Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima


Capítulo 19
Santuário




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Logo as pessoas próximas também apontaram as armas que tinham.

Não demorou muito para uns mirarem nos outros.

Inclusive eu.

— Onde conseguiu esse relógio? — ouço Rick gritar

— Você quer respostas? Você vai ter quando abaixar essa arma — ouço o cara responder

— Eu estou vendo o cara no telhado, com um rifle, ele é bom de mira? — Rick responde

Um silêncio rapidamente invade o lugar.

— Onde conseguiu o relógio? — Rick grita mais alto que das últimas vezes

— Não façam nada, deixem comigo — o homem mantido como refém diz quando os outros começam a se aproximar

— Onde conseguiu o relógio? — Rick diz mas é interrompido

— Consegui de um morto — ele responde — não achei que ele fosse precisar

— E a armadura? — Rick diz quando o cara apresentado como Gareth se aproxima

— Peguei de um policial morto — ele diz calmamente

— Eu posso resolver isso — o cara mantido refém diz

— Cala a boca — 'Gareth' retribue — mais alguma pergunta? Não confiam mais na gente?

— Gareth eu..

— Cala a boca — ele o interrompe

Ele começa a se aproximar.

— Rick, o que você quer? — ele pergunta

— Cadê nossos amigos? — Rick pergunta

Foi então que um rápido pensamento invadiu minha cabeça. Esse relógio, as coisas que ele observava. Eram.. deles?

— Não respondeu a pergunta — ele responde friamente

Rick se vira e joga o cara no chão. Dando início a um tiroteio que invadiu todos os lados.

Nos abaixamos e começamos a atirar. Ouço Rick gritar o nome do filho.

Eles correm em direção a um beco, e eu obviamente os sigo.

Corremos enquanto a fumaça sobe no chão a cada tiro que era disparado. Homens no telhado.

Do beco acabamos em um pequeno jardim, dando mais chances aos atiradores.

Corremos até uma enorme porta aberta, como um depósito.

Entramos e vemos que lá dentro está tudo completamente fechado.

Forçamos algumas portas até que achamos uma, uma que saimos correndo por ela.

Nos leva até o lado de fora novamente.

— Continue atirando — ouço alguém gritar lá de cima

Continuamos a correr em meio ao que achamos. Um tiro bate no chão ao meu lado, meu coração até para. Essa foi por pouco, muito pouco.

— Por aqui — ouço Daryl gritar

— Tirem eles do beco — ouço a mesma voz gritar, mandando ordens aos atiradores.

Passamos por um lugar cheio de carros abandonados. Corremos até um espaço aberto, seguido por outro beco. Tem uma grade prateada cheia de carnes espalhadas e jogadas no chão. Acho que não fui a única a perceber.

— Nos tirem daqui — varias vozes começam a ser ouvidas

Tiros fazem a gente se desviar e acabar tendo que entrar em uma nova porta. Ao entrar vemos uma sala escura repleta de velas, uau.

— Que raio de lugar é esse? — Daryl diz

— Um ponto para o satanismo — digo com minha ironia de sempre, qual é acabamos de quase morrer

— Essas pessoas.. não acho que queiram matar a gente — Michonne diz

— Ali — Rick aponta

Corremos até aquela direção e percebo nomes escritos no chão. Esse lugar é assustador.

— Ali — Daryl diz e mudamos de direção

A porta se abre e voltamos a correr, estando do lado de fora de novo. Os tiros voltam a ser ouvidos.

Corremos para a cerca que nos separa da floresta. Quando um cara aparece atrás dela com uma arma apontada para gente. Somos obrigados a parar.

Os atiradores do telhado logo tem onde mirar e ficamos imóveis olhando ao redor.

Um tiro, uma morte. Agora é matar ou morrer.

— Larguem suas armas, agora — um dos homens grita

Ficamos em silêncio. Rick encara o filho, eu encaro Daryl. Não há muito a se fazer. Respiramos e procuramos uma solução.

— Agora — o mesmo homem grita

Não há escolha, não vamos morrer.

Abaixamos e colocamos nossas armas no chão.

— Chefe do bando — o Gareth diz surgindo de algum lugar — vá até o vagão — ele diz e todos olhamos para um vagão vermelho parado ao lado — se fizer isso o garoto vai com você, se não fizer ele morre e você vai pra lá de qualquer jeito.

Encaro a tensão no olhar de Rick, que olha para Carl. Ele começa a caminhar em direção ao vagão, enquanto observo Carl o acompanhar com o olhar.

— Agora o arqueiro — ele grita

Minhas mãos gelam. Eu me viro e o encaro, ele me manda seu típico olhar de ' vai ficar tudo bem ' , ele me encara mais uma vez e começa a se virar, seguindo na mesma direção que Rick.

— Agora a samurai — ele diz calmamente

Michonne o encara ameaçadoramente. Ela me manda um olhar e um a Carl, eu engulo seco e volto meu olhar para Gareth. Ela começa a andar, fico parada esperando minha vez, se eu tiver.

— Agora a garota — ele diz

Um alívio percorre meu corpo. Suspiro e olho Carl, que está me encarando. Me viro e começo a andar. Vejo Daryl me observando de longe. Me aproximo deles e olho distante para Carl.

— Vão para a porta do vagão, na mesma sequência — ele grita

Nos aproximamos da porta e ficamos parados em fila.

— Meu filho — Rick grita

Carl olha para baixo.

— Vai garoto — Gareth diz

Carl suspira e vem em nossa direção. Metade da tensão se vai.

— Líder do bando, abra a porta e entre — ele grita

— Eu vou entrar com ele — Rick responde observando Carl que ainda está se aproximando

— Não faça a gente matar ele agora — Gareth responde

A raiva sobe. Em todos nós.

Rick sobe os pequenos degraus e puxa a trava. Puxando a porta e encarando Carl que caminha em nossa direção. Ele se vira e entra.

Daryl começa a subir os degraus e manda um último olhar para trás, eles entram no vagão.

Michonne se afasta de mim e sobe, entrando também. Caminho e também entro.

Parece um vagão vazio e escuro para mim. Esperamos a entrada de Carl.

Carl surge na porta e entra. Rick o abraça, e a porta se fecha. Olho para Daryl e Michonne, afinal estamos vivos.

— Rick? — uma voz surge no fim do vagão

Não vejo ninguém está tudo bem escuro.

Um cara se aproxima, um asiático. Logo todos o reconhece.

— Você está aqui? — Rick diz

As pessoas no fundo do vagão começam a se aproximar.

— Vocês estão aqui — Rick diz

Há pelo menos meia dúzia de pessoas. Provavelmente o resto do grupo, os que sobreviveram.

Vejo as pessoas se aproximarem e depois olharem para trás.

— São nossos amigos — uma mulher diz

Rick os observa. Conto oito pessoas no total.

— Salvaram a gente — ela diz

—É, tive algo parecido — Daryl diz me encarando e voltando seu olhar a eles — agora são nossos amigos.

— Pelo tempo que isso durar — um homem ruivo diz

— Não — Rick responde

Ficamos nos encarando.

Rick se vira e começa a ir em direção a uma brecha de luz na porta do vagão.

— Vão se sentir muito idiotas quando descobrirem — Rick diz calmamente

Todos acabam olhando confusos para ele.

— Descobrirem o que? — o mesmo homem ruivo diz

Um silêncio invade o vagão escuro, com todos tendo seus olharem em Rick.

— Que mexeram com as pessoas erradas

Encaramos o que ele acabara de dizer.

(...)


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Notas finais do capítulo

u-u



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