Please, love me... [HIATUS] escrita por Aoi Blue


Capítulo 14
Dor


Notas iniciais do capítulo

Tirando foco da vida complicada de Karasaki :v



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POV Kasumi

Ainda não sei como largar a compania do Yasuji, que complicado... Eu sei que ele não presta e tenho que me afastar antes que ele saiba que sou gay e transforme minha vida num inferno, mas eu não consigo! Isso é uma merda e só de pensar nisso me faz ficar mechendo nas minhas munhequeiras toda hora. acabo fazendo muito isso quando fico nevoso, apesar de que dói um pouco quando por baixo delas tem um corte recente.

Yasuji chamou a gelera pra sair hoje (sábado), mas não sei se vou. Mesmo se eu for ou não, isso será uma tortura de qualquer jeito. Talvez eu deva matar meu tempo jogando. Qualquer coisa, se eu não tiver coragem de dizer que eu não queria ir, invento que "esqueci".

O mundo real é um inferno... Seria bom se ele acabasse gostando de mim, me aceitando facilmente que nem em animes, mas sei que as coisas não são assim.

No fim das contas acabei decidindo mesmo ficar de bobeira em casa. Inclusive desliguei meu celular, não queria que ninguém me "lembrasse". O que será que faço para fugir da situação? Talvez fazer isso, ficar convivendo cada vez menos com a galera seja o jeito, não sei se consigo simplesmente chegar e dizer "não quero mais andar com vocês".

Passei a noite em claro. Nem me importei, é domingo mesmo... Me distraí nos meus jogos e vendo alguns animes e etc. A maior vantagem de fim de semana pós prova é não ter dever de casa. Cansei de ficar sem fazer nada, então decidi sair. Peguei meu celular, só pra me distrair caso eu fique no tédio aí quando liguei, um monte de mensagem. Apenas suspirei e apaguei tudo, sem ver as pessoas que haviam mandado.

Andei um pouco, peguei o primeiro ônibus que apareceu, sentei-me no fundo e fiquei ouvindo música. O céu está bem nublado... É capaz de chover, mas nem peguei meu guarda-chuva. Devia ter reparado isso antes, mas não importa.

Depois de umas paradas desci, e andei um pouco mais. Parei num bairro cheio de lanchonetes e lojas de convenências, eu poderia comer alguma coisa... Quando estava perto de uma sorveteria, quase tive um infarto com o susto! No momento que eu estava passando, Yasuji estava saindo de uma loja vizinha à sorveteria e ele me viu na hora. Merda! Não teria nem como fugir!

– Ah! E aí Kasumi!

– E aí... - balbuciei. Ao menos eu falar baixo é o meu normal ás vezes.

– O que faz por aqui?

– Apenas matando o tempo. E você?

– Eu moro aqui perto. A umas duas quadras. É verdade, você nunca foi na minha casa...

– É...

– Vamo andando pra lá enquanto a gente conversa. É um tédio ficar lá quando meus pais estão trabalhando...

Ele está sozinho em casa? Bem, eu não vou entrar, só vou acompanhar e dar uma desculpa para voltar pra casa depois... Droga, pra quê tou fazendo isso? Andamos um pouco e, depois de um tempo, ele puxou assunto:

– Você anda meio sumido. Mal tem saído com a galera nos horários depois das provas, aliás, nem foi pro lance de ontem.

– Ontem? Ah! É! Eu tinha me esquecido! - não acredito que fui usar esa desculpa mesmo...

Ele me olhou sério e com um ar de desconfiança. Fudeu!

– Fala sério? O que tá rolando? Te mandei mansagem ontem, todo mundo mandou, e você não respondeu.

– O meu celular... Eu... - não vai dar pra eu mentir pra sempre e, de qualquer jeito, tenho que romper a ligação, não é? - Só não tava a fim de ir. Só isso.

– Eh? Pera aí. - a gente parou de andar - Você tá estranho faz tempo, pra ser exato, desde que conversou com aquele viado. Quê tá rolando? Se arrependeu de ter atraído ele pro segundo andar? Ficou amiguinho dele?

– Não é isso!

– Tá do lado do viado?! Ha! Só faltava essa!

– Não tem nada a ver com isso! Só não quero andar com alguém sem caráter como você!

Me calei. Soltei o que não devia, falei aquilo sem querer! Ao menos não disso "outra coisa".

– Eu? Sem caráter? Hu hu hu....

De repente ele socou minha cara e caí no chão. Antes de ele aproveitar que eu tava caído e me chutar, me desviei e consegui me levantar para revidar, porém ele me pegou pela camisa e me prensou na parede, segurando-me pelas laterais dela.

– Acha que eu sou sem caráter por bater num viadinho?! Acha que sou sem caráter por detestar esse tipo de merda que não devia nem existir?! Você devia me achar muito bom, a melhor pessoa do mundo, por ter puxado amizade para um emo-gótico-antisocial que nem você!! Sem mim você seria um lixo que pelo visto sempre foi! Sem mim você estaria sozinho!! O resto da galera só é seu "amigo" por minha causa! E eu sou SEM CARÁTER?!!

Ele me socou de novo e derrubou-me no chão mais uma vez, mas não consegui me mexer e defender-me do próximo golpe. Enquanto fiquei no chão ele apenas disse:

– Fique na merda então! Vá atrás do viadinho. Na verdade, duvido que ele seja seu amigo. Fique sozinho sendo um lixo.

Yasuji se virou e foi embora.

Nunca vi ninguém com tanta raiva.

Dói...

Está doendo...

Minha respiração começou a ficar irregular e mal conseguia me levantar. Só consegui me sentar e ficar segunrando os meus pulsos. Isso por alguns segundos, talvez minutos. Começou a chover...

POV Fuyuki

Caramba! Até tentei ver se eu criava coragem de sair, depois que começou essa chuva. Mandei várias mensagens pro Kasumi, mas ele não responde. Bom, ele deve estar em casa de qualquer jeito. Eu avisei desde ontem que passaria lá, pra a gente matar o tempo.

Peguei minha capa de chuva e fui de bicicleta até a casa dele (já fiz isso antes mesmo, hehe). Cheguei lá e a porta estava quase totalmente aberta. Sei que tem vez que ele deixa a porta destracada, mas aberta desse jeito? Entrei, e notei na hora o chão molhado. Tem algo errado...

Segui os "rastros" de água e avistei, no fim do corredor, a luz do ganheiro aberta. Não... Será o que estou pensando? Corri pra lá e na hora que abri totalmente a porta, deu pra sentir o clima de horror no lugar.

Kasumi estava sentado no chão, enconstado na parede, sua expressão era terrível e ele estava todo molhado. Além disso, havia sangue no chão e ele estava segunrando uma lâmina. Não... Eu disse pra ele não fazer isso. Me aproximei:

– Kasumi...

Ele continuou imóvel e sua respiração estava irregular. Parecia que ele ia rachar a qualquer momento de tão deplorável que tava o seu estado. Me aproximei da maneira amsi calma e tranquila possível, tentando acalmá-lo e disse:

– Solte essa coisa (a lâmina), por favor.

Kuasumi ainda não se mexeu. Aproximei mais e tirei a lâmina da mão dele.

– O que houve? Me fale, por favor...

– Morrer... - ele sussurrou com a voz rouca - Eu quero morrer... Isso dói... Dói...

– Vai... Bota pra fora.

Começou a sair lágrimas dos olhos dele, apesar de eu supor de que ele já estava chorando antes, e surpreendentemente ele me abraçou e desabou. Kasumi... O que aocnteceu com você?


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Notas finais do capítulo

Nada a declarar '-' Bad de mais ç_ç

~Aoi



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