31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 15
13º Dia de Dezembro


Notas iniciais do capítulo

Depois de 300 dias aqui estou, aqui estou, não me matem não me matem, ate porque eu logo voltei com metade do capitulo, sim sim porque não esta completo e ai vocês estão desesperadas pra ler, espero que sim, e então ou adiantar a primeira parte então lá vai



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Capitulo: 13º De Dezembro

 

Grandes vitórias são o resultado das pequenas conquistas diárias.

— Que lista é essa? – perguntei com o papel em mãos.

— Seu chefe. – respondeu Emily.

Continuei olhando a folha em minhas mãos tentando entender o que é que havia dado nele, para pedir essas coisas para mim.

— Fica com as pastas, que faço isso para você. – Âng disse pegando a folha de minha mão e me entregando as pastas.

Estávamos a todo vapor em plena segunda feira, daqui a exatos vinte minutos entraríamos em reunião que provavelmente – e esperava que fosse mesmo - poderia ser a ultima do ano, então era de extrema importância  tudo estar conforme tinham nos mandado fazer.

Então não tive muito tempo para poder conversar com as meninas, não que outros dias tivesse, mas foi quase impossível ate mesmo conseguirmos se cumprimentar com tanta correria.

Conferi a lista que Ang havia me dado junto com as pastas, no caso precisava deixar organizada na mesa da sala de reunião de acordo com os temas que abordaríamos hoje.

Uma das coisas que mais tínhamos aqui era organização, não sabia dizer ao certo se era por causa de Edward ou o toque que Emily havia adquirido depois de trabalhar com ele, mas tudo era extremamente organizado, do modo mais complicado que pudesse imaginar, era só olhar os nomes das pastas separadas por assunto que você tinha uma noção de que aquilo ia além de uma organização.

Conferindo as pastas por nomes e suas cores percebi  a azul que seria sobre o desfile de Pierri não estava junto com as outras.

Comecei a procurar sobre as mesas das meninas e em todo lugar que pensei que pudesse estar, ate mesmo na sala de Pierri entrei provavelmente quebrando algum protocolo de não entrar quando ele não estiver, mas agora faltava dez minutos e isso já era para estar arrumado e não conseguia encontrar para descer e arrumar.

— Meninas vocês viram a pasta azul? Não encontro em nenhum lugar. – perguntei enquanto revirava a mesa da Âng novamente.

— Seria esta aqui? – perguntou uma voz rouca

Uma pasta azul foi colocada na minha frente.

— Ai Meu Deus Obrigada. – sim eu praticamente gritei de alivio e só depois associei a voz que acabara de falar comigo. – Desculpe, quer dizer , Obrigada Edward, não...,  Cullen, Senhor Cullen. – falei tudo rápido de mais e me atrapalhei toda. Edward ficou ali me olhando, com aqueles olhos verdes tão lindos e atentos  voltados a mim.

  Respirei fundo tentando me manter calma para que as palavras da minha boca pudessem sair com algum sentido. Não estava entendo o porque meu coração havia acelerado e de repente só por ter ele falado comigo. Tudo bem que não era normal, mas eu não precisava exagerar tanto.

— Obrigada. –  soltei o ar que não tinha percebido que estava segurando.

Senti que estava sendo observada, não só por ele mais também pelas meninas que haviam parado o que elas estavam fazendo.

— Você parece nervosa. – comentou

— Bem aliviada na verdade. – respondi balançando a pasta em minhas mãos. – Obrigada.

Nós dois ficamos se olhando por um tempo, o que para mim pareceu uma eternidade, e me deixou um pouco sem reação, era como se ele quisesse me dizer alguma coisa, mas esqueceu ou não sabia exatamente o que estava fazendo.

— Você deseja alguma coisa? – perguntei para quebrar a situação estranha que havia ficado entre nós. – Ou só me salvar de uma própria bronca sua?

— Interessante escolha de palavras. – respondeu e se virou para ir embora, mas antes que desse mais um passo se virou novamente e olhou para mim. – A propósito, bom dia.

E então saiu.

Provavelmente se não estivesse sentada teria caído para trás, assim como Pierri que estava chegando parou ate mesmo de andar e ficou observando de boca aberta enquanto ele voltava para sua sala.

— Eu escutei o que acho que escutei? – perguntou ele com olhos arregalados e a mão no coração.

Então fez-se um minuto de silêncio, ate mesmo eu estava surpresa. Tinha sido algo que havia comentando com ele no sábado, mas que não pensei que iria fazer diferença a ponto dele realmente chegar e fazer.

— Foi um bom dia. – Emily disse tão surpresa quanto cada um de nós.

— E foi para Bella. – notou Âng.

— Foi para nós. – disse, mas não acreditava que tinha sido.

Afinal foi tão baixo que sinceramente não sei como todos nós conseguimos escutar.

— Não, não foi. – disse Pierri se aproximando de onde eu estava, parando a minha frente no balcão. – Purpurina?

— O que foi? – perguntei

— O que você fez com ele? – tornou a perguntar.

— Porque você acha que eu tenho a ver com isso?

Tentei  não parecer culpada de alguma coisa, não queria que eles soubesse que passei o dia com meu chefe, e ainda acabei o encontrando no domingo, e tenho certeza que Edward também não queria que ninguém soubesse.

Não que fosse segredo para ninguém, mais aqui e agora não era o momento para eles descobrirem isso. Muito menos sobre o que prometi para Alice.

— Porque tenho certeza. – Pierri disse muito sério.

Os três me olharam esperando uma resposta.

— Comentei que ele nunca dizia bom dia um dia desses. – tentei dar a resposta mais simples que podia para essa resposta.

— E ele simplesmente decidiu dar bom dia? – exclamou Âng

— Estou tão surpresa quanto vocês. – me remexi inquieta.

— Foi quando isso? – Emily quis saber.

— Gostaria de dar detalhes a vocês, mas se essas pastas não estiverem na sala de reunião, estarei demitida. – disse pegando as pastas que haviam sido espalhadas pela mesa. – E agora tenho cinco minutos. – olhei o relógio – E este é o tempo que levarei só para descer ate lá.

Caminhei rapidamente para o elevador grata por ele estar lá sem que precisasse ficar esperando.

— Porque eu acho que esta rolando mais alguma coisa? – Pierri disse em voz alta.

— Porque esta. – respondeu Âng, mas não consegui ouvir mais nada porque a porta do elevador se fechou.

Rolando alguma coisa estava mesmo, mas não era nada do que eles estivessem pensando, seja o que fosse.

Em vez de evitar tudo que vinha de Edward agora iria forçar uma certa aproximação. Era assim que depois de pensar muito em como ajuda-lo resolvi agir.

Ele não deixava ninguém entrar em sua vida, na vida de sua filha e eu entraria, faria com que falasse sobre o passado, sobre enfrentar o que havia acontecido, faria todos seus muros caírem para aparecer a pessoa que realmente ele era. E um dos muros pareciam estar rachando agora mesmo.

Isso de alguma forma me deixou bastante feliz e animada.

— Bom dia – Brant me disse quando entrei na sala de reunião.

— Bom dia – respondi surpresa em já encontra-lo ali. – Estou atrasada, mas esta tudo em ordem. – completei – E afinal que lista era aquela que você me deixou?

— O que vamos precisar na reunião. – respondeu e pegou algumas pastas da minha mão.

Olhei para ele desacreditada, mas não me deu atenção, ficou distribuindo as pastas nos lugares certos sem precisar olhar a lista que tinha na minha mão.

Qual é? Porque ele não precisava ler que a amarela ia do lado direito da cadeira numero dois, não que as cadeiras fossem numeradas, mais existia um numero invisível sim. 

— Sabe que não precisa me ajudar, certo? – me referi ao seu trabalho excelente com as pastas.

— Quer ou não minha ajuda? – olhou para mim.

— Quem sou eu para recusar? – disse rindo, e comecei a ajuda-lo também, mas no meu caso fui seguindo a lista.

Pasta preta no terceiro lugar do lado esquerdo.

— Como foi seu final de semana? – perguntou puxando assunto, ele sempre perguntava isso.

Mas dessa vez demorei um pouco para respondê-lo,  fiquei imaginando se ele sabia de alguma coisa, ou se Alice havia contado algo ou ate mesmo Edward. Brant não era de se intrometer em nada, as vezes nem mesmo naquilo que podia e tinha o total direito, mas não era burro ou desinformado, e as vezes quando ele me olhava, quando me dava atenção suficiente para fazer isso,  tinha a impressão de que via muito além do que eu mesma via em mim. Ele me dava a impressão de que ao me olhar ele já sabia tudo o que se passava comigo.

Não tinha uma razão para eu pensar isso, ou ate mesmo para que pudesse me basear, mas me sentia assim toda vez em relação a ele.

E me deu uma vontade enorme de comentar com  o que estava acontecendo, confiava nele e Brant era uma das pessoas que mais me ouvia falar, claro depois de Jacob.  Foi por isso que minha resposta foi sincera.

— Provavelmente você não vai acreditar como foi meu final de semana.

— Você foi almoçar com Alice, deve ter sido bastante... – procurou uma palavra – Empolgante.

— Ah isso com certeza foi mesmo – respondi

— Mas não foi só isso. – completou a frase que eu gostaria de ter falado.

Parei um pouco para organizar meus pensamentos antes de respondê-lo.

— Exatamente. – respondi parando e olhando para ele. – Passei praticamente o sábado inteiro com Edward e Karoline.

Esperei alguma reação de Brant mais parecido com a de Pierri, talvez um olhar desconfiado, mas já devia saber que ele não era desse jeito.

Brant apenas entendeu que o assunto era sério e parou o que estava fazendo e se sentou na ponta da mesa virado para mim.

— Você quer que eu continue? – perguntei incerta.

— Só se você quiser. – respondeu tranquilamente.

Ponderei sua resposta, e não vi mal nenhum em me abrir com ele.

— Bom... – pensei por onde começaria – Passei o dia com eles, e.... depois descobri algumas coisas,  então  Alice me falou de outras também. – dei uma pausa para que ele processasse as coisas. – E resumindo bastante, Alice me pediu ajuda com seu irmão, sobre a pessoa que ele se tronou depois da morte de sua mulher.

Desta vez parei para que ele pudesse comentar qualquer coisa, falar qualquer coisa, ate mesmo fazer perguntas, mas  não falou e fez nada esperou que eu continuasse. Ele nem mesmo pareceu surpreso.

E talvez também nem tenha entendido o que eu havia falado. Foi um resumo bem resumido mesmo.

— Para ser bem sincera, não sei que tipo de ajuda ela quer, ou que tipo de ajuda  eu posso oferecer, mas aceitei. – continuei. – Você deve achar que sou doida, ou sei lá, uma aproveitadora, ou o que é quer isso possa parecer.

— Alice sempre vê aquilo que nenhum de nós vemos. –  começou me ignorando totalmente, pelo menos a ultima parte que disse – E se pediu sua ajuda é porque acredita que possa ajudar.

— Você acha que posso ajudar? – perguntei sabendo que Brant o conhecia muito bem, e há vários anos.

— Acho que você pode fazer tudo o que quiser. – disse

— Sabia que mentir não é legal? Ser verdadeiro, também é motivador.

Emily atravessou a sala naquele momento com suas coisas na mão acompanhada por Rosalie e Ângela que vinham logo atrás conversando.

As duas não tinham um convívio tão dinâmico como eu e Brant, mas ainda assim se davam muito bem.

— Não estou mentindo. – respondeu e ali demos fim a nossa rápida conversa. – Acho que também vou querer saber como foi sua sexta feira no show de rock.

Rosalie que estava entrando olhou de mim para Brant por um tempo mais depois escolheu seu lugar na mesa e sentou.

— Podemos pular essa? – perguntei

Falar pra ele o que tinha acabado de falar era uma coisa, agora falar o que rolou na sexta feira? Não de jeito nenhum, aquilo já era de mais ate mesmo para mim.

— De jeito nenhum. – respondeu e se sentou ao lado de Rosalie, que ainda estava olhando de mim para ele.

Mas tarde iria mandar uma mensagem para Alice perguntando se ela já havia resolvido sua situação com Rosalie, se não tivesse tenho certeza que a obrigaria a fazer isso, não queria estar entre a amizade das duas, pois mesmo que Brant dissesse que Rosalie não sentia ciúmes não conseguia confiar nisso.

Sentei de frente para Brant consequentemente fiquei também ao lado de Edward,mas  assim ficaria mais fácil de nos comunicarmos durante a reunião.  E nós éramos realmente muito bons nisso, sem precisar falar nada conhecia o que ele queria com um simples gesto ou olhar.

Edward foi o ultimo a entrar na sala de reunião, ele pelo o que vi não parecia estar nervoso hoje, mas não chegava a estar bem humorado, era ate difícil dizer como ele parecia estar hoje em palavras. Se sentou em seu lugar na mesa e abriu uma pasta enquanto todos nós aguardávamos em silêncio e Emily fechava a porta.

— Bom dia a todos. – começou.

— AI MEU DEUS! Ele falou de novo. – gritou o escandaloso do Pierri.

Abaixei a cabeça sabendo que isso iria sobrar para mim mais tarde. Se a primeira vez foi uma surpresa a todos a segunda deixou a todos de queixo caído. A reação de Brant e Rosalie eram hilárias.

Coloquei a mão na testa impedindo que eu olhasse para alguém que estava ali, tinha quase certeza que Edward agora estava bastante bravo, e bravo suficiente para colocar essa culpa em mim a qualquer momento, e também não queria olhar para ninguém ou começaria a rir e não iria conseguir parar.

— Não estou entendendo essa surpresa toda de vocês. – falou, sim e ele estava mesmo irritado.

Tirei a mão da testa e reparei que Brant estava me olhando, era como se nossa conversa tivesse passando em sua cabeça, quase podia ver isso em seus olhos.

— Eu disse que você nunca falava isso. – falei baixinho disfarçadamente para Edward.

— Será que podemos começar ? Ou vão continuar com essas caras?

— Esquece o que Pierri gritou. – Rosalie foi quem respondeu, mas ela estava ainda visivelmente chocada. – Vamos à reunião.

— Alguém sensata. – respondeu ele se voltando para os papeis.

— E lá vamos nós. – Ang sussurrou ao meu lado.

Ainda chocados todos fomos abrindo nossos cadernos e pastas para poder acompanhar cada tópico que seria abordado, Rosalie não conseguia ainda disfarçar o quanto estava chocada, e ficava olhando para Edward de uma forma bastante engraçada.

Como se ele soubesse exatamente como cortar o clima a primeira noticia anunciada por ele foi que esta não seria nossa ultima reunião, e claro todos sem exceções ficamos decepcionados, era nítido na cara de cada um e isso em vez de deixa-lo bravo pareceu que havia o animado. Edward era sádico não tinha outra explicação. Resumindo ainda teríamos mais algumas dores de cabeça ate o final do ano.

Passada a péssima noticia, ele focou em coisas que gostaria de estar colocando em pratica no próximo ano, nos passou as datas dos eventos mais importantes que teríamos e disse que o próximo calendário de desfiles estava sendo providenciado para não ocorrer o que aconteceu neste mês de dezembro. Edward pelo menos assumiu a culpa, e fez um pequeno discurso no seu modo “estou pedindo desculpas, mais não estou falando essas palavras”,  foi algo que já conhecíamos dele então entendemos o que ele no fundo queria dizer.

Tentei prestar atenção ao máximo de coisa que conseguia assimilar, ainda por ser nova trabalhando por aqui, muitas coisas técnicas que eles falavam eu não entendi nada, apesar de fazer um esforço tremendo para aprender, saia procurando nos sites sempre quando estava em casa, e sempre deixava uns pontos de interrogação nas palavras que não entendia. Isso facilitava meu trabalho depois.

E com a conversa que havia tido com Edward no sábado estava vendo que eu precisaria procurar saber muito mais do lugar onde eu trabalhava.

— Como estão as coisas para o desfile Pierri? – em certo momento Edward perguntou.

— Já viu como esta o ateliê depois que Aurora saiu? – ele o respondeu com uma pergunta. – Uma verdadeira bagunça, BAGUNÇA -  falou mais alto. – Para onde ela foi? Morreu?

— Esta de licencia. – respondeu Rose segurando uma risada.

— Licencia o que? Maternidade? Por um acaso veremos uma criança ruiva correndo por aqui? – o jeito que ele disse foi mais para o lado do sarcasmo.

Fiquei tentando entender de quem eles falavam. Aurora era um nome que escutava bastante por aqui, mais que de fato não sabia quem ela seria, e nunca tive a oportunidade de perguntar.

— Aurora com um filho? – dessa vez Rosalie gargalhou– Nunca Pierri.

— Ela pegou licencia por assuntos pessoais e emendou com as férias. – Brant decidiu intervir na discussão que havia começado.

— Quem é Aurora? – perguntei baixinho, mas pelo visto a sala inteira havia escutado pois todos se voltaram para mim.

— O crush do Brant – Rosalie respondeu de maneira sincera e descontraída, saiu facilmente.

Brant que ate então estava quieto em seu lugar parou o que estava fazendo e olhou para Rosalie surpreso, então se inclinou para frente  virou seu corpo para o lado, com um sorriso brincalhão no rosto.

— Porque você disse? Agora ela vai achar que é mesmo. – ele disse a Rosalie, e ela saiu satisfeita.

Estava rolando alguma coisa ali, talvez uma piadinha interna deles, e todo nós paramos para olhar.

— Não escuta o que ela disse. – ele então se virou para mim e apontou o dedo em minha direção sorrindo. – Não pense nisso.

Ri achando o engraçado o modo como ele estava falando, despreocupado e claramente levando tudo numa brincadeira. E ate então não havia pensado muito sobre o que Rosalie disse, mais quando o tinha na minha frente com um dedo apontado para mim não pude deixar de imaginar, Brant tem uma paixãozinha por uma mulher ruiva que provavelmente trabalhava aqui.

— Eu não estava pensando em  nada ate agora. – falei rindo.

— Agora ela não vai tirar isso da cabeça. – ele disse e se recostou de novo cadeira.

Nunca, enquanto estava aqui na empresa tinha visto algum vestígio de mulher na vida de Brant, não que eu achasse que ele fosse gay, pelo contrario, ele parecia ser bastante homem. Mas sempre tinha sido bastante reservado, ate mesmo com suas amizades, conhecia apenas um ou dois, mas nunca tinha ouvido ele falar sobre mulher no serviço. Foi uma surpresa saber que ele gostava de alguém que trabalhava aqui.

Enquanto estava perdida em pensamentos o assunto já havia mudado para alguma coisa mais importante mais isso ainda permitiu que Ang comentasse algo comigo antes de encerrar esse assunto.

— Aurora é assistente e chefe do Ateliê de Brant, na maioria dos casos, ela coordena aquele lugar, e todos sabemos o quanto ela gosta de Brant, no caso ela é oferecida e fique feliz por não conhece-la.

— Que ela não volte nunca mais, amém. – Emendou Emily baixinho.

— Para o desfile de Pierri toda a ajuda será muito bem utilizada, Emily ficará responsável de distribuir as tarefas de acordo com as ordens de Pierri naquilo que for necessário. – Edward disse e ela assentiu. – Gostaria que Isabella e Ângela ficassem de prontidão para oferecer toda a ajuda necessária. Temos pessoas suficiente para fazer esse desfile acontecer, mas ...

— Ficarei grato de ter vocês para me ajudar. – Pierri emendeou de forma mais carinhosa – Principalmente a purpurina que precisa brilhar nesse mundo da moda.

Minhas bochechas ficaram vermelhas do modo que ele falou, e fiquei imaginando em que sentido eu precisava brilhar no mundo da moda? Sera que não me vestia muito bem e precisava aprender?

Essas questão ficaram de lado porque Edward revirou os olhos e continuou com a reunião.

— Algumas coisas serrão passadas ainda este ano dos planos para o próximo, mas algumas delas pretendo deixar depois do ano novo.

— O que podemos esperar desses planos? – Rosalie perguntou em duvida.

—Mudanças necessárias. – disse sem dar mais resposta.

Brant cruzou os braços analisando Edward se perguntando talvez o que é que ele tinha em mente. Eu sinceramente nem gostaria de saber.

— Odeio quando fala isso. – Pierri resmungou desconfortável.

Pierri nem tinha terminado de falar direito e uma agitação do lado de fora da porta começou a acontecer, vozes mais elevadas e então num rompante a porta da sala de reunião se abriu e uma baixinha chegou toda agitada.

— Edwaaaaard! – quando ela notou que a sala estava toda lotada e todos olharam para ela,  parou de gritar, não que ela tivesse ficado envergonhada, duvida que Alice tinha vergonha de alguma coisa. – Ops!

— Alice! – Edward a repreendeu nervoso, mas seu coração amoleceu quando ele viu sua filha passando por ele pulando numa roupinha toda rosa.

Ate mesmo eu amolecia diante a cena, e Alice pareceu aliviada também. Ela tinha trazido a única pessoa que fazia com Edward não gritasse.

— Oi – Karl disse dando um tchauzinho e pulando no colo de seu pai.

— Olá. – respondeu a sala em um coro, tinha sido engraçado se Edward não tivesse tão vermelho por Alice ter atrapalhado sua reunião.

— Acho que falo depois com você. – ela disse – Olá Bellinha.

Dei um tchauzinho constrangido em direção a ela, enquanto tinha os olhos de Rosalie gravados em mim.

— Vamos terminar por hoje. – Edward anunciou diante do clima que havia se estabelecido.

— Preciso falar com você. – Alice disse olhando para Rosalie

— Estava vendo ate quando ia continuar me evitando. – ela respondeu, não se importando por estarmos todos lá ouvindo.

— Eu fugindo? Magina. – Alice desconversou

Todo mundo ficou ali olhando as duas, não conhcia qual tinha sido o grau de amizade das duas, mais a maioria ali pareia estar bastante a par de todas as coisas.

— O café esta tão preto. – falei em voz alta enquanto olhava a xicara de café na minha mão.

Brant gargalhou e as meninas aproveitaram a deixa para sair da sala, mas não impediu que todos continuassem a rir acompanhando Brant.

— Não há comentários como o seu. – Edward sussurrou pra mim.

Bom ai eu que fiquei sem graça ate ele estava se divertindo as minhas custas.

.....

Terminada a reunião acabei ficando para poder arrumar a reunião enquanto todos saíram para almoçar. O único que ficou na sala porém foi Edward e Karl, que continuava no mesmo lugar e me olhava para onde quer que me movesse.

— Você precisa de algo Senhor Cullen? – perguntei

Já estava incomodada por ter seus olhos em cima de mim o tempo todo

— Não acha que depois desse final de semana podemos nos chamar pelo primeiro nome? – perguntou.

— Estamos no trabalho, pensei que gostaria de ser tratado assim. – respondi.

— Creio que já passamos das formalidades Bella.

— Certo.

Karoline pegou seus livrinhos de colorir e sentou no lugar que Brant estava, e então se distraiu rapidamente enquanto pintava algumas princesas da Disney.

— Alice sempre é assim? – perguntei para ele não aguentava mais ter ele me olhando sem falar nada.

— Hiperativa e inconveniente?

— Ia dizer agitada. – respondi segurando uma risada. – Sua irmã parece ter bastante influência aqui, afinal de contas ela invadiu sua reunião e não saiu ameaçada nem coisa parecida.

— Alice sempre consegue o que quer, as vezes a melhor vitória é não discutir com ela.

— Você dizendo isso parece que ela é mimada.

— E quem disse que ela não é?

— Ela não me parece uma garota mimada. – respondi sincera  – Pelo contrario, parece bastante madura. – lembrei das nossas conversas de domingo. Edward me olhou com uma sobrancelha arqueada, claramente duvidando de mim. – Ok ela também tem um ar infantil. Mais você fala o mesmo de mim, então...

— O que vocês conversaram ontem? – perguntou intimidador, mudando o rumo da conversa.

Algo me dizia que ele estava com vontade de fazer essa pergunta desde que nos encontramos na recepção de manhã. Ele só não queria parecer tão interessado e curioso.

Andei para o outro lado da sala recolhendo os copos e jogando no lixo enquanto era observada atentamente por Edward. Quando terminei me virei para responde-lo. Fiz questão de provoca-lo um pouco com a demora em responde-lo

— Você é muito curioso sabia? Ou então é muito controlador. – eu acha que a segunda opção.

— Só acho estranho vocês virarem melhores amigas. – respondeu contrariado. – De um dia para o outro.

— Tenho certeza que ainda não chegamos a este ponto Edward. – respondi com firmeza, me divertindo com a situação.

— Diz isso para minha irmã então.

— Você é assim sempre tão chato e implicante? – perguntei

— E você é sempre petulante ?

— Acho que só com você mesmo. – respondi pensando um pouco – Você desperta o meu pior lado, começo a perceber isso agora.

Karl que estava quietinha riu baixinho, mostrando que ela estava prestando bastante atenção na conversa. A garota era inteligente e esperta, ela não iria estar perdendo uma conversa como essa.

— Talvez se você não ficasse implicando tanto, nem mesmo teria conhecido Alice. – disse

— Claro, porque agora a culpa é minha.

— Em partes, tenho certeza que ela é a pessoa certa para contrariar você. – joguei verde.

Pelo pouco que havíamos conversado tinha percebido isso nela, ate mesmo suas atitudes gritavam tudo que fosse irritante para Edward, as vezes ela nem percebia que fazia isso ou ate mesmo era o seu jeito, mas tinha certa provocação em Alice para com seu irmão, e ela parecia se divertir bastante. Não que sua aproximação a mim tenha sido por este motivo.

— E provavelmente ela achou uma parceira. – resmungou contrariado.

— Não posso fazer nada se minhas opiniões divergem das suas. – ri

Vocês estão se dando melhor. – Karl falou de repente atraindo nossa atenção.

Olhamos para a garotinha que tinha toda a sua atenção voltada para seus lápis de cor e sorria enquanto trocava o lápis azul pelo rosa. Isso me pareceu bastante com Brant.

— Sim. – respondi – Acho que uma garotinha fez isso.

Ela então parou de pintar e nos olhou sorrindo, se remexeu na cadeira e sentou sobre as pernas para ficar numa altura melhor.

— Eu sabia que vocês iam se dar bem depois do shopping. – continuou.

— E como a mocinha tinha tanta certeza? – foi à vez de Edward perguntar, ele acabou cortando um comentário meu engraçadinho que faria.

— Eu tinha. – deu de ombros. – Agora que estamos todos aqui, você Bella podia contar como foi depois que eu dormi.

Ela sorriu de orelha a orelha esperando o que parecia ser a melhor das historias que já havia ouvido.

— Seu pai. – apontei pra ele me sentando na cadeira, não liguei que estava na frente de Edward e ele também não pareceu ligar para isso. – Conta o que aconteceu melhor que qualquer um.

Queria saber o que ele falaria para ela, e no fundo também gostaria de saber o que ele havia realmente achado de me fazer companhia, se estava fazendo aquilo mesmo por obrigação e educação, ou se ele queria mesmo ter passado aquele tempo comigo

— Meu pai não sabe contar nada. – ela disse inconformada – Ele nem  menos me disse onde vocês foram.

Eu ri e olhei para Edward que acabou revirando os olhos.

— O que foi que ele disse para você? – perguntei

— Que chegou bem tardão, e que você gostou. – respondeu – Esta vendo? Como posso saber alguma coisa com o que papai me disse?

Gargalhei achando engraçado seu modo de pensar, e fiquei desapontada por Edward não ter falado nada, gostaria de saber a versão dele, tanto quanto Karl.

— Bom... seu pai me levou para comer cachorro quente. – disse

— Cachorro quente? – ela perguntou desconfiada.

— Isso. – respondi – Ele disse que é o melhor cachorro quente que ele já comeu, é bem pertinho do central Park.

— E o cachorro quente foi bom? – ela ainda estava desconfiada.

Não sabia o que se passava na cabecinha dela, mais ela parecia ter ficado um tanto decepcionada.

— Foi bem melhor do que esperava. – respondi, e isso a animou. – Seu pai já te levou lá?

— Nunca comi cachorro quente. – ela disse

— Como não? – perguntei surpresa.

— Não lembrava daquele lugar ate estar com você no sábado. – ele admitiu – Posso levar você lá filha.

— Eu quero papai. – disse animada – Mas continua Bella, o que mais vocês fizeram?

Olhei para Edward como se pedisse permissão para continuar contando, o que na verdade eu nem mesmo precisava, mas ele assentiu.

— Nós ficamos andando pelas ruas um tempinho depois de comermos...

— Sozinhos? – ela interrompeu

— Sim. – respondi – Não tinha muita gente na rua essa hora.

— O que mais? – quis logo saber

— Nós conversamos bastante, descobri umas coisas bem legais sobre seu pai. – disse e ela arregalou os olhos animada.

— O que?

— Que seu pai sabe ser bastante legal quando quer.

Karl gargalhou encostando a cabecinha na mesa de tanto rir.

— Já chega, esta sabendo de mais. – Edward disse a ela

Karl deu um beijinho na bochecha de Edward que estava com a cara emburrada, e como ele não fez nada ela apertou seu rostinho com o dele e acabou recebendo um abraço aperto.

— Vamos almoçar minha princesa mais curiosa? – ele disse depois que soltou a menina

— Vamos sim. – ela disse satisfeita com seu pequeno interrogatório.

Edward se levantou e pegou Karl no colo.

— Aceita se juntar as nós? – perguntou

Olhei desconfiada para ele, seus olhos verdes se destacando ainda mais por causa da camisa preta. Neste dia ele estava diferente, notei um certo brilho em seus olhos, não que a tristeza tivesse saído dali, os olhos dele ainda era inexpressivos, mas continha algo diferente, que o deixou ainda mais bonito.

— Primeiro foi o bom dia e agora um convite?

— Não abuse do meu humor Bella. – falou amargo

— Aceita, aceita, aceita. – Karl controlou.

Não queria abusar dos sacrifícios de Edward em ficar no mesmo lugar que eu, embora por outro lado eu quisesse aceitar.

— Acho melhor vocês almoçarem sem mim. – respondi me levantando da cadeira e pegando minhas coisas.

— Porque? – Karl perguntou

— Não vamos abusar do seu pai. – respondi para ela.

— Quem esta na chuva é para se molhar não é mesmo? – levantou as sobrancelhas inquisitivo - Não foi você que disse isso para mim?

— Não foi isso que eu disse.

Pelo menos não me lembrava de nada parecido.

— Podemos pedir comida e comer na sala do papai. – Karl deu uma ideia. – Podia ser naquele lugar papai. – ela olhou pra ele com os olhinhos brilhando.

— Tenho certeza de que ela vai gostar. – Edward disse assentindo.

— Mas eu nem aceitei.

— Já era Bella. – Karl sorriu.

Edward pegou a filha no colo mais ela estendeu seus bracinhos pra mim, então Edward segurou ela com um braço só e pegou o que eu estava na mão e me entregou Karl.

Não tive muita escolha se não aceitar o convite, pelo menos quando ele era feito dessa forma, não tinha como recusar, e também não estava pensando em recusar. Isso também me daria uma forma  de me aproximar de Edward e ajuda-lo de alguma forma com o que Alice tinha me pedido, não que eu soubesse o que fazer, mas se aproximar poderia ser um bom começo.

Subimos para seu escritório e arrumamos juntos a mesa que ele tinha para reuniões em sua sala, incrível foi que no seu pequeno banheiro tinha um armário com diversas coisas que nunca imaginei que precisaria para trabalhar, mas Edward era pai então ele sabia que tudo aquilo seria necessário. E talvez o dia de usar a toalha quadriculada rosa havia chegado, segurei uma risada quando ele me viu pegando e estendendo sobre a mesa.

— Uma boa escolha de toalha Edward. – comentei provocando.

— Espere ter um filho menino e vamos ver com o que você irá aparecer. – respondeu amargo.

Sorri pensando na cena, não que pensasse em ter filhos, mas no mínimo seria coisas de super heróis e eu já gostava bastante deles, Steve Rogers que o diga.


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Notas finais do capítulo

Gente teremos mais de Edward no proximo, e vai ta um amorzinho, relaxem que é assim a história, na calma e sem pressa, como mostrar exatamente como eles se apaixonaram, porque como a fic é em um mês precisa ser uma história solida né



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