Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima


Capítulo 10
Esperança




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Fizemos uma fogueira, e dormimos na floresta. Diate as opçoes, não há muita escolha. Não estou reclamando, apenas estou cansada de ver folhas.

...

Tínhamos uma fogueira, praticamente um acampamento. Não vou sentir falta desta floresta.

Encontramos um rio que ele tanto procurava, água era tudo que precisavámos, verifico o local, parecia seguro o bastante para mim. Me livro das minhas coisas e entro na água, mergulho um instante e logo deixo o rio, me sinto capaz de suportar as horas que ainda virão.

Daryl apenas me observa de longe.

Recupero minhas coisas do chão e voltamos a nossa jornada. Ainda está de manhã e temos muito tempo, precisamos de um lugar seguro o suficiente para passar a noite.

Encontramos uma pequena cabana ainda pela manhã, nela não havia nenhum tipo de segurança, qualquer um podia entrar ou sair. Então preferíamos voltar a floresta, já que não tinha nada lá que podíamos usar, era só mais um lugar vazio.

Acho que nunca passei tanto tempo com alguém desde o ínicio de tudo. Eu tinha um grupo, não signifacava que eu tinha muito contato social. Nada como Daryl. Nós conversamos as vezes e nos questionamos, coisa que eu nunca tive com as outras pessoas. Me sinto segura com ele, poderia viver assim. Não importa quantas pessoas eu encontrasse, eu sempre terminei sozinha. É preciso achar um lugar para nós dois, um abrigo.

Era um dia nublado, o azul do céu não aparecia mais. Temos nos mantido fortes, fortes para acordar todos os dias e ainda dizer "Bom dia" , ou fortes o bastante para caminhar sem medo.

Encontramos uma casa branca, uma enorme casa branca. Concordamos em olhar o lugar e assim fazemos. De cômodo em cômodo o lugar está completamente vazio. Coisas espalhadas é a única coisa que tira aquele lugar do esquecimento.

Em um dos quartos encontro uma mochila no chão. Ela está vazia, a pego e sigo em direção ao arqueiro.

— Vou levar isso, pode ser útil — digo colocando a mochila nas costas e puxando o cabelo que ficou preso entre ela e minhas costas

Ele assenti e seguimos para fora, não tem muita segurança mas podemos ficar ali por um tempo. Daryl vai para dentro de novo e eu ouço ele revirando as coisas. Me sento na varanda da casa e espero qualquer sinal de um morto-vivo.
Daryl sai da casa e me encara fixamente. Talvez lembrando dos acontecimentos da noite passada.

— Podemos passar a noite — ele diz

— Tudo bem — digo ainda sentada

Ele se aproxima e senta na minha frente. Isso vai se tornar tão comum assim?

Ficamos em silêncio. Não há nada a ser dito.

Ficamos cerca de 20 minutos olhando ao redor. O clima está frio e o vento está úmido. Vai chover.

— Vamos bloquear as portas e janelas — digo me levantando

Ele se levanta e assenti. Caminhamos em direção a porta quando ele me para

— Sei o que fez ontem — ele diz me olhando

— E o que eu fiz ontem? — digo ironicamente

Sorrio deixando ele com seu orgulho.

Entramos na casa e começamos a empurrar os movéis em direção a porta. A única saída é a porta dos fundos, prefiro assim.

Não sei bem quantas horas são, mas deve estar no final do dia. Me deito no sofá que bloqueia a porta da frente e ele de deita em uma poltrona empoeirada encostada na parede. Apenas ficamos observando o nada.

O tempo passa e anoitece. Sigo em direção a cozinha e procuro novamente comida. Os ármarios e prateleiras estão vazios. A não ser por um pequeno ármario ao lado da mesa onde encontro uma sopa de ervilha inlatada, uma lata de bacon e uma lata de milho. Meus olhos brilham e eu rapidamente grito Daryl. Ele chega confuso e eu levanto as latas, ele tem quase a mesma reação.

Vamos para a sala e sentamos no chão. Abrimos as latas e comemos ali mesmo. Quanta falta senti disso.

Deixamos a lata de bacon quase intacta, e eu a guardo na mochila que está no sofá. Amanha cedo podemos estar longe.

Ando em círculos pela sala empoeirada, não há muito para fazer aqui.

Horas se passam e me deito novamente. Preciso de um pouco de sono, e ele também. Olho para o teto branco empoeirado e penso onde mais eu poderia estar agora. Me foco em Daryl e ele está na velha poltrona quase dormindo,dou um sorriso e me viro de volta ao nada.

Fico pensando no que mais iremos encontrar, o que mais iremos viver. Temos um lugar e finalmente, segurança. Uma noite tranquila, é o que temos.

Viver é um desafio que poucos vencem. Não sei como sobrevivi na floresta tanto tempo, mas sinto que isso acabou. Tenho Daryl e finalmente, tenho esperança.

É o bastante para mim.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou meio deprimente '-'



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