Cidade Arcana escrita por Vinny


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Esse prólogo serve apenas pra introduzir o cenário inicial. Espero que aproveitem. Qualquer erro, crítica, ou até esmo elogio, por favor, ponham nos comentários.



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Janeiro de 1532. Uma intensa guerra entre as criaturas determinadas malignas e sobre-humanas, contra o grupo mais frágil dos terráqueos era travada e movimentara toda população do planeta. A existência ou não de forças além das humanas começara a ser questionada por volta de 1528, após um jovem perder sua companheira por um ataque de uma criatura feroz e sedenta. De feições humanas, mas com uma força de um rinoceronte. De acordo com o jovem, a fera abocanhou o pescoço de sua amada, e em questões de segundo drenava todo o sangue de seu corpo. "Insano", era como muitos o chamavam, inclusive especialistas da área psíquica.

O caso, com o tempo, começou a se espalhar. E novas vítimas de toda parte do mundo alegaram serem vítimas de um ataque do mesmo porte. Alguns, inclusive, descreviam agressores diferentes. Desde humanos de pele fria e pálida a humanoides de pelugem exacerbadas, similares a lobos. Ou até mesmo seres aquáticos, de fisionomia questionável com suas pernas sendo substituídas por enormes caudas. Feras aladas de tamanho incalculável eram vistas pairando o céu nas madrugadas. A raça humana notou o crescimento de tantos casos, e então começara uma intensa investigação.

Por volta do ano de 1530, a existência das chamadas "aberrações" estava já comprovada. E os humanos assumiram uma postura totalmente ofensiva quanto a isso. Montarias e armas de fogo logo foram estocadas para uma caça surpresa a qualquer um que possuísse algo que fosse considerado fora dos padrões da normalidade. As criaturas decidiram manter sigilo de suas existências, até que primeiro som de tiro pôde ser ouvido. Um lobisomem fora acertado por uma bala de prata pura bem no meio do seu peito, o que para ele culminou em sua morte de imediato. Logo, sua matilha agira, e uma batalha era travada entre humanos e lobos. Sangue, pedaços de corpos e cadáveres caninos estavam espalhados por toda a área. Mas, por fim, os humanos triunfaram. Eram mais de vinte contra apenas cinco lobos. A desvantagem era clara.

Outro grupo humano fora atrás de três vampiros. Contudo, não tiveram a mesma sorte. Muitos humanos saíram feridos. Alguns foram inclusive transformados nas tão temidas aberrações. Poucos foram os sortudos que obtiveram a chance de fuga. Os continentes decidiram por um fim nisso tudo. Catapultas e canhões começaram a assumir a situação. Explosões e corpos voando por todos os lados era quase algo corriqueiro. Muitos estavam encarando essa guerra com diversão.

Dois anos de intensa guerra causaram enormes prejuízos tanto à população humana, quanto às raças sobrenaturais. Famílias e clãs eram dizimados durante o processo. Um verdadeiro holocausto por ambas as partes. Alguns não queriam isso. Muitos apenas gostariam de manter seu sigilo novamente. Não ter que temer as forças humanas com seu imenso poder destrutivo.

Um clã dos Möllier - o mais antigo e poderoso clã de magos já visto - se manteve neutro durante todo o processo, até que chegara sua vez de sofrer ameaças. Uma hoste armada se posicionara em frente ao castelo do clã. Haviam cercado tudo. Catapultas e aríetes se esforçavam ao máximo para quebrar as grandes muralhas que protegiam a residência. E quando a primeira brecha cessou, o caos tomou conta. Humanos armados invadiram o terreno prontos para pôr tudo a baixo e reduzir a residência dos magos a ruínas. Só que, o que eles não esperavam, era que os poderes do clã iam além de qualquer outra besta que eles já tiveram enfrentado.

As grandes portas de entrada do castelo lentamente se abriam, enquanto ao fundo era possível ver os sete habitantes da residência caminhar com total calma. Adolph, o mais velho, à frente. Seu grandioso cajado intimidava qualquer um. Atrás, dois de seus irmãos: Schneider e Ravenna, seguidos de Wagner, Aimee e Namine, irmãs gêmeas idênticas. E por último, contudo o mais mortífero: Petrus.

A tropa estava a caminho de tomar o castelo. Não seria difícil, pois nada protegia a residência além dos poderes daqueles magos. E digamos que apenas isso era o suficiente. Adolph mantinha seu semblante sério. Era a marca do patriarca da família. Ele erguera seu cajado a poucos centímetros do chão e após um rugido tenebroso fincava-o novamente com precisão ao solo rígido. Uma onda gravitacional percorreu todos os cantos do castelo, e a primeira linha de ataque adversária fora arremessada com tudo para trás. O mago pretendia com o ato, dar um susto no exército, para que eles talvez considerassem uma retirada e, assim, evitasse um confronto.

Alguns segundos de silêncio se perpetuou. O som do riacho próximo era perfeitamente audível. A feição totalmente amedrontadora de Adolph fitava cada humano daquela chusma, esperando suas reações definitivas. Um brado ao fundo do exército fora ouvido. Estava feito. Ele tinha dado início ao conflito.

A multidão fazia mais uma investida para adentrar o castelo e eliminar os magos, que por sua vez tomavam uma posição ainda mais ofensiva. Adolph erguia seu cajado, e múltiplos raios iam a encontro do núcleo de sua arma. Era muita energia. Muito poder. Num movimento rápido, o mago liberava milhares de correntes elétricas sobre a tropa. Ao fundo, Petrus, o mais novo, dera um salto sobre todos os irmãos, e seu sangue ferveu. No ar, o mago se transformava num feroz Lobo, e partia para a linha do combate direto. Seu sangue mestiço era muito poderoso, e por ser alvo de uma maldição, o rapaz detinha sangue meio mago e meio lobisomem. Ravenna, com sua manopla mística, guarnecida de poder das trevas e adornada com várias pedras preciosas capazes de canalizar sua energia, num gesto simples, erguia sua mão ao ar, e das sombras de seus pés, um enorme cérbero - cão feroz de três cabeças - surgia, servindo-a de montaria.

Várias flechas eram atiradas de longe contra os magos. As gêmeas Aimee e Namine, com seus grimórios, realizavam magia branca. - URO sagittas!– numa sincronia perfeita as duas conjuravam um feitiço de proteção. Seus livros mágicos brilharam e uma barreira transparente emergia do chão. Os projéteis de flechas que foram lançados contra eles eram totalmente incinerados ao cruzar o campo de proteção. Wagner e Schneider, juntos, derrubavam alguns do exército lançando feitiços entorpecentes. Os magos estavam liderando. Parecia um exército apenas em sete irmãos. Seu elo era mais forte que qualquer coisa já vista.

Num ato decisivo e final, Adolph mais uma vez erguia seu cajado ao ar. O fogo contido das tochas rivais eram canalizados num só na ponta do cajado do mago. O feiticeiro girava seu bastão mágico sobre sua cabeça, e cravava-o no chão. Uma imensa onda ígnea surgira e eliminava a maioria de seus rivais. As chamas corrompiam os corpos e muitos morreram de imediato. A tropa partiu em retirada com menos da metade de seus homens. O clã se reuniu ao ádito de sua residência, e trocaram olhares. Eles sabiam que estava na hora de tomar uma decisão geral quanto a isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que aproveitem. Tem muuito mais. Comentem, por favor, e apontem erros. Deem suas opiniões ou até palpites sobre o que acham que virá a acontecer no próximo capítulo, eu realmente aprecio muito isso e me motiva a escrever mais e mais. Até o próximo capítulo, galera! ;)



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