Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima


Capítulo 17
Tudo que é bom dura pouco


Notas iniciais do capítulo

Pelo título vocês pensaram, ih ferrou. Não é bem isso heuheu mais ou menos '-'



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O dia permaneceu calmo. A única coisa que me deixava preocupada era por quanto tempo aqueles zumbis permaneciam ali. Não sei mais como encarar as coisas, mas não vou fugir.

O dia começa a entardescer, e eu subo para o quarto. Aquela sacada me dá sempre a melhor vista de todo o apocalipse, se é que isso existe.

O céu fica laranja e eu me sento no chão observando aquela mistura de cores, as vezes não se pode ignorar algo assim.

Fico pelo menos 20 min. sentada lá observando o horizonte. E logo começa a escurecer.

Prevejo alguém se aproximando. Levo um choque pelo toque no meu braço.

— E aí — ele diz se sentando

— Oi — digo baixo sem encara-lo

Ficamos ali um tempo em silêncio. Me viro para ele e lhe mando um sorriso

— Tudo bem? — digo

Ele assenti com a cabeça. Me viro de volta ao horizonte.

Logo o dia se vai e a noite chega. Permaneço lá, não tem lugar melhor que eu queria estar.

Daryl diz qualquer coisa e sai, não prestei atenção direito. Permaneço imóvel lá sentada. Essa sacada tem boas lembranças.

Sorrio ao me lembrar.

Quando o frio começa a chegar, percebo que já passei muito tempo ali. Me ergo e me levanto.

Sorrio e me viro para sair dali. Então um som familiar ecooa. Faço uma cara confusa e me viro, olhando ao redor.

Então eu me congelo, me prendo no tempo. Cerro os olhos e olho a frente.

Milhares de pontinhos marrons se aproximando, como a quantidade da prisão

Me seguro para não gritar e saio dali descendo correndo.

— Daryl? — começo a gritar pela casa

Ele aparece e me olha confuso

— O que foi? — ele pergunta

— A gente tem que sair daqui agora — grito enquanto subo as escadas para pegar nossas coisas

Ele corre atrás de mim procurando uma explicação. Vamos até o quarto e eu começo a jogar minha roupa na mala e conferir o que tem dentro. Ele em observa confuso.

— O que tá acontecendo? — ele pergunta

— Olha lá fora — grito enquanto termino de arrumar a mochila

Ele segue até a sacada e não fico lá para esperar sua reação. Desço a escada correndo e coloco minha bota. Vou até a cozinha e pego algumas latas sem examinar, jogando tudo na mochila.

Vejo Daryl descer correndo e vou ao seu alcance.

— Como vamos sair? — pergunto enquanto ele vai pegar sua besta

— Eu não sei — ele diz correndo para fora

Eu o sigo e vejo que a quantidade de zumbis na grade já aumentou. Não há como sair por ali.

— O muro Daryl — digo apontando para ele

Ele nega com a cabeça. Já entendo o que ele quer dizer, é muito alto para subir e a queda é alta.

Se ficarmos ali assim que a horda aparecer vão derrubar o portão e vamos ficar sem poder sair.

Olho confusa em volta esperando uma resposta. Eu poderia entregar as pontas e ter a morte iminente, mas não estou pronta. Não é justo!

Corro em direção a grade e pego a faca enfiando na cabeça dos que estão proximos a ela. Daryl aparece correndo e tenta me segurar, me debato e o empurro

— Você não entende? Se ficarmos aqui vamos morrer — grito

Ele me olha e vejo em seu olhar que ele está mais perdido do que eu. Não tenho resposta, apenas tenho que sair daqui. Olho ao redor mesmo sabendo que eles estão chegando.

O único modo de sair é pela frente, a frente que eles estão bloqueando.

— Temos que ir Daryl — digo me aproximando

Ele entende o que eu quero dizer, e começa a matar os que estão na grade. Eu o ajudo e observo-os cair. Eles começam a se acabar e eu ouço de longe grunhidos se aproximando. Mas não são só grunhidos, são como uma cidad

e inteira. Me desespero e começo a ir mais rápido.

Ele logo percebe o som presente, e se apressa também. Percebo que não vai dar tempo e paro, colocando as mãos na cabeça. Ele para e me encara, eu o olho

— Não vai dar tempo — digo negando com a cabeça e me afastando

— Ei ei — ele diz levantando meu rosto — temos que tentar

Eu me vejo em seus olhos. E me aproximo. Nossos lábios se tocam e eu deixo escapar uma lágrima. Preciso sobreviver, preciso sobreviver para isso.

Corremos em direção da grade e voltamos a matá-los. Logo o som aumenta. Dando tempo ou não, eu tentei. Logo sobra apenas três, e agimos mais rápido. No mesmo instante que o último cai, corremos e começamos a escalar a grade. Ele sempre me encarando, subimos rápido. O som aumenta e nos viramos para descer.

Descemos um pouco e pulamos rápido. Nos fazendo cair. Eu o encaro e olho para trás. São dezenas de milhares.

Eu me levanto rápido, como ele e corremos. Corremos muito. Corremos na escuridão procurando uma salvação da morte. Vamos para a floresta e não paramos. Olho para trás e o grande quadrado branco que costumava ser nossa esperança se desaparece. A única vantagem que temos é a pequena demora que eles terão em passar pela casa.

Continuamos a correr, quando não se pode mais. Paramos e pegamos fôlego, eu o encaro e olho para trás. Só vejo árvores mas não é nenhuma garantia. Voltamos a correr por meia-hora. E aí sim realmente estamos distantes o suficiente.

Eu paro e o encaro. Sobrevivemos, é o que fazemos, a única coisa que sei fazer.

Andamos sem rumo mais um tempo e paramos para respirar. Escoro em uma árvore e me deixo levar sobre ela, me sentando no chão. Ele permanece em pé e me encara, como um 'conseguimos'

Eu mando um sorriso e ele retribue. O apocalipse não é páreo para a gente.

Nosso pequeno momento de alegria se vai quando ouvimos sons vindos das árvores. Mas não são zumbis, é outra coisa. Nos levantamos e ele levanta sua arma, nos preparando para o que está por vir.

Nos aproximamos e vemos de longe uma especie de briga, eu paro e observo entre as folhas. Parece um grupo saqueando outro.

Olho confusa para aquilo, mas sinto que temos que ajudar.

Olho para Daryl e ele semi cerra os olhos, em seguida me encarando

— Fica aqui — ele diz baixo

— Tá ficando louco? — digo num sussurro

Ele ignora e vai andando. Eu olho incrédula para ele, é mesmo a hora de bancar o herói?

Eu fico sem saber o que fazer, enquanto ele se aproxima da confusão.

Eu me levanto e sigo em direção a aqueles gritos, com o coração a mil.

Corro e eu e Daryl aparecemos de frente a eles. Tem um homem segurando uma criança, e um apontando a arma na cabeça de um homem. E uma mulher sentada ao lado. Mais três homens ao redor.

Daryl olha confuso para tudo aquilo, foi tudo uma questão de segundos.

— Daryl ? — o homem no chão diz

Me congelo naquele minuto, quem são eles?


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Notas finais do capítulo

Segui exatamente o cronograma de dias, bjs u-u



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