It Girls escrita por Flor


Capítulo 4
Meu deus grego tatuado


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu sumi,mas eu tive um bloqueio criativo e quase, é sério quando eu digo quase, excluí a fic...Mas agora eu estou de volta. Eu sei que já está um pouco tarde mas...Quem aí assistiu Os Vingadores? Sou só eu que shippo a Natasha com o Steve, ou é minha estranha mania de achar que rola alguma coisa e já saio shippando?! Me respondem, por favor.
Estou pensando em escrever uma fic com o Universo The Avengers e PJ, o que vcs acham?

P.S:Cap está um pouco chato, por conta do meu bloqueio criativo.
P.S 2:Cap. narrado pela Annie
P.S 3:A Réia, avó da Annie, será uma pessoa muito importante na fic, só dizendo.

Sabe, eu detesto ter bloqueio criativo, por que depois vem uma avalanche de ideias e minha imaginação fica a mil, eu tenho dor de cabeça nessas horas, é sério!
Bem,espero que gostem e que COMENTEM!!!
BJS



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/592405/chapter/4

Você tem algum irmão mais velho? Ou algum tio ou primo que seja da sua idade, ou um pouco mais velho? E ainda por cima, que more com você?

Se não...Eu invejo você.

Se sim, eu entendo perfeitamente o que você sofre.

Eu esperava dormir até umas 8:00 hrs, mas um santo, chamado Apolo, entrou no meu quarto batentedo tampas de panelas e pulando em cima de mim. Ele pulava e as vezes se jogava no colchão, para começar tudo de novo.

Ele ria como uma criança que acabara de ganhar um super presente de aniversário, e eu choramingava desgostosa. Eu havia ido dormir tarde e acordar as 8:00 da manhã, era como tirar uma parte de mim.Sono é sagrado!

_Sai. De. Cima. De. Mim!- Eu proferi pausadamente.- Caso contrário acordará amanhã, em um caixão, debaixo d´água...No rio Amazonas.

Eu não sei se ele acreditou realmente em mim, mas resolveu ouvir a voz da razão e parou de pular. Ele caiu sentado ao eu lado.

_Acho melhor você se levantar rápido. Você tem que estar na escola em 2 horas.

Me dei por vencida e me sentei na cama. Encarei meu tio, que tinha um sorrisinho bem irritante nos lábios. Ele usava uma calça jeans, tênis e uma camisa de botões azul escura suas mangas estavam arregaçadas.

_Pra onde você vai?- Eu perguntei. Tio Apolo sempre foi muito vaidoso, mas ele estava estranhamente cheiroso e arrumado.

_Tenho uma entrevista para divulgar o meu filme...E depois eu terei um sessão de fotos com a Ártemis.- Ele falou se referindo da namorada dele.

Sempre que eu olhava para meu tio, eu me perguntava: ’’Afinal de contas, Apolo Olympus é um homem de uma mulher só?’’. E então ele começou a namorar Ártemis e pareceu tomar jeito. Uma pena vovó não estar viva para ver isso, ela sempre achou que tio Apolo puxaria ao vovô, ela dizia que o vovô era um verdadeiro mulherengo, mas depois que se casou ‘’tomou jeito’’.

Mas eu estranhei o fato de Ártemis aceitar fazer uma sessão de fotos, ela sempre foi reservada e quase nunca ia aos aventos com a nossa família.

_O que você prometou pra ela?- Eu perguntei, arqueando minha sobrancelha. Ele suspirou derrotado e sentou-se na minha cama.

_Ela vai virar professora de música, teatro e dança na escola.

BINGO!

_Eu sabia! Agora tchau do meu quarto, eu preciso me arrumar...

Antes que eu saísse de fato, meu tio me chamou novamente.

_Annie...Soube que brigou com sua mãe, de novo...Vocês tem que começar a se comportarem como pessoas civilizadas. Qual é, já é a décima quinta vez que vocês brigam só essa semana, e ainda nem estamos na quarta.

_Você mais que ninguém sabe que foi ela a me abandonar, todos nós sabemos que eu fui um empencilho na carreira de dançarina dela...

Apolo balançou a cabeça em negação.

_Não diga isso, ela te ama e daria a vida por você...

Eu não deixei que ele falasse mais nada, segui em direção ao meu closet,que era interligado com o banheiro. Eu já estava atrasada, mas por sorte, deixei minha roupa separada na noite anterior. Fui até o banheiro e tomei um banho gelado.

Vesti uma roupa simples, uma calça jeans skinny, um cropped branco e solto, calçei meu sapato Tom Ford, que havia recebido ontem pela manhã. Coloquei meu relógio Versace,coloquei meu anel de ouro que havia ganhado quando de uns dos amigos do vovô,no meu aniversário de 16 anos.Fiz uma leve maquiagem e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo.

Quando sai do banheiro, peguei minha bolsa Saint Laurent e fui até o meu quarto. Quando olhei na minha cama, Apolo ainda estava lá, mechendo em seu celular, aparentemente ele já tinha esquecido nossa pequena conversa. Me limitei a revirar os olhos, peguei minhas coisas e coloquei dentro da minha bolsa. Chamei meu tio para irmos tomar café, mas antes ele quis que tirássemos uma ‘’selfie’’, para que postasse em seu Instagram.

Descemos para o café, e ao que parece não tinha ninguém em casa, além dos empregados que transitavam pela casa.

A casa era grande, mas vovô só permitia que 6 de seus empregados de confiança transitassem pela casa, eram pessoas que foram escolhidas a dedo por minha avó. Tínhamos nosso motorista e segurança particular de meu avô, Argos, ele era super calado e tinha a mesma idade do vovô, mas os dois pareciam se dar muito bem e pareciam velhos amigos. Tínhamos também três faxineiras que eram irmãs trigêmeas, quando elas começaram a trabalhar aqui em casa, eu tinha 3 anos,seus nomes eram muito difíceis para eu gravar, então eu, Thalia, Jason e Apolo às apelidamos de Harpias 1, 2 e 3. Alguns meses depois de terem começado a trabalhar aqui, eu fiz um crachá com os três primeiros números, para eu as distinguir. Apesar de serem sempre muito sérias, acho que elas gostaram do presente, porque mandaram plastificarem os crachás e os usam até hoje. Esperanza Valdez era a nossa jardineira, ela trabalhava aqui duas vezes na semana e cuidava das rosas que minha avó tanto adorava, Esperanza era uma mulher doce e seus filhos era um de meus melhores amigos, crescemos praticamente juntos. Por fim tínhamos Sally, que era a nossa nova cozinheira e governanta, ela foi contratada depois que o nosso cozinheiro se aposentou, provavelmente era o nosso empregado mais antigo, quando meu avós se casaram ele tinha por volta de 34 anos.

Eu não fiquei para tomar café, comi apenas um bedaço de bolo, que estava divinamente delicioso, me despedi de meu tio e sai de casa, indo em direção a garagem. Entrei em minha BMW X5 branca e dei partida. Coloquei meus óculos de sol, enquanto esperava o portão do condomínio abrir. Acenei para os seguranças e dei bom dia ao velho senhor D que começava a abrir seu pequeno comércio.

Eu o conhecia desde sempre. Ele tinha um bar/padaria/refúgio bem em frente ao nosso conomínio. Nenhum lugar no mundo era tão seguro, quanto o bar do velho Donísio. Ele era um pouco ransiza, mas no fundo sempre gostou da gente.

Quando eu dirigia pelas movimentadas de Nova York, eu me lembrei do rapaz que meu pai havia atropelado, Perseu Jackson, ele era lindo. E eu tinha um grande precipicio por morenos de olhos verdes. Perseu parecia ser muito gentil e humilde, diferente de muitos caras de eu conheço. E confesso que dei graças aos deuses por estar sentada, quando ele tirou a camisa e revelou seu físico de dar inveja e sua bela tatuagem, senti minhas pernas ficarem bambas.

[...]

Estacionei meu carro em frente à escola, no vasto estacionamento que havia ali. Ao longe pude ver estudantes que fariam a prova de aptidão da escola. Tirei meus óculos e os deixei em cima do banco do pasageiro, peguei minha bolsa e sai do carro, apertando seu alarme e travando-o. Comecei a caminhar em direção aos fundos da escola, que era por onde os funcionários entravam, confesso que me esgueirava para não ser vista ou reconhecida, o que era meio difícil, o terreno de minha escola era gingante, no sentido literal da frase. O primeiro portão era onde os carros dos alunos passavam e davam em direção ao estacionamento dos alunos (o estacionamento dos professores ficava nos fundos), era o portão principal. Depois havia mais dois portões,um pouco mais há frente do estacionamento, um do meu lado direito e outro do lado esquerdo. O portão do lado direito dava para a ala do Ensino Médio e o portão do lado esquerdo era a ala do jardim da infância e o Ensino Fundamental. Cada ala tinha 4 quadras, 2 piscinas e uma gigantesca biblioteca, isso sem contar com o auditório, as salas de música, de teatro, etc.

A diretoria principal se encontrava na ala do Ensino Médio, mas a ala infantil tinha um secretaria e um coordenador encarregado, então era raro encontrar uma criança ou um pré-adolescente na diretoria. Segundo a bisa, ‘’os adolescentes eram mais atentados e mereciam atenção redobrada’’, palavras dela e não minhas.

Quando finalmente entrei na escola, que era muito estranha vazia, caminhei em direção à sala de Quíron, nosso diretor e velho amigo da família, além de ser meu padrinho. Bati na porta e ouvi um ‘’entre’’ vindo de dentro.

Assim que entrei, Quíron levantou os olhos e sorriu para mim. Os olhos castanhos bondosos sorriam para mim.

_Fico tão feliz por ter vindo!- Ele me falou, vindo me abraçar.- Assim que soube que você aceitou minha proposta, dei pulos de alegria, você está me ajudando muito.- Quíron voltou a se sentar em sua cadeira e meu me sentei em sua frente.

_Confesso que fiquei muito surpresa, Quíron...Por que não chamou um dos professores substitutos?- Eu perguntei. Geralmente era isso que ele fazia, contratava os substitutos.

O diretor deu de ombros.

_Você estuda aqui desde sempre, ninguém conhece essa escola melhor que você e você é uma das minhas melhores alunas...Eu fiz a mesma proposta para suas primas, mas nenhuma pareceu realmente interessada...Bem, eu achei que você não iria se sentir confortável com seus professores lhe dando sermão de como se comportar na sala.

Soltei um suspiro aliviado, Quíron era meu anjo da guarda, eu sinceramente não tinha saco para aguentar professor nas minhas férias de verão.

Quíron me entregou o envelope que tinha as provas e depois me entregou a folha dos alunos que iriam fazer a prova comigo. Dei uma olhada rápida na tal folha e um nome me chamou a atenção.

‘’Perseu Jackson’’

Pensei em todos os Perseus Jacksons que já havia conhecido na vida. Apenas um na minha vida inteira, e era justamente o rapaz que tio Poseidon havia atropelado.

Será que era ele?

_Quíron...Que dia sai os resultados das provas?- Eu perguntei, com uma estranha curiosidade e ansiedade nascendo em mim.

Quíron levantou os olhos dos papéis e me olhou, pareceu pensar um pouco e então me respondeu:

_O gabarito da prova sai hoje mesmo para os alunos, mas a primeira chamada sai apenas semana que vem. Por que?

_Nada demais.- Eu respondi simplesmente.- Mas eu terei acesso a esses gabaritos?

Acho que dei mole, Quíron me olhou de forma acusadora. Da última vez que eu vi aquela cara sendo direcionada para mim, eu tinha 8 anos e tinha ido passar alguns dias em sua casa, sem querer acabei quebrando um de seus vazos históricos favoritos e quando ele me perguntou o que tinha acontecido eu menti dizendo que estava tudo bem, ele não acreditou e acabou descobrindo minha traquinagem.

_Sim, tem uma cópia no envelope...Você está muito interessada em...- Meu padrinho não pôde terminar de falar, o sinal tocou, anunciando que a prova deveria ter início, eu sorri malandra para ele, peguei o envelope com as provas e sai da sala as pressas. Estava animada para ver o meu deus grego tatuado.

Conforme andava eu via alguns professores antrando nas salas do qual foram instruídos a irem. Eu caminhei até a sala 14, era a sala de história. Quando entrei, pude ouvir várias respirações pararem, eu mantive a cabeça baixa, acho que estava um pouco envergonhada, não me lembro ao certo o por quê, já estive na frente de tantas pessoas, mas naquela hora um frio na barriga cresceu em mim.

Coloquei a hora exata que a prova iria terminar e então olhei para todos na minha frente. Peguei o envelope novamente e o abri com uma tesoura e comecei a distribuí-las.

_Bem, antes de mais nada, eu sou Annabeth Chase e hoje eu serei a tutora de vocês. As provas vieram lacradas e no total são 70 questões de múltiplaescolha. Não precisa ter pressa, façam com calma e qualquer dúvida podem me perguntar e eu tentarei ajudar.

Na última carteira no fundo da sala, meu deus grego tatuado estava sentado, quando eu entreguei sua prova, ele me olhou e sorriu, eu retribuí obviamente.

Ele estava diferente. Usava um óculos de grau quadrado, que o deixava extremamente sexy. Seus cabelos estavam revoltos, ele usava um moletom, apesar de estar muito calor lá fora, o ar condicionado ficava bem debaixo de sua cabeça e sala ficava bem fria, usava uma calça jeans e seus All-Star surrados.

_Boa sorte!- Eu movimentei meus lábios, sem emitir som.

_Obrigado.- Ele agradeceu, em um gesto igual ao meu. E a partir daquele momento, rezei para todos os deuses olimpianos o ajudassem na prova

[...]

Agradeci ao céus por Perseu ser o último a sair da sala.

Ele parecia estar bem concentrado, mas quando me entregou a prova, parecia aliviado.

_Acha que foi bem?- Eu perguntei, guardando sua prova junto com as outras.

_Eu ainda tenho fé.- Ele disse e então nós rimos.

_Como está seu braço?- Eu não sou de sair por aí me procupando com caras, mas Perseu Jackson mexia comigo.

_Bem, na medida do possível...Bem, eu tenho que ir. Tchau!

Uma parte de mim queria implorar para que ele ficasse, mas a parte racional me disse para deixá-lo partir. Assim que ele saiu da sala, eu corri até a porta e a tranquei. Voltei para a mesa do professor e peguei a cópia do gabarito que eu tinha e peguei a prova de Perseu, comecei a comparar as respostas,sabia que aquilo era errado, mas eu não ligava...Ao terminar de comparar as provas, cheguei a uma conclusão...Não era possível!

Naquele momento senti que a sorte começava a conspirar ao meu favor...Ou aquele garoto é um gênio escondido por sua extrema beleza ou ele chutava muito bem.

Todas suas respostas batiam com a do gabarito.

E isso significava uma coisa.

Meu deus grego tatuado, estaria mais perto de mim, e eu estava adorando a sensação de felicidade que crescia em mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!