Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima


Capítulo 11
Sem Saída


Notas iniciais do capítulo

Gente, minhas aulas começam amanhã, mas vou tentar manter o ritmo de escrever a noite e postar de manhã.
Também queria dizer hoje chegou a 975 acessos! Isso é incrível, muito obrigada seus leandus :3
E que, finalmente, um capítulo inteiro narrado pelo Daryl! Heuheu boa leitura :3



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Pov Daryl

Acordo muito antes de amanhecer. Sempre em meus intervalos de dormir e acordar eu me viro, a procurando. Tendo certeza que ela está segura. Acho que já se tornou rotina isso. Ela é determinada, é forte.

— Bom dia — uma voz distante me acorda

Abro meus olhos e vejo um feiche de luz passando pela janela. Me ergo e vejo seus olhos me encarando.

— Sei que os dias bons acabaram Daryl — ela diz passando a mão no cabelo, o mandando para trás

Ela não me parece mais a garota que apesar de tudo, queria ter esperança. Ela está se fechando. Está se afastando.

— Temos bacon e... bacon — ela diz sentada encarando a lata e me encarando de novo

— Tudo bem — digo me levantando e saindo

Vou até a cozinha. Me fixo na mesa branca e tento limpar a minha mente. Respiro fundo e procuro me acalmar. Não consigo dormir, não consigo descansar. Apenas fico me perguntando se estamos seguros. Estou com uma preocupação acima do normal, talvez por causa dos acontecimentos na prisão. Sei que a qualquer minuto podemos morrer.

E é sempre assim, um estalo de segundo. Um grupo empurra a porta e entram rapidamente. Puxo minha faca e me preparo. Quando me lembro de uma certa garota que costumava ser irritante.

Saio dali em um salto e corro pelo pequeno corredor, esperando encontrar aquele rosto pálido me olhando confusa. Mas não foi bem assim.

A sala está totalmente vazia e a porta aberta, a não ser pela pequena lata no chão. Pego minha besta e corro para fora e de novo não há nada. Sinto raiva, medo e arrependimento ao mesmo tempo. Tanto tempo me preocupando com segurança e eu não estava lá quando ela precisou.

Me congelo no tempo quando ouço um som familiar,é ela. Começo a correr em volta da casa a sua procura. Percebo que todos os sons presente vem de trás, o mesmo lugar que o grupo apareceu.

Paro quando vejo ela sozinha, a sua volta corpos dilacerados, ela está coberta de sangue enquanto observa os corpo caírem ao seu redor. Ela pode ser delicada quando quer, mas quando está pronta para lutar é o demônio em forma feminina. Ela se vira lentamente enquanto observa um homem quase boquiaberto em sua frente.

— Oi — seu peito sobe e desce rápido pelo cansaço, é a mulher mais bonita que já vi

O rápido momento de alívio é tomado quando mais zumbis se aproximam dela numa velocidade imperceptível. Ela se move rápido e observa-os com um olhar de "podem vir". Esqueça o que eu disse, ela é uma suicida. Corro com a besta mirando no mais próximo, o fazendo cair. Ela continua parada, quando o próximo se aproxima. Atiro novamente e ela não se move, ela quer morrer é?

Atiro no terceiro e ela pega fôlego se virando a mim

— Você tá ficando louca? — grito me aproximando

Ela não responde e passa a faca na coxa, limpando-a.

— Que foi Daryl? Eu podia ter morrido? — ela diz me olhando fixamente, do jeito que só ela faz — Eu já estou morta a muito tempo.

Ela diz com lágrimas nos olhos, saindo dali. A sigo e procuro uma explicação.

— Do que está falando? — digo parando-a — Não era você que sempre procurava ter esperança? Que queria ter esperança?

— É, eu era — ela diz me olhando — Mas olha em volta Daryl, não há chance. Dois segundos e estamos mortos, não há mais saída, acabou.

Ela responde. Não há reconheci.

— Ontem a noite Daryl, eu pensei que ter esperança não poderia ser algo ruim. Durmi pensando nisso. E quer saber o que aconteceu? — ela diz me encarando — Tive um sonho, e nesse maldito sonho — ela diz a ponto de chorar — você teve a garganta cortada, e eu terminei sozinha de novo. Porque é sempre assim. Não há mais chance pra mim. — ela encerra engolindo o choro

— Eu estou aqui, como não consegue entender? — digo

— Eu entendo Daryl, eu entendo. Mas por quanto tempo? — ela diz com lágrimas de novo

Aquilo doeu até em mim. Ela faz tudo ao redor sentir o que ela quiser.

Fico em silêncio tentando procurar uma resposta. Ela faz o mesmo. Pela primeira vez não tenho uma resposta, uma resposta para isso.

— Vou estar sempre com você — respondo a encarando

Ela finalmente desaba e nega com a cabeça

— Vou. Vou sim — digo fazendo o que um dia ela fez por mim

A braço e a deixo chorar. Ela deita a cabeça em meu peito e chora, a aperto com mais força e ela abraça minhas costas. Aquele momento foi importante, pra nós dois. De um jeito ou de outro, me apeguei a ela.

Eu não menti, eu sempre vou estar ali pra ela. Eu morro antes de vê-la morrer.


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Notas finais do capítulo

tuts tuts
o próximo eu faço maior e-e



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