mais um pensamento que saiu em voz alta.

– Rosalie é bem confiante, o ciúmes dela não irá afetar você. – respondeu – Mas a Alice, não posso dizer o mesmo.

Fiquei pensando que tipo de amigas Rosalie e Alice eram, e o quanto a amizade delas poderia estar afetada, porque no caso Jacob fizesse isso comigo eu provavelmente ficaria com ciúmes, então entendi Rosalie.

Tentei não pensar mais sobre este assunto também, e logo estaria evitando todos os outros.

– DAUGHERTY! – Pierri entrou na sala gritando.

Olhei para ele assustada, enquanto caminhava com passos pesados para a mesa de Brant. Seu rosto estava vermelho e ele arfava.

Eu poderia evitar esse problema que estava preste a acontecer aqui dentro também.

– Bom dia para você também Pierri – ele respondeu sem levantar a cabeça.

Não era importante, concluiu Brant, e isso pareceu irrita-lo ainda mais.

– COMO OUSA? – continuo gritando – Você é um desalmado!

Olhei confusa para ambos, o que é que estava acontecendo dessa vez? E o que é que Brant havia feito para ter um Pierri descontrolado em sua sala?

– O que eu fiz Pierri? – cruzou os braços finalmente dando a atenção que ele queria.

– Fechou seu desfile no Lincoln Center. – respondeu

– Exato. – respondeu – Tem algum problema?

– Claro! – gritou novamente – Meu desfile é lá.

Olhei desta vez atônita para Pierri, dois desfiles no mesmo lugar tão próximo e da mesma marca, não pegava bem. Levantei e me aproximei de onde os dois estavam, estava pronta para intervir caso precisasse.

Brant recostou preguiçosamente na cadeira, era obvio que não era o fim do mundo, como estava sendo para Pierre.

Agora estava pronta para a guerra de posses que começaria. Se não fosse algo realmente sério poderia pegar uma pipoca e assistir. Ok não faria isso mesmo se pudesse.

– Fala alguma coisa. – ele estava descontrolado – Purpurina diga a ele que o lugar é meu.

Como é que ? Foi minha vez de gritar internamente.

– Vamos lá Isabella. – Brant fez questão de me jogar no meio do fogo cruzado se divertindo.

Pierri não podia notar seu tom de voz, mas eu sim conseguia, por de baixo desta acusação Brant estava se divertindo as minhas custas.

Olhei para ele e depois para Pierri engolindo em seco, tinha quase certeza que minha cor havia sumido.

– Isto vai ser interessante. – cruzou as mãos sobre a mesa.

Os dois estavam focados em mim, olhos bem atentos, nos de Brant algo irritante brilhava naqueles olhos azuis, ele amava meus discursos secretamente, e gostava de se divertir as minhas custas, as coisas ficavam mais interessantes quando me via, já Pierri tinha fúria, estava com os braços cruzados, não achando nada divertido o que acontecia, e tinha que concordar com ele. Mas sua expressão havia aliviado um pouco sabendo que eu interveria neste momento, sendo que ele chegou ate a se sentar.

Esperava que fosse pelo fato de confiar em mim, e não porque meus discursos para os dois fossem entediantes. Geralmente a batalha era ganha com o cansaço de ambas as partes depois que começava a falar.

– Vamos partir para os fatos. – comecei sem saber exatamente o que fazer, e Brant deu um risadinha de satisfação, então achei que começava a ser bastante previsível e entediante como a segunda opção. – E quero deixar bem claro que não estou escolhendo um lado. – olhei para ambos e apontei o dedo para eles. – Sou bastante profissional.

– Eu espero. – Brant segurou uma risada.

Estava duas palavras queriam dizer, “já sabe que lado deve ficar sou seu chefe e trabalha pra mim”. Mas ele não falaria isso, porque tornaria as coisas menos interessantes. Olhei o repreendendo.

Brant ergueu as mãos em rendição.

– Vamos direto a pergunta. – resolvi que enrolar seria pior, praticamente havia virado a piada ali – Quem alugou primeiro?

Sabia que esta pergunta seria uma péssima escolha, Pierri responderia que foi ele e pronto estava tudo acabado, nem um ponto para a defesa de Brant e o Linkon Center.

– Eu. – responderam os dois.

Devia ter previsto esta resposta.

– Vocês não estão cooperando – respondi – Quando alugou Brant?

– Ontem as – olhou no relógio em seu pulso – Nove horas e trinta e três minutos e doze segundos.

– Eu vou bater nesse azedo. – Pierri se debruçou sobre a mesa e tentou alcançar Brant.

– Se acalme Pierri. – corri e puxei suas mãos .

– Me segura, me segura. – começou a gritar e se debater.

Olhei horrorizada para a cena a minha frente enquanto tentava controlar Pierri, ele não fazia muito esforço para agarrar meu chefe, mas estava fazendo bastante drama, caso contrario já estaria em cima dele.

– Pierri se acalme – falei.

– Me segura, me segura.

Faltou por para gritar por socorro, quando ele começou a se acalmar e olhar mortamente para Brant. Quando pensei que já tivesse se controlado cheguei a soltar suas mãos e ele foi pra cima dele novamente.

– PIERRI! – gritei repreendendo e dessa vez ele me ouviu, mas por precaução demorei mais para soltar suas mãos.

– Me acalmei, me acalmei.

– Quando alugou Pierri? – perguntei quando ele parou de fato.

Pensei que ele teria uma outra crise de drama, pois não respondeu a principio, mas aos poucos ele foi perdendo a cor ate ficar muito pálido.

– Pierri? – chamei

– Esqueci de alugar.

Seus olhos saltaram para fora, enquanto os meus provavelmente fizeram a mesma coisa.

– Não ouse a rir. – ameacei fazendo mimica com a boca.

– Eu disse que seria interessante. – falou – Fim de conversa, agradecemos sua consulta Senhorita Isabella, mas ficarei com o aluguel do Lincon Center.

Olhei para ele com a sobrancelha levantada, qual era a do termo terapêutico? O que ele queria dizer com isso? Brant se quer me olhou de volta.

Então neste momento começou uma verdadeira discussão entre eles, Pierri se descontrolou ainda mais e parecia que choraria a qualquer momento, já Brant por outro lado estava calmo do jeito dele, mas não parava de retrucar, jamais saia de sua postura de “Lorde” – ele poderia ser comparado a alguém com costumes bem antigos e uma educação de um tempo passado - mas ele abria uma pequena exceção para Pierri, mesmo que fosse minimamente.

Talvez por isso o auge foi quando Edward abriu a porta e pronunciou as palavras que me tiraram dali.

– Isabella Swan, venha comigo. – no momento não liguei para seu tom de voz, ou por parecer ser chamada por meu antigo diretor da escola, apenas o segui.

– Obrigada Senhor. – falei em voz baixa.

Quando cai em mim e dei conta de que era mesmo Edward que me chamava quis dar meia volta e voltar para a discussão que ocorria sem mim. Eu era muito mais feliz lá dentro.

– Impressão minha ou ontem você fugiu de mim?

Que avanço! Ele não parecia estar brigando comigo.

– Bom dia para você também Senhor Cullen. – meu sorriso foi de orelha a orelha.

Ele franziu o rosto, meu tom animado pareceu não agrada-lo.

Edward então em silêncio seguiu para as escadas, e penas o segui também em silêncio. Terceira lição que acabava de aprender com Edward, era não sorrir muito, isso acabava de estragar o pouco de humor que ele ainda tinha.

A principio me preocupei para onde estávamos indo, fiquei com um medo absurdo de ser mandada embora, mas expulsei esses pensamentos quando percebi que sua postura e ate mesmo como falou comigo não demostravam nada do tipo, a não ser se ficasse bastante feliz quando despedisse alguém. E vendo por este lado voltei a me preocupar novamente.

Descemos três andares de escada quando percebi.

– Você tem algo contra elevador?

– Não. – respondeu.

Descemos mais um andar. As escadas em cada andar tinha dois lances, e elas giravam e giravam e giravam numa especial de descida quadrada. Comecei a ficar tonta.

– Você não quer que ninguém nos veja junto! – exclamei entendendo.

Ele parou abruptamente e fui de encontro com suas costas batendo fortemente minha testa em seu corpo.

– Porque esta dizendo isso?- se virou para mim, nada abalado com a pancada.

– Porque você esta me levando para algum lugar pelas escadas. – falei esfregando minha testa – Que a proposito, não há câmeras.

– Há câmeras. – se virou e voltou a descer, ainda mais rápido que antes. – Você deveria saber.

– Justamente! – respondi – Se eu usasse a escada!

– Será que pode ficar quieta e descer as escadas?

– Você poderia ser um pouquinho educado. – murmurei para mim mesma.

Se ele escutou não ligou. Calei minha boca e descemos mais quatro andares em silêncio total, apenas meu sapato de salto ecoando pelo lugar.

Em algum momento parei para pegar folego, ele não descia ele praticamente corria e meus sapatos não cooperavam, me arrependi de ter escolhido eles hoje, então por isso demorei para prestar atenção onde nós estávamos quando ele abriu um porta para que passassemos

Nunca tinha vindo para este andar, na verdade eram poucos lugares que conhecia na empresa, que se resumiam a salas de reuniões, departamento financeiro e algum lugar relacionado a costura, da qual não lembrava o nome.

Este andar era relativamente muito mais imponente do que todo o resto, isso porque já achava o resto desta forma.

– Não sabia que aqui tinha uma lanchonete. – comentei enquanto saiamos do lugar cheio de cadeiras e poltronas que pareciam confortáveis e entrando em outro lugar. Não tive muito tempo para analisar o local.

– Não é para a utilização de todos.

Havia entendido a indireta.

– Se não são para pessoas como eu usar, porque me trouxe aqui?

– Para conversamos.

– Porque não em sua sala? – porque me fazer descer sete andares de escadas para um lugar que nem posso entrar? Completei mentalmente.

– Da para parar de fazer perguntas?

Me calei novamente desta vez frustrada. Edward sentou em uma das mesas e apontou para que me sentasse a sua frente.

Olhei em volta envergonhada, algumas pessoas ali nos olhavam quando viam que Edward não estava prestando atenção.

– Então... – encorajei para que prosseguisse.

– Queria explicar o que quis dizer ontem.

– Qual parte? – perguntei, esperava que fosse bem mais especifico .

– Se me deixar falar – se irritou

– Ok.

Ele suspirou uma vez então continuou.

– Sobre Karoline, pedi para que ficasse longe – fui abrir a boca para contestar, mas seu olhar me fez ficar quieta – E quero retirar o que disse.

Levantei as sobrancelhas desconfiada.

– Não quero que se aproxime... muito.

Foi de muito custo que a ultima parte saiu.

Por mais estranho que possa parecer sua declarar me fez ter uma enorme vontade de rir.

– Senhor Cullen quem mandou você me falar isso? – mori os lábios para não rir, isto era quase um pedido de desculpas.

– Ninguém. – bufou.

– Onde esta Alice? – procurei ao redor, só podia ter sido aquela baixinha.

– Ela não esta aqui – respondeu a contragosto.

– Então foi ela? – apertei os lábios de novo na tentava de não rir. – Sim ou não? – insisti.

– Apenas diga a ela que pedi desculpas. – levantou irritado cortando a palhaçada toda.

Fiquei encarando ele sair com a ultima palavra, então como se não estivesse pensando quando estava já no fim do corredor gritei seu nome. Lentamente ele olhou para trás, o impacto de tê-lo chamado pelo primeiro nome ecoando em todo o ambiente.

Não medindo as consequências andei em sua direção.

– Mais você não me pediu. – pronunciei cada palavra claramente para que não houvesse erros e ele entendesse perfeitamente.

Depois continue andando sem olhar para trás torcendo para que tivesse causado o impacto que que Brant havia me dito outro dia.

– Isabella espera. – ele gritou.

Parei no meio do corredor, enquanto ele me alcançava.

– Vamos sair daqui.

Voltei duas horas depois já temendo o pior, e fiquei ainda mais preocupada quando o andar inteiro estava em silêncio. As meninas não estavam por ali na recepção, nem mesmo parecia ter vida naquele lugar.

– Ah, aqui esta você.

– Aqui estou eu. – abri os braços encontrando com Brant enquanto saia de sua sala.

Ele tinha afrouxado ainda mais o nó da gravata e tinha os cabelos bagunçados, como se tivesse algo o preocupando.

– Você perdeu uma discussão épica. – comentou – Será que deveria ter gravado?

– Provavelmente. – respondi – Desculpe, estava com o senhor Cullen. Acho que nos resolvemos de alguma forma.

– Que ótimo – ele disse sincero – Tem uma lista na sua mesa.

Brant abriu sua porta novamente esperou que eu entrasse para depois fecha-la novamente. Fui ate minha mesa e peguei a lista que estava lá, a letra era dele, e havia vários recados que ele próprio havia anotado.

– Desculpe novamente. – falei, era meu serviço fazer tudo o que ele havia escrito na lista – Não irá acontecer de novo.

– Se fosse você não prometeria isso Isabella. – disse se sentando em sua mesa – Alice passou por aqui e perguntou de você.

– Ela veio?

– Sim. – respondeu.

Olhei novamente para lista e peguei a agenda de Brant em cima da mesa, havia vários novos compromissos marcados. E alguns não estavam batendo com a agenda.

– Brant, você vai sair com Steven e sua mãe ao mesmo tempo? – perguntei

Era um pouco estranho, porque a mãe de Brant era um tanto peculiar, só havia falado com ela pelo telefone, e era bastante exigente com o filho de um jeito bem maternal, já Steven era um cara que adorava falar sobre serviço, coisa que sua mãe fazia questão de não falar com o filho. Pelo menos era o que sempre me dizia.

– Não. – respondeu e olhou para mim. – Porque ?

– Porque você acabou de marcar isso aqui.

– Cancela com Steven. – falou – Sou péssimo com a agenda.

– Vai jogar Golfe no domingo mesmo? – perguntei quando lia isso na lista. – Você não odeia fazer isso? Porque em um domingo de folga?

– Não sabia que iria cair em um domingo. – resmungou. – O que mais temos de errado ai? Alguma reunião? Dois ou três compromissos marcados no mesmo dia que não irei conseguir ir?

– Um enorme ponto de interrogação no dia 25 com o nome de Alice, o que isso seria?

– Não fui eu que escrevi esse. – se defendeu

– Não achei que fosse, tem no mínimo uns dez coraçõeszinhos. – ri – E esta escrito de rosa.

– Não sabia que tinha uma caneta rosa por aqui. – falou

– Marcou medico na véspera de natal? – perguntei dessa vez olhando para ele.

Primeiro porque como qualquer homem, ir no médico para ele era como ir para um corredor da morte, segundo porque geralmente quem marcava ou cuidava dessas coisas era eu. Não que ele gostasse disso.

– Elisabeth consegue ser bastante exigente quando quer. – falou, ela era mãe dele – Marquei qualquer dia, vamos ter que desmarcar também.

Pude sentir um tom mais alegre e revirei os olhos.

– Talvez da próxima vez, deixe o telefone tocar. Não precisa atender.

– Ótima sugestão Senhorita Isabella. – seu tom foi totalmente sarcástico.

Eu comecei a rir, enquanto ele voltava para seu trabalho.

– Então que bom que trouxe isso a você. – peguei minha sacola e deixei em cima da mesa dele. – Sonhos de chocolate.

– Querendo me comprar com doces. Você é uma péssima secretária.

– Apenas pensei que fosse ajudar quando voltasse. – ri.

– Certo, certo.

– O que aconteceu depois que sai? Uma briga épica, seria como exatamente?

Ele se recostou na cadeira e sorriu, daquele jeito que poderia me fazer suspirar e passar uma vergonhada bem grande.

– Pierri deve ter ficado mais meia hora falando, ate que cedi o Lincon Center há ele.

– Você fez o que ? – perguntei surpresa de mais. O que havia dado nas pessoas hoje?

– Isso mesmo que ouviu, você irá procurar outro lugar para meu desfile acontecer. – falou.

– O que levou a tomar essa decisão? – precisava entender.

– Não sou um monstro.

– Sei que não é. – falei – É só que... você tinha as razões suficientes para ficar com o lugar. Na verdade não tinha nem que entrar na discussão o lugar já era seu.

– Devo ter me perdido na discussão em algum momento.

Não tinha entendido o que quis dizer, fiquei ate um tempo encarando-o para ver se conseguia as respostas, mas não consegui, então voltei para meu lugar na mesa. Seja lá o que o tivesse feito se perder no foco da discussão tinha sido algo bem serio. Nunca o vi ceder coisas para Pierri, era a oportunidade perfeita para continuarem brigando por no máximo seis meses, ate que encontrasse outra coisa.

Isso me deixou pensativa por um longo tempo. Ate que meus pensamentos mudaram para a conversa que tive com Edward Cullen.

Edward nos levou para fora da empresa dessa vez usando o elevador, ficamos andando pelas ruas movimentadas de Nova York a algumas quadras da Lanvin.

Não sei quanto tempo ficamos andando em silêncio, para mim pareceram durar uma eternidade inteira, quando na verdade devia ser apenas alguns minutos. Encarei Edward para ver se isso o ajudava a prosseguir com as palavras. E isso pareceu irrita-lo, pois torceu o nariz e finalmente falou algo.

– O que realmente quis dizer, é que não quero aproximação de ninguém com minha filha, principalmente você.

– Entendi esta parte.

– Não quero justamente porque Karoline gostou de você. – continuou ignorando meu comentário.

– Senhor Cullen, fui apenas à pessoa que ajudou, não é para tanto, e começo a me arrepender do que fiz.

– Nunca repita isso – Edward parou abruptamente – Ela é só uma criança, não tem culpa de nada.

– Exatamente, ela não tem culpa, mas desde aquele dia fui ameaçada de ser despedida no mínimo três vezes, ouvi que era substituível, posso conviver sem elogios, mas ouvir isso não é legal, e devo ter sido ameaçada ate em pensamentos quando Karl foi almoçar comigo.

– Eu...

– Sei que não vai pedir desculpas, e não quero isso de verdade, nem mesmo um obrigado, você não é o cara que diz isso. Ok. Apenas quero que seja claro no que quer. Porque não vejo mal em falar com sua filha, ela é adorável, mas também não quero ter esses tipos de conversas com você,. – tinha que dizer o quanto isso era estranho - Para depois você mudar de ideia, e depois mudar de novo.

Ele escutou tudo em silêncio o que me surpreendeu, continuamos assim ate viramos a rua.

– Karoline perdeu a mãe há algum tempo. – pude ver como estava sendo cauteloso ao escolher as palavras – ela sente falta, e tenho medo que se decepcione, só quero protege-la. – se explicou como se precisasse provar algo a mim.

– Com todo respeito, o que acha que irá acontecer com nós? Ela só gostou de mim, como gostou da Emily e como agora gosta de Emmett.

– Com você é diferente. – ele quase sussurrou essa parte, parecia doer nele cada palavra.

Me permiti olhar em seus olhos, ele parecia estar agora em outro lugar bem distante de onde estávamos, não fazia noção do que se passava, mais seus olhos me diziam que era ainda mais doloroso do que realmente era.

– Senhor Cullen. – chamei o distraindo de reviver o que é que estivesse revivendo – A decisão é sua.

– Bellinha? – Pierri me tirou de meus pensamentos quando entrou na sala. – Pode vir aqui um minuto.

– Creio que não seja muito possível Pierri. – falei

– Porque? – ele pareceu chateado

– Passei duas horas sem aparecer por aqui, preciso terminar umas coisas.

– Brant não liga. – jogou as mãos para trás.

– Claro que ligo. – ele disse se intrometendo enfim, mais na verdade no fundo mesmo ele não ligava muito. – Isabella não ira resolver nada para você.

– É BELLA seu azedo. – gritou e saiu batendo a porta.

Comecei a rir, às vezes Pierri conseguia ser bastante engraçado com seus dramas. Brant olhou para mim confuso.

– Ele tem razão. – disse – Pelo menos na parte do Bella.

– Azedo! – colocou a mão na cabeça – Trabalho em algo parecido com hospício.

– Só pra você saber o azedo é porque você é branco de mais. – disse – Na concepção de Pierri. – expliquei.

– Preciso de um tempo. – disse se levantando.

Quanto ao fato de trabalhar em um hospício, tinha que concordar com ele, as vezes esse lugar poderia ser comparado com um, o que poderia ser bem assustador. Mas por incrível que parece hoje, nós estávamos tendo um ótimo dia.

Observei ele sair e voltei para o que estava fazendo. Havia conseguido com as meninas a lista de lugares para o possível desfile acontecer, ainda não era muito boa nisso, e era a primeira vez que estava procurando ugar para fazer um. Também nunca tinha ficado a frente de nenhum desfile como Angela e Emily, mais havia participado de alguns de longe as observando correr de um lado para o outro quando alguma coisa saia do controle.

A lista para me ajudar não era grande, porém as estruturas era o que mais assustava, não fazia ideia do que Brant e Rosalie gostariam de fazer, então separei alguns lugares com as fotografias que depois percebi que não precisaria, já que deviam conhecer todos esses lugares como ninguém. Separei em pastas e deixei em cima de sua mesa, quando voltasse ele analisaria me daria a resposta e poderia alugar.

Aproveitei e pegar o cheque list que havia em cima de sua mesa, eram poucas coisas escritas bem diferente do que as meninas costumavam a usar, e fiquei imaginando quantos defiles ele já teria feito a ponto de ter uma com quatro coisas para fazer? Eu andava com uma no dia do evento que tinha no mínimo vinte coisas para conferir.

Pelo tempo que perdi mais cedo tentei adiantar o máximo de coisas que consegui, ate mesmo o que nunca fazia deixei pronto em sua mesa para que amanhã ele desse uma conferida, já que Brant não havia voltado. Me dei conta da hora só mais tarde quando um relâmpago ecoou e a luz entrou pela janela.

Olhei no relógio e já passava do meu horário de saída, e fiquei um pouco chateada por ninguém ter percebido que estava ainda trabalhando, porque parecia que todos já haviam ido embora do meu andar. Lá fora caia uma chuva forte, com direito a raios e trovões e agradeci por hoje ter vindo com meu próprio carro, ou me molharia toda só para chegar no carro de Jacob.

Pequei minha bolsa e desci para a garagem, e o que não podia acontecer aconteceu naquele momento. Meu carro não queria ligar, havia girado a chave cinco vezes e nem sinal de querer funcionar. Sai do carro abri a parte da frente só para ter a ilusão de enxergar o problema, estava tudo como achava que devia estar e não vi nada de errado. Fechei a frente e voltei para o volante, me preocupei que fosse ate mesmo a gasolina que tivesse acabado, mas o carro não ligou então descartei essa hipótese.

Frustrada e sem saber o que fazer peguei meu celular para ligar para Jacob, e me assustei ao ver três ligações perdidas. Disquei o numero e ele atendeu no primeiro toque.

– Bella onde você esta ? Esta tudo bem? – perguntou com urgência.

– Calma Jake, esta tudo bem. – falei e ele soltou um suspiro aliviado – Acabei não vendo a hora.

– Nunca mais faz isso. – ele disse – Estava preocupado! Essa chuva esta só piorando, já pensei besteira.

– Desculpa. – falei sinceramente – Mas tive um problema também, meu carro não quer funcionar Jake.

Um minuto de silêncio se passou no telefone ate ele voltar a falar de novo.

– Virou a chave devagar?

– Jacob! – quase gritei – É a primeira coisa que fiz, não é obvio?

– Calma Bells – ele riu – Seu carro já deu problema lembra? Era só girar a chave mais devagar, tenta ai.

– Ok. – disse.

Girei a chave lentamente e nada de funcionar, tentei mais umas três vezes e sai de dentro do carro de novo.

– Não deu certo. – falei – O que eu faço agora.

– Vê se algum cabo desconectou lá na frente.

– Já olhei e esta tudo certo lá.

– Será que não foi a bateria então? – perguntou pensativo.

– Não sei Jake, mais ele nem faz barulho, de qualquer forma não tem nenhum carro para tentarmos a ligação direta, praticamente só estou eu aqui. Vou ligar para um guincho. – falei quase chorando.

– Pra que mulher? Fazer o guincho sair nessa chuva para tirar seu carro de um lugar seguro? – falou – Deixe ai, vou te buscar.

– Fica ai, não vou deixar você sair nessa chuva. – um trovão ecoou no estacionamento tão alto que dei um pulo para trás – Vou tentar um taxi.

Fechei o carro e sai apressada, ótimo dia para se vir de salto alto. Passei pelo segurança e ele me desejou boa sorte.

A chuva do lado de fora estava ainda mais forte do que pensei ser possível, o vento estava forte e me arrependi ate mesmo da blusa de frio que estava neste dia. Coloquei a bolsa para frente e sai naquela chuva a procura do primeiro taxi que passasse.

Não estava pensando muito e deve ter sido a pior ideia que já tive na vida, pois foi questão de segundos para estar ensopada e tremendo de frio a alguns metros da Lanvin. Incrivel também o fato de nenhum taxi aparecer, Nova York era conhecida pelo seus diversos carros amarelos dispostos a te levar pra todo lugar que desejar, mas hoje nenhum passava.

As pessoas corriam para debaixo de guarda chuvas ou entravam em carros numa velocidade assustadora para se proteger, enquanto eu fazia de tudo para me manter longe dos carros que passavam jogado água nas pessoas na calçada.

Pequei o celular novamente, Jacob poderia vir me buscar se quisesse mesmo não me importaria contando que chegasse em casa, mas ao retirar da bolsa ele foi direto para o chão escorrendo da minha mão molhada e caiu com o visor para baixo em uma poça enorme de água.

– Não, não não. – repetia para o celular a minha frente. – Funciona, por favor.

Com todo o cuidado peguei o celular do chão e tentei ligar, ele deu sinal de vida só para depois a tela se escurecer por completo.

– Não! – quase chorei. – Não, não, não.

Meu coração doeu como se tivesse perdido algo muito importante, e meu celular era, mais não tanto como eu chegar viva em casa.

Um volvo prata reluzente se destacou naquela hora, ele se aproximou lentamente parando no acostamento, comecei ate a tirar meu sapato e sair correndo se fosse preciso.

– Bella. – gritou uma vozinha conhecida e infantil, logo em seguida o vidro de trás abaixando. – Vamos com a gente.

Meu alivio foi tanto que cheguei a suspirar, não era nenhum louco, era apenas Karl no banco de trás.

– Isabella. – dessa vez o vidro da frente desceu e foi a voz de Edward – Entrei.

Não pensei muito, nem cheguei a pensar duas vezes se quer, sai correndo e entrei no carro na porta da frente.

– Você esta bem? – perguntou Edward preocupado.

– Pensei que fosse outra pessoa. – expliquei, estava ofegante pela pequena corridinha. – Desculpa, acho que acabei molhando seu carro.

– Sem problemas Bella. – Karl disse lá de trás – Vimos quando seu celular caiu. Você não tem guarda-chuva?

– Não achei que fosse precisar. – respondi – Meu carro não quis funcionar, estava tentando ligar para Jacob vir me buscar.

– O Jake? – ela perguntou

Não me lembrava de ter falado de Jacob a ela, mas lembrei depois que havíamos nos encontrado em um restaurante, e acabei apresentando os dois.

– Isso.

– Onde mora? – Edward perguntou

– Não quero atrapalhar vocês.

– Vamos lá Isabella, como pensa chegar em casa com essa chuva, essa hora da noite?

– Papai. – Karl o repreendeu. – Vamos deixar você lá Bella.


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Notas finais do capítulo

E ai ????? Mereço ou não mereço muitoooos comentarios? O que acaharam ? Por favor comentem!!!