Perdidit Memoriis escrita por Gabriely Giovanna


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oláa minhas coisas coisadas ><
Bom pra começar quero explicar que esse capítulo é um presente. Sim, um presente.
Há umas semanas atrás 2 pessoas recomendaram minha fic e eu nunca tive uma real oportunidade de agradecer..
Esse capítulo é um
"MUIIIITTOOO OBRIGAADAAA LILLY DI ÂNGELO E MOSTARDA E KATCHUP"
Eu estava preparando ele desde a recomendação de vocês pq eu achei que mereciam um caps dedicado pra mostrar meu obrigada..
Bom mas sem enrolação, bora pro caps >



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Leiam as Notas Iniciais ><

1 dia antes de Clary receber a mensagem de fogo da Inquisidora Jia Penhalow...

Era 19:32 e Clarissa Kristen andava tranquilamente em meio ao caos da avenida Champs-Élysées, uma das avenidas mais prestigiadas de Paris, e por ser assim um completo caos.

Ao contrario de todos ali Clary não estava correndo ou apressada. Ela andava tranquilamente no meio das pessoas com os pensamentos completamente perdidos e a cada passo que dava alguém esbarrava nela ou a empurrava andar mais rápido.

Clary estava com um rosto inexpressivo e suas feições estavam duras, mas seus olhos mostravam um desinteresse imenso por tudo ao seu redor, como se aquele cenário fosse completamente entediante.

Clary estava já quase no Arco do Triunfo, que era onde terminava a avenida, quando alguém esbarra nela. Um ser alto e encapuzado e com a cabeça baixa.

Clary nem se deu ao trabalho de olhar para quem era já que desde que chegara a Champs-Élysées estavam esbarrando nela. Porém algo lhe incomodou, o ser encostou em Katara quando esbarrou em Clary, e menos de 2 segundos depois a ruiva estava correndo atrás do ser encapuzado.

O sorriso que Clary colocou no rosto logo após começar a perseguição ao cara encapuzado era de puro divertimento, como se algo estivesse animando seu dia.

Clary corria sem parar um segundo, ao contrario de como estava antes com todos esbarrando nela, agora ela não estava esbarrando em mais ninguém. Clary corria sem tocar em uma alma viva naquele lugar, ela tinha uma leveza e uma graça para se mover que parecia que ela havia treinado naquele cenário caótico dias antes de realmente acontecer, sabendo onde cada pessoa estaria e qual seria o próximo passo delas.

Quando o cara de capuz percebeu que Clary estava correndo atrás dele também sorriu e do mesmo jeito que Clary havia sorrido, como se algo finalmente estivesse animando seu dia. Ele corria rapidamente, ao ponto de Clary só conseguir ver sua sombra ágil e cuidadosa sobre as pessoas.

Naquele momento ambos sabiam que um passo errado, um esbarrão ou qualquer coisa que os fizessem perder a velocidade ou tempo, traria a perda de ambos. Da caçadora que perderia sua presa, que era o papel que Clary assumia, ou da presa que era o papel que o ser encapuzado assumia, que seria capturado pela caçadora.

O sorriso de Clary só aumentava enquanto corria, seus olhos do verde iam para uma pigmentação de dourado e vermelho que a deixava completamente insana e ao mesmo tempo ela mostrava seu foco e suas habilidades mais aprimoradas.

Mas o sorriso da caçadora diminuiu assim que sua presa entrou em um beco.

Clary sabia que estava sendo arrastada para uma armadilha, queria saber “quem” e “por que”. Quem era o ser encapuzado?Porque ele a estava levando para uma armadilha?

Clary acelerou mais o passo (como se fosse possível) até chegar mais próxima ao beco, quando estava próxima o bastante tirou Katara, não iria precisar de mais nenhuma arma, a lamina já faria um grande estrago por si só.

Clary seguiu o ser, agora com mais cautela, sabia que estava se aproximando de uma armadilha, sabia que conseguiria dar conta do recado, mas não seria imprudente de chegar de qualquer maneira.

Clary andava pelas sombras, o horário a ajudava, estava tudo escuro e Clary sabia que para qualquer caçador de sombras a vantagem logo acabaria já que a ironia nos impede de lutar melhor nas sombras.

Mas Clary não era uma caçadora de sombras qualquer e ela sorriu com o pensamento. “Enquanto os caçadores lutam nas sombras Clarissa, cresça nela”, Clary lembrou-se das palavras do ex irmão Zachariah.

À medida que Clary ia se aproximando ela tinha a certeza de que uma luta estaria próxima. Clary conseguia até sentir seus sentidos se apurando, principalmente tato e audição, uma luta nas sombras não seria nada mal para um dia entediante em Paris.

Clary chegou ao beco, havia latas de lixo, ratos e baratas por alguns cantos, mas isso para Clary não era nada demais, a única coisa que chamou atenção de Clary foi o ser encapuzado no centro do local.

Clary o observou, ele era alto e magro, usava um moletom preto, aparentava ter músculos, mas Clary não podia ter certeza por causa da roupa. O capuz cobria seu rosto e suas mãos estavam nos bolsos da frente do moletom. Algo cintilava em seu pescoço, Clary imaginou ser algum colar só que com a pouca luz e a distancia Clary não podia distinguir qual pingente tinha na corrente, ele usava uma calça jeans e tênis all star, para Clary parecia um mundano qualquer, mas algo dizia a ela que ela estava enganada.

Como Clary não fez questão de falar uma palavra, o ser encapuzado resolveu falar.

– Sabe é perigoso mocinhas indefesas estarem em becos escuros há essa hora não? – Disse o encapuzado ainda de cabeça abaixada. Sua voz era suave e melodiosa.

Clary deu um sorriso que mostrou seu canino direito.

– Mas você sabe que eu não sou uma mocinha indefesa não é downwolder? – Clary disse ainda com o seu sorriso e brincando com a lamina.

– Você tem me procurado há meses, sabe que sou um downwolder, mas não sabe o que realmente sou não é caçadora? – Disse ele levantando e tirando o capuz.

Seus cabelos eram cor de areia e só um pouco ondulados, sua pele branca e lisa, seus olhos eram incrivelmente azuis, seus lábios estavam cecos e um pouco rachados, seu rosto era suave, não daria mais de 18 anos para ele. Tinha um sorriso encantador, uma aparência convidativa e uma timidez aparente, mas Clary sabia mais.

Clary o olhou atentamente e em seus lábios colocou um sorriso mais encantador que o do garoto. Sua voz quando saiu estava tão suave e dócil quanto suas expressões.

– Mas eu tenho um palpite – Disse Clary aparentemente observando a beleza da sua espada.

–Então, por favor, me diga querida caçadora – Disse o garoto com um sorriso irônico nos lábios como se dissesse “se você quer jogar, então vou entrar no seu jogo”.

– Primeiro suspeitei que fosse um lobisomem, pois seu primeiro ataque para roubar um banco mundano resultou em corpos completamente mutilados e com.. Como posso dizer.. Ah sim, carne faltando – Disse olhando em seus olhos – Depois pesquisei mais, acreditei que fosse um vampiro, já que seria uma alternativa, mas geralmente quem ataca como você tem mais de 2 meses de treinamento. Mas então eu vi você há poucos minutos se movimentando feito uma sombra pelas pessoas, voltei à alternativa dos vampiros. –Disse Clary observando o garoto que permanecia imóvel, no mesmo lugar e de volta com as mãos no bolso da frente do moletom.

– E ainda mantém esse pensamento caçadora? – Perguntou ele todo condescendente.

Clary o olhou mais atentamente, deu um pequeno sorriso e o respondeu.

–É claro que não.. Feiticeiro – Disse Clary e no mesmo momento o ser encapuzado se assustou.

– Mas como? – perguntou ele espantado, não conseguia acreditar que conseguiram descobrir isso.

Clary deu um sorriso vitorioso, como se tirar a face tranquila e amigável do ser na sua frente fosse um objetivo alcançado.

–Muito simples feiticeiro. – Disse Clary parando de olhar a espada e olhando agora para o garoto. – Você acabou de me dizer.

A face do garoto que antes estava espantada e confusa, agora estava completamente vermelha de raiva.

– Se você se acha tão esperta caçadora, por que não tente se livrar disso – Disse ele tirando as mãos do bolso e na mão direita tinha um pedaço de madeira.

Clary não conseguiu identificar o objeto até ele encostar-lo nos lábios e Clary ouvir um som melodioso. Uma flauta.

Clary olhou para ele perplexa, mas algo dizia à garota que algo estava para acontecer, algo grande estava para acontecer.

No momento em que Clary pensou isso ela só ouviu “latidas”. No instante seguinte se virou e se deparou com uma cena no mínimo assustadora.

Um grupo de 7 demônios raveners estava na saída do beco bloqueando a passagem para fora e sedentos por sangue. Pelo sangue de Clary.

A melodia que o feiticeiro tocava teve uma mudança e um tom agudo se fez presente. No instante em que Clary ouviu isso soube exatamente o que significava para seus oponentes.

“Ataquem”.

E pode apostar todas as suas libras nisso, eles atacaram.

Acredite raveners não são difíceis de matar, mas há sempre a exceção da regra, e essa exceção é eles atacarem todos juntos e em sincronia.

Clary se movimentava rapidamente e com graça e sabedoria, quando o grupo dos 7 vieram atacar Clary juntos logo ela achou estranho, gritou o nome Katara que no instante se acendeu em chamas fortes e brilhantes. O fogo celestial junto com o poder dos anjos fazia de Katara a melhor lamina serafim que existia.

Clary só precisava encostar katara no demônio que ele virava pó, mas depois de um tempo fazendo isso Clary percebeu que já tinha matado mais de 7 demônios e que os que ela matava agora eram demônios Yanluo e Clary sabia que com esses ela teria que tomar muito cuidado.

Clary continuou lutando, não chegava nem perto de se cansar, mas sabia que estava perdendo tempo.

Em um certo momento da luta ela centralizou o fogo celestial eu sua mão esquerda e queimou uma fileira de demônios ali presente, mas continuava aparecendo mais e mais e Clary não sabia por quanto tempo iria dar conta, até que um demônio raum atacou Clary, que desviou, mas logo foi atacada por outro raum que estava a espreita para atacá-la, um de seus tentáculos perfurou seu ombro direito de Clary que resmungou um:

“Maldito feiticeiro”

No segundo em que Clary resmungou seu olhar passou de divertido para nervoso. Ela segurou Katara com mais força e se virou para onde o feiticeiro estava. Clary estava completamente cercada de demônios de todos os tipos e de todas as classes, fossem eles demônios maiores ou não.

Na sua frente Clary conseguia ver o demônio maior Agramon o demônio do medo que não fazia diferença nenhuma em Clary, pois a ruiva tinha inventado anos antes uma runa de destemor que nunca saiu de seu corpo e a impede de ter medo em qualquer momento de sua vida. Ao seu lado ela conseguia ver dúzias de demônios aracnídeos.

Clary em um momento parou de contar, sabia que todos os demônios próximos estavam ali, devia ter mais de 30 demônios e isso era um numero bem ruim para qualquer caçador de sombras, podia se dizer que pela primeira vez em muito tempo, Clary corria risco de vida.

No momento em que ela viu a quantidade de demônios ali presentes ela só conseguiu focar em uma pessoa. O feiticeiro.

Esse foi o ultimo pensamento coerente e ciente de Clary, depois disso quem observava de fora só via um flash de fogo no meio dos demônios.

Clary correu em direção aos demônios que estavam no caminho do feiticeiro. Ela cortava suas cabeças ao meio ou simplesmente as decepava, naquele momento os demônios sentiram medo, pois Clary era muito rápida, era mal vista, ela se misturava e atacava, sua espada era o único flash de luz ou vida presente. Clary atacava sem piedade, quando chegou a Agramon olhou em seus olhos e em vez de enxergar seus próprios medos enxergou os dele, e ela sabia o que era. O demônio lento demais não pode fazer nada, ele assumiu a própria forma, a nevoa e foi dissipada do mesmo jeito, tudo isso se passou apenas em uma fração de segundos e quando acabou Clary já estava com katara na boca enquanto seus braços estavam pegando fogo, ou melhor, envolta do Fogo Celestial.

Com katara na boca Clary estava cortando a barriga de todo demônio que encontrava e assim encostando a mão aos próprios os sentia virarem pó, afinal é o fogo dos anjos que os toca.

Em fração de segundo Clarissa já tinha passado a barreira de demônios que a cercavam e largado seu rastro de destruição chegando à frente do feiticeiro que estava tocando de olhos fechados.

A vontade de Clary era de matá-lo, mas seu acordo com a Clave a impedia. As feições de Clary estavam tão duras que parecia que seus dentes poderiam quebrar a espada que estava em sua boca a qualquer momento.

Não demorou nem um segundo a observação de Clarissa ao feiticeiro e um demônio ravener mordeu o ombro de Clary com tanta força que poderia ter arrancado um pedaço se o sangue de Clary não tivesse o fogo celestial.

Mas o veneno estava lá, junto com o veneno de raum e de vários outros demônios que a morderam ou a cortaram. Poderiam não estar mais vivos, mas seus venenos já estavam fazendo efeito em Clary. Ela só tinha poucos minutos antes de desmaiar, então simplesmente arrancou a flauta da mão do feiticeiro e a partiu ao meio jogando os 2 pedaços no chão.

Clary olhava nos olhos do feiticeiro, o olhar da garota não aparentava nada mais do que raiva, seus olhos brilhavam um dourado intenso e doentio que se misturava ao verde. O feiticeiro assustado deu um passo para trás tropeçando em uma caixa de lixo que estava no chão.

Clary achou que o feiticeiro estava com medo dela, mas não poderia estar mais enganada.

Quando o feiticeiro ergueu a mão e apontou para trás Clary viu o medo do feiticeiro e se não, o dela próprio.

Todos os demônios que estavam voltados para ela antes, agora estavam em uma massa amontoada e bagunçada com o olhar assassino mais evidente, todo o controle e coordenação que Clary havia visto minutos antes haviam sumido e tudo que restava dos demônios de poucos minutos era a mesma vontade de matar e destruir, porem agora, estavam completamente descontrolados.

Clary se virou e viu o feiticeiro ajoelhado no chão com os pedaços da flauta nas mãos tentando de alguma forma junta-las.

Clary olhou para os demônios que ainda estavam no aglomerado tentando de alguma forma sair.

“Tão burros, mas tão letais”, pensou Clary.

Clary com Katara ainda na boca a soltou, a espada caiu perfeitamente no chão, fazendo um tilintar ao perfurar o asfalto, Clary sabia que tinha alguns minutos antes deles conseguirem se orientar.

Clary se virou agora com as faces sérias, chutou a mão do feiticeiro que tentava inutilmente juntar as 2 partes da flauta, e quando ele levantou a cabeça para reclamar, Clary chutou seu queixo.

O feiticeiro que estava ajoelhado agora estava caído no chão, seu olhar era assustado e ele sabia o que aconteceria a ele agora. Sabia que os dois, tanto a caçadora quanto o feiticeiro, morreriam.

E ele sabia que a variante disso tudo seria a forma que morreria, ou pelos demônios ou pela caçadora. Só não sabia qual seria.

Quando ele olhou para a caçadora teve certeza de qual seria o seu fim, pelos demônios. A caçadora estava completamente mutilada, arranhada, mordida, perfurada e por algum milagre ainda viva, mas ele sabia que não por muito tempo, afinal uma hora os venenos teriam que agir.

Clary olhava com certo nojo para o feiticeiro, não que ela odiasse o povo do submundo, mas ela odiava que mexia com demônios.

E mais uma vez Clary sentiu vontade de matar o feiticeiro. Mas não podia, seu dever era protegê-lo, nem que isso custasse a sua própria vida.

E seria isso que a garota iria fazer.

Depois de Clary encarar o feiticeiro por alguns segundos Clary notou que o barulho e a confusão estavam cessando. Sabia que não tinha mais tempo, e no momento tudo que ela tinha era Katara e um peso morto que era o feiticeiro.

Em uma decisão bem pensada Clary pegou o feiticeiro pela gola da camisa e o puxou até ele ficar de pé. O olhar era confuso, mas Clary ignorou.

Quando chegou há parede do canto Clary jogou o feiticeiro que caiu no chão com um olhar assustado e com algo que Clary soube identificar como um momento de dignidade pela morte que se expressa em um único pensamento.

“Posso morrer, mas não sem lutar”.

E quando o feiticeiro mexeu a mão direita para lançar um feitiço contra Clary, a garota simplesmente quebrou a mão do feiticeiro com um chute, aproveitando o momento de fragilidade do outro para se ajoelhar e fazer umas runas no chão.

Quando Clary acabou, o feiticeiro estava preso em uma jaula de fogo.

A runa que Clary havia acabado de desenhar era uma das favoritas da caçadora, aquela runa se chamava “carcere umbrae” ou traduzida em português, “prisão de sombras”. Essa runa feita nos lugares certos era capaz de prender habitantes das sombras, naturalmente quem descumpre as leis da Clave e do Pacto, em qualquer lugar que desejar. Inicialmente Clary fez a runa simplesmente por fazer, sabia que em algum momento de sua vida iria precisar da jaula para si própria então a criou. Mas com o tempo foi a usando cada vez mais freqüentemente, não para si própria, como era a idéia original e sim para prender demônios e seres do submundo descontrolados.

Mas essa runa era especial para Clary, só Logan sabe da existência dela, e mesmo assim nunca a usa. A runa mal aplicada pode matar quem quer que esteja dentro ou até fora da prisão. As chamas eram de algo que não se comparava em nada há humano, demoníaco ou até mesmo angelical e mesmo assim, era impossível de se apagar aquele fogo que agora queimava do chão há um teto desconhecido prendendo o feiticeiro.

Clary olhava orgulhosa para seu trabalho, naquele momento sabia que nem ela, nem os demônios poderiam matar o feiticeiro.

E essa conclusão trouxe a Clary uma satisfação que só pode ser conquistada quando a garota sabe que nada que a tocar a partir daquele momento poderá machucá-la, a não ser, ela mesma.

No primeiro passo Clary se viu fraquejar. O veneno já estava a incapacitando. Seu corpo estava agüentando bem até agora, mas a garota sabia que não agüentaria pra sempre.

Andando lentamente Clary pegou Katara que estava encravada no chão. Segurou a espada com a mão esquerda, e na direita a garota colocou uma adaga.

O caos que os demônios haviam criado para si próprios havia terminado, os poucos minutos que Clarissa tinha se foram, junto com sua chance de fugir com o feiticeiro se quisesse.

O caos de antes não era nada se comparado a agora. Antes de algum modo era contido e organizado. Agora era tudo uma completa confusão. O sangue de Clary fervia, fervia tanto que em algum momento a garota começou a brilhar mais do que o normal.

Clary sorriu, havia tempos em que não via o brilho na própria pele. E quando o brilho se tornou intenso até mesmo para os olhos da caçadora, ela fechou os olhos e fez o que qualquer outra pessoa chamaria de suicídio, ela começou a lutar.

Nessa altura os demônios já estavam sentido o cheiro nephilin que estava escondido com o cheiro dos próprios e começado a atacar Clarissa.

O feiticeiro olhava tudo aquilo com um ar de admiração e medo. Sua mão quebrada o incomodava, mas mal se importou. Os movimentos de Clary nada mais eram pra ele do que um vulto. Mas ele conseguia enxergar perfeitamente a garota nesse vulto, e tudo que ele via, ele jamais esqueceria.

Em poucos minutos de luta Clary já havia queimado quase todos os demônios que estavam pertos. Ela parecia um demônio, o mais perfeito deles. Para o feiticeiro a caçadora parecia Lúcifer, A estrela da manha. O feiticeiro nunca havia visto Lúcifer, mas havia ouvido historias, e nelas nenhuma imagem nunca mais se encaixaria, a não ser a da caçadora.

Clary lutava com vontade, seus movimentos eram calculados e precisos, nada que os demônios ou renegados fizessem seria capaz de pega-la a tempo. Mas eles, mesmo burros, sabiam que estavam em vantagem, seus números eram muito altos para apenas uma caçadora.

Clary em toda a batalha não parou de pensar em táticas ou estratégias para acabar com todos eles de uma vez.

“Será que eles simplesmente não podem voltar para onde vieram?” Clary pensou.

E ao terminar o pensamento a caçadora vislumbrou uma runa completamente negra e disforme, mas muito poderosa. Quando Clary há viu sorriu, um sorriso seco e ácido, e naquele momento em nada a garota parecia com um filho de anjo que deveria ser e nenhuma descrição soaria tão mais perfeita do que um demônio, ou só talvez o anjo mais perigoso da terra.

Quando Clary vislumbrou a runa, abriu os olhos, no instante seguinte corria em direção a entrada do beco onde estava e lançou a adaga em um demônio próximo, pegando sua estela em seguida, e fez tudo que ninguém mais faria, ela parou.

Simplesmente parou.

O coração da garota estava agitado, mas o brilho do fogo havia diminuído. Clary se agachou em forma de reverencia, cabeça baixa, joelho direito no chão e ombros caídos.

Ao seu redor mais de 50 demônios iam ao seu encontro, não esperando o segundo em que iriam matá-la, enquanto a garota parecia somente permitir.

Então Clarissa começou a contar.

5

4

3

2

1

E em uma velocidade assustadora Clarissa fez a runa que havia acabado de criar no chão há sua frente.

E nada que Clary pudesse imaginar se compararia a real capacidade de sua runa.

Tudo que aconteceu foi em uma fração de segundos. Aos pés de Clary havia um buraco negro e a sua frente não havia mais nada, somente o cheiro de demônios que invadiu o beco mostravam que tudo que havia acontecido era real.

Aos poucos o buraco foi diminuindo até simplesmente não existir mais nada e a caçadora já ajoelhada se deixou cair no chão.

Suas forças haviam se esgotado, a runa havia tirado todo o resto de energia que Clary tinha, e assim olhando uma ultima vez para o feiticeiro que estava na jaula, a caçadora que estava com gosto de sangue na boca, apagou, com a ironia e o gosto amargo de que precisará de uma outra lamina afinal.


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Notas finais do capítulo

Claro que terá uma continuação, ela precisa chegar logo ao instituto de NY não é mesmo?
Sinto desaponta-las, mas terão que esperar mais um capitulo, já que preciso de mais 1 para mostrar o que aconteceu depois dela ter apagado.. E gentee que corrida foi aquela da caçadora com o feiticeiro??
kkkkkkkkkkkkkk'
Só no proximo pra descobrir e só outro depois dele para vcs verem afinal o Herondale ...
Bom agradeço de novo a recomendação de vcs esse é o melhor obrigada que posso dar, sinto muito adiar a história um pouco mais, mas achei que seria necessário, não achei que foram só recomendações, achei que foi um grande incentivo para mim e aprecio isso.. Obrigada de verdade...
E até o próximo que ainda sera dedicado a vcs meninas ><
Até o proximo que vou tentar não demorar >.



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