Meu Anjo escrita por J R Mamede


Capítulo 3
O Bater das Asas Angelicais


Notas iniciais do capítulo

Este é o último capítulo.

Espero que gostem! ^^



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─ E você ficou bravo só por isso? ─ questionou Leigh, quando seu irmão mais novo o procurara para desabafar e contar o ocorrido na casa de Elizabeth.

─ Será que você não compreende? ─ Lysandre passava as mãos em seus fios brancos.

─ Compreendo ─ garantiu o moreno. ─ Mas você não acha que está exagerando? Não acha que está fazendo uma tempestade num copo d’água?

─ Ela sempre me verá como um anjo, Leigh. Nunca como homem.

─ Acho que ela vê você como homem, mas ela é insegura, não consegue demonstrar seus sentimentos por você.

─ Ainda acho que ela só me enxerga como o Arcanjo Gabriel, desde aquele dia em que eu a salvei do afogamento.

Lysandre recordara-se do dia em que Elizabeth, Sabrina, Castiel e ele nadavam em um lago nas férias de verão, quando todos tinham apenas onze anos de idade.

Liz nunca soubera nadar muito bem e, quando por insistência de Brina e Castiel para a garota entrar na água, a pobre acabou se afogando com tal aventura.

Seu salvador naquele dia fora o albino, o qual, sem pensar duas vezes, saltara na água para salvar a menina, quando esta se debatia, cheia de medo.

A partir daquele dia, Elizabeth via Lysandre como seu protetor. A menina até conseguia visualizar um par de asas angelicais e uma auréola sobre a cabeleira branca do menino. O que Lysandre não sabia ─ talvez nem a própria Liz ─ era que Elizabeth começara a apaixonar-se por aquele anjo. Entretanto, como um pecado imperdoável, a jovem tentava arrancar tais sentimentos de seu coração; recusava-se a se apaixonar, ainda mais por Lysandre, cuja amizade era inigualável, temendo perder aquele afeto carinhoso após um suposto envolvimento entre os dois.

Elizabeth Carter era uma garota cheia de confusões embaralhadas em sua mente e, principalmente, em seu coração. Ela era tão parecida com Babby: ambas tinham medo de amar.

─ Bem ─ continuou Leigh, pousando sua mão amiga no ombro do irmão. ─, você deixou bem claro que não é um anjo, não foi? Então espere as coisas se acalmarem. Tenho certeza de que tudo se consertará com o tempo.

Lysandre ansiava que sim, mas em seu íntimo, sentia que as coisas seriam muito diferentes e negativas entre Elizabeth e ele. Sentia que a amizade estava completamente abalada.

─ Ah, você esta aqui! ─ Era Castiel, entrando na loja de Leigh e Rosalya, apontando a palheta de sua guitarra para o amigo albino. ─ Você não apareceu ao ensaio ─ revoltou-se. ─ Onde diabos estava?

Lysandre soltou um forte suspiro e fitou melancolicamente o ruivo.

─ Escondendo-me da realidade ─ murmurou.

***

Sabrina entrou ofegante e atordoada no quarto de Liz. Definitivamente, a morena precisava sair do sedentarismo e praticar mais exercícios físicos, pois correra só alguns metros para chegar à casa de sua melhor amiga, e subiu apenas alguns degraus para alcançar o leito que embalava Elizabeth aos prantos, mas, mesmo assim, sentia-se exausta.

─ O que aconteceu, Liz? ─ perguntou, sentando-se ao lado da amiga, no chão. ─ Vim assim que recebi sua mensagem no celular.

─ Eu estraguei tudo, Brina! ─ choramingou a jovem. ─ Sou uma idiota. Lys me odeia agora.

Ao contar o que acontecera, sendo interrompida a todo instante pelos soluços cortantes, Sabrina olhou a amiga com ar reprovador.

─ Eu disse a você! ─ falou a morena. ─ Disse que não daria certo. Era mais fácil pedir!

Sabrina fora um pouco menos severa quando Liz começara a chorar novamente, infeliz com seu plano mais infeliz ainda.

─ Ele me odeia.

─ Não, não odeia, Liz ─ afirmou Brina, amparando a jovem em seus braços. ─ Ele a ama. Se você quer realmente consertar essa merda toda, diga que o ama também, pois é isso que você sente, sua tonta! Quando vai parar com esse orgulho e mostrar seu amor pelo Lys?

─ Eu tenho medo, Brina ─ confessou. ─ Tenho medo de estragar as coisas entre nós.

─ Garanto uma coisa, minha querida: não vai ficar mais estragado do que já está.

A morena levantou a amiga, enxugou as lágrimas que insistiam em cair sobre sua bochecha corada e depositou-lhe um sorriso companheiro e sincero.

─ Pare de achar que Lysandre é um anjo, porque, como ele mesmo deixou bem claro, não é ─ continuou Sabrina. ─ Ele não é anjo, Liz. Ele não é santo. Ele é um garoto como qualquer outro.

─ Eu sei ─ concordou Elizabeth. ─ Sempre soube, mas precisava de um escudo para desvencilhar deste sentimento. Precisava transformá-lo em proibido, entende?

─ Não, não entendo, Elizabeth Carter. ─ Sabrina revirava os olhos e olhava furiosa para sua melhor amiga. ─ Pare de dificultar tudo e pare de ter medo. Diga logo que o ama, ou então, eu puxo você pelos cabelos e a arrasto até o Lys, obrigando-a a se declarar!

Elizabeth nunca vira Brina tão zangada e séria. Nem parecia a garota divertida e extrovertida. Liz achou que Sabrina Loren amadurecera dez anos naquele dia.

A jovem sorriu para sua amiga autoritária e a abraçou forte, agradecendo-a pelos puxões de orelha.

Decidida, saiu do quarto, prestes a mudar o rumo de sua história.

Pela primeira vez, Elizabeth Carter deixaria seus sentimentos expostos.

***

Elizabeth passou por Babby como um foguete, sem ao menos saudar a tia. Barbara ficara com uma expressão curiosa, arqueando uma de suas sobrancelhas, tentando imaginar o que sua querida sobrinha estava planejando fazer.

Fechou a porta e almejava descansar após um longo dia de trabalho. Assustou-se com Sabrina descendo as escadas com muita tranquilidade.

─ Olá, Babby ─ cumprimentou. ─ Como foi seu dia?

─ Não me venha com essa, Brina ─ protestou a loura. ─ Você e Liz estão aprontando algo, não estão? Desembucha!

─ Não estamos aprontando nada, Babby. Relaxa! ─ assegurou a morena. ─ Sua sobrinha só vai resolver uns probleminhas com um albino.

─ Ah! ─ exclamou Barbara, compreendendo bem o que Sabrina dizia. ─ Eles vão finalmente se acertar?

─ Torço por isso ─ garantiu Brina.

Barbara sorriu.

─ Eu também.

***

Rosalya desenhava mais uma de suas coleções para a loja. Estava animadíssima com a chegada da Primavera, pois elaborara vários vestidos, segundo ela, fabulosos para a estação das flores.

Leigh atendia a um cliente. Sempre cortês e simpático, garantia aos consumidores a melhor mercadoria da cidade.

Rosa avistou pela vitrine da loja sua irmã correndo pela rua. Não podia estar fazendo exercícios, pois não fazia o feitio da garota. Também não podia estar fugindo de nenhum criminoso, porquanto, pensou Rosalya, escandalosa como Liz era, estaria aos berros, gritando a Deus e ao mundo por socorro.

─ Liz acabou de passar ─ comentou a seu marido, o qual acabara de vender mais roupas. ─ Parecia com pressa.

─ Se for o que estou pensando, ela não precisa ter pressa alguma ─ sorriu Leigh. ─ Lysandre não irá fugir. Não de Liz.

Rosalya encarou seu cônjuge intrigada. Não admitia ficar alheia aos fatos, principalmente os que envolviam sua irmã.

Ao ver o semblante curioso de sua esposa, Leigh riu e contou-lhe o que estava acontecendo entre Elizabeth e Lysandre. O quanto os dois complicavam o amor.

─ Minha irmã é assim mesmo ─ falou Rosa. ─ Igualzinha à Babby. Não entendo o que elas têm contra o amor.

─ Não creio que elas sejam contra o amor ─ rebateu o moreno. ─ Só sentem medo de amar e serem amadas. Porém ─ Olhou esperançoso para Rosalya, abrindo um sorriso adorável. ─, acho que sua irmã já perdeu esse medo.

─ Acho que sim ─ concordou Rosalya, retribuindo o sorriso. ─ Só quero que ela seja muito feliz, assim como sou com você.

Como resposta, Leigh pegou sua esposa e aplicou-lhe um beijo apaixonado em seus lábios.

─ Desejo muito que Liz e Lys sejam tão felizes quanto nós somos ─ sussurrou Leigh, voltando a beijar sua rosa mais bela.

***

Sabrina saíra da casa de Elizabeth para se encontrar com Castiel, o qual enviara algumas mensagens pelo celular da namorada. Pedira à morena ir a sua casa, pois queria mostrar a nova guitarra que conseguira comprar após vários meses economizando o dinheiro que ganhava com as apresentações do Black Angels.

─ Todo mundo resolveu sumir hoje ─ resmungou o ruivo, assim que sua namorada apareceu em sua casa. ─ Lysandre faltou ao ensaio. Você desaparece, sem ao menos responder minhas mensagens.

─ Desculpa, mas foi uma emergência ─ explicou Brina, contando sobre as últimas notícias que envolviam Elizabeth e Lysandre.

─ Eu soube ─ desdenhou o ruivo. ─ Só não acho que seja algo tão sério para Lysandre fugir do ensaio.

─ Como pode ser tão insensível? ─ ralhou Brina. ─ São nossos amigos, Castiel! Eles precisam de nossa ajuda neste momento. Precisamos ser solidários.

─ Não sou uma pessoa solidária ─ zombou. Ao perceber a namorada fuzilando-o com os olhos cinzentos tempestuosos, mudou sua postura. ─ Está certo, está certo! ─ concordou. ─ Desculpe pelo meu egoísmo. É que esses dois me irritam com suas complicações! Já eram para estar juntos há muito tempo.

Como pedido de desculpas, o ruivo puxou Brina para perto de si, abraçando-a e beijando-a. Castiel sempre fugia de uma briga com a namorada através de carícias e roçar de lábios. Para a sorte do rapaz, isso sempre funcionava.

─ O que vamos fazer para ajudá-los? ─ perguntou o rapaz.

─ Nada ─ afirmou Sabrina. ─ Agora está nas mãos dos dois.

***

Elizabeth saiu correndo pelas ruas da pequena cidade britânica que nascera e crescera. Fora perseguida por um cachorro, o qual tentava morder seus calcanhares. Apressou os passos para não ser atacada pelo pequeno animal feroz, que latia e ladrava atrás da jovem, resmungando por ela ter atrapalhado o sossego canino.

Deparou-se com a casa dos Engels, batendo freneticamente na porta, enquanto tentava repor o fôlego perdido. Definitivamente, ela não podia correr. O ar não pertencia mais a seus pulmões.

─ Oh! Olá, Liz ─ saudou a senhora Josiane Engels. ─ Entre, querida. Estou preparando o chá.

─ Obrigada, senhora Engels ─ agradeceu a menina, ainda ofegante. ─ Mas eu gostaria de falar com Lys. Ele está?

─ Ele saiu, querida. Disse que precisava colocar as ideias no lugar ─ falou a mulher, fazendo uma expressão cômica. ─ Tem certeza que não quer ficar para o chá?

─ Tenho sim, senhora Engels. Obrigada! ─ assegurou, dando às costas à mãe de Leigh e Lysandre. ─ Mande lembranças ao senhor Engels.

Mais uma vez, Elizabeth correu, apesar do cansaço. Sabia muito bem o local em que Lysandre gostava de colocar as ideias no lugar. Era o mesmo em que compunha suas músicas ou escrevia suas poesias.

Os pés da jovem doíam e suas pernas exaustas, mas, assim mesmo, ela precisava encontrar Lysandre e esclarecer tudo, falar que ele não era um anjo, mas, sim, o homem de sua vida.

Arrependia-se tanto por chamá-lo de anjo e por deixá-lo magoado e zangado. Nunca fora sua intenção. Apenas queria mostrar o quão sereno, gentil e perfeito ele era, quase a fazendo acreditar que não era um homem, mas um ser superior. Lysandre era o rapaz mais bonito, elegante, inteligente e sensível que Liz já conhecera. Era corajoso e valente; salvara sua vida quando era uma menina de apenas onze anos. Ali fora o nascimento do anjo. Elizabeth, quando abriu os olhos, com o corpo molhado e com frio, visualizara o rosto sereno de seu amigo albino, acreditando fielmente que um ser angelical pousara na terra apenas para salvá-la dos perigos.

O anjo era tão bonito. Estava muito mais bonito naquele dia, molhado, com o cabelo encharcado e grudado na testa, fitando-a preocupado com aqueles encantadores olhos heterocromáticos. Liz percebera, enquanto corria para alcançar Lysandre, que não fora o nascimento do anjo que acontecera há seis anos. Na verdade, Elizabeth se deu conta, com um sorriso bobo na face, que seu afogamento despertara o amor dentro dela; o amor que ela nunca pensara sentir por garoto algum.

Por que não admitia isso a si mesma, sua estúpida?, repreendia-se. Seria tão mais fácil se você tivesse dado um beijo caloroso em seu herói, ao invés de santificar falsamente um arcanjo.

A brisa fria batia sobre o rosto de Elizabeth. Apesar do fim do inverno, o clima gelado permanecia na cidade, mas não permaneceria no coração de Liz. Não desta vez! Ela queria aquecer seu coração com o calor do amor que Lysandre depositou.

O lugar que o albino se refugiava era em um vale, perto da entrada da cidade. Lá havia uma enorme árvore, em cuja sombra Lysandre acomodava-se e deixava as palavras baterem em sua alma para, depois, serem traduzidas pela sua mão. Desde menino aquele era o local confidencial do albino. Apenas Liz sabia de seu esconderijo secreto. Nem mesmo Castiel, seu melhor amigo, tinha conhecimento sobre a árvore majestosa de Lysandre.

Elizabeth ficara feliz ao constar a presença do albino no vale encantado. O crepúsculo invadia o céu, deixando-o perfeito para uma obra de arte. A vida era uma obra de arte, pensou Liz. Precisamos apenas enxergá-la com olhos de um artista.

Lys estava encostado sobre o rústico tronco da árvore mãe, protegendo-o de todos os males. Com seu fiel bloco de notas, escrevia delicadamente, apreciando o infinito, de vez em quando.

─ Lys? ─ Fora o primeiro contato de Elizabeth.

Lysandre não desviou o olhar de seu bloco de notas. Continuava escrevendo, alheio ao mundo.

─ O que você faz aqui? ─ perguntou, mas não em um tom severo ou seco.

Elizabeth aproximou-se, atrevendo-se a sentar ao lado do rapaz. Fitou o céu, contemplando aquela maravilha da Natureza.

─ Desculpe-me, Lys ─ começou, em tom baixo, quase em um sussurro. ─ Desculpe-me por ser tão estúpida. Desculpe-me por magoá-lo. Desculpe-me por deixá-lo com ódio.

─ Não estou com ódio ─ contestou. ─ Não de você.

Continuou escrevendo, não descuidando um segundo de suas palavras.

─ Fiquei chateado ─ continuou o jovem. ─ Você me enxerga de uma maneira que eu não gostaria que enxergasse. Acho que você me considera um irmão. ─ Lysandre parou de escrever, encarando Liz nos olhos. ─ Eu tenho ódio de mim mesmo por não respeitar sua vontade... Seus sentimentos.

─ Não sei se considero você como um irmão ─ falou a moça. ─ Acho que não é certo desejar beijar o irmão nos lábios. Isso seria incesto, não? ─ brincou, fazendo Lysandre sorrir. ─ Se você quer respeitar meus sentimentos, senhor Engels ─ continuou, pousando suas mãos nas do albino. ─, então você precisa fazer parte deles, pois é o único responsável por eles.

─ O que está querendo dizer, Liz?

─ Eu quero dizer que te amo, Lysandre Engels ─ sorriu, sentindo-se aliviada e forte por ter dito as palavras que, por muito tempo, tentava lutar em vão. ─ Eu amo você!

Lysandre acariciou o rosto macio de sua amada, a qual fechou os olhos delicadamente para sentir o toque do rapaz em sua pele. Ele começou a beijar suavemente a testa, descendo para as bochechas, ponta do nariz, até chegar, finalmente, nos lábios doces de Elizabeth.

O albino sonhara a sua vida toda poder beijá-la e sentir o seu gosto. Elizabeth sentia o cheiro de Lysandre, seu toque cavalheiresco. O roçar dos lábios aumentara a intensidade, ficando mais fervoroso e entusiasmado. A respiração de ambos era agitada, assim como seus corações.

Ao se desgrudarem, um fitou os olhos desejosos do outro. Liz conseguiu ver a felicidade e o amor que Lysandre carregava naqueles orbes heterocromáticos. Lys enxergou nos olhos azuis celestes a explosão de entusiasmo e o prazer de viver.

─ Eu fiz um poema para você. ─ Lysandre mostrou o bloco de notas para Elizabeth.

A jovem pegou o pequeno objeto, observando-o com delicadeza.

Olho para o céu tempestuoso, concluo que minha vida é assim quando não estou perto de ti. ─ começou a ler. ─ Observo o azul da manhã, logo me vem à mente o seu olhar, acalmando-me a alma. Tê-la por perto, é como se a própria deusa Vênus invadisse meu mundo, dando-me a oportunidade de contemplar sua inigualável beleza. Não fora a deusa Vênus quem roubou o meu coração, deixando-me apenas a cabeça para recordar-me de sua magistral imagem. Fora Elizabeth a culpada pelos meus tormentos, mas também pela minha ascensão espiritual. Fora ela a responsável pelo zigoto do amor, nascendo, assim, o sentimento mais límpido e colossal que minha alma pôde desfrutar após tantos anos de amargura.

Ao terminar de ler, Liz enxugou as lágrimas de emoção que desenhavam seu rosto. Lysandre ajudou-a, passando seu polegar sobre a face de porcelana de sua amada.

Ficaram em silêncio, um sorrindo para o outro.

Não precisavam dizer mais nada, seus olhos já diziam tudo.

Beijaram-se mais uma vez e assim desejavam ficar por muito tempo.

***

Uma festa acontecia na casa de Barbara Stuart.

Sua sobrinha mais nova e seus amigos acabavam de ingressar na faculdade. Os quatro estavam muito felizes com mais uma conquista em suas jovens vidas. Era o começo de mais uma etapa.

─ Vocês são meus orgulhos ─ falou Babby, bem animada após algumas taças de vinho.

─ Parabéns, crianças ─ brincou Rosalya. ─ Vocês merecem!

─ Divirtam-se nas festas da faculdade ─ comentou Leigh, recebendo uma cotovelada de reprovação de sua esposa.

─ Não mande minha irmã para o mau caminho.

─ As festas são legais ─ rebateu Leigh. ─ Você bem que gostava delas.

Castiel Muller e Sabrina Loren entraram para a mesma turma do curso de Música. Os dois eram tão parecidos, que até mesmo a escolha profissional era a mesma.

Lysandre Engels escolhera a parte literária. Dedicar-se-ia ao curso de Literatura Inglesa.

Elizabeth Carter, assim como o planejado, entrou no curso de Artes. Estudaria todas as disciplinas com muito empenho e, futuramente, sua máquina fotográfica seria sua maior aliada profissional. Quanto ao aliado pessoal, com certeza Lysandre fazia parte deste plano.

─ E então, senhorita Carter? ─ falou o albino. ─ Entusiasmada?

─ Muito! Ainda mais com você ao meu lado.

Lysandre sorriu para sua namorada, aplicando-lhe beijos românticos.

Era bom ter um namorado, ainda mais quando este era Lysandre Engels. Elizabeth nunca esteve tão feliz com tantas coisas boas acontecendo em sua vida.

Por mais que Lysandre não gostasse, Liz nunca deixaria de pensar que o rapaz fosse um anjo. Se era pecado ou se ela iria para o purgatório por se relacionar com uma personalidade santificada ─ caso estes assuntos religiosos existissem realmente ─, Elizabeth não se importava. Sentia-se eternamente abençoada ao lado daquele anjo protetor.

Sentia-se eternamente apaixonada por Lysandre.


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Notas finais do capítulo

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Então deixe seu comentário mesmo assim, afinal, você leu até aqui mesmo, não é? Não custa nada ;)

Agradeço de coração a todos os leitores desta fic! ^^



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