Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima


Capítulo 5
Causa e efeito, não?


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, gostaria de agradecer a FrankG, tainar16 e BrunaCullenPotterPevensie por favoritarem.
Também queria dizer que estou aumentando a quantidade dos capítulos, e estou tentando deixar um pouco mais informal.
Eu escrevo os capítulos a noite, e posto pela manhã. Então toda manhã terá um capítulo novo.
Acho que é só isso, obrigada e boa leitura >.



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— Já estamos andando a duas horas — digo ofegante — o que você espera encontrar?

Ele me ignora (pra variar) e continua andando.

Começo a ficar nervosa. Quando finalmente, e milagrosamente, encontro uma pessoa ela é totalmente cala. Obrigada Deus, pela sorte. Já estou cansada disso, é melhor encerrar isso de uma vez por todas. Passo por ele e paro em sua frente

— Olha Daryl — começo — estou cansada de você me ignorando, se você não começar a falar agora eu vou me virar e ir embora

Ele me olha como um "quero ver". Repito minha cara de 'e aí?' e espero uma resposta. E então eu percebo que ele nunca vai deixar seu lado ignorante. Passo por ele e vou embora em direção as árvores. Vou andando rápido, quando ouço ele me seguindo

— Quer saber o que eu espero encontrar? — ele diz quase gritando — a prisão caiu e o desgraçado matou um dos nossos e fez os outros correrem para se salvar — paro para ouvir mas continuo de costas para ele — e agora não sei nem se tem alguém vivo por aí. Quer saber o que eu espero encontrar? Espero encontrar alguém não idiota que pare de falar pelo menos um minuto — ele encerra gritando

Como é ? Me viro e olho para ele incrédula. Mas prefiro não continuar com isso, só quero sumir daqui.

— Faz o que quiser — me viro e vou embora, de novo.

— Ahhhhh — ele grita e vem atrás de mim

Eu paro e espero ouvir tudo de novo

— Quer saber Daryl — me viro e começo a falar — eu estou cansada de me ignorar, estou cansada de falar sozinha, estou cansada de você só abrir essa boca para xingar mas principalmente, estou cansada de te seguir. Já está mais do que na cara que você não me quer por perto. E eu prefiro ficar sozinha a ser indesejada — digo e saio andando

Desta vez ele não me segue. Eu precisava falar, precisava dizer como eu me sentia. No fundo eu ainda queria que ele viesse atrás de mim, mas ele é muito teimoso. É o cara mais teimoso que eu já conheci.

Ando sem rumo com o coração acelerado e lágrimas nos olhos, e então eu finalmente paro. Encosto em uma árvore e me sento no chão . Abraço minhas pernas e abaixo a cabeça. Cansei de evitar o inévitavel, e finalmente deixo minhas lágrimas caírem.

Eu estava bem antes. Eu realmente estava, antes de conhecer ele. Era mais facil quando eu estava sozinha, mas mesmo ele sendo um completo ignorante, é bom ter alguém por perto. Ningém deveria viver sozinho, mas acho que estou condenada a isso.

Depois que sinto que coloquei tudo para fora, decido erguer a cabeça e voltar para minha antiga vida de volta. Mas quando levanto a cabeça, começo a reconhecer uma figura familiar parada a alguns metros. Daryl. Também sentado no chão, me observando. Como não percebi antes, é claro. Eu estava chorando, como a muito tempo eu não fazia. Começo rapidamente a enxugar as lágrimas

— Foi mal por ter..

— Normalmente sou eu quem tenho pavio curto — digo o interrompendo e enxugando as lágrimas

— Eu não queria ter gritado com você — ele diz calmamente

— Queria sim Daryl, você queria — digo o encarando, e de repente a vontade de chorar volta.

— Eu não queria ter descontado em você, não foi sua culpa — ele diz me encarando — mas se ainda quiser ir..

— Você decide Daryl — digo o interrompendo — Quer que eu vá?

— Não — ele diz apenas

— Então tá — digo me levantando — vou te ajudar a achar seu grupo e depois, eu vou. Vamos então?

Ele assenti e entramos novamente na floresta

...

— Então se quiser se redimir — digo — vai ter que me falar sobre você

— Pode perguntar

— Sério? — digo parando nervosa — não quer saber nada sobre mim? Você pode estar muito bem andando com uma assassina

— Então como vamos fazer ?

— Eu pergunto — digo e volto a andar — depois você pergunta

— Por que não — ele diz entediado e volta a andar

— Muito bem — começo — o que houve lá?

— Um cara, conhecido como Governador..

— Governador?

— É. Tinha uma cidade, e..

— Como assim uma cidade? — pergunto

— Uma cidade uai, de sobreviventes — ele diz e eu olho incrédula mas decido deixar ele continuar — e nosso grupo colocou ela à baixo

— E vocês fizeram isso porque...

— Porque estavam com um dos nossos — ele diz — fomos busca-los e as coisas se complicaram

— E então ele foi se vingar — digo ironicamente

Ele assenti e continuamos a andar

— Sua vez — digo calmamente

— Por que está sozinha? — dou um sorriso como um "sabia"

— Estou sozinha porque o grupo em que eu estava, estava partido. Tinha três homens que se proclamaram líderes, mas para eles as pessoas não passavam de pontas soltas — continuo — estava tudo uma bagunça. Então eu resolvi ir embora, eu tinha uma arma, uma faca — suspiro — achei que fosse o bastante. Eu fui embora achando que encontraria outro grupo, mas não aconteceu. E isso já faz três meses.

— Acho que eu devia ter te encontrado antes — ele diz

— Minha vez — digo ignorando qualquer lembrança — quanto tempo estava lá?

— Quase quatro meses — ele responde friamente

Acho que nós dois temos lembranças que não querem ser vistas de novo. Não sei se sou eu que me canso fácil ou ele que não se cansa nunca mas, já passou do meio-dia e o sol está muito, muito quente.

— A brincadeira estava legal, mas..

— Shhh.. ouviu isso? — ele me interrompe

— O que ?

E então galhos começam a se quebrar, vindo em nossa direção. Rapidamente levantamos nossas armas.

Oh não. De novo não.


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