Faz muito tempo, mas esquece-la, jamais. Nunca fui louco de esquece-la pois quem ama, nunca deixa de amar. É, parece que eu fui usado, mas eu que sou titereiro. Isso é uma vergonha, que nem mesmo eu tenho coragem de admitir. Sim, um dia para o outro ela me abandona sem motivos e quando eu fui ver, ela estava com o Uchiha. Me transformar em marionete para não sofrer era o único jeito, mas vejo que mesmo assim, ainda passo a ama-la descontrolavelmente. Isso é verdade. Antes, nosso amor era proibido. Meus companheiros da organização Akatsuki nunca aprovaram nosso amor, e a vila de Konoha, tanto quanto os pais dela também nunca aprovaram. Assim, acho que ela foi pelo pior caminho. Eu sei, sou um ninja renegado e tal, mas o Uchiha também era. Ele fugiu da aldeia para vingar seu clã, matando seu irmão e assim reconstruir seu clã. Ela nem sabe o motivo de que eu tive que sair de Suna. Me abandonou para trás, e nem se quer tenho coragem de lutar pelo seu amor. Abandonei a Akatsuki semanas atrás, e agora estou em meu esconderijo secreto criando marionetes, que é a única coisa que me deixara alegre durantes esses dias. Tenho 2 marionetes especias, na quais ninguém toca. Minhas marionetes "Mãe" e "Pai". Quando pequeno eu os criei tentando preencher o enorme vazio que eu sentia aqui dentro do meu coração, já que eu sabia que nem se eu fosse para o céu, não receberia o amor que exageravelmente eu precisa que meus pais me dessem pois eles estavam mortos, mas não consegui. Mas foi assim, quando terminei de construí-lo eu acabei percebendo a importância da arte em minha vida. Tanto que ao meus 12 anos substitui o braço do meu único e melhor amigo Komushi, que logo, foi morto por um veneno que eu mesmo fiz, que coloquei dentro daquele braço de madeira, a assim por acabar matando-o, e assim fiz minha primeira marionete humana. E claro, mesmo que ninguém saiba, eu fui o responsável pela sua morte, mas porém nunca o usei em batalhas. Então, são três marionetes preciosas em minha vida, ou em minha morte, pois eu praticamente estou morto. Aqui, eu estou, no escuro, sentado olhando para o nada. Como se isso resolvesse algo. Eu estava acabado. Minha vida que eu havia perdido, eu a queria de volta, e seguir por um caminho diferente, onde no qual eu nuca queria ter conhecido essa rosada que um dia fez questão de acabar comigo. Queria ter conhecido outras pessoas e ter ficado em Suna, e não ter tirado a vida do meu único e melhor amigo. Esse sempre foi o berço dos meus pesadelos. A morte de meus pais e a morte de Komushi. Consegui furgir daquele lugar onde todos se reuniam e me matavam de trabalhar com aquele idiota do Deidara enchendo minha paciência sobre que sua arte é muito melhor que a minha. Hump. Como se ele soubesse algo sobre minha arte. Se eu conseguisse ir ao céu apenas para ver meus pais, eu ficaria feliz, que é uma emoção que eu nunca senti de verdade. Guardo minhas marionetes preciosas, e saio em meio a floresta, andando por qualquer canto para esquecer o que se passa em minha mente. Mas a única coisa que me vem a cabeça é aquele belo botão de flor que hoje em dia já floresceu. Agora está a noite, e eu começo a andar um pouco mais devagar. Vejo uma rocha logo a frente e me sento. O que eu mais queria era poder me matar novamente. Aquele cilindro de carne viva que tem no meu corpo...se eu tivesse coragem de me matar para ficar próximo aos meus pais e meu amigo eu faria, mas coragem eu não tenho, e assim me afastaria do meu bem mais precioso daqui deste mundo. Mas já que ela me trocou...devo morrer novamente. Eu não mereço o seu amor. Deve ser isso que ela deve ter pensado. Que eu não merecia o amor dela. Bom...não adianta chorar por leite derramado. De longe, ouço algumas explosões e sigo o barulho, chego e vejo que uma parte da floresta acabou se transformando em um campo de batalha. As explosões que eu havia ouvido não era de mais ninguém a não ser do meu antigo companheiro idiota que eu deixara para trás. Todos estavam lá, mas alguns já no chão sem forças para lutar, como a Konah que estava jogada no chão, e o Hidan que estava deitado realizando uma cerimonia idiota como sempre. 5 dos seis Pains já tinham sido derrotados, e o Deidara estava sem argila explosiva. Os únicos que não estavam lá era o tal Tobi e o Zetsu. O resto estava prestes a morrer ali. Quando o Deidara me viu começou a gritar igual a um louco pedido ajuda, e isso me surpreendeu pois ele nunca é de pedir ajuda. Vi uma certa rosada parada em um canto a me encarar com uma expressão de preocupada, mas virei meu rosto para não vê-la e me arrepender do que eu iria fazer. A organização lutava contra alguns ninjas de Konoha, e assim, mesmo eu não podendo ajudar, decidi fugir, mas o certo Uchiha vem atrás de mim, e seguindo ele vem a garota no qual um dia me amolecera.

Um tempo passei quieto, e voltei ao meu esconderijo. Fiquei com um enorme peso na consciência de não ter ajudado o Deidara. Me sento no chão, e retiro minhas marionetes dos pergaminhos, as fazendo aparecer em minha frente. Olhava o rosto da minha mãe feito por mim. Parecia estar desespero. Também né? Ver seu filho virar um vilão, não deve ser nada bom. Enfim. Vejo o Sasuke entrar em meu esconderijo com a espada na mão e com a Sakura atrás. Apenas me levanto e me preparo para a batalha. Quando ele iria começar a luta, a Sakura se põe na frente do Uchiha e pede para que ela mesma lute contra mim novamente. Meu coração doeu muito. Assim o Uchiha saiu do meu esconderijo deixando apenas eu e a certa garota na qual me olhava com raiva. Eu queria morrer mesmo ali. Apenas me sento e vejo seu rosto mudar de expressão. Não sabendo nada que ocorria ali. A única coisa que eu fiz foi puxa-la para mim, e beija-la. E assim minutos depois, ela me pega desprotegido, passando a espada em meu corpo, e por fim me matando. E assim essa sombra do passado, me faz passar para o céu onde eu pude me aproximar de minha família e meu amigo, esquecendo de vez a certa rosada que um dia eu fui brigado a amar