31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 21
15º Dia de Dezembro - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa pessoas!! Aqui esta mais um capitulo pela metade pra vocês, e desculpe a demora. Esperem que vem coisas boas ai para o nosso casal ops para Edward e Bella nos proximos capitulos.



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Quando Brant não esta na Lanvin é bem decepcionante, mesmo ele sendo talvez a pessoa mais quieta que trabalha aqui, ele faz uma enorme diferencia. Apenas sua presença já deixa o ambiente melhor. Não sei porque, mais sempre me sinto assim perto dele quando estou aqui.

Deve ser exatamente por isso que gosto de trabalhar na sala dele. O que eu sinceramente achava muito estranho no começo, ter que dividir o espaço com seu chefe, na maioria das vezes poderia ser assustador, ter seus olhos em seus serviços, te-lo prestando atenção em cada conversa no telefone, mas... Brant era tranquilo e passava segurava, e aos poucos a sala dele tinha meio que se tornado a minha também. Era bem melhor do que trabalhar na recepção, sendo atrapalhada constantemente por Pierri, ou algum cliente que chegava sem ter marcado hora.

Definitivamente os clientes que chegavam sem marcar hora, eram os mais chatos, porque nunca aceitavam o não como resposta, e a maioria deles se sentiam superiores de mais.

Mas Brant parecia também gostar mais de mim na sala dele do que na recepção, percebi isso logo nos primeiros dias, e claro, isso me deu mais segurança. Apesar de gostar do meu local de trabalho, não iria reclamar se ele me desse uma mesa maior. Sim uma mesa maior seria muito bom.

Não que esse assunto viesse ao caso nesse momento.

Fechei a porta de sua sala e tranquei com a copia de uma chave que geralmente ficava comigo quando ele não estava.   E então segui com o carro de Emilly para o local do desfile, Brant não estava, mas não significava que não haveria trabalho a fazer. Pelo contrario eu tinha trabalho em dobro.

Diferente de ontem quando cheguei ao local tudo estava perfeitamente em ordem, cadeiras milimetricamente postas com o nome de cada pessoa indicando o seu exato lugar, a decoração estava pronta, e alguém já conferia os cabos da mesa de so,. Os últimos retoques eram o que estava sendo feito. Tudo me parecia em ordem.

Havia mais ou menos umas vinte pessoas ali trabalhando no local, o que de certa forma me assustou um pouco.

Avistei Ângela mais a frente e fui ate ela, Pierri que acabou chegando junto comigo parou pra brigar com alguém. Nada surpreendente ate ai.

— Bom dia Âng. – disse sorridente.

— Que bom que chegou. – ela disse passando mão na testa soada.

Ao que parece ela já estava a todo vapor ali já fazia algum tempo.

— Será que podemos falar sobre ontem? - ela abriu um sorriso pra mim.

— Pensei que estava feliz que eu cheguei pra ajudar.

— Não tanto quando para saber como é sair com a Fera. – ela riu e me puxou pelo o braço pra irmos a outro lugar.

— Foi bem legal na verdade. Podemos parar de chama-lo de fera – disse um pouco tímida. – Ele é uma companhia agradável se você conhecer ele melhor.

— Ai Meu Deus! – ela gritou animada parando no meio de um corredor – Nunca pensei que alguém diria isso dele!!! Vocês formam um casal bonito.

Quase engasguei com a saliva.

— Casal? Da onde você tirou isso?

Puxei ela parar continuar andando, alguém poderia nos ouvir ali e não seria nada legal.

Fiquei apreensiva, uma coisa era Jacob insinuar algo, outra totalmente diferente era ter Âng falando sobre o mesmo assunto.

— Só estou dizendo que vocês ficam legal juntos. – deu de ombros – Não precisa levar para o lado de casal.

— Mais você quem disse. – acusei ela.

— E você que interpretou dessa maneira.

Abri a boca para retrucar, mas resolvi que era melhor não continuar. Já não era muito boa em argumentação, e eu estaria só piorando a situação.

“Pessoas mostram de jeitos diferentes Bella. – ele disse – Eu me importo com você, e você pensa que não gosto e nem suporto você. As pessoas tendem a mostrar de formas diferentes.”

 

Mostrar de forma diferente. O que Edward quis dizer com isso? O que ele quis dizer disso em relação a mim? E porque é que estava me preocupando com isso?

Talvez, só talvez, quem precisasse se manter longe na verdade fosse eu, e não deixa-lo se aproximar. Quem corria perigo não era ele, mas sim eu.

— Terra chamando Bella. – Âng estralou os dedos na frente de meu rosto.

Agora nós tínhamos entrado em uma das salas, que estavam preparadas para receber as modelos.

— Oi.

— Esta perdida em pensamentos? – perguntou franzido as sobrancelhas. – Ou ficou pensando se você e Edward formariam um casal bonito?

Foi quase impossível não lembrar das nossas mãos entrelaçadas enquanto corríamos para dentro do anfiteatro, quando por impulso ele juntou nossas mãos enquanto estávamos mais preocupados em chegar a tempo do que com o que estávamos fazendo no momento.

— Não estou pensando em nada disso. – respondi confiante, porque não estava mesmo. – Já viu a mulher dele? Loira, de olhos claros, corpo escultural...

— Ex mulher você quer dizer. – disse destacando a palavra ex. – Ela morreu Bella.

— Só Edward ainda não percebeu.

Minhas palavras não saíram com pesar, nem com tristeza, mais com uma revolta contida. Porque por mais que ele soubesse que a mulher estava morta, ela ainda existia em sua vida como se ainda estivesse viva, e ela não trazia mais lembranças boas a ele, ela não fazia mais bem pra ele, e Edward não conseguia perceber, ele não queria perceber.

E eu estava sendo completamente egoísta com esse pensamento.

— E quanto ela a ser linda, loira e ter um corpo escultural, não quer dizer que você fique atrás. – Âng me olhou firme.

— Okay, vamos para de falar disso, antes que fique ainda mais estranho. – pedi.

— Eu poderia falar disso o dia inteiro. – ela riu brincalhona. – Quero casar o Cullen.

Olhei para Âng desacreditada.

Que história era essa?

— Deixa Edward ouvi-la falar disso. – disse balançando a cabeça com tamanho absurdo.

Não conseguia imaginar Edward tendo um relacionamento serio com ninguém, muito menos casando de novo. Isso era tão impossível quanto Pierri passar um dia sem brigar com alguém.

Ângela riu mais finalmente encerrou o assunto.

Hoje era o dia que todos tiraram para falar de mim e Edward. E o dia ainda nem tinha começado.

— Olá meninas! – Alice entrou na sala animada.

Ela vestia uma calça preta com um tênis branco e uma blusinha de manga curta preta também, seus cabelos estavam presos. Ela estava totalmente diferente de como estava acostumada a vê-la.

E eu esperava que ela não tivesse ouvido nossa conversa.

— Oi Alice. – Âng foi a primeira a responder.

— Ola – respondi também.

— Eu vim ajudar. – ela disse apontando pra si própria, agora sim explicava as roupas. – Me coloquem para fazer o que precisar.

— Sério? – Âng perguntou em duvida.

— Não vai colocar ela pra lavar banheiro Âng. – eu ri da cara dela.

— Se for isso, tudo bem. – respondeu Alice.

O mais engraçado foi que ela respondeu sinceramente, se precisasse Alice estava disposta a fazer tal coisa. Neste momento minha admiração pela irmã de Edward só cresceu, porque dava para ver que mesmo Alice sendo uma pessoa muito rica, ela não era esnobe.

— Fica tranquila, não será isso. – Ang se apressou em dizer. – Vou explicar como Pierri quer, e vocês me ajudam com isso.

— Certo. – respondemos juntas.

— Alice eu preciso de todo seu senso critico, se tiver algo que ache que não esta certo, nos fale, e Bella preciso de toda sua eficiência de supervisão, e seu dom de acalmar Pierri. – ela riu ao falar a ultima frase.

— Okay. – respondi rindo também.

E foi isso que Ângela fez, ela nos ensinou tudo, começou dizendo como Pierri queria as coisas, passou de sala em sala, em cada canto do lugar para nos familiarizar, e explicou tudo de forma simples e eficiente, e dividiu as tarefas entre ela, eu e Alice, no caso trabalharíamos como dupla, porque nós duas ainda não éramos eficientes fazendo sozinha, porque Alice nunca tinha ajudado antes, pelo menos não assim ela disse, e eu não tinha feito desfiles suficientes para ser largada para fazer sozinha. E agradecia por ser Âng ali, porque desconfiava que Brant poderia fazer isso comigo.

Juntas formamos uma ótima dupla. Demos o nosso máximo em todas coisas, e Alice foi de grande ajuda. Pierri achou a coisa mais sensacional do mundo ter a princesa dele ajudando, sim eu era a purpurina e Alice era a princesa, não tínhamos como discutir sobre isso, eu já sabia e Alice também.

Durante o dia, que passava correndo devo acrescentar, esbarramos com Edward algumas vezes, seja o que é que ele estivesse fazendo ali, ele tinha se fechado em uma das salas e só saia quando era necessário, o que nos fez nos encontrarmos algumas vezes, ele pelo menos não pareceu achar ruim de estarmos Alice e eu, juntas, para cima e parar baixo, e se tivesse ficado bravo ou algo do tipo, não era como se tivéssemos tempo para fazer algo a respeito.

Alice e eu demos duro a parte da manhã inteira, algumas vezes fazendo ligações, outras resolvendo algum detalhe, outra era recebendo a equipe de maquiagem, organizando o lugar onde a imprensa ficaria, nossa manhã passou apresada e cheia de trabalho, ate sairmos para almoçar juntas, que durou apenas meia hora e tivemos que voltar. Pierri me ligara urgente para que eu voltasse, ele avisou que iria matar alguém.

Achei preocupante e saímos com pressa do restaurante.

— Vocês o que? – gritou Pierri, ouvimos assim que entramos no lugar – Estão ficando loucos? Como vou acreditar em vocês? VOU PROCESSA-LOS! – continuou gritando no telefone.

O lugar por ser grande e estar praticamente vazio, fazia um grande eco, e o som de sua voz ficava ainda mais alto que o habitual.

— O que será que esta acontecendo? – Alice disse preocupada ao meu lado.

— Vamos descobrir logo. – respondi chegando perto.

— Se vocês não estiverem aqui ate as três da tarde, considerem mortos e falidos. – ameaçou com o rosto vermelho de raiva.

Ele desligou o telefone nervoso, entregou a uma mulher que estava perto dele. Ela correu e levou o celular para longe.

Quem era aquela?

— O que aconteceu? – perguntei.

Pierri se virou para mim atingindo tons de vermelhos inimagináveis, e depois seu rosto foi se transformando em cara de choro.

— Não chore! – Alice disse muito seria – Se você chorar, vão contar ao Brant e então ele vai rir da sua cara, dizer que você não consegue fazer nada sem ele, nunca mais vai esquecer esse episodio e te atormentar ate você morrer.

Olhei pra ela indignada e assustada.

Pierri tomando noção da gravidade do acontecimento imaginando que isso seria exatamente o que ele fosse fazer, mudou imediatamente sua cara de choro, obedecendo Alice .

— Agora explique o que aconteceu. – ela pediu.

Pierri começou a nos contar então. O carro alugado para trazer os vestidos dos desfiles, tinha furado o peneu, e já iam dar três horas da tarde. E no caso como mostrava o cronograma de Ângela, eles precisavam estar aqui as dez para que então uma hora acontecesse as provas dos vestidos nas modelos novamente. E dava pra ver o quanto esse detalhe tinha atrasado o cronograma. Emily estaria surtando também se estivesse aqui, ela odiava quando não seguiam o cronograma, ela era maluca com isso.

Mas de todo, isso não era a pior coisa, e sim que Pierri estava tendo problemas com essa empresa, já que um peneu furado não demora mais de horas para ser torçado, se analisarmos a hora que os vestidos presivam estar aqui.

Ele já estava pensando o pior, ate mesmo cogitou ser obra de espioões. O que era totalmente sem noção.

Então para resolver isso achei melhor tomar a frente, porque comecei a ficar preocupada, Pierri poderia exagerar sempre que era possível, mas a história estava estranha de mais, e naquele carro estavam mais de milhões em vestidos de peças únicas.

Então enquanto eu deixava Alice com Pierri, que eu percebi que era muito boa em coagi-lo a fazer sua vontade – mesmo que sua técnica fosse ameaças - fui ligar para a companhia e saber o que realmente estava acontecendo.

Duas horas depois...

— Senhor, estamos falando a verdade, o peneu e só conseguimos chegar agora. – respondeu um dos caras, o que parecia ser o líder.

— Podemos resolver isso depois? Precisamos arrumar essas coisas, temos menos de três horas. – falei chamando a atenção.

Eu já devia estar de cabelo em pé de tanto que já tinha passado nervoso hoje. Para resolver os problemas precisei ficar meia hora no telefone para eles chegarem duas horas mais tarde. Cinco homens dentro de uma minivan e nenhum sabia trocar um pneu direito? Eu só queria que essa noite terminasse.

Pierri olhou para mim me fuzilando, ele não estava contente com a desculpa dos caras, e eu também não estava caindo na conversa deles, era obvio.

— Quero provas de que vocês furaram o penou. – Pierri bateu o pé.

Alice que estava do meu lado segurou uma risada e eu bufei entediada, para minha mais nova amiga tudo aquilo estava sendo a diversão de que ela precisava para ficar e nos ajudar. Alice pelo pouco tempo que a conhecia podia ver que ela gostava de uma bagunça, e Pierri gostava dela, o que era novidade pra mim então ele não se importava de te-la por perto.

— ME MOSTREM O PENEU!! – gritou novamente, desta vez ele estava bastante descontrolado.

Neste momento eu fiquei ate assustada, Pierri não desistiria e faltava poucas horas para o evento, se eles não mostrassem isso para eles, Pierri não deixaria de lado.

— Vêm comigo. – puxei Alice para o canto e Pierri me acompanhou também.

— Qual o plano? – Alice se empolgou, ela viu nos meus olhos que eu tinha um.

— Preciso de um lugar com computador e impressora, e liberem pra mim cinco salas separadas. – pedi – Uma vasilha seria útil, e se não tiver computador ou impressora, folhas iram servir.

— Eu arrumo o computador e a impressora. – Alice se dispôs – Ou as folhas.

— Arrumo as salas. – Pierri respondeu prontamente entendendo sua participação no plano.

— Okay, me encontrem em 10 minutos. – disse – E preciso da vasilia também, não esqueçam.

— Posso saber qual é o plano? – perguntou Alice curiosa.

— Não temos tempo para isso. – respondi rindo

Algumas vezes precisava ser criativa para sair de situações como essa.

Então quando eles arrumaram uma sala pra mim, digitei algumas perguntas no computador, eram apenas três, e sabia que essa seria a melhor maneira de descobrir o que tinha acontecido.

Pierri entrou na sala dizendo que tinha já as salas vazias e me entregou um boné dizendo que era isso o mais perto de vasilha que ele tinha achado. No fim aquilo ia servir.

Quando sai da sala os cinco homens estavam encostados na parede com Alice e Pierri a frente de braços cruzados. A cena era hilária, mais me controlei para não rir, e caminhei ate eles ficando ao lado dos meus amigos.

— Coloquem o celular aqui. – eu estendi a mão com o boné.

Enquanto eles me olhavam desacreditado e resmungavam entre si, me distrai quando Edward saiu da sala e parou no meio do caminho ao nos ver. Ele parecia confuso tentando entender o que estava acontecendo. Voltei minha atenção para o que estava acontecendo um pouco incomoda por estar sendo observada, ainda mais quando essa pessoa era Edward Cullen.

— Coloque cada um em uma sala Pierri e entregue isso. – eu disse entragando as folhas em minhas mãos.

Pierri fez o que pedi e ficamos observando cada um entrar em uma sala diferentes em silêncio.

— Será que eu posso ver? – perguntou Alice me pedindo um dos papeis que havia na minha mão.

Passei pra ela deixando finalmente que ela e Pierri lessem. Ele jpa tinha voltado e estava do meu lado. Os dois passaram os olhos rapidamente pela folha e Alice foi a primeira a rir.

— Você é genial! – ela disse olhando pra mim.

Ela parou ainda mais a minha frente olhando nos meus olhos e repetiu.

— Você é genial!

— Purpurina!!! Você é espetacular! – Pierri disse, já se direcionando a uma das portas saltitando.

Eu ri com a alegria dele, e imaginei se esses pulinhos dele era influência de Alice, ou era ela quem tinha aprendido com ele.

Na folha tinha três perguntas bem simples, uma era qual o seu nome, a segunda, onde você trabalha e a terceira, qual dos pneus foi o que furou.

— Qual pneu furou? –ela disse rindo. – Foi genial garota.

A última pergunta do questionário,era a graça toda, bom... se fosse verdade todo mundo acertaria, mais se fosse mentira? Duvido que as respostas seriam iguais, ninguém pensaria combinar qual pneu teria estourado se fosse mentira. Se a historia fosse uma farça, eles estariam bastante encrencados com Pierri, ele estava já na porta das salas, com uma cara maquiavélica.

— Situações extremas merecem medidas desesperadas.

— Brant disse como você era boa nas crises de Pierri, mas... talvez tenha subestimado você. – ela comentou ainda surpresa. – Da onde sai tanta criatividade?

Puxei Alice para que ela andasse comigo, era melhor não estamos por perto quando Pierri tivesse o resultado da pequena prova.

— Eu sinceramente não sei. – respondi – Mas você acaba pegando o jeito quando convive com Pierri, desviar as coisas sempre são o melhor caminho, dê a ele o que ele quer e o problema esta resolvido.

— Brant deve odiar esse seu método. – franziu as sobrancelhas – Mas tenho que admitir que é eficaz.

— Na verdade ele se diverte bastante as minhas custa. Mas realmente quando entrego a Pierri o que ele quer, preciso resolver as coisas com Brant. – eu ri – É ai que eu arrumo um outro problema.

— Mal posso esperar para trabalhar na Lanvin. – bateu palminhas animada.

Mal sabia ela que na maioria das vezes era melhor que ela estivesse onde ela estava.

Alice me puxou para que nos sentássemos na escada. Nós já estávamos exaustas e ainda tinha muito coisa ainda para acontecer.

— Há quanto tempo você conhece Pierri? – perguntei a Alice enquanto estávamos sentados na escada.

— Há bastante tempo. – ela respondeu pensando – Acho que eu tinha uns 7 anos quando ele veio trabalhar para mamãe.

— Bastante tempo. – respondi – E Brant? Rosalie?

— Brant foi literalmente há cinco anos atrás, quando ele começou a se destacar no mundo da moda, e a Lanvin reconheceu o trabalho dele. O conheci em um das milhares de vezes que fui para a empresa. Ele se tornou um grande amigo. – respondeu ela sorrindo. Podia ver que Alice tinha uma grande admiração por Brant, seus olhos chegavam a brilhar quando o nome dele entrava na conversa. – Já Rosie sempre foi amiga de Edward, eles são amigos de infância sabia?

— Você esta falando serio?

— Super serio. – ela riu – Eles estudaram junto no primeiro ano e continuaram ate a faculdade. Se tem uma pessoa que conhece Edward melhor que eu ou nossos pais essa pessoa é a Rose.

— Eu percebi que eles são amigos, mais não diria que se conheciam desde dessa época.

— Isso é porque Edward a afasta constantementedepois que sua mulher morreu.- respondeu Alice – Qualquer pessoa que tenta se aproximar ele faz isso, mas Rose sempre foi uma amiga compreensiva e insistente, e ela tem muita influencia sobre ele, mesmo que agora possa não parecer, fique numa sala trancada com eles por algumas horas e você vai entender o que estou falando.

— Eu estou muito surpresa Ali.  – falei

Apesar de sempre ver Rosalie gritando com Edward entrando sem bater na sua porta, ou nem sempre fazer questão de ser anunciada, dava uma ideia de que ela era uma amiga de Edward, mais não imaginava que fossem assim a tanto tempo. Eles não tinham o entrosamento que amigos de longa data tem. E pelo visto eu estava completamente equivocada.

— E vocês ficaram amigas na mesma época?

—Eu era muito pequena quando eles ficaram amigos. – Alice disse ressentida, ela queria ter sido amiga de Rosie a mais tempo. – Fomos ficar amigas no colegial, e logo depois ela já ela estava indo para a faculdade. Foi quando Edward finalmente deu um tempo e eu pude ter mais tempo com Rosie. Ele foi fazer faculdade em Londres.

— Bom...parece que o caminho de vocês tem se cruzado a muito tempo. – disse – Vocês vão trabalhar juntas.

— Mal posso esperar para trabalhar com vocês. – ela bateu palminhas animada – E falando em Rosalie, nós nos entendemos.

— Ai que bom! – eu disse realmente aliviada.

— Acho que ela ainda esta magoada comigo por não ter contado que estava indo para a Irlanda, mas no final ela me entendeu.

— Amigas entendem, mais nem sempre concordam.

— Esse é o papel delas no final não é mesmo?

— Concordo com você. – disse – Jacob nem sempre concorda comigo, mais ele me apoia em todas minhas decisões, e no final quando alguma coisa dá errado, ele esta lá para me dizer eu te avisei, e me abraçar.

— Jacob é seu namorado?

— Jacob? Não – eu me apressei em dizer.

Porque que as pessoas viviam dizendo que Jacob era meu namorado?

— Ele é meu melhor amigo, é como um irmão para mim. – respondi para deixar ainda mais claro. – Sabe, do tipo best friend forever. – deu uma entonação mais engraçada no meu inglês.

— Edward disse que você tem uma amizade colorida com ele.

— O que? Ele disse isso? – quase gritei, onde é que Edward tinha tirado isso? – Ele ao menos sabe o que é uma amizade colorida? Não é muito velho para saber dessas coisas?

E porque Edward estaria falando de mim para Alice? Pensei que eu fosse um dos assuntos que ele estava preferindo evitar o quanto pudesse.

— Não foi essas palavras, mas o contexto é o mesmo. – respondeu revirando os olhos, como se foose um absurdo eu pensar que Edward sabia o que aquilo significava.

Brincava com a idade de Edward, mais ele não devia ser tão mais velho que eu, com toda certeza sabia que ele não estava chegando perto dos 50.

— Jacob mora comigo e aparentemente Edward não gosta dele , e Jacob, que fique entre nós por favor, não gosta de Edward.- respondi me lembrando dos olhares que ambos viviam lançando um para o outro.

— Nossa que bom que ele não é seu namorado, eu fiquei bastante preocupada

— Em eu namorar? – perguntei confusa.

Alice sorriu sem jeito, como se tivesse falado de mais.

— Não. – se apressou em dizer. – Mas tenho gostado de ver você e meu irmão juntos, ele sorri quando está com você, ele consegue falar mais que duas palavras, e... – ela respirou fundo e parou de falar. – Ele tem sido uma pessoa diferente.

— Estou tentando cumprir a promessa que fiz para você. – disse sinceramente, apesar de não ter me esforçado tanto. – E sobre isso, eu acabei contando para Edward. Desculpe.

— É eu fiquei sabendo. – fez careta, mas não parecia ter ficado chateada.

Alice não parecia ser uma pessoa que se chateava com qualquer coisa, ela tinha esse jeito sorridente e alegre de mais.

— Edward brigou com você? Me desculpa.

— Ele não disse nada sobre isso. – respondeu – E eu fiquei esperando um baita de um sermão, já estava ate prepara quando ele contou. Sabe, horas e horas falando sobre a mesma coisa.

— Acho que Edward quer mudar, ele ainda só não sabe como. E se isso vai doer mais ou, ou vai facilitar.

Alice parou por um instante de olhar para mim e se concentrou a sua frente, segui seu olhar para ver o que ela tinha visto que havia chamado tanto a sua atenção. E mais a frente estava Edward, já sem o paletó e a gravata afrouxada olhando para nós um tanto curioso eu diria.

— Eu acho que ele já descobriu como mudar. – Alice comentou sem tirar os olhos do irmão.

Era como se ela tivesse enxergado algo que eu não tinha, e pude ouvir o som de esperança na sua voz e um brilho no olhar. Desviei os olhos constrangida, Edward tinha os olhos fixos em mim agora, e era perturbador ter o olhar dele em cima de mim, ainda mais com essa intensidade e curiosidade.

— Ate o final do mês seu irmão já me despediu. – comentei –Acho que ele não gosta que a gente converse. – observei.

— Deixa disso. – Alice se voltou para mim, voltando a ser a Alice descontraída e relaxada que já me era familiar. – Ele deve ter medo do que eu vá falar para você.

— Tipo? – desafiei

— Que ele te acha bonita.

Meu coração falhou uma vez ao escutar essas palavras e Alice percebeu pois ela tentou esconder um sorriso satisfeito no rosto.

— Ele acha isso? – a curiosidade falou mais alto e não consegui conter a pergunta.

Ate porque de todas as mulheres do mundo ele comentar com Alice que me achava bonita era de se achar no mínimo estranho. Levando em conta que eu não tinha uma beleza estonteante como a das pessoas que o cerca. Eu era absolutamente normal, branca quase pálida com um corpo de poucas curvas, cabelos castanhos ondulados e olhos cor de chocolate. Uma mulher normal. E Edward não gostava de mim.

— É... eu acho que vocês despertam algo um no outro. – ela disse com um ar de quem sabe das coisas.

Levantou sacodiu a roupa e me deixou lá, tentando entender  se de fato suas palavras eram verdade, ou era só uma brincadeira dela para ver minha reação.

Edward não despertava em mim algo, tinha certeza disso. Ou talvez não tinha tanto, porque eu era curiosa a respeito dele, então de certa forma ele me despertava curiosidade. Mas não era isso que Alice estava dizendo, eu sabia. Não era burra para fingir que não havia entendido.

Mas era totalmente absurdo. Um absurdo pensarem assim.

O único sentimento que despertávamos um no outro era algo relacionado a convivência forçada, por causa de uma garotinha maravilhosa.


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Notas finais do capítulo

Seriooo eu amo de mais escrever o Pierri, porque as loucuras deles me faz querer estar vivendo na fanfic kkkk Espero que tenham gostado e temos muito mais desse desfile finalmente no proximo capitulo



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