Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima
Notas iniciais do capítulo
Pelo título vocês pensaram, ih ferrou. Não é bem isso heuheu mais ou menos '-'
O dia permaneceu calmo. A única coisa que me deixava preocupada era por quanto tempo aqueles zumbis permaneciam ali. Não sei mais como encarar as coisas, mas não vou fugir.
O dia começa a entardescer, e eu subo para o quarto. Aquela sacada me dá sempre a melhor vista de todo o apocalipse, se é que isso existe.
O céu fica laranja e eu me sento no chão observando aquela mistura de cores, as vezes não se pode ignorar algo assim.
Fico pelo menos 20 min. sentada lá observando o horizonte. E logo começa a escurecer.
Prevejo alguém se aproximando. Levo um choque pelo toque no meu braço.
— E aí — ele diz se sentando
— Oi — digo baixo sem encara-lo
Ficamos ali um tempo em silêncio. Me viro para ele e lhe mando um sorriso
— Tudo bem? — digo
Ele assenti com a cabeça. Me viro de volta ao horizonte.
Logo o dia se vai e a noite chega. Permaneço lá, não tem lugar melhor que eu queria estar.
Daryl diz qualquer coisa e sai, não prestei atenção direito. Permaneço imóvel lá sentada. Essa sacada tem boas lembranças.
Sorrio ao me lembrar.
Quando o frio começa a chegar, percebo que já passei muito tempo ali. Me ergo e me levanto.
Sorrio e me viro para sair dali. Então um som familiar ecooa. Faço uma cara confusa e me viro, olhando ao redor.
Então eu me congelo, me prendo no tempo. Cerro os olhos e olho a frente.
Milhares de pontinhos marrons se aproximando, como a quantidade da prisão
Me seguro para não gritar e saio dali descendo correndo.
— Daryl? — começo a gritar pela casa
Ele aparece e me olha confuso
— O que foi? — ele pergunta
— A gente tem que sair daqui agora — grito enquanto subo as escadas para pegar nossas coisas
Ele corre atrás de mim procurando uma explicação. Vamos até o quarto e eu começo a jogar minha roupa na mala e conferir o que tem dentro. Ele em observa confuso.
— O que tá acontecendo? — ele pergunta
— Olha lá fora — grito enquanto termino de arrumar a mochila
Ele segue até a sacada e não fico lá para esperar sua reação. Desço a escada correndo e coloco minha bota. Vou até a cozinha e pego algumas latas sem examinar, jogando tudo na mochila.
Vejo Daryl descer correndo e vou ao seu alcance.
— Como vamos sair? — pergunto enquanto ele vai pegar sua besta
— Eu não sei — ele diz correndo para fora
Eu o sigo e vejo que a quantidade de zumbis na grade já aumentou. Não há como sair por ali.
— O muro Daryl — digo apontando para ele
Ele nega com a cabeça. Já entendo o que ele quer dizer, é muito alto para subir e a queda é alta.
Se ficarmos ali assim que a horda aparecer vão derrubar o portão e vamos ficar sem poder sair.
Olho confusa em volta esperando uma resposta. Eu poderia entregar as pontas e ter a morte iminente, mas não estou pronta. Não é justo!
Corro em direção a grade e pego a faca enfiando na cabeça dos que estão proximos a ela. Daryl aparece correndo e tenta me segurar, me debato e o empurro
— Você não entende? Se ficarmos aqui vamos morrer — grito
Ele me olha e vejo em seu olhar que ele está mais perdido do que eu. Não tenho resposta, apenas tenho que sair daqui. Olho ao redor mesmo sabendo que eles estão chegando.
O único modo de sair é pela frente, a frente que eles estão bloqueando.
— Temos que ir Daryl — digo me aproximando
Ele entende o que eu quero dizer, e começa a matar os que estão na grade. Eu o ajudo e observo-os cair. Eles começam a se acabar e eu ouço de longe grunhidos se aproximando. Mas não são só grunhidos, são como uma cidad
e inteira. Me desespero e começo a ir mais rápido.
Ele logo percebe o som presente, e se apressa também. Percebo que não vai dar tempo e paro, colocando as mãos na cabeça. Ele para e me encara, eu o olho
— Não vai dar tempo — digo negando com a cabeça e me afastando
— Ei ei — ele diz levantando meu rosto — temos que tentar
Eu me vejo em seus olhos. E me aproximo. Nossos lábios se tocam e eu deixo escapar uma lágrima. Preciso sobreviver, preciso sobreviver para isso.
Corremos em direção da grade e voltamos a matá-los. Logo o som aumenta. Dando tempo ou não, eu tentei. Logo sobra apenas três, e agimos mais rápido. No mesmo instante que o último cai, corremos e começamos a escalar a grade. Ele sempre me encarando, subimos rápido. O som aumenta e nos viramos para descer.
Descemos um pouco e pulamos rápido. Nos fazendo cair. Eu o encaro e olho para trás. São dezenas de milhares.
Eu me levanto rápido, como ele e corremos. Corremos muito. Corremos na escuridão procurando uma salvação da morte. Vamos para a floresta e não paramos. Olho para trás e o grande quadrado branco que costumava ser nossa esperança se desaparece. A única vantagem que temos é a pequena demora que eles terão em passar pela casa.
Continuamos a correr, quando não se pode mais. Paramos e pegamos fôlego, eu o encaro e olho para trás. Só vejo árvores mas não é nenhuma garantia. Voltamos a correr por meia-hora. E aí sim realmente estamos distantes o suficiente.
Eu paro e o encaro. Sobrevivemos, é o que fazemos, a única coisa que sei fazer.
Andamos sem rumo mais um tempo e paramos para respirar. Escoro em uma árvore e me deixo levar sobre ela, me sentando no chão. Ele permanece em pé e me encara, como um 'conseguimos'
Eu mando um sorriso e ele retribue. O apocalipse não é páreo para a gente.
Nosso pequeno momento de alegria se vai quando ouvimos sons vindos das árvores. Mas não são zumbis, é outra coisa. Nos levantamos e ele levanta sua arma, nos preparando para o que está por vir.
Nos aproximamos e vemos de longe uma especie de briga, eu paro e observo entre as folhas. Parece um grupo saqueando outro.
Olho confusa para aquilo, mas sinto que temos que ajudar.
Olho para Daryl e ele semi cerra os olhos, em seguida me encarando
— Fica aqui — ele diz baixo
— Tá ficando louco? — digo num sussurro
Ele ignora e vai andando. Eu olho incrédula para ele, é mesmo a hora de bancar o herói?
Eu fico sem saber o que fazer, enquanto ele se aproxima da confusão.
Eu me levanto e sigo em direção a aqueles gritos, com o coração a mil.
Corro e eu e Daryl aparecemos de frente a eles. Tem um homem segurando uma criança, e um apontando a arma na cabeça de um homem. E uma mulher sentada ao lado. Mais três homens ao redor.
Daryl olha confuso para tudo aquilo, foi tudo uma questão de segundos.
— Daryl ? — o homem no chão diz
Me congelo naquele minuto, quem são eles?
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Segui exatamente o cronograma de dias, bjs u-u