Please, love me... [HIATUS] escrita por Aoi Blue


Capítulo 5
"Eu te amo..."


Notas iniciais do capítulo

Enfim, mais um capítulo o/ Sorry se demorei de mais, ok?



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"Masaki, preciso dizer uma coisa... Eu te amo..."

Após dizer essas palavras, quase desviei o olhar de vergonha, mas eu precisava saber sua reação, saber sua resposta. Masaki tirou o foco do livro e olhou pra mim com uma expressão de choque. Previsível já que eu praticamente disse isso do nada,né...

De repente ele mudou de expressão e começou a rir. O quê?!

– Ha ha ha! Cara, você quase me deu um susto! Ok, sei que tou dando trabalho por não prestar atenção, mas isso quase me infartou, como se LOGO VOCÊ fosse gay, ha ha ha!

Ele não levou a sério... Bem... Ainda bem... Se ele não acreditou quer dizer que ele não sente o mesmo por mim, mas pelo menos, como ele não levou a sério, não vai rolar de eu perder a amizade dele.

– Hu, claro que tou brincando! Como eu poderia ser idiota em me declarar assim sabendo que você gosta de garotas e não de caras, ha ha ha! Ainda mais sabendo que isso obviamente poderia...

Eu ia terminar de falar, mas de repente a expressão dele mudou. No princípio não entendi, até que percebi algo escorrendo do meu rosto. Estou chorando...

Não sei dizer exatamente o que aquela expressão no rosto de Masaki signifacava, só sei que assim, imediatamente, puxei minha mochila, me levantei e saí correndo. Agora ele sabe. Agora ele sabe que falei sério! Eu sou burro! Eu sou idiota! Eu devia ter deixado as coisas como estavam! Eu não devia ter deixados os meus sentimentos se manisfestarem daquela maneira! Por quê? Por quê, porra?! Por que eu tinha que me apaixonar pelo Masaki?!

Na saída entrei no primeiro ônibus que apareceu, nem parei pra ver qual era o número. O que entrei não passava perto da minha casa, então tive que descer e pegar outro, mas eu tava pouco me lixando pra isso. Quando cheguei em casa só fechei a porta e desabei. Masaki nunca mais vai querer me encarar, nunca mais vai querer falar comigo, nunca mais vai me querer na vida dele!

Chorei, chorei muito. Tive vontade de me enfiar num buraco. Seria mais fácil e menos sofrido pra mim se, mesmo se não deixasse claro, ele sentisse por mim o mesmo que sinto por ele. Por dentro eu sempre dizia "Por favor, por favor, me ame" por que eu não queria ter que sofrer caso eu chegasse ao ponto de abrir o jogo. Por que as coisas tinham que ser assim? Por quê?

Depois que me acalmei, dei um foda-se pro mundo e fui me deitar. Desliguei celular, ignorei a televisão e o computador, eu só quero ficar na cama! Fiquei um tempo lá, até que acabei dormindo, mesmo ainda sendo a tarde...

Acordei no dia seguinte com disposição zero. Vou ter que ir pra escola de qualquer maneira, não é? Mas tou com medo de encontrar o Masaki... O melhor que posso fazer é ficar o mais longe possível dele, é capaz de ele fazer isso por conta própria, mas creio que seja melhor fazer algo para evitar o máximo de obtáculos.

Saí de casa o mais cedo que pude para evitar de pegar o mesmo ônibus que ele, então cheguei na sala. Só tinha uns 8 caras presentes. Me aproximei de um deles, Takao e disse:

– Ei, Takao, dá pra você tracar de lugar comigo?

– Hã? Por quê?

– Por favor. (eu não quero falar sobre isso...)

– Hum, tá, beleza.

Ele pegou sua mochila e colocou na cadeira onde normalmente sento e eu coloquei a minha na dele e me sentei. Takao senta bem no canto no fundo da sala. Pessimo pra mim já que sou baixo, mas ao menos nesse canto a minha presença incomodará menos o Masaki... A sala foi enchendo, parecia que ele não vem hoje... Se veio então nem vi, já que a maior parte do tempo me pus de cabeça baixa já que não tinha nada pra me distrair e eu não estava a fim de converçar com ninguém.

Passados alguns minutos da aula, o que estava sentado no meu lado esquerdo, Soichiro, me entregou meu caderno e livro de matemática.

– Masaki falou que você esqueceu na biblioteca - ele sussurrou.

– Ah, valeu...

Nem me toquei que os tinha esquecido. Ele deve realmente não querer falar comigo pra me passar assim. Terminaram as primeiras aulas e no segundo que o sinal tocou saí da sala. Não quero ser um incômodo, e não sei e nem quero saber como seria se Masaki me ignorasse ou fosse até mim dizer algo como, sei lá, "já que você é gay etá apaixonado por mim, acho que não vai cair bem ficarmos próximos".

Posso estar exagerando, mas não ligo pra isso! De repente bati de frente com alguém, olhei e era Kazumi.

– Cuidado, Kawasaki. O que foi? Cadê o Masaki.

– Hum... Nada que você precise se incomodar.

– Quer, sei lá, lanchar com a galera? você parece pessimo.

– Pode ser.

Sinceramente, Kazumi nem fala tanto comigo, mas acho que pode ser um pouco melhor do que lanchar sozinho. Subimos para o andar acima. Lá só é frequentado pelos alunos do turno da tarde. Isso tá começando a ficar estranho...

–Ei, galera! Aqui está ele! - Kazumi falou pra um grupo. Não tou gostando dessa sensassão...

– É, bem, acho que não precisam se incomodar com a minha presença. Eu posso deixar isso pra um outro dia...

– Ora, não se acanhe, seu viadinho.

Quê?!

Kazumi me empurrou e caí no chão. Aquela pessoa, que nem o nome lembro, se aproximou de mim e esgueu minha cabeça puxando pelo cabelo.

– Aquela cena na bibliotaca foi tão fofa e patética que eu devia ter filmado, hu hu.

– Me solta... - tá doendo!

– O que vai fazer, em? Vai choram implorando pra que ninguém contem sobre o fato de você ser um boiola? Ha ha!

– Bem que já devia se suspeitar disso. - Kazumi falou - Tão grudado no outro chega que dá nojo, hu hu, aliás, lembro lá pelo primeiro dia de aula que ele corou quando o outro chegou perto dele, ha ha ha! Ao menos Masaki é macho de mais pra você, já pegou uma das mais gostosas do prédio feminino.

Essas palavras tão doendo muito, parem com isso!

– Ouvi falar que você ainda é virgem e nem tem noção do que é pegar alguém ou tomar no cu. Pobrezinho, tão inocente...

– Parem de falar merda!

Ele me deu um soco e logo depois me levantou de novo pela gola da camisa e prensou-me na parede.

– Se você reclamar não só vai levar mais do que pretendo te dar, como ainda será espelhado pra toda escola que você é gay!

– Me deixe em paz!

– Você que pediu, sua bicha!

Fechei os olhos me preparando pro impacto, mas o soco cujo som ouvi não foi um que levei. O cara que me segurou caiu na chão, então vi que a pessoa que o socou foi o... Masaki?!

– Se você chamar ele de "biacha", "viado", "boiola" ou qualquer coisa do tipo de novo, você vai levar mais que um mero soco!

– Qual é?! Vai dizer que é gay também e que gosta dele por acaso?

– Isso não interessa! Só não deixo que falem assim com o meu melhor amigo!

Masaki... Ele está me defendendo...

– E se um de vocês mexerem com ele de novo ou comentarem sobre o assunto, eu não me importo de ser expulso com o que sou capaz de fazer!

Eles recuaram enquanto o que estava caído se levantava, daí todos foram embora. Só ficamos eu e Masaki lá.

– Não me importa se você é gay o não, - ele falou - isso não muda o fato de você ser meu amigo.

– Obrigado... - falei de cabeça baixa.

– Me desculpe... Me desculpe pelo o que eu disse ontem. Você me pegou de surpresa e eu... É... Eu jamais esperava aquilo vindo de você, por isso acabei achando que era brincadeira, nós várias vezes brincamos um com o outro... Devo ter te magoado muito.

Fiquei em silêncio. Na verdade o que doeu em mim não foi ele não ter levado a sério e sim por que ele simplesmente não sente o mesmo por mim.

– Quando vi que era sério, eu ia me justificar, mas você saiu correndo daquele jeito, seu celular tava desligado, você não respondia as minhas mensagens, eu bati na sua porta e você não atendia...

Na parte de ele bater na minha porta eu não sabia, mas enfim...

– Eu tava com medo, tava com medo do que você iria dizer após descobrir que falei sério.

– Pensou que eu ia dizer algo terrível, desconsiderando tudo que tinhamos antes? Ignorando o quanto gosto de você como o bom amigo que você é?

Ele falou com um olhar bem sério. Isso nem passou pela minha cabeça. Eu estava com tanto medo, estava sendo tão covarde que ignorei tudo, pensei em tudo como se eu tivesse o conhecido ontem e no mesmo dia dito que o amo.

– Me desculpe por não pensar nisso...

– Pequeno idiota, hu hu. - ele falou essa frase bagunçando meu cabelo.

Depois de alguns segundos de silêncio, de repente ele me pegou pelo puso e me puxou. Não entendi nada, ele ficou vendo que sala estaria aberta e ela achou uma. Masaki me levoulá pra dentro e a trancou.

– O que foi?

– Eu precisava dizer isso onde ninguém posso nos ouvir... Olha, sinceramente, preferi achar que era uma piada do que levar a sério por que... Eu não sabia qual era a minha resposta.

– Como assim?

– Gosto de você, cara, mas nunca parei pra pensar se gosto além de só como um amigo.

O quê? Ele disse aquilo por que estava em dúvida? De repente ele me encostou na parede e foi se aproximando de mim.

– Preciso testar uma coisa... - ele sussurrou antes de me beijar.

Senti o meu rosto esquentar e o meu coração disparar por sentir os lábios dele esconstados nos meus. Depois de uns segundos ele se separou e o encarei esperando alguma reação. Ele estava de novo com uma expressão que eu não conseguia saber o significado, além disso, ele estava levemente corado.

Masaki me puxou pela nuca e me beijou nomamente com mais votade. Ele me beijou de novo! ELE ME BEIJOU DE NOVO! Sua língua pediu passagem e acabei sedendo. A sensassão disso era melhor do que no sonho que tive antes do primeiro dia de aula. Cara, se isso for um sonho de novo eu prefiro estar em coma pra nunca mais acordar!

Sua boca era doce e sua língua passeva em minha boca e me dava vontade de querer mais e mais. Eu não queria que parasse, mas tinhamos que nos separar por que estávamos ficando sem fôlego. Fiquei mais surpreso por esse segundo do que por ele espontâneamente ter me beijado, provavelmente pra "testar" se sentiria alguma coisa. Se ele se beijou pelo segunda vez e daquele jeito, então... Isso... Isso quer dizer...

Desviei-me de meus pensamentos quando ele encostou a testa na minha, respirou mais um pouco e disse:

– Acho que a minha resposta é "Eu também te amo"...


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Notas finais do capítulo

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