31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 17
13° Dia de Dezembro Parte III


Notas iniciais do capítulo

Aeee galerinha eu voltei "!!! Desta vez com o capitulo inteiro kkk Por dois motivos minha demora. Primeiro fiquei chateada com poucos comentarios e varias vizualizações, segundo por causa disso decidi não escrever mais ai então quando voltei a escrever ia liberar mais um pouco , mas preferi não dividir o capitulo Então por isso que ele esta enorme pra vcs. Então boa leitura !!



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Edward Cullen não estava nem um pouco confortável na minha presença, o que sinceramente não sabia o que pensar. As vezes nós não precisávamos pensar sobre tudo, porque não iriamos gostar de saber no final das contas.

— Posso te fazer umas perguntas para não ficarmos em silêncio? – perguntei enquanto ele dirigia sem falar uma palavra.

Uma curiosidade sobre mim. Não era muito fã do silêncio, uma coisa que definitivamente tive que aprender a lidar trabalhando aqui na Lanvin. Pois o silêncio na maioria das vezes era a única coisa que tínhamos. Então qualquer chance de quebrar isso era aproveitada sem qualquer desperdício, ainda mais quando se esta curiosa para conhecer seu chefe.

— O que é que você tem contra silêncio? – se voltou para mim.

Dei o meu melhor sorriso antes de respondê-lo.

— Nada! – ele viu na minha cara que isso não era verdade.

— Bom, não parece. – desviou seus olhos de mim.

— Sabia que a base de um relacionamento é uma conversa? Porque não aproveitar?

— Por um acaso estou tentando ter algum tipo de relacionamento com você? – sua pergunta foi provocativa.

— Foi você que me chamou para vir no seu carro. Não reclame – respondi e ele revirou os olhos novamente. Ele fazia muito isso quando estava comigo, pude perceber – E também existe algo chamado, relacionamento profissional, daquele que você deveria ter.

— Ah então agora o que era pra serem umas perguntas, virou para, como educar o seu chefe?

Eu ri .

— Longe de mim educar você. – respondi – Você é o tipo de pessoa cabeça dura, seria um desperdício de tempo. – completei sincera.

— Nunca falaram tão mal de mim em... – olhou o relógio – Menos de dez minutos.

— Isso porque você nunca almoçou com seus funcionários. Você se surpreenderia o que podem dizer em sessenta segundos.

Edward olhou para mim com o olhar de quem esta encrencada, e estava muito louca para confessar  que falávamos mal dele em nossos almoços.

Onde é que estava com cabeça? Eu não tinha filtro?

— Estou brincando. – respondi rapidamente ao notar que  mantinha seu olhar em mim e não na rua.

Um dia iria morrer, mas não assassinada por um Edward nervoso e distraído.

— Você não esta brincando. – acusou.

— Você pode, por favor, olhar para rua agora? – pedi já com medo.

Relutante ele voltou a olhar para a rua.

Respirei fundo ao ver que havia conseguido sair da saia justa em que havia me metido. Decidi que a melhor coisa era olhar para a janela e evitar manter contato visual.  Era péssima ate mesmo para manter uma conversa, boa e saudável.

Hoje o tempo de Nova York estava dizendo a todos que o inverno rigoroso estava chegando e que todos já poderiam preparar seus casacos mais quentes. Neste horário o transito estava quase impossível, enquanto estavam todos voltando para suas casas, saindo do centro iluminado de Nova York nós estávamos indo ainda mais para dentro do centro. Então para nós estava mais tranquilo, o que permitia que Edward prestasse mais atenção em mim do que na estrada. Ele me dava muito medo dirigindo.

— Então o almoço de vocês sempre sou o assunto?

Devia saber que ele não deixaria isso passar tão rápido.

— Hoje com o seu bom dia, deve ter sido o assunto principal sim. – tentei responder algo que não nos comprometesse tanto – E que pena que  perdi.

— Não foge do que perguntei Bella.

Sorri amarelo para ele, porque é que havia aberto minha boca para falar? Porque sempre tinha que falar mais do que deveria?

— O silêncio! – falei dramaticamente – Ele é maravilhoso, vamos aproveita-lo.

Edward chegou a abrir um meio sorriso com meu comentário bobo, e mordeu os lábios para continuar segurando a risada que tinha quase certeza que ia sair.

— Você é muito bonito quando esta segurando uma risada. – falei sem pensar.

Quando vi meu rosto estava quente de vergonha, virei o rosto imediatamente para não ver seu olhar sobre mim.

Após esse momento o silêncio que se seguiu foi perturbador.

Todos que já tenham visto Edward Cullen sabia o quanto ele era um homem bonito, charmoso e sexy, sim ele conseguia ser tudo isso com aquela cara feia de quem comeu e não gostou, mas Edward Cullen sorrido era bonito de mais para não ser percebido. E assim como ficava desconcertada perto dele, tenho certeza que as outras pessoas sentiam o mesmo. Só não precisava ficar confusa e atrapalhada a ponto de expressar tal elogio para ele. Não tinha intimidade para elogia-lo, ou para qualquer outra coisa.

Mas aquele meio sorriso não conseguiu sair da minha cabeça.

— Quais são as suas perguntas? – decidiu quebrar o silêncio.

— Quer saber ? Melhor deixarmos isso para lá. – falei.

— E perder você se enrolando nas palavras? Jamais. – respondeu humorado der repente. – Comece.

Olhei desconfiada.

— Você vai usar minhas palavras contra mim. – acusei.

— Vai depender do que falar. – disse – Vamos lá Bella.

Tinha varias perguntas para fazer para ele, de coisas simples ate coisas mais complexas, queria conhece-lo, queria ver como ele era por baixo de toda dor que carregava, o homem que Alice disse que era.

— Vamos começar com uma fácil. – disse – Sua cor preferida?

— Esta falando serio? – levantou uma sobrancelha ao olhar para mim.

— Sim. – ele ficou quieto e não respondeu. – Edward é serio, qual sua cor favorita?

— O que isso irá acrescentar pra você?

— Credo! – disse chateada – Sua comida favorita?

— O que isso irá acrescentar há você? – repetiu sua resposta.

— Olha você esta me deixando sem opções. – disse – O que quer ganhar de presente de natal? Alice deu uma  lista para Brant uns dias atrás.

— Ainda não estou vendo relevância nas suas perguntas.

— Credo! – respondi chateada - Estou tentando ter assunto com você, ser uma companhia suportável pelo menos e ate conhecer quem você realmente é. Tenho certeza que é um homem incrível, porque não é qualquer pessoa que tem uma filha adorável e muito bem educada, abre a porta para uma mulher que ele odeia e chega onde você chegou, sem no mínimo ser alguém admirável.

Ele ficou surpreso com minhas palavras, ate mesmo eu fiquei. Mas poxa, tudo que tentávamos conversar era difícil, ele já vinha me atacando, tentando se esquivar de coisas que nem eram importantes também. Realmente o que iria acrescentar eu saber a cor preferida dele? Além de tudo eu era patética pensando que poderia ter uma conversa normal com alguém que nem me suportava.

— Eu não odeio você. – disse parando o carro e olhando para mim.

Nem se quer virei para ele, estava chateada de mais para ouvir o que tinha a me dizer.

— Nós já chegamos? – olhei para os lados procurando alguma coisa que identificasse o ateliê da Lanvin. Fiquei feliz quando achei a alguns metros de distancia a placa com o logo da marca.

— Eu não odeio você Bella. – repetiu quando me virei para ele.

— Serio? Porque não esta parecendo Edward. – respondi – E quer saber? Eu não me importo mesmo.

E realmente não me importava.

Tirei o cinto e sai do carro enquanto ele fazia o mesmo e vinha atrás de mim.  Ele me alcançou em questão de segundos e com delicadeza me puxou para o outro lado, porque para minha tristeza estava indo para o lugar errado.

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Andamos em silêncio ate o outro lado da rua onde havia uma fachada de vidro com duas colunas pintadas de preto, as portas de vidro também com detalhes da mesma cor, era o que parecia ser um lugar grande, e havia vitrines com alguns modelos de vestidos todos na cor preta. O nome do lugar ficava em cima também no letreiro preto, apenas com o numero 72 e o desenho da marca. Porém era diferente daquele que conhecia hoje, parecia ser um modelo mais antigo e demorei admirando o lugar que ao mesmo tempo tinha uma aparencia antiga mais sofisticada.  

— Aquela é loja. – respondeu se referindo para o lugar que estava indo antes de entrarmos.

Edward passou seu cartão do lado de fora da loja e então à porta se abriu nos dando acesso à recepção. Ele deixou que eu passasse primeiro, mas não me apressou me deixando admirar o lugar primeiro antes que passássemos pela porta da recepção.

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Apesar da fachada ser deslumbrante e sofisticada, o lado de dentro era sofisticado mas, simples. Tinha uma pequena mesa no fundo da sala com duas cadeiras próxima a porta de onde estávamos, tinha aqueles manequins típicos de ateliê, alguns estavam vestidos e outros eram apenas de enfeite para o lugar.

Do nosso lado esquerdo tinha uma arara de vestidos deslumbrantes que nunca tinha visto em nenhum catalogo que já tenha arrumado dentro da Lanvin, uma mesinha de centro com um arranjo de flores. Do nosso lado esquerdo tinha uma sala onde havia mais vestidos, e alguns deles mesmo de longe reconheci de outros desfiles. Havia uma escada de madeira com detalhes em pretos e luzes que ficavam um pouco acima do corrimão deixando tudo aconchegante e impecável.

— Boa Tarde Edward – falou a recepcionista que aparentava ter uns 50 anos. – Um prazer te-lo no atilê. Uma visita maravilhosa! – seus olhos brilharam.

Mesmo encantada com o lugar não deixei de notar como ela havia o chamado pelo primeiro nome, e o tom quase fraternal. Me senti mal por ela, provavelmente Edward já tinha uma resposta desagradável por não ter usado “Senhor Cullen”.

— Mary. – ele respondeu assentindo, sem bom dia, sem sorrisos, apenas sendo o Edward de Sempre – Esta aqui é Isabella Swan, secretaria de Brant. – nos apresentou.

Foi uma surpresa ele não destrata-la como imaginei. Isso me fez ter certeza que Mary era uma pessoa querida para ele.  Bom isso era apenas uma suposição. Porque duvidava que Edward gostasse de alguém.

— Pode me chamar de Bella. – disse indo cumprimenta-la

Mary se levantou e veio ate mim para nos cumprimentar, ela em vez de apertar minha mão como todos por aqui se cumprimentavam me puxou para um abraço carinhoso que retribui sorrindo.

— Que prazer enfim conhece-la. – disse sorrindo largo – Brant fala muito de você.

Mary era uma mulher de estatura pequena, pela branca e os cabelos castanhos ondulados, seus olhos eram castanhos escuros, e ela tinha um óculos pendurado por um cordãozinho, e uma caneta atrás da orelha.

— Espero que bem. – respondi

— Ah querida, vai por mim, são só coisas boas de você. – respondeu e olhou em volta como se estivesse procurando por alguém. – E onde ele esta?

— Esta chegando para apresentar o lugar a Bella. – respondeu Edward desta vez.

— Vamos lá, mostre você a ela Edward. – ela o encorajou.

Edward  chegou a abrir a boa para responder mais o cortei

— Se não se importar prefiro que Brant me mostre. – não era alguém que dava o troco, ou fazia birrinha por coisas como esta, mas preferia mesmo que Brant estivesse comigo e não ele  – Edward deve ter algo para fazer importante.

Mary olhou de mim para ele, provavelmente estranhando chama-lo da mesma forma que ela Me senti constrangida chamando ele assim. Ela também notou o clima que estava entre nós.

— Pode espera-lo ali. – apontou para as duas cadeiras perto da porta de vidro.

Caminhei a passos lentos ate a cadeira ainda olhando o lugar maravilho que estava. Seja quem  tivesse planejado este lugar tinha um belo gosto, e uma capacidade incrível de brincar com as cores.

Talvez de tudo o que tinha nesta recepção, o mais extravagante era o lustre enorme que estava localizado bem no meio, mostrando toda sua opulência sobre o lugar.

Não sabia como funcionava o ateliê, porque nunca havia perguntado ou ate mesmo vindo ate aqui, ou entrado em um, mas ele não parecia ser um lugar que qualquer pessoa poderia vir, podia estar completamente enganada, mas a porta estar fechada mostrava que de certa forma tinha razão. Brant uma vez me disse que o ateliê era onde tudo acontecia, mas sabia também que no prédio principal da Lanvin havia muitas costureiras que trabalhavam diariamente para as peças de roupas de grife.  Não sabia dizer o que um diferia do outro, e esperava que Brant me ajudasse com isso.

— É azul Bella. – Edward respondeu sentando ao meu lado na cadeira.

Mary que estava próximo a nós se afastou um pouco para nos dar certa privacidade, ela começou a mexer em seu computador com seus óculos de grau no rosto agora.

— Pensei que isso não ia me acrescentar em nada. – me virei para encara-lo

— E não vai mesmo. – insistiu.

— Provavelmente não mesmo.

Edward passou as mãos no cabelo nervosamente. Havia percebido uma coisa nele, quando as coisas saiam de seu controle ele fazia exatamente isso. Ele ficou um tempo procurando palavras para poder falar, mas sabia que um pedido de desculpa não iria vir, e estava tentada a ver como ele concertaria as coisas, porque era exatamente isso que tentava fazer.

Não era uma pessoa que se chateava fácil com os outros, mas queria mostrar a ele que não podia continuar agindo assim, ou conseguiria afastar ainda mais pessoas de sua vida.

— Você pode afastar quem você quiser Edward, mas vai ter que se esforçar mais se quiser isso comigo. – falei me referindo a suas respostas sempre agressivas  – Então sugiro que comece me ignorando desde agora, me mostre que é isso que quer.

— Eu só não entendo...

— Edward amigos sabem a cor preferida um do outro, a comida que gostam ou que não gostam, coisas desse tipo. – expliquei, não que eu precisasse, mas ele tinha que entender. – Isso porque foi a pergunta mais fácil, imagine a difícil.

— Então somos amigos?

— Colegas, amigos, pessoas no mesmo ambiente. O que você quiser.

Mary se remexeu na cadeira e franziu o rosto, mas não olhou para nós. Ela devia estar bastante interdita no que é que estivesse fazendo.

Ele parou um pouco e pensou sobre o que havia falado, jogou o corpo para frente e me olhou nos olhos.

— Você entendeu que eu não odeio você? – ele disse incomodado ainda com o que havia falado no carro.

Talvez ele só tenha ouvido essa parte da nossa conversa.

— Desculpa, mas você dizendo isso não muda minha opinião.

E  achava mesmo que ele me odiava, talvez não aquele ódio toxico, uma coisa minimizada, mais ainda assim tinha certeza que ele não gostava de mim como pessoa em particular.

— Não vai mudar sua opinião mesmo eu repetindo?

— Não! Já ouviu falar que palavras falam e atitudes gritam? – ele não me respondeu, então continuei. - Então suas atitudes estão gritando, e isso é literalmente que você não gosta de mim.

— Gostar e odiar é bem diferente sabia?

— No caso aqui, elas estão muito próxima.

Ele respirou fundo e se levantou do sofá, parou a minha frente e estendeu a mão para me ajudar a levantar.

— Vamos dar uma olhada no lugar?

Fingi que estava pensando, o episodio passado já estava esquecido. A curiosidade do lugar gritava mais alto, queria ver o que aquele lugar tinha, e talvez com a companhia de Edward não fosse tão desagradável, se ele estivesse disposto a se esforçar.

— Vamos. – aceitei sua mão.7

A mão de Edward estava gelada quando veio de encontro a minha, e uma corrente elétrica passou por nós, não sabia dizer ao certo se ele também havia sentido, mais assim que me levantei soltamos as mãos ambos rapidamente.

— Que tal eu ficar com o casaco de vocês. – Mary ofereceu sorrindo. Ela já havia saído de seu lugar e estava a nossa frente animada. Muito animada eu diria.

— Claro. – respondi

Fui tirar o casaco e Edward se posicionou atrás de mim me ajudando a retira-lo, não era algo que precisava de sua ajuda, mas foi um gesto automático dele e quando viu já o tinha feito, entregou o meu a Mary e depois tirou o seu próprio.

Se fosse em outro caso, estaria derretida com tamanho ato de cavalheirismo.

Ele saiu na frente me mostrando o caminho que devíamos,  preferiu começar pelo andar de cima, enquanto andávamos pelo corredor lado a lado, perguntou:

— Qual a sua cor favorita Isabella Swan?

— Estou sentindo a provocação ta legal!

— Me responda. – insistiu.

— Rosa.

— Claro, devia ter previsto essa resposta para alguém que come como uma adolescente.

— Será que você pode parar de implicar com as coisas que eu como? – pedi – Nunca mais vou comer perto de você, esta me reprimindo sabe disso?

Ele riu, uma risada gostosa e musical, e minha vontade naquele momento foi encostar em seu braço numa forma de mostrar o quanto ele daquela forma era agradável.

E isso me assuntou, porque de repente imaginei minha pele tocando a dele, nossos braços encostado lado a lado e minha cabeça jogada de leve em seus braços. Quando esses pensamentos vieram me afastei um pouco, com medo de como poderia reagir.

— Esta sala é dos estilistas. – Edward disse abrindo a porta da primeira sala.

Entramos juntos na sala que havia três mesas, cada uma com um computador e cadeiras a mais. Era aconchegante o lugar, mas não era muito grande. Tinha quadros espalhados por uma prateleira com desenhos, nas mesas pude ver de longe um quadro de Rosalie com pessoas que não consegui reconhecer, imaginei que ali fosse a mesa dela, a outra havia também um quadro com Pierre e sua esposa, mas na outra mesa não havia nada que me dissesse que era de Brant.

— Aqui é onde eles trabalham nas criações quando não estão na cede da Lanvin cartier, não é equipado com tudo, é mais para pesquisa de campo e ideias em geral.

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— Eles não usam muito aqui, certo?

— Eles ficam concentrados no andar debaixo para falar a verdade. – respondeu – É lá onde o trabalho acontece.

— Não consigo imaginar os três juntos aqui nessa sala fechada. – confidenciei.

Rosalie e Brant juntos num mesmo lugar era uma coisa, mas com Pierre? Nessa sala fechada e um pouco pequena de mais era outra.

— Geralmente não fica os três juntos. – respondeu, ele parecia ter entendido do que estava falando – E alguns funcionários também podem utilizar a sala.

— Tipo quem? – perguntei

— Você quando estiver aqui. – respondeu – Ângela e Emily e quem tem um cargo mais alto no ateliê.  Mary por exemplo tem o passe livre para todas as salas inclusive a minha.

— Ela parece gostar bastante de você, deve ter feito por merecer essa confiança. – cometei ainda olhando ao redor – Você não parece depositar sua confiança muito fácil nas pessoas.

— Eu não era assim. – ele disse, porém sua voz não tinha qualquer tipo de emoção para que pudesse saber o que ele estava sentindo nesse momento.  – Mas Mary esta aqui a mais tempo que qualquer pessoa. Se um dia precisar dos serviços dela, creio que ela ficará feliz em ajudar.

— Fico feliz em saber. – respondi sinceramente - Hoje esta extremamente vazio. –  decidi mudar de assunto, quando percebi que talvez se continuássemos com assuntos delicados ele iria se fechar totalmente de novo, e estávamos indo  bem até agora.

— Como disse, as coisas acontecem no andar debaixo.

— Na recepção e na sala do lado? – porque foi à única coisa que havia visto, mas estava tão vazio quanto aqui em cima.

— Não. – respondeu – Temos um andar subterrâneo, vou mostrar a você e vai entender.

Juro que ao falar subterrâneo já imaginei algo mais rustico, mas olhando em volta do lugar, devia ser ainda mais surpreendente do que aqui.

— E já saímos da hora do expediente, Mary já deve ter fechado.

— E fechado você quer dizer o que? – perguntei sorrindo olhando pra ele. – Você tem um cartão de acesso.

— Faz parte da arquitetura do lugar.

— Arquitetura? Você é ridículo Edward.  - Ele segurou um sorriso.

Andei pela sala notando cada detalhe, os quadros que havia comentado antes eram cada um de um estilista, e de estilistas que não conhecia, todos tinham nomes, mas eram tão pequenos que era muito difícil de enxergar.

Alguns deles eram simplesmente ousados, da qual você ficava encantada. Fiquei tentada a pegar os quadros na mão para poder enxergar melhor os nomes que tinham no cantinho, mas não sabia dizer como Edward reagiria.

Talvez alguns deles devia ser intocáveis, e ele não iria gostar.

— Alguns desses são de meu avó. – como se soubesse o que estava pensando começou explicando. – Este lugar foi construído por ele anos atrás, foi passado por uma enorme reforma, a alguns anos, mas há detalhes que prevaleceram. – explicou.

Ele andou para perto de mim e pegou um dos quadros e ficou olhando por alguns minutos, não consegui recolher nenhum padrão nele, então não era de nenhum dos três estilistas que conhecia.

— Este foi desenhado pela minha esposa. – mostrou para mim.

Por um momento tive que me esforçar para lembrar da mulher, e da história que havia contado.  Tinha sido tão vago sobre ela que tive dificuldades de trazer a memoria sua lembrança.

Olhei para o desenho com os traços bem marcados, como se ela desenhasse sabendo que iria ficar perfeito, duvidava que havia utilizado borracha pela forma que marcava o desenho, seria impossível apagar sem deixar uma marca. O vestido desenhado também era ousado e com cores fortes. Era um dos que mais se destacava ali.

— É um desenho muito bonito. – disse

Colocou de volta no lugar e passeou pela sala, aquele olhar perdido e cheio de dor havia voltado novamente.

Parei na mesa que achava ser do Brant e tive a confirmação quando vi um barco, parecido com o que ele tinha em sua sala, e ri com o padrão que havia encontrado ali. Brant só podia ser colecionador.

— O que foi? – Edward perguntou.

— Esta é a mesa de Brant. – apontei. – Este barco deve ser a característica dele. Já reparou que ele não tem nenhum porta retrato na sua mesa? Nem aqui e nem na sua sala na Lanvin.

— Bem observado. – ele respondeu – Brant costuma ser bastante reservado.

— No caso, vocês três são bastante assim. – disse.

— Quem especificamente?

— Você, Brant e Rosalie. – respondi – Provavelmente sei a vida inteira de Pierri, não que eu queira saber a de vocês, mas... acho que você entendeu  o que quis dizer.

— Eu também não sei nada sobre você.

— Claro que sabe. Eu não sou uma terrorista. Gosto de comidas de adolescentes , sou bastante sincera como pode ter percebido – respondi sorrindo – E você acaba de saber que minha cor favorita é rosa. Uau!

— Você não costuma a levar as coisas a serio não é mesmo?  - provocou ele.

— Costumo ser bastante dinâmica nas ocasiões.

— Não faz sentido.

— Nem sempre precisa fazer. – dei de ombros – Edward?

— Sim.

Ele não excitou em responder, isso me deixou mais confiante.

— Você poderia me contar mais sobre esse lugar?

— O que quer saber?

— Qual é a história? A verdadeira história deste lugar?  - imagina que havia uma, tão mais interessante do que acharia quando pesquisasse -  O que a internet não pode me contar, mas você sim.

— Uma pergunta bem interessante. – elogiou, pela primeira vez na vida dele imagino.

Edward puxou a cadeira mais próxima e ofereceu para que sentasse, então se sentou no canto da mesa de frente para mim. Sem pensar duas vezes e animada o bastante aceitei a cadeira como uma garotinha que espera a melhor história.

— Tudo começou com uma viagem de meu avó a Paris com sua mãe. Lá ele conheceu a tão famosa noite Parisiense, um show a parte daquele lugar. – começou dizendo relaxado. – Ele tinha apenas 15 anos e aquele lugar o transformou. Minha mãe conta que ele ficou encantado com os vestidos das mulheres, que parecia um tipo de competição para saber quem usava o mais bonito. Sua própria mãe comprava vários vestidos de lá, foi quando ele decidiu que Nova York precisava do mesmo encanto e sofisticação que Paris.

Ouvia a história atentamente, prestando atenção em cada palavra que ia sendo dita, conseguia ate imaginar como era na época do avó de Edward.

— Foi quando ele fez seu primeiro vestido. – ele disse apontando para um dos quadros de desenhos, o primeiro. O que era o mais ousado de todos e preto – Sua mãe usou em uma das festas na época, só não me recordo no momento qual. E foi um espetáculo a parte. Todas as mulheres e homens não tiravam os olhos dela, e desde então meu avó passou a fazer vestidos para os socialites de Mahatan.

— Foi então que surgiu o preto Lanvin?

— Parece uma imitação do azul Tifanni. – ele fez careta – Mas foi a partir deste vestido sim. Quando a escolha é preto, não existe vestido melhor  para a escolha.

— Posso não conhecer muito sobre, mas leio bastante para concordar com você.

O preto apesar de uma cor normal, ainda sim tinha uma tonalidade diferente, era mais brilhante e fosco ao mesmo tempo, que você não podia parar para analisar direito que ficava maluca.

— Esse tom de preto foi registrado como marca, utilizada nas sacolas, catálogos, embalagens, materiais promocionais e comunicação da Lanvin. Com o passar do tempo a cor se tornou parte de identificação da marca. Batizado então de “LANVIN CARTIER BLACK”.

— Todas as garotas sonham com uma joia azul Tifanny para combinar com o estrondoso vestido preto Lanvin Cartier.

— As revistas dizem que são uma ótima combinação. – ele brincou, mas continuou depois. – A Lanvin ficou famosa por seus vestidos ousados. Naquela época meu avó revolucionou a alta costura com suas apostas, e quando se era um dos poucos com vestidos no próprio país isso ajudou ao sucesso que somos hoje.

— Vocês realmente são uma grande marca. – disse.

— Já que estamos falando sobre os vestidos, vamos passar para a próxima sala?

Apenas assenti e segui Edward ate a sala do lado. Estava perdida em imagens de antigamente de Paris com mulheres em vestidos ousados, e uma mistura antiga de como teria sido Nova York e a alta sociedade, quando entramos na sala.

Todas as imagens se dissiparam de minha cabeça quando consegui visualizar Brant ali dentro. A sala apesar de  ter cor preta com o destaque em relação aos detalhes, ainda assim  podia se ver bastante coisas em marrom, que tinha 97% de certeza que era sua cor favorita. Ele era mais básico com cores, e também aquela sala tinha o mesmo cheiro da sua.

O lugar era maravilhoso, cheio de vestidos em tons de branco e preto do lado esquerdo, um enrome espelho que pegava  uma parede inteira do lugar, havia uma pontrona e uma messa no centro de vidro e o chão era de carpete em um tom de marrom claro. A Iluminação do lugar era um show a parte, e Edward ate se atraplhou na hora de acender as luzes, elas podiam ficar de varias cores.  

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— Uau! – foi a única coisa que consegui dizer quando entrei.

Mesmo morando em nova York e tendo passado por pelo menos todas as lojas de grife que tenha encontrado na Quinta Avenida, não se comparava ao glamour e exuberância desta sala

— Aqui é uma das salas onde os clientes vêm para a prova da roupa feita sob medida. – explicou Edward. – São no mínimo três provas antes de sair daqui com a roupa desejada.

Não conseguia nem falar de tanto que estava vidrada em cada detalhe, cada vestido que conseguia ver. Eu não era uma adoradora de vestidos ou roupas em geral mais fiquei extasiada em um lugar como esse.

— Hoje temos duas linhas em funcionamento, a Lanvin Cartier como todos sabem e a Lanvin Cartier Privé.

Fiquei surpresa em constatar isso, mas de seis meses trabalhando aqui e não fazia a menor ideia de que existiam duas linhas diferentes.

Se Edward notou minha surpresa preferiu não comentar ou me humilhar por não saber disso e continuou.

— A linha Privé é especialmente para roupas para premiações, feita sobe encomenda. E neste caso, é esta a sala que utilizamos para provas desses vestidos.

— Posso fazer uma pergunta?

— Não abuse. – disse

— Quem pode vir neste ateliê? Não é qualquer pessoa, certo?

— Não barramos ninguém. – disse – Muitas pessoas veem ate aqui, mas este lugar é especialmente para pessoas com um poder aquisitivo mais alto. Digamos que são pessoas que precisem de modelos exclusivos que não acharam nas lojas.

Edward estava sendo delicado ao escolher as palavras, não mostrando grandeza, mas mostrando certa humildade, o que achei bem honroso da parte dele, sendo quem ele é, e a pessoa que é, poderia muito bem ser mais simples e direto, igual quando descobri que havia uma lanchonete no prédio e que pessoas como “eu” não poderia utilizar.

Isso era mais um argumento que tinha para achar que o problema de Edward era comigo.

— Famosos você quer dizer?

— Exatamente. – respondeu – Mas tem muito socialite também, então não da para generalizar. Para quem compra na Lanvin a experiência é única. A começar pelas vitrines, que nunca mostram os preços das peças expostas, mas são capazes de deixar qualquer mulher hipnotizada e encantada.

— Saiba que neste momento estou me sentindo assim.

— Entrar em uma de nossas sofisticadas lojas, é mergulhar em um mundo de sonhos colorido por um preto sem igual e os vendedores são treinados a estimular essa sensação. Atendem o cliente pelo nome, incentivam a experimentação das peças. E ainda servem café, água e até espumante, se a ocasião se apresentar, como a compra de uma roupa feito sobe medida, por exemplo. E esse atendimento todo se intensifica no ateliê e quem atendem esses clientes são os próprios estilistas. No nosso caso, cada um têm sua própria clientela particular. – explicou – E o ponto de maior destaque é que jamais revelamos a identidade de um comprador, mas avisamos se a peça é única.

— No caso ninguém vestirá no red carpet dois vestidos iguais da Lanvin Cartier?

— Não quer dizer que isso não possa acontecer. – explicou sorrindo, ele parecia ter se lembrado de um episódio engraçado. – Não revelamos o comprador, não quer dizer que sempre as pessoas perguntem se o vestido que escolheram é o único.

— E vocês não pensam em falar por exemplo a Scarlett johansson que ela esta levando o mesmo vestido para o Grammy que a Angelina Jolie?

Ele ignorou minha pergunta e revirou os olhos. Então resolvi deixar de lado, homens nunca iam entender o drama feminino, muito menos Edward que não parecia ligar muito nem para as pessoas.

— Esses vestidos são maravilhosos. – falei chegando mais perto. – Nunca tinha visto esses modelos, então são os exclusivos?

— Esses vocês não armazenam como catalogo. – explicou – São os exclusivos, e poucas pessoas tem acesso a eles.

— Qual é mesmo o slogan de vocês? – perguntei contentando um sorriso ao me virar para ele.

Sabia qual era, mais queria ouvi-lo falando ele mesmo.

— Porque estou achando que você vai fazer alguma piadinha sobre isso?

— Qual é? – insisti

Some Style is Legendary.— seu inglês soou forte e sexy. Na mesma hora me arrepiei.]

Balancei a cabeça para me recuperar.

— Porque acho que esse slogan foi criado por você? – perguntei pra mim mesma em voz alta

— Mas não foi criado por mim.

— Soa presunçoso como você. – disse – Quer dizer, você parece ser um homem presunçoso, por trás dessa fachada de homem sem coração.

Apontei pra ele, e depois me virei pra não olhar a cara feia que ele deve ter feito. Esperei que ele reclamasse por chama-lo assim, mais ficou quieto e deixou que continuasse admirando o lugar.

Por ultimo para encerrarmos o tur na parte de cima, Edward me levou para o que ele chamou de sua sala para emergências.

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Entrei e olhei tudo minunciosamente, a televisão com um desfile que não sabia dizer de quem era, o mural com esboços de desenhos, uns livros perfeitamente arrumados, umas peças de roupas que tinha certeza que era só para enfeite.

— Sua sala é pura decoração. – falei rindo não me aguentando.

Nada neste lugar dizia alguma coisa da personalidade dele, tirando as cores que eram praticamente iguais a da sua sala na Lanvin, tudo era exagerado para qualquer um que conhecesse Edward Cullen. E olha que nem precisava conhece-lo muito bem para dizer isso.

Enquanto examinava o lugar não conseguia segurar uma risada que insistia em escapar pelos meus lábios, Edward cruzou os braços e fechou a cara enquanto me olhava feio.

 – Não tem a sua cara. – expliquei.

— Isso porque raramente eu a uso.  – falou como se fosse a coisa mais obvia do mundo

— Hum... – foi o que consegui falar

Na sua mesa havia alguns desenhos espalhados por cores mais escuras ate as mais claras, distribuídas em um ângulo perfeito.

Não parecia ser algo que ele havia feito, talvez fosse Emily em uma de suas visitas ao ateliê.

— Não entendo de moda tanto quanto as pessoas que trabalham para mim. – explicou dizendo enquanto ia se sentar em sua cadeira. - Bom... isso tirando você.

— Exatamente tirando eu.

É ele estava certo, não entendia nada de moda mesmo, arrumar uma roupa para trabalhar já era difícil o suficiente. Diferente das meninas, elas não eram nenhumas especialistas ou formadas na área, mas sabia que Ângela havia feito uns cursos e Emily tinha um conhecimento básico na área, e tudo isso era associado aos currículos delas. No meu caso, literalmente não sabia mais do que os sites e revistas diziam sobre a moda, tendência e coisas do gênero, ou quando Brant me ensinava alguma coisa. O que ele raramente fazia.

— Isso aqui pode ficar uma loura em épocas de Oscar e premiações. – decidiu tomar outra linha de pensamento. -  E quando estou aqui, tenho um lugar para ficar.

— Acho que aprendi muito mais aqui com você, do que tivesse pesquisado no Wikipédia. – comentei.

— Noticias da fonte. – respondeu

Mordi os lábios segurando outra risada quando na televisão começou a passar o desfile agora de homens com ternos. Definitivamente isso não se parecia nada com a personalidade de Edward.

— O que foi? Porque esta rindo?

— Não estou rindo. – tentei ficar seria, mas estava quase impossível.

— Edward? – chamou alguém abrindo a porta, me salvando de uma crise de risos.

Era Brant que agora estava só com a cabeça para dentro da sala.

— Atrapalho alguma coisa? – ele me olhou curioso, devia estar com a cara muito engraçada.

— Não, só estava mostrando o lugar a Bella.

— Quer que eu termine o tour para fazer o que precisava? – ele perguntou.

Olhei para Edward, queria que ele continuasse a me mostrar o lugar, e contar mais algumas coisas sobre a história da Lanvin, mas ele assentiu com a cabeça.

— Preciso fazer isso antes de voltar para casa.  – explicou e depois olhou para mim. – Quando terminar te busco lá em baixo para poder te levar para casa.

— Já disse que não precisa.

— Ainda esta em horário de serviço, esta sob minhas ordens. – disse dessa vez mais serio, mostrando sua autoridade de forma engraçada.

— Desculpe corrigir você, mas seria nas ordens de Brant. – ainda tinha que mostrar  credito a ele, já que não estava sendo a melhor das funcionarias.

— Desculpe Isabella, mas voltar para a casa sozinha, esta fora de cogitação.

— Okay. Me aturem então. – dei de ombros e fiquei de pé.

Edward se limitou a revirar os olhos, algo me dizia que ele estava começando a se acostumar com meu jeito, enquanto Brant abriu totalmente a porta dando espaço para que passasse por ela antes de voltar a fecha-la.

— Edward chamando você de Bella? – perguntou sugestivamente.

— Você deveria seguir o exemplo dele. – respondi – Se ate ele consegue, tenho certeza que você pode... e ate fazer melhor.

— Do tipo o que? – riu

— Eu não sei,  você que é a pessoa criativa aqui – dei de ombros.

Brant virou o corredor e desceu as escadas.

— Eu tirei o Swan para me referir a você, e é assim que me agradece?

É eu tentei pelo menos.

— Ah me desculpa. – ironizei – Obrigada!

— O que Edward ainda não mostrou a você? – me ignorou.

As pessoas gostavam de me ignorar constantemente.

— Onde a magia acontece. – respondi prontamente.

Ele se virou para mim com as sobrancelhas unidas, ate mesmo parou de andar e isso me fez quase bater em suas costas.

— Ele se referiu assim?

— Tenho quase certeza que ele não utilizaria essa palavra. – pensei melhor.

— Ótimo! – respondeu e voltou a andar, virando para a primeira sala da qual ainda não tinha entrado – Já começava a ficar preocupado, foram coisas de mais para um dia.

— Acho que posso dizer o mesmo. – respondi – Mas só vi a parte de cima, respondendo sua pergunta.

A sala que entramos dessa vez era mais simples que as outras porém ainda tinha o ar sofisticado, nesta tinha vestidos maravilhosos pendurados, e perfeitamente distribuídos de uma forma que as cores combinavam. Havia duas mesas redondas de madeira no centro da sala, uma mais na frente e outra mais no fundo, era um lugar mais aberto e com pouca privacidade mais tinha dois provadores para que as pessoas pudessem usar. A parte da frente era toda substituída por vidro escuro, nós conseguíamos ver tudo que estava lá fora, porém duvidava que alguém pudesse nos ver de volta.

— Aqui é onde temos os vestidos exclusivos. – disse encostando no batente da porta.

Andei pela sala olhando os vestidos, e tinha que concordar que eram maravilhosos. Alguns tive vontade de pegar para experimenta-los, este lugar era um verdadeiro sonho para  qualquer mulher que pisasse seus pés aqui.

— Se trabalhasse aqui, provavelmente teria experimentados todos enquanto ninguém estivesse vendo. – disse quando me virei para vê-lo. – Portanto, pense muito bem antes de me mandar para cá sozinha.

— Não tenho duvidas. – respondeu – Alice qualquer dia desses te arrasta para fazer isso. É um de seus passatempos preferido, desde que a conheço.

— A diferença é que ela pode. – respondi e voltei a encarar os vestidos. - O que é que você tem com Alice e a questão dela sobre roupas e compras? – decidi perguntar.

— Melhor descobrir sozinha. Não estragarei essa revelação surpreendente entre vocês.

Brant caminhou para o fundo e se sentou em uma das cadeiras.

— Você acha que ela e Rosalie estão se acertando? – perguntei deixando o vestido preto de lado. – Gostaria que sim.

Era um assunto que havia esquecido enquanto estava com Edward, mas que estava me deixando preocupada.

— Se conhece as duas, Rosie vai se fazer de difícil mais alguns dias, mais a conversa de hoje é a trégua delas.

— Eu espero. – confessei – Não quero ficar no meio das duas. Muito menos quero causar ciúmes em Rosalie quando souber que sai com sua amiga, enquanto Alice só tem fugido de conversar com ela.

— Você também notou isso.

— Sim. –  ri

— Não sei o que a fez se mudar para a Irlanda sem falar com ninguém, mas Rosalie não aceitou isso ate hoje.

— Você é amiga dela não é? – perguntei e ele assentiu – E nem mesmo você sabe? Talvez você poderia ajudar a Rosalie com isso.

— Alice e eu sempre fomos bastante amigos desde que comecei a trabalhar para sua familia – começou explicando – Mas ela escondeu isso de mim também.

Queria entender essa história, por mais que não conhecesse ela direito era como se já fossemos amigas a um bom tempo, e esse comportamento era um pouco estranho.

— É um comportamento normal dela?

— Não.  Alice é o tipo de pessoa que todos sabem o que ela quer e o que não quer, onde ela esta e onde  não esta. Uma das pessoas mais transparentes que já conheci, então acho que consegue perceber como essa atitude dela é estranha.

— Sim. – concordei – Mas Rosalie provavelmente sabe o que é.– respondi por fim.

Quando se era amigo, e digo amigo de verdade, não tinha como não saber. Rosalie no fundo devia  ter pelo menos uma ideia, mas estava chateada de mais por não saber o motivo pela própria amiga.

— Mas ela não sabe. – ele me olhou confuso.

— Provavelmente ela só desconfie do motivo. – expliquei – É coisa de amigas sabe. No fundo a gente sabe qual é o problema, mas queremos ouvir da pessoa.

— Vocês mulheres são complicadas.

— E vocês homens são desatentos com as coisas que acontecem na frente de vocês. – respondi rindo e ele torceu o nariz – Pergunte para Rosalie sobre isso e depois você fala pra mim se estava certa ou não.

— Eu vou fazer o teste hoje mesmo – disse se levantando.

Ele foi para a ultima porta que havia ali e abriu me indicando para passar por ela também.

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Esse essa sala tinha um ambiente diferente de todos os outros de uma forma bem gritante.

— E aqui é o lugar dos homens . – falei

— Da pra vê um pouco mais de poluição visual. – ele comentou sorrindo – Homens gostam disso, as coisas precisam estar à vista como um todo.

E o que ele disse ate que fazia todo o sentido. O lugar mostrava ter tudo, desde camisas sociais a ternos e blazers a mostra. Nada parecia estar guardado e tudo era bastante evidente, o lugar era puro luxo com um toque masculino. Havia um sofá com almofadas e uma mesa com camisas dobradas no centro. Não havia tanto espelhos como as outras salas e a diferencia era que ali só havia um único provador.

— Uau! – foi o que consegui dizer. – É enorme.

— Não sei se Edward te contou. – ele começou dizendo – Mas era aqui onde seu avó fez as primeiras peças. Foi decorado mais tarde por Esme, ela é uma arquiteta incrivelmente talentosa.

— Ela não quis seguir com a carreira de moda?

— Esme sempre foi uma mulher muito poderosa e talentosa. Mas sempre preferiu ficar atrás  sem muita evidencia. – explicou – Ela conhece muito do ramo, e  preciso aprender muito com ela para ter seu conhecimento, mais sua parte favorita era o gerenciamento da empresa. Mas não muda o fato dela também já ter feito vestidos para a marca da família.

— E o que mudou? – perguntei querendo saber mais da família de Edward.

— Ela conheceu Carlisle e se casou. – riu nessa parte – E ele a incentivou a seguir seu sonho, de montar um pequeno negocio de arquitetura.

— Você fala pequeno, mais esta sendo totalmente modesto não é mesmo?

— Provavelmente sim. – sorriu  – Tudo que ela toca faz um sucesso enorme, mas como disse antes, Esme é uma mulher que prefere ficar atrás, não gosta de evidência e não gosta de ter seu nome na mídia. Carlisle e Edward fazem o possível para atender este desejo dela.

— Essa é uma ótima explicação para nunca ter ouvido falar dela.

— Só porque seu ramo nunca foi o mundo da alta costura. – ele disse – Por mais que Esme esteja fora das colunas sociais, o nome dela é muito conhecido na alta costura, ela tem um poder muito forte no mercado. Seum dia voltar a assumir os negócios da família eles  aumentam ainda mais, muitas mulheres desejam um vestido assinado por Esme Cullen.

Fiquei pensando em tudo que estava ouvindo de Brant e como a família do Edward parecia  funcionar, eles eram bastante reservados porém muito talentosos.

— Sabe qual é uma das melhores coisas em se trabalhar na Lanvin? – foi mais uma pergunta retorica. Mas mesmo assim ele respondeu um não com a cabeça e pediu para que prosseguisse.

— Não vejo vocês como pessoas desesperadas por ganhar dinheiro. – fui sincera -  E você me falando isso de Esme me faz ter essa visão ainda mais clara. Vocês tem paixão pelo o que fazem, e isso basta. É algo que admiro muito aqui neste lugar.

— Este é o ponto – Explicou – A Lanvin tem um jeito único de conduzir os negócios, não é comum, mas funciona perfeitamente bem. E este é o diferencial da marca, poderia ficar explicando muito mais para você, mas seu contrato vence em seis meses, não estou contente em fazer você gostar mais da administração do que com minhas coisas.

E ele tocou em um assunto delicado, meu contrato de apenas seis meses, que precisava fazer uma escolha mas não conseguia pensar nisso agora, ou pelo menos por mais quatro meses.

— Estou animado em começar a mostrar os prazeres de trabalhar onde trabalha. – respondeu- Claro antes você precisa amadurecer a ideia do trabalho de campo.

— Trabalho de campo, lá vamos nós –resmunguei.

— Tem ate o final do ano Isabella. – ele disse dessa vez tomando uma postura mais seria. – Quero que tenha responsabilidades mais importantes do que atender meu telefone.

Isso me fez tremer um pouco. Não que ficasse com medo do que estava por vir, ou medo das responsabilidades,  só não me sentia pronta ou preparada para nenhum tipo de trabalho que envolvesse sair do meu conforto e da minha mesa na central da Lanvin. Não estava nem segura escolhendo o lugar dos eventos quem dirá acompanhar Brant para o fechamento de um negocio.

E além do mais gostava do que fazia, gostava de atender os telefonemas de Brant, marcar e desmarcar suas reuniões, escolher o que ele iria comer nos dias que não conseguia sair para almoçar, e ate mesmo gostava de Pierre, de ajuda-lo com o que fosse, ficar horas tentando mudar a opinião dele sobre algo, na maioria das vezes era bastante divertido. E também havia as meninas, era uma coisa a parte do porque gostava de trabalhar ali.

— Mas não vou importunar você com isso agora. – ele disse – Vamos lá que vou mostrar onde a magica acontece.

— Haha engraçadinho. – disse

Voltamos o caminho todo ate chegarmos a recepção de lá entramos em um porta e seguimos um corredor ate descermos as escadas. Quando eles falaram que tudo acontecia ali eles não estavam brincando.

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O lugar ficava , mesmo no piso inferior, e não tinha janelas mais a sala era climatizada. Não tinha uma ou duas pessoas só ali em baixo, mais haviam no máximo umas dez que trabalhavam a todo vapor com os manequins. Elas tinham idades diferentes e eram todas mulheres, que vestiam o mesmo uniforme cinza e tinham agulhas nas mãos, fita métricas enrolada no pescoço e todas pareciam bastante alegres e corriam de um lado para o outro.

O ambiente tinha uma musica animada de fundo que não consegui reconhecer de quem era porque o lugar estava abafado com as vozes e risadas das costureiras.

Uma das mulheres percebendo minha presença e de Brant avisou as outras e aos poucos elas foram diminuindo o ritmo ate pararem e olharem para nós.

— Boa noite Senhor Daugherty. – disse uma delas e as outras seguiram o mesmo exemplo.

Segurei uma risadinha, porque tinha achado engraçado o comportamento delas.

Aos poucos elas foram parando o que estavam fazendo rapidamente e ficaram todas eretas olhando atentamente para nós, a maioria sorria e algumas delas estavam mais curiosas e tentavam enxergar direito por cima dos ombros das outras.

— Boa noite – ele respondeu terminando de descer as escadas. – Gostaria de apresentar a vocês minha secretaria Isabella Swan.

No mesmo instante elas começaram a falar entre si baixinho, não dava para entender, mas me senti no meu primeiro dia de aula na escola nova, onde todos só prestavam atenção na aluna nova.

— Muito prazer senhorita Swan . – a primeira delas que havia falado tornou a responder sessando os cochichos.

— Pode me chamar de Bella. – respondi sorrindo – Prazer em conhece-las.

— Podem continuar o serviço de vocês, não queremos Pierri nervoso por aqui. – ele disse e prontamente as meninas voltaram ao trabalho, um pouco decepcionadas diria.

— Vocês não estavam brincando quando disseram que as coisas aconteciam aqui. – disse.

— Aqui é onde os vestidos dos desfiles são feitos, ou aqueles que são pedidos por encomendas. – explicou – Totalmente confidencial, por isso as melhores costureiras trabalham aqui.

Observei as meninas trabalharem e elas disfarçadamente não tiravam os olhos de nós, sempre que se permitiam seus olhos ficavam grudados em nossos movimentos. Eu era a carne nova no pedaço.

— Elas são umas gracinhas. – disse.

— São bastante profissionais. –elogiou, porém ao olhar para elas percebeu a mesma coisa que eu. – Talvez não tanto quando chega alguém novo por aqui.

Muitas delas estavam focadas em apenas três dos vestidos que estavam ali, e mentiam um trabalho rápido e cuidadoso, pelo o que conseguia perceber no momento, elas estavam trocando opiniões sobre aqueles vestidos e fazendo o que achava ser o retoque final de cada peça.

Antes que pudesse olhar mais do lugar ou ate mesmo interagir com algumas delas, porque tinha necessidade de fazer amizade onde quer que fosse, Brant me conduziu ate o final da sala onde havia uma outra que era rodeada por vidros, ou seja tudo ali eu conseguia ver mesmo sem entrar.

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Quando entramos entendi porque ele preferia ir direto para lá. O lugar era fechado por algum tipo de isolamento acústico, e o barulho lá fora abafado por qualquer que fosse a tecnologia.

Essa sala era rustica, com uma mesa de madeira de trabalho e algumas mesas com o equipamento de costura, havia bastante lápis espalhados por ali, mas o que mais se via eram linhas e agulhas.

— Aqui é onde podemos ter um trabalho mais privado. – disse

— Privado nas condições que tem aqui em baixo você quer dizer. – disse rindo ainda notando algumas das costureiras nos seguirem com seus olhares curiosos, e não podia culpa-las por isso.

— Exatamente – concordou.

— Nunca, nunca, mesmo iria imaginar que aquela fachada lá em cima poderia ter um lugar tão incrível como esse. – comentei fascinada pelo o encantando que eram cada cômodo do ateliê.

— É mesmo surpreendente. – concordou e se sentou em cima da mesa. - Mas me conta, depois de um tour como esse, qual seu lugar favorito do ateliê? –  perguntou.

Pergunta muito, mais muito difícil, todos os lugares eram maravilhosos, tão cheio de detalhes que era errado você não perceber eles.

— Hum... é bem difícil. – respondi – Mas acho que ali – apontei para fora da sala – E onde provavelmente ficaria se estivesse por aqui.

— Claro, posso ate ver você se contendo aqui dentro para não sair correndo e fazer amizades.

— Credo! Era isso mesmo que pensei agora a pouco.

— Você não é difícil de ler Isabella. – respondeu. – Fique a vontade, se divirta. – apontou para elas. – Vou estar aqui arrumando os detalhes de algumas coisas.

Quase não esperei terminar de dizer e sai para poder falar com algumas das costureiras.

Ele me seguiu e pediu para as meninas me mostrarem tudo e explicassem como as coisas funcionavam por ali.

E para elas não teve trabalho nenhum, elas ficaram felizes em compartilhar seu conhecimento comigo e me contaram algumas historias sobre aquele lugar me mostrando muito mais do que imaginava ser necessário.

Acabei saindo de lá sabendo praticamente toda a teoria de como funcionava o desfiles para elas, como o processo começava, tomava o andamento necessário e depois era finalizado. Tinha um processo bem demorado e bastante minucioso. Fiquei sabendo quantas vezes os estilistas em media tinham que vir para cá e aprovar os looks para o desfile. Elas me contaram que Pierri praticamente estavam deixando elas loucas, e que estava vindo aqui todos os dias para deixar tudo em ordem.

Os vestidos de Brant e Rosalie para a coleção de ano Novo já estavam sendo feitos, mas haviam ficado de lado porque a prioridade era os de Pierri no momento.  A Lorena, que era a costureira que estava coordenando todas as outras fez questão de me ensinar algumas coisas e me mostrar outras pessoalmente. Claro que não consegui gravar o nome de todas, eram trezes delas ao todo, mas todas sem exceção me trataram com uma atenção especial.

Quando Edward me chamou para ir embora e olhei no relógio ao todo havia ficado ali mais de três horas, sendo que duas delas tinham sido com as meninas.

Me despedi de todos rapidamente e de Brant que disse que ficaria mais algum tempo, Edward era impaciente de mais para deixar que tivesse um tempo melhor  para dizer tchau a elas. Mas não podia reclamar muito, provavelmente ele tinha usado toda a sua cota de “ser legal com uma pessoa” por no mínimo uns cinco dias.

Mary nos devolveu nosso casaco e nos deu um abraço carinhoso, conseguindo ate mesmo arrancar um de Edward, de um jeito desengonçado como se fizesse anos que não abraçava alguém, ele retribuiu.  

A viagem de volta foi em silêncio, não tive tempo de fazer mais perguntas, estava bastante eufórica por causa do lugar e as imagens são não saiam da minha cabeça. Isso me distraiu do silêncio que se seguiu no carro, porém foi um silêncio confortável.

Quando estávamos quase chegando em meu apartamento decidi que seria seguro começar a falar.

— Obrigada por hoje. Foi bastante produtivo, agradeço por me contar todas aquelas coisas.

Ele apenas virou para me olhar por segundos depois voltou para frente estacionando em frente ao meu apartamento.

— Manda um beijo para Karl. – disse retirando o cinto – E fala para ela que o desenho que ela me deu esta na minha geladeira, esqueci de contar a ela.

— Contarei. – disse

— Ate mais Edward. – me despedi abrindo a porta do carro.

— Bella? – ele chamou. Excitante me virei. – Gostaria de ir à apresentação de Balé de Karoline amanhã? – perguntou, para ele essas palavras saíram com dificuldade.

— Esta falando sério? – estava bastante surpresa.

— Eu posso mudar de ideia. – avisou

— Eu adoraria ir Edward. – respondi rapidamente – Adoraria mesmo.

— Será as 20:00. – respondeu – Tenho certeza de que ela ficará feliz.

— Estarei lá. – respondi.

Respirei fundo, aquele cheiro de seu carro entrando em minhas narinas, cheiro muito bom de seu perfume que me fez perder a linha dos pensamentos por um momento. Sai do carro rapidamente antes que pudesse fazer algo de que me envergonhasse mais tarde.

— Edward? – chamei antes de fechar a porta.

— O que fez você mudar de ideia? Sobre mim e sua filha?

— Eu não mudei. – respondi – Karoline nunca quis chamar ninguém para vê-la dançar, algo me diz que ela gostará de ver você.

— Espero que sim – disse sinceramente – Ou seu pai vai estar bastante encrencando. – brinquei no final.

— Ate mais Bella.

— Ate mais Edward.

 


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Notas finais do capítulo

AHAHAHA Edwardzinho ta ficando legalzinho. Quem ai gostou? Vamos ver muito mais desses dois juntos. Spoiler, vai rolar um convite pra lá de especial!!!