Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima


Capítulo 52
Reconstruindo


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoas? Não me odeiem :v heuheu Demorei dias e dias, me perdoem.
Como são capítulos finais, colocarei de 3 em 3 dias, preciso raspar toda a minha criatividade para dar um final bem legal para essa fic, e também para deixar você mais ansiosos. (Muhahaha)
E como eu já tinha dito antes, estava trabalhando em uma fic nova e finalmente comecei-a.
Acho que é só isso, boa leitura :*



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O tempo passou rápido, o dia foi-se em um piscar de olhos. É bom estar em casa, depois de tanto tempo fora, tudo bem que eu não me lembro de muita coisa, mas é bom estar aqui.

É bom reconhecer essas paredes uma outra vez, relembrar tudo que vivi aqui. Afinal, posso ficar aqui bastante tempo, não seria tão ruim. Temos que pensar no futuro, eu penso que podemos construir um lar aqui. Até Rick parece mais controlado, mas foi o que eu disse só precisamos nos adaptar.

As coisas parecem estar dando certo agora, mas como sempre tem uma merda no final, só imagino o que vem a seguir.

Por isso é bom aproveitar os bons momentos, cada pedacinho que vivemos será útil amanhã. As consequencias estão começando a aparecer, tem um clima ruim pintando no ar, pelo que parece essas condições de liderança ainda vai dar o que falar.

O que eu posso dizer? Ninguém gosta de diciplina. Eu com certeza não gosto, só é necessário. Os dias estão se passando rápido. É bom acordar em uma cama, é bom não ter mais que acender fogueiras, só me lembro de que alguma coisa precisa ser feita para retribuirmos por isso.

Sou grata de certo ponto, claro. Todos nós somos. Me salvaram, afinal.

— Dixon? — grito da cozinha

Não demora nem 10 segundos e Daryl surge me encarando.

— O que foi?

— Vamos visitar o Rick hoje? — pergunto arrumando as toalhas

— Pra que? — ele pergunta de maneira totalmente insensível

— Como assim, pra que? Pretende ficar aqui o hoje todo? Eu quero sair, preciso de espaço

Ele revira os olhos.

— Saimos daqui uma hora — "ordeno"

Ele dá as costas e caminha em direção a algum lugar.

Pois é, a vida está sendo assim. Parecemos um típico casal americano de filme antigo.

Me sinto em uma série de televisão, naquelas que pula do drama para a comédia em 2 segundos. Pode-se dizer que estou curtindo muito essa nossa nova vida.

Passamos a tarde na casa do Rick, reunimos um pouco com o pessoal. Amo os momentos que passamos juntos, nós não mudamos. Nem parece que o mundo lá fora está morto, acho que nos cegamos um pouco e estamos nos permitindo viver.

É incrível como as coisas estão realmente boas, e quero dizer.. realmente.

— Eu te odeio — resmungo enrolando uma mecha de cabelo entre os dedos

— Que mentira — ele responde, levanto a cabeça do travesseiro e o encaro

— Quem disse que eu não te odeio, Dixon? — ele logo me encara

— Não acha que está na hora de dormir, não?

— Eu vou dormir SE você me contar um segredo seu — sorrio

Ele me encara entediado.

— O que quer saber?

— Ah, qualquer coisa

Ele fica pensativo um instante.

— Uma noite eu estava pensando no meu irmão — ele me diz — e eu acho que se ele estivesse aqui hoje, ele estaria completamente apaixonado por você

Ele parece firme no que diz, estranho suas palavras.

— Ele era parecido com você? — pergunto

— Ele era um babaca

— Então ele era parecido com você — sorrio, ele me empurra mas sorri também

Deito de volta, fico observando o nada no teto.

— Sabe o que eu acho, Daryl? — pergunto, ganho sua atenção — se seu irmão estivesse aqui hoje, eu já teria me perguntado onde estaria você

— Como assim?

— Eu conheço um pouco sobre seu irmão, sobre o que você e outros já contaram, que eu saiba ele aprontava muito, já tirou todo mundo do sério, já sequestrou a Michonne, já bateu no Glenn, já brigou com o Rick, já te levou embora pra floresta, ele que sequestrou a Maggie e o Glenn uma época não foi?

— Foi, é acho que ele aprontava — ele responde

Sorrio.

Ele tem esse jeito todo de teimoso, mas eu adoro conversar com ele.

— Sabe Daryl, é sempre bom lembrar dos velhos tempos, faz a gente lembrar de tudo que já passamos

— É, mas agora.. — ele diz e me puxa para ele — dorme pelo amor de Deus

— Ignorante, não converso mais com você — reclamo

— Aham, boa noite

É, assim a vida segue..

Posso dizer que temos uma rotina, desde a hora de acordar até a hora de dormir. Criamos raízes, afinal. Eu acordo, tomo banho, escovo os dentes, tomo café da manhã, uso roupas pregas e vou para a enfermaria. Posso até dizer que sou uma típica dona de casa de Atlanta.

Mas é só fingimento. Fingimos que somos normais.

Tenho uma arma escondida em casa e tenho facas escondidas em cada cômodo.

É só uma garantia, vai saber.

A vida segue, assim como nós, tudo parece bem e em seu devido lugar.

Pelo menos, até agora.

Vejo um movimento do lado de fora, separo as cortinas e vejo pessoas correndo.

— Hey Bárbara, vem aqui

— O que foi? — ela se aproxima, dou-lhe espaço

Vejo seu olhar e saimos, encaramos pessoas correndo em nossa direção. Posso ver um corpo sendo carregado.

Reconheço aquela figura um tanto familiar.

— Tera? O que aconteceu? — pergunto assim que as pessoas que se aproximam

Deito seu corpo em cima de uma bancada, vejo um corte sangrar em sua cabeça.

— Ela sofreu um acidente, achei que não chegaria a tempo — Eugene diz, ele estava aqui?

Bárbara examina o corte e pede as pessoas para se afastarem.

— Tem mais alguém ferido? — pergunto

Ele abaixa a cabeça.

— Eugene?

— Foi o Noah

— O que tem o Noah?

Ele respira fundo. Caminho em sua direção, ele dá dois passos para trás.

— Foi o Nicholas — ele responde de qualquer jeito

Minha atenção vai a porta, onde aparece Glenn nem um pouco bem. Ele faz força para se aproximar, vou até ele e o ajudo.

— O que houve? — digo assim que ele se senta

— Problemas — ele me responde, entendo em seu olhar o que isso quer dizer

Eu não disse? Sempre tem uma merda no final.

— Tudo bem pessoal, preciso que todo mundo saia daqui — anuncio para as outras pessoas que me olham preocupadas, elas não escondem seu medo aparente

— Foi só o Noah?

Ele nega com a cabeça.

— O filho da Deanna também. E a Tera?

Eu olho para trás, onde seu corpo está sendo analisado pela Bárbara, vejo em seu olhar sua preocupação.

— Nada bem — respondo apreensiva

Ele respira fundo, lhe estrego um remédio para dor de cabeça, ele aceita. Passo seu cabelo para trás e faço-o me encarar.

— Acha que está bem?

Ele assenti.

— Estou — dou um sorriso fraco

Caminho até a bancada e olho para as mãos de Bárbara, ensanguentas e trêmulas.

— O que eu posso fazer? — pergunto observando tudo aquilo

Ela nega com a cabeça.

— Nada, se eu precisar te chamo

— Tudo bem — concordo e me afasto

Encaro Eugene no final da sala.

Bárbara limpou o ferimento de Tera e o enfachou, ela disse que pode demorar mas ela vai se recuperar, é uma boa notícia.

Ainda não caiu a ficha que o Noah morreu, o Noah! Caramba. Achei que esse cara fosse imortal. Deixo até escapar uma lágrima despercebida.

Tera vai para a minha antiga cama. Mas isso é só o começo.

Se o filho da Deanna morreu isso só quer dizer uma coisa, vamos ter problemas.

Não tem muito o que falar, todos se saíram mal nessa busca. Entendo porque fui proibida de fazer parte da equipe de busca, que idiotice. Não é só isso, "foi o Nicholas" isso não sai da minha cabeça.

Mas que droga que aconteceu lá?


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