31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 23
15º Dia de Dezembro - Parte III (corrigido)


Notas iniciais do capítulo

Pessoal estou aqui envergonhada do que aconteceu no outro capitulo, eu não corrigi e vi que o salto temporal foi absurdo. ABSURDO, PORQUE NUNCA JAMAIS FIZ ISSO. Então estou repostando para quem quiser ler novamente com a correção, e é pouca coisa mais se quiserem fiquem a vontade



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Já era mais de seis horas quando consegui terminar todas as coisas, estava muito atrasada para começar a me arrumar já que teria que estar aqui antes da sete horas da noite. Agradeci mentalmente por ter vindo com uma roupa toda preta hoje, caso contrario eu parecia mais suja do que já tava.

Prendi meus cabelos em rabo de cavalo alto e coloquei meu casaco, apesar de aqui dentro estar quente de mais lá fora já estava muito frio.

— Onde você vai ? – Edward me alcançou no corredor naquele instante.

— Embora? – soou mais uma pergunta do que uma afirmação.

Ele não falou nada, mais pegou uma mexa do meu cabelo que estava solto do rabo de cavalo enquanto estávamos andando. Sua mão roçou de leve em meu rosto.

— O que é isso ? – perguntou depois de soltar.

— Não me pergunte. – respondi irritada.

Queria jogar Pierri numa sala escura e deixar ele lá por duas horas, só por causa de todas as coisas que tive que fazer , resolver e passar.

— Isso é tinta? Como conseguiu isso? – perguntou confuso – Temos tinta por aqui?

De alguma forma, sim, nós tínhamos tinta por aqui, e sim ela caiu no meu cabelo enquanto eu segurava a escada para que ele desse um retoque numa parede que ele cismou estar suja.

— Você não tem ideia do que tem aqui nesse lugar. – respondi.

Nunca tinha sido uma pessoa de reclamar, mais se eu contasse algo para Edward tenho certeza que eu reclamaria de no mínimo dez coisas de Pierri só hoje.

— Quer uma carona para casa? Vi que não veio com seu carro.

Olhei para ele para ver se não estava brincando, mais ele tinha uma postura descontraída.

— Edward você esta bem hoje? – perguntei na duvida.

— Qual é, ate você? – reclamou – Esquece.

Ele começou a dar meia volta e seguir por onde já tínhamos passado. Antes que ele desse mais que dois passos, eu o puxei pelo braço, não fiz força nem para espantar uma mosca, mais mesmo assim ele parou de andar.

— Eu quero a carona, se não for incomodar. – disse dando meu melhor sorriso. – Eu preciso estar aqui em 40 minutos e isso vai ser impossível.

— Devia fazer você me implorar.

— Não chegamos ainda a esse ponto Edward. – revirei os olhos e voltamos a andar. – Nosso nível de amizade não avançou para isso.

Ele reprimiu um sorriso.

Mas tarde, naquela noite eu disquei o numero meia desesperada.

— Alô. – respondeu uma voz de mulher no telefone, que reconheci ser de Esme.

— Olá dona Esme. – falei – Por favor, a Alice esta? – perguntei.

— Sim querida, vou chama-la. – respondeu - Quem gostaria?

— É a Bella.

Será que ela sabia quem eu era?

— Isabella. – resolvi responder meu nome para facilitar.

— Bella. – ela disse surpresa. – Não seria o Edward para eu chamar?

Percebi um tom estranho de provocação da parte dela, e corei envergonhada.

— Não. – respondi, eu queria me esconder ou desligar o telefone de tão envergonhada que eu fiquei. – É Alice mesmo. Já deu a cota de Edward e Bella por hoje.

— Só um minuto. – ela riu.

Enquanto esperava Alice atender o telefone, fiquei observando Jacob sentado na mesa do chão com muitos papeis ao redor. Ele estava bastante concentrado e estava alheio a todas as outras coisas.

Ele estava montando sua peça de teatro com base na minha ideia, e estava sendo mais difícil do que ele imaginava.

— Bella! Que surpresa! – Alice gritou no telefone animada. – Não sabia que tinha meu numero de casa.

— Meio que tenho por causa de Edward. – alguns funcionários tinham o numero da casa de Esme para qualquer emergência, eu só era uma delas. – E você não atendia o celular. – completei.

— Edward tomou de mim. – mudou o tom de voz – Fiz algo que ele não quis, e ele decidiu que seria engraçado esconder meu celular.

— Serio? – respondi totalmente confusa – Quer saber, melhor eu não saber.

Eu achava que ele tinha cinquenta anos, mais agora eu poderia dizer que ele tinha cinco.

— Ali, eu liguei para saber se você pode me salvar. – resolvi ir direto ao assunto.

— Estou ouvindo.

— Estou atrasada, a pessoa que ia me maquiar não veio e eu sou péssima com isso. Quando chegar ao desfile ninguém vai ter tempo para me ajudar.

Sim, eu estava recorrendo a Alice, porque eu imaginava que ela era muito boa com essas coisas, ela tinha cara de que tinha. E minhas apostas estavam nela. Todas elas.

— Ah não acredito! – gritou animada, precisei tirar o telefone da orelha para não ficar surda, ate Jacob que não estava tão perto assim ouviu o grito e me olhou curioso. - Eu sonhei a minha vida inteira por uma amiga que me deixasse maquia-la!

Eu ri

— E a Rosie?

— Eu tenho que obrigar. – deu de ombros – Claro que irei, já estou pronta mesmo, e não quero pegar carona com Edward, me passa seu endereço que chego em 15 minutos.

— Claro. – me preparei para dar, mas ela me cortou.

— Isso vai depender de onde você mora. – ela riu.

Passei o endereço para Alice e como e como não era muito longe de sua casa para minha ela chegou rápido.

Decidi mandar uma mensagem para Pierri e para Edward dizendo que eu iria me atrasar, mais do que o previsto. Pierri surtou, mas Edward compreendeu perfeitamente, afinal a hora que chegamos em casa, era praticamente a hora que já deveria estar saindo.

Talvez eu devesse ficar acostumada com a reação das pessoas, principalmente das meninas quando apresentava meu amigo, mas não acho que estava preparada para a reação de Alice quando ela passou pela porta do meu apartamento e colocou os olhos em Jacob pela primeira vez.

Ela ficou encarando-o por um período de tempo que me pareceu eterno, e quando Jacob se levantou para cumprimenta-la ela ainda ficou olhando para ele mais um tempo. Principalmente para seus músculos, que estavam sendo exibidos por falta de uma camisa.

— Prazer em conhece-la. – Jacob foi para dar um beijo em sua bochecha, ficou ainda mais sem reação.

Esta ai, uma coisa que ao havia me acostumado no Estados Unidos, era a falta de toque que uma pessoa tinha com a outra, mesmo sendo amigos, era estranho ver que um beijo na bochecha era estranho para os Americanos , já que parar nós esse era um cumprimento normal. Ou eles se agarravam de mais, ou de menos, era difícil acompanhar.

Mas achei engraçado a forma que Alice estava reagindo, ela olhava para Jacob de uma forma muito engraçada.

Guiei Alice diretamente para meu quarto que já estava arrumado com todas as maquiagens espalhadas pela minha cama. Não tínhamos tempo de andar pela o apartamento para mostrar a Alice, teria que ficar para outra hora.

— Aquele é seu amigo? – foi a primeira coisa que ela disse quando fechei a porta.

— É ele mesmo. – eu ri.

— Agora sei porque é que Edward não gosta dele. – ela disse, mais pareceu que ela estava pensando alto.

— O que quis dizer com isso?

— Não vem ao caso. – ela balançou a cabeça parecendo voltar ao seu estado normal. – Vamos ao trabalho.

— Se divirta. – eu disse me sentando na cadeira giratória e apontando paras as maquiagens na cama.

De toda forma eu estava certa sobre Alice, ela era muito boa com maquiagem, porém a garota era exagerada, e não deixava você dar opinião, porque pedi uma maquiagem nude e tudo o que ela fez em mim foi uma maquiagem carregada e escura, que não pude reclamar porque havia ficado maravilhosa.

Em menos de vinte minutos que foi o tempo que ela fez minha maquiagem pude descobrir um pouco mais de sua personalidade. Alice era doida, completamente doida.

Ela tinha opniões bem fortes, não tinha vergonhada de falar o que se passava na sua cabeça e era muito divertida, louca por roupas, louca por shopping, mais isso eu já tinha uma ideia depois do que Brant me alertou. Ela era fã de muita gente, e já tinha conhecido algumas pessoas famosas em desfiles, ou premiações que sua mãe tinha sido convidada a ir.

Eu passei a gostar mais de Alice porque ela era sincera, e ela também tinha gostado de mim. Deviamos já em vinte minutos ter marcado no mínimo cinco lugares para irmos juntas.

Quando terminamos coloquei minha roupa que Alice achou um arraso diga-se de passagem, e fomos juntas para o desfile no carro dela, com Jacob me dizendo que me buscaria a noite com Emmett, já que eles iriam sair juntos.

A musica estava alta, as pessoas já estavam em seu lugar esperando ansiosamente o desfile que aconteceria a qualquer momento. Pierri já havia sumido para dentro do camarim eu e Ângela já não estávamos mais na recepção, todos que estavam para chegar já haviam chego. Era um verdadeiro sucesso! Pierri ficaria feliz.

O lugar já estava com uma iluminação baixa indicando que o melhor lugar para se estar era na cadeira a espera do desfile, os fotógrafos estavam a postos e o clima estava me deixando em êxtase.

Era impossível não sorriu com aquela realização e saber que você fez parte disso, mesmo que tenha sido pouco. Olhei para as cadeiras e vi vários rostos familiares, pessoas importantes do mundo da moda, e pessoas importante do cinema. Alguns eu até arriscaria a dizer um oi, mas eu pareceria uma fã fanática e louca. E isso era expressamente proibido para todos os funcionários. Nós assinávamos ate contrato caso uma das regras impostas fossem quebradas. A Lanvin tinha regras rigorosas para seus funcionários.

O que me faz pensar que precisaria convencer Pierri a pegar o autografo do Brad Pitt que estava acompanhado da sua mulher sentados na segunda fileira.

Pierri tinha que conseguir isso escondido para mim, ele me devia pelos trabalhos que eu andava fazendo para ele.

— Vamos achar um lugar estratégico para ficar. – Âng me puxou enquanto um grupo de fotógrafos passava.

— Okay. – Respondi e deixei-me ser levado por ela.

Nós estávamos com um aparelho de escuta no ouvido que dava sinal diretamente com o aparelho que estava com Pierri, então apertei o botãozinho para falar com ele.

— Pierri acabo de constatar, seu desfile vai ser um arraso. – falei

A resposta não demorou muito para chegar.

— AHAHAHA PURPURINA vamos brilhar! – ele gritou.

Coloquei a mão no ouvido com o barulho, se eu não tinha ficado surda , eu tinha chegado bem perto disso.

— Da próxima vez avisa quando for falar com Pierri. – Ângela resmungou fazendo careta enquanto recolocava o aparelho no ouvido.

O lugar menos movimentado que achamos foi na parte de cima bem perto da ultima coluna. Não foi um dos melhores lugares para ficar e ver o desfile, mais era o máximo que conseguiríamos.

Eu ate teria ficado com Alice e puxado Ang comigo, mas pelo pouco que eu a conhecia ela estaria neste exato por trás dos bastidores se ocupando com varias coisas ao mesmo tempo. E confesso que já estava bastante cansada para ouvir os gritos de Pierri. Eu preferia ficar aqui e assistir a tudo tranquilamente, e não ficar lá em baixo resolvendo problemas, Alice porém queria ficar onde as coisas aconteciam.

As luzes se apagaram por completo, e de repente acenderam de novo, fazendo o telão lá trás piscar em cores claras. Tinha começado!

— Mal posso esperar para ver! – Âng gritou por causa da música.

Ao mesmo tempo eu e Âng se debruçamos na sacada para podermos ver melhor. A primeira modelo apareceu desfilando com elegância em um vestido deslumbrante. Era vermelho com um decote que ia ate o meio dos seios e continha uma transparência. Pierri era ousado eu  já sabia disso, mas ele escolherá o modelo perfeito para abrir a pequena coleção. Um ponto para Pierri!!

— UAU!! Como eu queria usar um vestido assim. – Ângela disse deslumbrada.

Mas qualquer um sabia que Âng não estava falando serio, ela não teria coragem de usar um vestido assim.

Antes que a modelo terminasse de chegar no final da passarela meu celular vibrou duas vezes seguidas. Peguei o celular rapidamente e era uma mensagem de Brant.

Para: Isabella

 

Boa Noite Isabella, como estão as coisas por ai?

Já se arrependeu de não ter vindo comigo?

De: Brant Daugherty

Para: Brant

Olá Brant, se tivesse me mandando mensagem mais cedo a resposta seria sim.

Veja, esta sendo um sucesso.

Tirei uma foto rapidamente da passarela e enviei para ele junto com a mensagem.

Não demorou nem três segundos e ele me enviou outra, que também continha uma foto do desfile que ele estava participando no mesmo momento.

Uau! Você pegou a primeira fileira!        

Pierri vai ficar eufórico quando eu mostrar a foto.

Mostre para ele por mim.

Divirta-se Isabella.

 

Dê: Bella 

Vou trabalhar bastante você quer dizer kkk

Beijos Brant, esta tudo em ordem por aqui, amanhã começo colocando o serviço em dia. Fiquei ocupada com Pierri o dia todo. Desculpe.

 Para: Brant

Não tenha pressa.

Ate mais.

Mostrei a mensagem para Âng que estava ao meu lado.

— Brant não existe. – disse – Qual o chefe que pede para não tem pressa com o serviço acumulado?

— Que homem maravilhoso. – Ângela disse se derretendo.

Eu tinha que concordar.

Voltamos a nos concentrar no desfile que acontecia diante de nós, isso implicou comentar todos os vestidos aos quais eram apresentadas. Âng tinha uma opnião bem apurada muitas vezes falando coisas que nem conseguia compreender, mais foi um tempo muito bom, e acabei aprendendo bastante coisa.

Simplesmente amava o que fazia, desde levar café para Brant, o que ele dificilmente pedia, a estar em um desfile. Era empolgante e fascinante estar em um ambiente como este, onde tudo acontecia, ver pessoas que minha vida toda admirei. Eu era uma amante de cinema, o que me fazia conhecer bastante atores, e era uma daquelas pessoas que tem crush por cada ator de serie bonito. E mesmo que não tivesse muitos deles aqui hoje, eu conhecia uma quantidade boa de pessoas importantes no desfile e isso me dava uma sensação tão boa, de fazer parte desse mundo.

Tudo era fascinante e convidativo.

Quando pensava que daqui alguns poucos meses estaria de fato me formando em administração e teria que procurar algo na minha área apertava meu coração. Saber que só tinha mais seis meses ate que meu contrato vencesse e tivesse que procurar outra coisa, também me deixava com o coração apertado, porque tinha feito grandes amigos neste lugar, e principalmente, eu amava cada coisa, ate mesmo Pierri e suas crises, Brant e seu jeito misterioso, as confusões que me metia quando tentava acabar com a discussões dos dois, Âng e Emily que haviam se tornado grande amigas, não podia esquecer de Emmett e seu jeito carinhoso e descontraído, e agora tinha Karl, e num pacotinho tinha Edward.

Também começava a gostar dele, de implicar toda vez que nos víamos, de sairmos juntos por causa de Karl.

Tudo neste lugar era especial, e eu podia reclamar todos os dias, das coisas que aconteciam do que tinha que passar, das segundas feiras estressantes, das reuniões intermináveis, mas pensar que tinha apenas mais seis meses, era assustador e triste. Porque no fundo sabia que pertencia a este lugar, pertencia ao time da Lanvin e talvez a administração não fosse tão empolgante quanto gostaria que fosse. E não queria admitir isso. Era muito mais intenso e complicado do que gostaria que fosse. Jacob tinha razão sobre eu querer continuar na Lanvin.

Mas mesmo que fosse para a área de administração como era o plano de inicio, meu coração não estava mais lá. E não queria decepcionar minha mãe.

— Olha quem não para de olhar para você. – Âng me cutucou.

Meus olhos instantaneamente seguiram os seus, que estavam do outro lado do mezanino, onde eu chamaria de área vip. Onde Edward estava.

— Ele não parou de olhar você um minuto se quer.

— Você esta vendo coisas. – disse de volta e desviei o olhar.

— Não. – ela insistiu – Não estou vendo coisas, porque enquanto você esta ai perdida em pensamentos, eu o estava vigiando.

Olhei pra ela com a sombrancelha arqueada.

— Vigiando? – ela assentiu e eu tive que rir.

— Acho que você desperta algo em Edward.

— Odio?

— O mulher complicada você em. – ela revirou os olhos voltando a atenção ao desfile. – Edward nunca se quer olhou para uma mulher, e olha que ele sai com varias em reuniões de negócios.

Olhei novamente para onde Edward estava e nossos olhos se encontraram, mais dessa vez foi ele quem desviou o olhar primeiro, talvez constrangido.

— Cho melhor pararmos de falar dele.

— E porque?

— Porque ele é Edward Cullen, e se imaginar que falamos sobre algo do tipo, ele despede nós duas juntas.

— Não sei bem. – ela disse.

— Para de pensar. – eu empurrei ela de leve e ela riu finalmente esquecendo o assunto.

Não consegui mais parar de pensar se ele ainda tinha seus olhos em mim. Não consegui verificar nenhuma vez, tinha medo do que poderia ver.

— Bella querida vêm aqui. – me chamou Pierri quando as pessoas no local já havia diminuído.

Pierri estava com a mulher dele e com Rosalie, conversando com mais algumas pessoas da qual não conhecia. Me aproximei deles para ver o que Pierri queria.

— Sim Pierri. – respondi quando cheguei, cumprimentei a todos com um aceno de cabeça.

Tinha aprendido da forma mais constrangedora possível que Americanos não gostavam de comprimentos com beijos e abraços, era tipo, cada respeita o seu espaço. E eles levavam bastante a serio isso, menos Pierri.

Pierri era um caso a parte em relação a maioria das coisas.

— Tudo bem May? – perguntei olhando para a esposa de Pierri.

May era uma mulher estonteante, uma mulher de estatura media, não era nem gorda e nem magra, ficava no meio dos dois, tinha cabelos pretos ondulados e olhos castanho claros. Ela estava usando um vestido preto e uma sandália de salto alto, estava com uma maquiagem forte, e tinha uma das mãos agarrada aos braços de Pierri.

Eu amava May, apesar de não ter muito contato com ela, May não era de ficar aparecendo no trabalho do marido, me encontrei com ela no máximo umas cinco vezes, mas nós tínhamos nos dado super bem. Ela era um amor de pessoa, e bastante inteligente, trabalhava em uma empresa mundialmente conhecida e era muito boa no que fazia. Ela administrava grande parte de uma empresa de nano tecnologia.

— Tudo ótimo querida, e você como esta? – perguntou me cumprimentando com um beijo.

May tinha reservas quanto abraços e beijos.

— Tudo ótimo. – respondi sorrindo.

— Espero que Pier não esteja sobrecarregando você com trabalhos e chiliques. – ela sussurrou só para mim, mas alto o suficiente para Pierri escutar.

Pier era o apelido fofo que ela usava com o marido. Uma vez chamei ele assim e quase fui empurrada janela a abaixo. Contudo, aprendi a lição rapidamente.

— Não dou chiliques.

— Como se eu acreditasse em você. – ela sussurrou pra ele que emburrou a cara.

— Não se preocupe May, nada que não possa estar sendo resolvido. – pisquei para ela.

— Odeio quando vocês se juntam. – resmungou e nós rimos.

May se soltou do marido e me empurrou para se encaixar no meio deles.

Junto com os dois, tinha mais dois homens que estavam vestidos com ternos caríssimos, e se pudesse arriscar diria que eram da alta costura. Havia também uma mulher muito bonita e loira que parecia estar acompanhando o homem do lado esquerdo.

— Bella, esses são Marcus, Stevan e sua esposa Lorena. – apresentou a cada um. – E essa é Isabella.

— A famosa assistente de Brant? –perguntou a mulher amigavelmente.

Fiquei surpresa por ela saber quem era, não imaginava que Brant falava de mim para as pessoas.

— Brant não a reconheceu ainda como assistente. – resmungou ele – O que é um desperdício de talento.

— Pierri! – chamei sua atenção constrangida.

— O que foi? Estou falando a verdade. –falou olhando para mim e depois se virou para eles de volta – Aguardo ansiosamente pelo dia que Brant vai despedi-la, vou contrata-la.

Balancei a cabeça em reprovação, mas eles riram achando graça.

— Pierri gostar de alguém para trabalhar com ele é novo para mim. – respondeu Stevan e estendeu a mão para me cumprimentar. – Prazer.

— O prazer é meu – respondi – Pierri esta exagerando.

— Bella minha querida, Marcus diretor da Jacob’s e Lorena é a diretora de criações da Gucci.

— Prazer em conhece-los. – disse educadamente, querendo saber onde é que Pierri queria chegar me apresentando para pessoas como eles.

— Esperamos que não se importem de Bella estar conosco. – Rosalie foi quem falou agora, sua voz saiu tranquila e calma, mas mostrava quem estava com a palavra ali.

— Claro que não. – respondeu Lorena.

Começamos então uma conversa sobre trabalho, apesar da conversa ter sido boa e descontraída em todo momento me sentia em um tipo de entrevista, eles faziam bastante perguntas e esperavam a respostas para todas elas. Rosalie esteve a todo momento comigo participando da conversa também. O que deu certo equilíbrio devido ao conhecimento dela.

Quando parecia que a conversa estava prestes a terminar, me surpreendi.

— Estava-mos ansiosos para conhece-la. – disse Lorena simpaticamente, ela parecia bastante animada.

Minha cara devia estar de: Ué? Eu ?

— Sim. – respondeu o homem mais novo – Brant fala bastante de você, queremos ter a oportunidade de vê-la trabalhando.

Me ver fazendo trabalho de secretaria? O que estava acontecendo aqui?

Rosalie olhou para mim e depois olhou para o homem, talvez ate ela estava achando estranho essa conversa.

No final entendi porque Pierri me apresentou aquelas pessoas, ele queria me introduzir nesse mundo da moda, assim como Brant estava fazendo comigo falando para eu tomar decisões sem ele.

Algumas pessoas tenho que confessar demoraram mais para ir embora do que todos nós gostaríamos. E depois de andar com Pierri pelos convidados precisei anotar alguns telefones e guardar alguns cartões conforme ele recebia.

Teria achado isso péssimo, mais na verdade só de estar ao lado de Pierri eu me sentia uma pessoa muito importante, mesmo que não tivesse significância nenhuma.

Pude notar também a desenvoltura e classe que Alice mantia a falar com algumas pessoas, ela ria e fazia as outras pessoas rirem, ela se manteve o maximo de tempo possível ao lado de Rosalie, as duas riam algumas vezes e pude ver que seja lá o que tivesse abalado a amizade das duas elas já estavam superando. E também não pude deixar de notar Edward em alguns momentos, sempre serio e mantendo conversas curtas, ele não ficava mais que dez minutos conversando com uma mesma pessoa. Apertava algumas mãos , tentava sorrir em outras.

Teve um momento em especial que eu tive que rir, Edward fugia dos fotógrafos como um gato foge de água, mais em um momento foi inevitável, e ele precisou parar para tirar uma foto, mas sua cara estava tão engraçada com aquele meio sorrisso que comecei a gargalhar e estava muito perto dele para poder ouvir.

Edward me olhou na hora e eu tampei minha boca vendo que havia passado dos limites com ele, e tenho certeza que ele saiu com a cara fechada e bravo, porque o olhar que recebi poderia ter me matado.

— Vêm, vamos a after. – Alice chegou perto de mim me puxando pelos braços.

Ri da minha amiga, e a fiz parar.

— Alice, os únicos que vão a after são os que não trabalham como eu. – respondi pra ela.

— Como assim?

— Preciso ficar aqui. – disse – Ainda tenho trabalho antes de poder ir, e a after é ... não é algo que nós vamos.

— Que ridículo isso, quem disse isso para você?

Ela tinha ficado nervosa, e ate achei engraçado, eu não ligava em não poder ir a after, o desfile já tinha sido uma experiência maravilhosa.

— Vai você e me conta como foi. – disse a ela – Quem sabe não consegue pegar o autografo de alguém pra mim? – dei a ideia, eu realmente queria mesmo.

— AI meu Deus! – ela gritou – Você também é doida por famosos!!

— Completamente. – eu ri – Mas não conte a ninguém, eu tecnicamente tenho que ser alguém centrada e jamais pedir autografo.

— Vou conseguir o seu primeiro. – ela disse me dando um beijinho na bochecha.

— Divirta-se . – desejei saindo rindo.

Ainda precisava ficar ate os vestidos serem retirados em carros fortes, onde todas as joias emprestadas para o desfile fossem despachadas também com segurança, e ainda tinha muitas outras coisas para conferir, então encontrei com Âng e a ajudei da melhor forma que consegui.

Já estava exausta quando finalmente nós nos sentamos em uma das salas, precisei tirar meu salto alto antes que meu pé sangrasse, tinha sido uma péssima escolha de sapato.

— Pedimos pizza. – Emmily anunciou entrando na sala também.

Atrás dela veio uma galera que trabalhou no desfile animados com a noticia. E eu mesma me animei, fazia muito tempo que já tinha comido, e estava morrendo de fome.

— Eu poderia dormir aqui mesmo. – Âng disse se jogando no sofá e eu fui para o lado dela também.

— Estou indecisa sobre dormir aqui ou esperar a pizza.

— Esperar a pizza. – ela disse com convicção.

— Stefan esta trazendo. – Emmily também se jogou no mesmo sofá que nós.

— Qual o feedback do desfile? – pedi a ela.

Ela me olhou se sentou direito no sofá para nós olhar e fez um suspense básico.

Neste momento a pizza chegou com Stefan carregando elas e colocando na mesa. Todos atacaram em questão de minutos.

— Foi sensacional!. – ela disse animada – Já temos pedidos, e encomendas, amanhã teremos muito trabalho meninas.

— Ela esta animada em trabalhar três vezes mais, é isso mesmo? – eu perguntei.

— É síndrome de Edward. – Ang balançou a cabeça – Quanto mais trabalho mais felicidade.

— Isso porque Edward me deu folga amanhã. – comemorou Emilly.

— Significa que o trabalho sobrou para nós. – Âng disse meia desanimada.

— EEEH. – eu disse numa animação falsa e elas riram.

Não tinha reparado que de repente a sala tinha ficado em um completo silêncio, e algo me dizia que já fazia um tempo.

Respirei fundo e olhei para a porta onde encontrei Edward parado nos olhando. E todo mundo tinha parado de comer olhando para ele.

Foi um dos silêncios mais estranhos que já tinha presenciado, porque a presença dele ali paralisou todo mundo, como se o que estivéssemos fazendo fosse errado. E não sei exatamente se era errado ou não mais sempre fazíamos depois dos desfiles, só nunca tínhamos visto Edward, ou acho que ele nem sabia.

— Vêm aqui. – chamei Edward já que ninguém parecia ter coragem para isso.

Emmily levantou do lugar dando espaço para ele se sentar, vi que ele recusaria mais Emilly percebeu o que estava querendo fazer e pegou uma pizza começando uma conversa animada com Ang, assim do nada, e elas começaram a falar alto. Se elas um dia precisassem ser sutis, não poderia jamais contar com elas.

Edward caminhou ate o meu lado e decidiu sentar no sofá, peguei um pedaço de pizza para mim e outro ofereci para ele.

— O que é isso? – ele disse se referindo as pessoas.

Graças a Deus as pessoas tinham se enterdido em conversas baixas e não pareceram ouvir seus comentários.

— Para de olhar eles assim. – pedi – Parece que você esta reprovando isso.

— Mas não estou.

— Eu sei, mais pra quem não te conhece parece. – disse.

Ele ainda olhou ao redor um pouco antes de então morder o pedaço de pizza.

— Olha só Edward Cullen come pizza.

— Eu só poderia estar com você. – revirou os olhos para minha brincadeira. – Sempre fazem isso?

— Eu não sei você, mas quando os desfiles acabam estamos morrendo de fome. – respondi – E vocês tem uma after party para irem comer, nós temos mais uma longa e exaustiva noite de trabalho. Precisamos comer.

Era simples a explicação.

— Agora para de olhar pra todos, você assusta dessa forma.

Ele fechou a cara irritado e eu ri.

— Me conte a sua história. – disse derrepente.

— Não quero falar sobre ela com você. – respondeu grosseiro- Não te diz respeito.

— Nem tudo é só coisa triste Edward. Se eu quisesse saber dela eu procurava no google.- retruquei revirando os olhos. –Quero saber sua verdadeira história. O que te levou a fazer direito, quais são seus anseios. Esse tipo de coisa que tenho certeza que não vai matar se você compartilhar.

Edward pela primeira vez me olhou sem jeito, envergonhado por estar equivocado. Ele já estava acostumado a pensar na dor, nas coisas tristes e nas tragédias de sua vida. Era difícil faze-lo olhar além disse, por isso entendi que esse foi seu mecanismo imediato de resposta. Ele estava acostumado a pensar assim.

Meu tom de voz e meu olhar sustentou o pedido, foi como se não tivesse dado escolha, se eles estava comigo ali, ele tinha que falar.

— Ainda esta impressionada por eu ter uma outra profissão?

— Estou mais curiosa. – respondi, precisava perguntar para ele se ainda exercia essa profissão em algumas ocasiões, explicava as vezes que ele sumia do escritório, mas ficaria para um outro momento.- Por exemplo.- continuei – Seus pais fazem coisas opostas, geralmente a profissão escolhida vêm deles. Pelo menos é o que mais vejo aqui, é quase uma obrigação o filho seguir a profissão do pai.

— O que quer dizer que seus pais são administradores também?

— Não. – eu ri, mas bem... fazia logica.

Âng que estava no canto da sala, me olhou no momento que acabei rindo, e sorriu para mim, como se estivesse me lembrando da nossa conversa mais cedo e pelo seu olhar e seu polegar pra cima, estava indicando uma aprovação.

Foi impossível não pensar em Edward por meio segundo, digo por meio segundo, em nós como um casal. Era impossível de visualizar ate mesmo quando estávamos nos dando bem.

Balancei a cabeça me afastando desses pensamentos.

— Sou a única da família inteira que gosta de mexer com números e ficar atrás de uma mesa. – continuei a conversa. – Foi na quarta serie que descobri a minha paixão, ali eu tive a certeza que seriamos bons parceiros na vida.

— Que assustador. – ele franziu a testa em desaprovação. – Você fala como alguém de exatas mais age como alguém de humanas.

—Isso porque sou sensível a sentimentos humanos. – pisquei para ele.

— Ah que engraçadinha. – ironizou.

Edward mordeu mais um pedaço de pizza antes de continuar. Neste momento ele já estava mais a vontade e relaxado. O pessoal que estava ali também havia relaxado com a presença dele, e já aumentavam o som das conversas no ambiente.

— Seus pais fazem o que para não querer seguir a carreira deles?

— Minha mãe é paisagista, ela tem uma floricultura que ela não visita muitas vezes na semana. – eu ri com esse comentário, ela realmente não ia muito lá ultimamente. – E uma curiosidade? – Não esperei ele responder – Eu não gosto de flores, então era bem nítido que não seguiria sua profissão.

— Não gosta de flores? – ele parecia abismado. – Que mulher não gosta de flores?

— Eu. – respondi revirando os olhos.

Sempre escutava a mesma surpresa na voz quando falava sobre isso com alguém, estava entediada de explicar toda vez.

— Você é estranha.

— E você é chato. – retruquei.

Ele revirou os olhos e se acomodou no sofá, mudando a posição para ficar um pouco a minha frente.

— E seu pai?

— Ele era policial.

— Era?

— Ele morreu alguns anos. – disse dando de ombros.

Edward se remexeu desconfortável como se esse fosse um assunto delicado para mim, mais a questão era que não era.

— Sinto muito Bella.

— Tudo bem, já faz algum tempo.

— Nada da profissão do pai então? – ele fez uma brincadeira para descontrair.

— Nada. – ri. – Meu pai não era qualquer policial, ele era um agente do FBI, vêm muitas responsabilidades com uma profissão dessas. Não acho que correr para o perigoso seja o que sempre quis na vida.

Na verdade eu procurava correr de tudo que pudesse ser perigoso, desde coisas a qual meu pai enfrentava ate montanhas russas.

— Seu pai era do FBI? – ele não acreditou

— Sim. – dei de ombros.

— Como é que eu nunca soube disso?

— Não é como se fosse vir na minha ficha que sou filha de um ex agente do FBI.

— Mas existe uma pesquisa bem afundo, sobre filiação e empregos antigos.

— Existe também encobrimento de verdades. – respondi – É para minha segurança, ninguém sabe que meu pai foi do FBI, não e coisa que se conte.

— E porque contou para mim?

— Eu não sei. – respondi sinceramente. – Você não me parece do tipo que vai sair contando para todo mundo.- ele pareceu pensar sobre o assunto e eu ri. – Não se preocupe, ninguém vai atrás de mim, ou atrás de quem eu chego perto. Não é igual aos filmes.

— Quem disse que estava pensando nisso? – e ele achava que não sabia quando estava mentindo.

Pelo menos ninguém nunca tinha ido atrás de mim, e agora isso parecia menos provável de acontecer do que quando meu pai ainda estava vivo.

— Como eu disse meu pai foi um agente, ele morreu, qualquer pessoa que quisesse se vingar dele, ou coisa do tipo, perdeu o interesse anos atrás.

Ele me olhou curioso, como se estivesse procurando algo que fosse além do que minhas palavras disseram. Fiquei desconfortável, porque foi como se ele pudesse me ver, sem reservas, sem mascaras, como se ele me entendesse.

— E como se sente em relação a isso?

— A ele ser do FBI? Ou a morte?

— Os dois.

— Ele foi um ótimo pai, ele estava perto de mim mesmo estando longe algumas vezes, ele me ensinou tudo o que sou hoje, me ensinou a lutar pelo o que quero, a ser uma pessoa boa e gentil, e além de ter sido tudo na minha vida, ele foi tudo na vida de outras pessoas também. Ele foi meu herói, mas foi o herói de outras pessoas, ele não morreu por mim, mais morreu salvando aquilo que ele acreditava... – respirei fundo.

Apesar de ter superado a morte de meu pai, eu ainda sentia muita falta dele, e mesmo que fosse um orgulho lembrar o que ele foi para mim ainda sentia um buraco no peito quando lembrava. Era nesse momento que a saudade se intensificava.

— Ele fez aquilo que ele queria, ele era feliz sendo um agente, e fico feliz por ele, e quanto a sua morte... só queria que ele tivesse ficado mais um pouco.

— Sinto muito Bella. – ele segurou uma de minhas mãos por um momento.

Sua mão estava gelada sobre a minha, e desci os olhos ate elas e ele retirou no mesmo momento. Puxei minhas mãos constrangidas.

— Faz muito tempo como eu disse Edward. – disse

— E sua mãe? Como é? – quis saber, envolvido nesse jogo de perguntas e respostas.

— Achei que eu fosse obter respostas, e não o contrario. – ele não mudou sua expressão, e ficou esperando que eu desse sua resposta. - - Okay, minha mãe é... acho que não vai querer saber como Reneé é. Na verdade, você não deveria nem conhece-la . O que me faz lembrar do porque eu nunca deixei ela me visitar no serviço.

Não que eu também pudesse receber pessoas, mas Brant disse que caso precisasse isso não seria um problema para ele nem para ninguém da Lanvin.

— Porque?

— Ela surtaria, ela é bastante assustadora em alguns momentos.

— Alice é assustadora na maioria das vezes, mas mesmo assim ela é uma garota incrível.

— É estranho para você? Mas conheço Alice a poucos dias, e a considero como uma amiga.

— Não é estranho. – vi que ele sofreu para pronunciar essas palavras. – Alice escolhe muito bem suas amizades, uma vez que ela decidiu, não tem como não cair em seus encantos.

— Você acaba de me falar que sou uma boa pessoa. – apontei animada.

— Claro que não.

— Alice escolhe muito bem suas amizades. – imitei a voz dele.

— Nunca mais me imite, você é péssima. – disse

— Você é péssima. – imitei novamente

E ele emburrou a cara cruzando os braços.

— Bella? – chamou Âng quando ia insistir que Edward me contasse mais sobre ele.

— Sim. – respondi me virando para ela.

— Emmett chegou com Jacob para nos buscar.

Edward levantou d sofá entendendo que essa era a deixa para que ele fosse embora também.

— É melhor eu ir também. – olhou no relógio do pulso

— Se Pierri não te ver na after, ele surta. – concordei.

— Espero você lá fora. – ela disse e saiu.

Ficou apenas nós dois ali naquela sala que agora estava vazia, mais ainda podíamos ouvir uma pouca movimentação do lado de fora.

— Bella.- disse meu nome como um sussurro. – Eu não posso ser aquilo que as pessoas querem. Eu não sou a pessoa que você vai querer ter por perto.


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Notas finais do capítulo

Dado aos erros, comentem pra mim uma coisa que vocês gostariam de ver sob o ponto de vista de Edward e o que eu mais gostar vou escrever pra vocês e mandar como um bunos, pode ser o que quiserem o que aconteceu ou o que não aconteceu, desde que não seja coisas que irei revelar durante a fic kkkk que vocês ja devem imaginar