Ela abriu a porto, e ficou surpresa.

– Eu queria te ver antes de partir.

– Eu também.

– Não queria que fosse embora.

– Eu não queria ir.-Ela afirmou.

– Então não vá!-Ele pediu.

Esse pedido fez com que ela deixasse uma lágrima cair.

– Desculpe-me. Estou sendo egoísta. Você está indo pelo trabalho, uma nova chance, e eu estou feliz por você.-Lamenta ele.

– Se eu não tivesse que ir amanhã, estaríamos na letra “g”.- A morena de olhos verde, cabisbaixa, permitiu-se chorar mais.

– Prometa-me que vai ser feliz.-O moreno de olhos azul pede carinhosamente.

– Eu prometo que vou tentar.-Ela prometeu.

Eles ficaram se encarando em silêncio por um bom tempo, fazendo assim, um silêncio constrangedor e incomodante.

– Eu te amo, sabe disso.- Ela olhou para ele, não queria deixa-lo.

Ela sabia que ele a amava, mas precisava ouvir isso pela uma última vez.

– Eu também te amo.-Ele respondeu.

Ela fungou parando de soluçar, ele a abraçou forte.

– Por mim ficaríamos assim o dia todo.-Afirmou ele com os olhos marejados.

– Por mim também!-Concordou a morena.

Eles se desfizeram do abraço e ficaram a admirar um ao outro, como se quisessem gravar seus rostos em sua mente, para na saudade lembrar. Quem visse os dois –Um desconhecido– diria que são um casal apaixonado. E realmente são apaixonados, mas não são um casal.

– Então, você vai embora mesmo.-Ele só queria confirmar.

Por mas que seja doloroso dizer adeus, ele tinha que dizer.
Não há nada que a prenda lá. É claro que se ele pedir para que ela fique, ela não hesitaria em responde-lo com um “sim”, mas está longe de seu conceito. Ele realmente –na cabeça dela– não a amava como mulher, não a amava como ela o ama. Mas é tudo mentira, ele a ama como mulher, só não enxerga que ela também o ama como homem.

Na verdade, ele é sua gaiola dourada, o real motivo para respirar, ele é o que a prende na parede de concreto de seu coração

Ambos não estavam prontos para dizer adeus, mas era só o que tinham a dizer nesse momento.

– Então, adeus!-Despediu-se ele , queria poder chorar, mas não na frente dela.

­­­­­– Não Mac, adeus não.-Ela repreendeu. – Tchau e, até logo.

Ele sorri triste, de qualquer forma, ele estava deixando-a ir, eles estavam se despedindo. Ele odeia despedidas.

– Tchau e, até logo.-Repetiu o que ela dissera antes. – Se cuida Stell.-Suas últimas palavras antes de sair e beijar o topo da cabeça de Stella.

Lágrimas melancólicas rolava sobre o rosto da morena quando ela o viu sair. “Ironia”. Ela pensou. Porquê é ela que está indo embora, não ele.

– Eu te amo.-Ela murmurou.

Tão escuro quanto a noite, tão quieto quando um mudo, a fez adormecer no sofá com o que restavam daquele lugar, lembranças. Doce e serena, ele nunca mais veria ela adormecida no sofá. Ela iria agora para uma nova vida... Sem ele!

É o Fim... ou sou o começo?