Perdidit Memoriis escrita por Gabriely Giovanna


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeyyyyyyyyyyyyy Meu poooovvvvvooooooooo!!!
Sumi, eu sei, mas as férias começaram e maanooooo minha inspiração ta a mil kkkkkk'
Desculpe a demora e tals, mas eu preciso agradecer a recomendação da guria Julie Frost... Muito obrigada !!!! >< Esse capitulo é pra todo mundo que lê essa bagaça ... Mano essas sete mil setecentas e cinco palavras são pra vcs !!!!
Exagero? Sim!
Mas cara, ainda não ta nem na metade 3:) :3
Boraa lerr povo !!!!!
Até lá embaixo >



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POV Clary

Esses 2 últimos dias se passaram lentamente, como se o universo quisesse que eu ficasse em Nova York por mais tempo, coisa que eu não duvidava.

1 dia atrás encontraram uma fada morta com o sangue completamente drenado, oficialmente dizem que é obra dos vampiros, mas eu e a Conclave sabemos que foi Emil e Samuel.

Desde o dia na casa do feiticeiro eu e Malik nos vimos muito. Primeiro porque eu preciso me acostumar com essa idéia de trabalhar em grupo e segundo porque ele nunca trabalhou em uma missão comigo e eu preciso me mostrar confiável, lógica e sensata. Não daria certo essa missão se ele pensasse que eu deixaria a vida dos outros em risco pra salvar a minha e vice versa.

Nesses 2 dias táticas de batalha foram formadas, Malik acha prudente termos mais caçadores conosco. Eu pelo contrário acho que colocar mais vidas em risco não é necessário, mas como ficamos em um impasse eu resolvi dar um voto de confiança e deixá-lo formar 2 grupos de caçadores.

Os 2 grupos teriam 3 integrantes. Malik lideraria um e eu deveria comandar o outro.

Nesses 2 dias tenho formado táticas de batalha onde não haja a menor chance de algum caçador que não seja eu, saírem mortos ou feridos.

Durante meus anos de treinamento e de missões, nunca deixei um caçador de sombras morrer, a maioria das vezes era porque eu não trabalhava com mais ninguém, mas sempre que era preciso, no final nenhum ferimento sequer era encontrado em cada caçador.

Nesse momento estava no apartamento de Malik, especificamente no quarto que ele cedeu para me preparar para a batalha.

O quarto era simples, porém espaçoso. Tinha a parede bege claro, como os lençóis da cama e a cabeceira. O guarda-roupa era branco e havia uma penteadeira com um espelho tamanho médio. Não havia janela o que deixava o quarto mais escuro.

Desde o dia em que eu o avisei da missão decidimos manter sigilo absoluto, mantendo-a sob segredo até mesmo de Alarick que com toda certeza iria querer participar e isso implicaria riscos. O que Maryse pensaria se ele do nada se preparasse para uma batalha sem nem sequer uma hipótese de ataque em qualquer lugar que fosse e mesmo se a Clave pudesse providenciar isso ele teria que levar os outros moradores do instituto e isso não poderia acontecer.

Nesses 2 dias além de todo o processo da missão ainda tive que suportar uma Isabelle reclamando do namorado que havia a deixado de lado para ficar jogando vídeo game com um amigo e coisas assim. Na maioria dos momentos eu simplesmente a deixava falar e pensava nos melhores modos de batalha, mas do mesmo jeito era um saco, ela não parava de falar um segundo e quando parava era pra jogar uma almofada em mim alegando que eu não estava prestando atenção.

Sebastian havia me chamado para treinar com ele, mas eu recusei, e isso pareceu deixar ele um pouco chateado, mas eu tinha marcado uma reunião com Malik e não podia me atrasar. Jace estava me evitando e Rick estava me pressionando pra saber se eu havia dito a verdade sobre a morte da vampira, chegando ao ponto de me ameaçar falando que ia chamar o Logan, mas eu não tenho tempo pra jogos então o ignorei e voltei focar na missão.

Há poucos minutos eu havia saído do banho e já havia colocado a maior parte do uniforme.

Olhei para o colete em cima da cama, ia o pegar, mas pensei melhor. Eu precisaria de liberdade nos meus movimentos e o colete não me daria isso, sem contar que seria um peso extra.

Coloquei o coldre em X nas costas e peguei meu par de falcione recém afiados. Katara já estava embainhada e eu estava com um típico uniforme de caçadores. Camiseta preta fina, uma calça preta com um material resistente que nunca soube qual é e a bota preta com o bico de prata disfarçado com graxa e com os cadarços de fio de electrum.

Meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e runas e mais runas estavam espalhadas em meu corpo, as runas de calma e controle estavam em grande quantidade no abdômen e coxas, sem contar as marcas de agilidade, silencio, força, destreza, diligencia, entre outras, todas faziam parte dessa natureza de se marcar.

Me olhei no espelho e eu estava pronta, daqui a poucas horas a missão começaria.

Respirei fundo, verifiquei minhas armas, minhas runas, minha estela no bolso direito e estava pronta.

Saí do quarto em direção a cozinha onde sabia que encontraria Malik, precisaríamos discutir os últimos arranjos da missão.

Meus passos eram silenciosos e sorrateiros, mas assim que cheguei à cozinha Malik levantou um pouco o pescoço em reconhecimento a minha chegada.

— Clary. — Me cumprimentou sem se virar.

—Malik. — Falei de volta o observando.

Malik estava sentado em uma cadeira de costas pra mim afiando uma lamina serafim, em cima da mesa havia vários tipos de adagas e facas. Ele trajava seu uniforme de caçador e ao contrario de mim, ele escolheu usar o colete. Seus braços já estavam repletos de runas e pelo que parecia ele já estava pronto.

—Os caçadores estarão aqui daqui a 40 minutos. — Informou Malik — Achei melhor chamá-los aqui, assim explico o plano para eles decidirem se colocaram suas vidas em risco ou não. — Completou levantando o olhar e olhando em meus olhos.

—Certo — Concordei achando sensata a atitude dele. — Mas preciso te lembrar para não quebrar a única lei que te impus Malik ou serei forçada a quebrar seu pescoço. — Falei indo em direção a cadeira e me sentando, o caçador estava com um olhar assustado. — Ninguém sabe que eu existo, sou só uma história, um mito e isso não será mudado até eu decidir. — Completei com um rosto sério e ameaçador.

—Tudo bem Clarissa, já disse que pode confiar em mim e se eu falar algo duvido que um pescoço quebrado vá ser o maior dos meus problemas — Falou irônico se referindo à como a Clave agiria se ele contasse.

Dei um riso de escárnio e ficamos em um silencio desconfortável que foi quebrado por Malik que falou subitamente.

—Mas estou curioso, sempre ouvi várias historias sobre você, e sempre com nomes diferentes — Falou rapidamente, o olhei interrogativamente e ele logo tratou de continuar— Quero dizer, será que devo te chamar de demônio ruivo ou de Lynx, também tem Fenrir e Red Angel, não? — Perguntou Malik citando alguns dos meus nomes no submundo.

Dei uma risada e me levantei indo para a geladeira e pegando uma garrafinha de água logo voltando à mesa.

—Me chame do que quiser Malik, o nome que me dão realmente não me importa de qualquer maneira. — Conclui com um tom levemente ameaçador, não estava pra brincadeira nem bajulações, eu tinha muito trabalho a fazer e pouco tempo pra concluir.

POV Malik.

Já haviam se passado exatamente 50 minutos, Clarissa já havia ido embora e 5 dos melhores e mais confiáveis caçadores de Nova York estão aqui, lado a lado, esperando minhas ordens.

Os 5 caçadores – Ziff, Adrian, Ronny, Dilan e Fábio – já estavam devidamente equipados e preparados para a batalha.

Ziff é um cara ruivo, baixo, gordo e zangado clava, Adrian é um cara alto, forte, e tem um ótimo senso de justiça e liderança espada, Ronny é um cara de altura média, uma estatura física normal para qualquer caçador, cabelos pretos e um completo babaca, não leva nada a sério e tira os outros do sério 2 facas, Dilan é um cara alto, muito magro e altamente perigoso e Fábio é um cara grande grisalho e com uma terrível cicatriz no olho direito causada por um lobisomem soco inglês com facas dos lado e na mão . Olhando de longe não se encontra nada que os ligue, nada que os faça parecidos, mas olhando de perto vai encontrar um brilho distinto no olhar de cada um, todos ali dariam suas vidas um pelo outro, e isso os torna os melhores para essa missão.

No momento em que entraram percebi que dariam suas vidas por essa missão se necessário, todos ali tinham plena consciência de quem estávamos atrás e todos ali queriam justiça.

E nesse exato momento estava repassando o plano para eles.

— Vocês vão se dividir em 2 grupos. — Comecei a falar, minha voz era séria e passava confiança. — Dilan e Fábio vocês virão comigo no primeiro grupo. — falei olhando para os 2 que deram um leve aceno com a cabeça. — Ziff, Adrian e Ronny vocês são o segundo. —Os 3 se encararam brevemente e um olhar de cumplicidade passou entre os 3 que se viraram pra mim e acenaram. — Adrian eu quero você liderando. — Adrian deu um ligeiro aceno com a cabeça, ele não esperava o contrário.

— Agora quero que prestem muita atenção. — Falei com a voz firme e um olhar severo — Essa missão é muito importante, Jia está furiosa, já perdemos muitos de nós para esses 2 vermes. Vocês seguirão todas as minhas ordens, sem hesitar, sem pestanejar e sem pensar 2 vezes. Se eu mandar vocês irem, vocês VÃO, se eu mandar sair, vocês SAEM. — Falei com raiva alterando um pouco a voz. Era assim que eu devia lidar com eles. — Estamos de acordo? — Perguntei agora com um sorriso frio.

Nenhum deles falou nada, nem um movimento de cabeça, mas mesmo assim eu sabia que estavam de acordo, sabia que podia contar com eles.

— Muito bem então. Vamos ao plano. — Falei. — Adrian assim que o feiticeiro sair você e seu grupo vai entrar no prédio e vão direto para o apartamento. Entrem no quarto, lá encontraram um quadro completamente em branco na parede oposta ao guarda-roupa. Quero que tire esse quadro e abra a fenda na parede, lá encontrara grimorios. Assim que você os pegar saiam do apartamento, provavelmente em pouco tempo aparecerá alguns renegados ou demônios, nada que vocês não possam lidar caso apareça. — Eles deram um olhar confuso, mas nada disseram.

— Dilan e Fábio, vocês vão comigo na formação triangulo, nunca saindo da formação, não quero ninguém tentando bancar o herói. Segundo grupo assim que vocês pegarem os grimorios esconda-os e sigam-nos, mandarei uma mensagem de fogo assim que tiver a localização exata... Se caso nos alcançarem a distancia mínima é de 50 metros e quero que vocês vão pelo telhado. Qualquer barulho que fizerem vai por a vida de todos nós em risco. Todos entenderam? — Perguntei sério encarando cada um dali.

—SIM! — Todos gritaram ao mesmo tempo.

Assim que gritaram recebo uma mensagem de fogo, não preciso nem olhar pra saber que é de Clarissa. Dou um sorriso de canto.

— Ótimo, porque é hora de ir. — Falei saindo do apartamento com todos os outros atrás de mim.

Que Raziel nos proteja, pedi silenciosamente.

POV Clarissa.

Eu estava no telhado do prédio e já haviam se passado 1h40min desde que eu saí do apartamento de Malik, fazia 30 minutos que Malik e os outros haviam chegado e nesse exato momento o feiticeiro estava saindo do prédio e entrando em um carro preto, parecendo um mafioso.

“Nada sugestivo” pensei revirando os olhos.

Meus sentidos estavam apurados, mas eu me mantinha calma. Eu sentia que a adrenalina da batalha estava lá, mas não passava de uma fagulha. Era como se a qualquer momento eu fosse entrar combustão.

Olhei para o táxi e ele estava dobrando a esquina, dei uma leve olhada para o prédio e vi os 3 caçadores entrando no apartamento.

Franzi um pouco as sobrancelhas, não estava acostumada a ver pessoas fazendo meu trabalho.

Olhei para o lugar onde o taxi estava há poucos segundos e segui, pulando de telhado em telhado ignorando o fato de que ha 20 metros atrás está Malik com mais 2 caçadores me seguindo e que mais 3 estavam no apartamento. Ignorando um sentimento estranho que se espalhava em meu âmago e me forçando a focar na missão.

POV Adrian.

Toda essa missão era estranha e não era só eu que estava pensando isso.

Começando com o fato de mandar os 3 melhores caçadores para um apartamento para pegar uns grimorios, coisa que poderíamos fazer depois da missão ou se fosse tão importante mandar somente 1 de nós.

Depois tem essa coisa da formação triangulo que só é usada para defesa, o que te faz pensar, “Se Malik está na frente para o ataque, porque uma formação em defesa?”

E ainda tem essa coisa de só irem 3 caçadores atrás dos atuais desertados mais procurados da Clave. Era suicídio!

Na realidade ninguém entendia nada, mas ninguém questionaria Malik, todos ali tinham plena confiança nele, todos sabiam que ele não nós mandaria para a morte certa.

E se tivesse algo que ele não estava contando, não seríamos nós que perguntaríamos.

Eu, Ziff e Ronny estávamos subindo as escadas do prédio. Passamos pelo hall tranquilamente com há runa de glamour que nos tornava invisíveis e estávamos bem tranqüilos com a nossa parte da missão, quase relaxados.

Quase. Não entendíamos o porquê de tanta precaução, não era necessário 3 caçadores para pegar alguns livros em um apartamento vazio, na realidade eu já estava pensando que Malik estava sendo burro, ele deixou os 3 melhores fora de combate, sem motivo aparente, sem informação e isso me irritava como o inferno.

Depois de subirmos os 4 andares chegamos ao apartamento. Fiz uma runa na porta e logo ouvi um “click” que mostrava que a porta estava aberta.

Abri sem o menor cuidado sabendo que não havia ninguém ali dentro. A porta fez um rangido alto, mas não me importei. A sala estava meio bagunçada, mas não havia ninguém lá.

— Bom meninos se divirtam olhando por ai e colhendo mais informações enquanto eu vou para o quarto pegar os tais grimorios que Malik falou. — Falei fazendo um gesto com os braços para mostrar o espaço. — Não demorem, ainda quero participar da festinha que Malik está nos privando. — Concluí os olhando e dando um sorriso sacana, logo me virando e indo procurar o tal quarto.

Havia 2 portas, a primeira era o banheiro que estava com um cheiro horrível e estranho de enxofre, logo fechei e fui em direção a outra porta que estava fechada.

Tudo aconteceu em câmera lenta, assim que girei a maçaneta a porta se quebrou e eu bati contra a parede oposta à porta recebendo um grande hematoma nas costas e apagando momentaneamente acordando em poucos segundos com um rugido assustador.

Estava meio zonzo, minha cabeça doía, parecia que eu havia sido atropelado por um carro, mas sabia que eu não tinha tido essa sorte.

Com dificuldade levantei a cabeça e me arrependi no mesmo instante. Saindo do quarto havia 3 demônios cegos, com aparência de lagarto com dentes no lugar dos olhos e com uma boca com presas gigantes pingando veneno. De primeira os reconheci.

Demônios Ahiabs.

POV Clary.

Surpreendentemente o carro não parou em um galpão abandonado como é de costume nessas ocasiões. Na verdade o lugar em que estamos é completamente diferente do esperado.

Era um teatro, velho, um pouco acabado, mas não abandonado. Na verdade dava até pra sentir a presença de pessoas que iriam ali para ver peças teatrais. Era como qualquer teatro na verdade, tirando uma coisa bem curiosa, em vez de ter um telhado normal como com um caimento para a água ou reto como uma laje, ele tinha uma cúpula.

Eu não fazia idéia da nossa localização, mas sabia que estávamos muito afastados da cidade. Depois de um tempo seguindo o carro parei de tentar ler as placas. Tive que me preocupar mais em me manter escondida já que depois de um tempo as construções passaram ha ficar mais velhas.

Provavelmente se eu continuasse no telhado acabaria caindo dentro de uma casa por ter pisado em uma telha velha e quebrado tudo.

Olhei para o carro e vi o feiticeiro saindo de lá. Ele olhou ao redor meio apreensivo e entrou no local, dava pra ouvir de longe seus batimentos cardíacos, ele estava nervoso.

Eu estava há uns 30 metros de distancia entre eles, mas minha visão era perfeita, até demais.

Peguei um papel no meu bolso junto com minha estela e enviei uma mensagem de fogo para Malik. Ele não podia entrar até eu ver o que estava acontecendo e lidar com a situação.

Colocando meu treinamento e experiência de anos em ação, rapidamente e cautelosamente dei uma olhada na construção. Essa é a primeira regra, reconhecimento de local. Possíveis entradas, saídas de emergência e tudo que puder ajudar a não ser morto.

Uma coisa sobre construções públicas é que precisam dar segurança ao seu público e qualquer tipo de assistência, o que por um lado bom significa que tem muitos lugares para se entrar e sair, pelo lado ruim: se tem muitos lugares para se entrar e sair.

No total são 4 portas, entrada principal, saída principal, entrada dos fundos e a saída de emergência, e todas vigiadas com demônios com estaturas maiores que as portas que logo reconheci como demônios escorpiões.

São as coisas mais “lindas” do mundo, têm dentes como agulhas quebradas pingando veneno, a cauda é longa e farpada, rosto enrugado e sem contar a velocidade, eles te matam sem você nem perceber de onde o golpe veio.

Todo caçador de sombras torce para não encontrar uma dessas coisinhas já que são letais, principalmente em grupo, mas por motivos pessoais pra mim eles são especiais.

O primeiro demônio que eu matei era um escorpião. Nada de extraordinário, mas de certa forma especial, nenhum caçador esquece o primeiro demônio que matou, seja ele qual for.

No total eram 6 demônios, 2 na entrada principal, 2 na saída de emergência, 1 na saída principal e o outro na entrada dos fundos, sem contar alguns escondidos pelas redondezas e com certeza mais uns 15 lá dentro, isso seria eu sendo otimista.

“Será uma festa e tanto” pensei divertida.

Olhei ao redor e já sabia exatamente o que fazer. Manter Malik ocupado em uma batalha aqui fora enquanto eu entrava e dava um jeito nas coisas. Os 3 conseguiriam lidar com 6 demônios escorpiões, iria ser difícil pra eles, mas não impossível e se o 2 grupo chegar no tempo estimado eles sairiam sem nenhum arranhão.

Mas isso era só uma probabilidade, e a melhor no momento. Se eu deixar Malik e os outros entrarem tem 90% de chance de serem todos mortos e esse numero não era nem de perto aceitável.

Eles estragariam tudo assim que pisassem lá dentro.

Peguei um pedaço de papel e a minha estela e escrevi outra mensagem de fogo para Malik avisando sobre os demônios e mandando eles se prepararem.

Escrevi outro bilhete que seria a ordem de ataque e o deixei pronto em mãos para o momento certo.

Andei ao redor em uma distancia de 25 metros procurando um método de entrar sem chamar atenção.

Em um primeiro momento não consegui achar um método pratico e rápido para fazer isso sem precisar matar um demônio. Até que olhei atentamente para a parede a minha frente. Estava coberta de uma folhagem que davam até o topo da cúpula. Trepadeiras.

Resmunguei baixo. Olhei ao redor do seguimento da trepadeira e encontrei uma janela quebrada um pouco abaixo do topo da cúpula. Era perfeito.

Me esgueirei pelas sombras até chegar a parede, logo em seguida comecei a escalar. Os galhos estavam velhos, secos e quebradiços, mas era tudo o que eu tinha.

Cheguei à janela e apurei os ouvidos tentando perceber algum movimento no local. Não havia nada.

Coloquei a mão esquerda no parapeito da janela e me impulsionei levemente para testar a resistência. Não era tão forte, mas se eu fosse rápida conseguiria atravessar a janela.

Me impulsionei, segurei o parapeito com as duas mãos e como um gato me empurrei para dentro da janela trocando a posição das mãos do parapeito para a parte de cima.

Mais tarde agradeceria a Raziel por eu ter tido a noção de fazer isso se não eu teria tido uma queda de mais de 17 metros.

Não havia um chão ali. Fiquei segurando a parte de cima da janela e puxei meu corpo pra cima, sentando no parapeito da janela. Sem barulho algum. Olhei ao redor e vi minha sombra, a luz da lua me deixava muito exposta.

Olhei para o lado e encontrei uma viga que atravessava a cúpula, era perfeito. As sombras dominavam aquela parte e daria para se esconder perfeitamente.

Saltei como um gato não fazendo barulho algum e me posicionei.

Dava para ver o palco dali. Havia uma luz no centro do palco, e eu olhava essa luz esperando o ator entrar para o espetáculo começar, era assim que eu me sentia, como uma espectadora.

Só tinha uma diferença, os atores já estavam lá.

Emil Pangborn e Samuel Blackwell saíram daquelas cortinas, acompanhados do feiticeiro Ladriel.

Dava pra ver de longe que Ladriel estava nervoso, sua expressão era assustada e seus batimentos estavam fortes. Já Samuel estava ansioso, e Emil estava impaciente.

Assim que entraram percebi que o feiticeiro estava com uma mochila nas costas e assim que chegou ao local se ajoelhou no chão e começou a tirar as coisas de dentro dela.

Havia velas vermelhas, um saco com algum tipo de metal esfarelado, tinta em spray e uma garrafa com um líquido viscoso e vermelho que tenho certeza que é o sangue da fada morta.

Assim que vi todos aqueles ingredientes entendi o que iria acontecer. Parece que meu querido feiticeiro está tentando fazer uma invocação, e ele não quer invocar um demônio menor.

POV Ladriel

Eu estava em uma encruzilhada, não havia saída.

Ou eu os ajudava ou eu perdia a minha garota, era isso.

Eu sou burro, BURRO, muito burro. Eu deveria saber que uma hora algo iria acontecer, mas eu não queria que fosse isso.

Eu agüento qualquer tortura, eu sou Imortal, eu agüento qualquer coisa. Mas ela não, ela é só uma vampira que pode muito bem ser morta com um pouco de sol ou fogo.

Olhei para meus equipamentos e comecei a trabalhar, se eu começasse a enrolar muito Samuel não iria poupar forças para me fazer trabalhar.

Peguei a tinta spray preta e comecei fazendo o círculo do pentagrama, depois a estrela e ao redor os símbolos.

Samuel estava do meu lado carregando a coisa que me manteria vivo e Emil estava com o celular conversando com alguém, o som que se propagava dava pra ser ouvido até pelo lado de fora do teatro.

”—Sim mestre, o feiticeiro já esta começando... O bastão está conosco... Não se preocupe mestre, está tudo sob controle... Até mais mestre”

Ignorei Emil e voltei a prestar atenção no meu trabalho. Peguei as velas vermelhas e as coloquei uma em cada ponta da estrela do pentagrama. Com um estalar de dedos as velas se acenderam e eu me levantei.

Peguei o saco que havia pó do metal mercúrio e comecei a jogar em um círculo na parte interna do pentagrama.

Assim que acabei limpei as mãos no jeans, eu precisaria delas limpas pra terminar tudo isso.

Viro pro lado e encontro Samuel me encarando com raiva, respirei fundo e estiquei a mão, Samuel meio hesitante me deu o objeto que ainda estava coberto com o manto de couro que rapidamente desembrulhei e o segurei.

O poder que emanava era enorme, eu sentia como se eu pudesse dominar o mundo só com isso, e com certeza eu poderia. Qualquer feiticeiro que tivesse pelo menos um pouco de conhecimento sobre o nosso mundo saberia que objeto é esse, simplesmente pelo poder que saia dele, preenchendo todo o local.

Eu estou nesse exato momento segurando o bastão de Hazel.

Muitas poucas pessoas o conhecem por esse nome, na verdade hoje em dia seu nome popular é varinha mágica.

Mas eu me recuso a chamar assim porque na realidade esse é o único objeto que realmente deve ser chamado de bastão de Hazel. Esse simples bastão é um dos itens mágicos mais poderosos do mundo, sem contar que é o primeiro item mágico de toda a história.

Esse é o bastão de Moisés. Ou mais conhecido como cajado. O maior motivo para o cajado ter se tornado um bastão é porque como vemos na bíblia o cajado é transmorfo, o que significa que ele pode mudar de aparência.

Respirei fundo e me concentrei, não poderia divagar nesse momento, qualquer erro poderia custar à morte da única família que eu tenho.

Olhei para Samuel e coloquei o bastão em sua mão novamente, instantaneamente seus olhos foram para o objeto e ele começou a admirar. Era realmente belo, parecia feito de ouro envelhecido.

Balancei a cabeça para dissipar os pensamentos e apalpei meus bolsos até que senti algo no bolso direito. Coloquei minha mão e tirei o anel de prata o colocando no meu dedo médio da mão esquerda.

Respirei fundo e me concentrei.

Peguei o pote onde havia o sangue da fada morta e o abri com a boca logo despejando o liquido viscoso na minha mão direita.

O sangue me fazia ter enjôo, mas era preciso.

Me sentei no chão em frente ao círculo fechando os olhos e comecei a recitar um cântico tão antigo quanto os próprios humanos, sua entonação precisava ser perfeita, mas eu não me importava, conhecia essa cântico, já nasci sabendo, era minha segunda língua, era meu trabalho, era o que me fazia possível.

Assim que o cântico já estava no fim dei um sorriso abrindo os olhos. Eu estava no meio do universo.

POV Ronny.

Assim que entramos Adrian nos mandou vasculhar o local enquanto ele pegava os tais grimorios.

Todos nós sabíamos que tinha algo errado, mas somos fieis a Malik, então ninguém iria falar nada.

Olhei ao redor e fui pra sala enquanto o Zé bolinha (Ziff) ia pra cozinha.

Comecei olhando as estantes e encontrando uns jogos bem loucos de ps4 lá. Encontrei umas revistas pornôs, uma caixa com camisinhas, sujeira, comida estragada em todo canto e um bando de coisas inúteis, se eu não soubesse da existência dos grimorios diria que ele é só mais um ser humano comum.

Me entediei com aquilo tudo e resolvi encher o saco da bolinha de fogo indo diretamente pra cozinha.

—E ai Madimbu achou alguma coisa? — Falei entrando e o encontrado sentado na mesa mexendo em um notebook.

Ziff levantou a cabeça pra mim e seu rosto estava vermelho de raiva o que me fez rir.

—Cala a boca seu moleque inútil antes que eu separe sua cabeça de seu pescoço com a porra do meu machado. — Rosnou com muita raiva.

—Pode tentar se quiser, mas cuidado pra não rasgar essa capa de caminhão que você chama de calça — Falei rindo vendo ele se levantar pegando seu machado gigante com muita facilidade vindo para atacar enquanto eu já estava com minhas facas em punho.

Mas quando íamos dar o primeiro passo para o ataque...

BOOM!!

Por um segundo não conseguia escutar nada, um apito fraco se instalou em meu ouvido e mesmo sem perceber eu havia me jogado no chão e Ziff também, em milésimos de segundos já estávamos de pé novamente.

Olhei pra Ziff que me olhava também com a mesma pergunta silenciosa e um olhar preocupado, sabíamos que essa porra de missão já estava começando a dar merda e que Adrian estava fodido.

Sem nenhum de nós falar nada corremos até lá e nos deparamos com um Adrian desmaiado na parede e 3 demônios ahiabs indo pra cima dele sem dó.

E então a diversão começou.

Saquei minhas facas e corri de encontro ao que estava indo pra cima de Adrian.

O corredor que estávamos era largo, mas não era nem de perto um bom lugar para se lutar. Ziff em algum momento entrou na minha frente e 2 deles o interceptaram, mas Adrian ainda estava em perigo e para ajudar agora tem 3 mamutes na minha frente interceptando caminho.

Só havia um jeito.

—Torça pra eu não morrer seus filhos da puta que me criaram porque eu vou infernizar vocês tanto no céu quanto no inferno. — Falei correndo o mais rápido que pude e pegando impulso deslizando por debaixo daqueles malditos gordos e quase tendo a cabeça esmagada no processo.

Levantei e olhei pro meu corpo, estava em perfeitas condições.

—Aaaah moleque.. Cade meus aplausos?? E a torcida?? Ronny! Ronny!Ronny!— Cantava fazendo a dancinha da felicidade.

Assim que parei me lembrei de onde estava e corri de encontro com Adrian que no momento levava um bom gancho de direita de um lagarto gigante.

No momento em que o demônio ia dar outro soco fui de encontro cortando suas patas/braços.

Na hora seu sangue espirrou em meu rosto queimando um pouco com o contato e tanãa quase que meu pescoço é arrancado por culpa do lagartão.

— Lagarto feio, muito feio — Falei apontando o dedo que quase foi arrancando no processo.

Nessa brincadeira o demônio já havia esquecido completamente de Adrian e focado em mim, o que por muitos lados era muito bom, mas por outro.. Eu acho não.

Pensa comigo, eu não posso chegar pra família no natal e falar pra minha avó que esse ano só teve umas lagartixas atrás de mim, ela iria ficar decepcionada.

Isso não é uma coisa legal pra falar pra avó. Se ainda fossem umas cachorras tipo uns ravener, ela relevava, mas lagartixa é foda.

A cada ataque do demônio eu esquivava dando um passo pra trás fazendo se afastar mais de Adrian e me aproximar mais da parede, estava concentrado na minha batalha e havia esquecido Ziff, até que o ouço.

—Demônios imundos! Filhos da puta! Eu vou fazer vocês virarem pó e vou dar pra vadia da mãe de vocês cheirar. — Ziff não gritava, ele rugia e a raiva dele era tão perceptível que até eu fiquei com medo.

Eu realmente não queria estar no lugar daquele ahiab. Nem perto dele se possível.

Parei de brisar e me concentrei na lagartixa a minha frente que vinha pra cima com tudo. Olhei pra onde eu estava e resolvi que já era hora de contra atacar, minhas facas estavam em punho e dei um paço pra frente o cortando no peito desviando logo em seguida de uma dentada e assim com as duas facas cortando seu pescoço o chutando no peito enquanto o via virar pó.

Olhei para Ziff que mesmo nunca indo admitir ou pedir ajuda estava com sérios problemas.

Os 2 demônios o encurralaram na parede e ele quase não conseguia mais desviar dos ataques.

Ambos os demônios estavam de costas e eu, o herói que sou, resolvi ajudar a feia e gorda donzela em perigo.

Corri de encontro ao demônio e dei um salto logo dando uma apunhalada da lagartixa, mas isso não pareceu nem fazer cócegas no lagartão e com um impulso eu fui jogado contra a parede. O impacto fez com que minha faca caísse e acabei ficando desarmado logo sendo atacado por um lagarto de quase 2 metros de altura.

Naquele momento o demônio perdeu qualquer interesse que tivesse em Ziff e vinha pra cima de mim como se eu fosse a ultima coca do deserto.

Em um ataque a lagartixa gigante prendeu as garras na parede do apartamento e tanãa, segundo depois eu estava com a minha faca em punho logo chutando as costas da lagartixa gigante o fazendo ir de encontro com a parede.

—Uiii. Me chama de lagartixa e me joga na parede. —Brinquei não conseguindo evitar e logo encravando minha faca do lado esquerdo de seu pescoço segurando a minha outra lamina que ainda estava presa do lado direito e me impulsionei pra cima ficando nos ombros do ahiab, logo tirando as duas facas de seu pescoço e em um movimento rápido fazendo uma cortar seu pescoço e a outra encravar em seu coração

—Desculpe por partir seu coração, mas sabe, nunca daria certo entre nós, não sou homem de uma lagartixa só. — ironizei enquanto o demônio evaporava e eu consequentemente acabei caindo com um baque no chão do apartamento.

Estava deitado no chão e olhei para o lado rapidamente. Ziff estava dando o golpe final no demônio que sobrou. Seu machado encantado brilhando como céu descia rapidamente cortando o demônio ao meio.

Ziff respirava descompassado e sua expressão era de raiva e alerta, como se estivesse esperando mais algum pra matar, coisa que todos nós estávamos.

Olhamos um pra o outro vendo se estávamos bem logo constatando que sim. Me levantei e fui de encontro a Adrian que ainda estava caído no chão desmaiado.

Cheguei mais perto e agachei colocando o dedo em seu pescoço pra ver se ele estava respirando.

Senti a pulsação e dei um suspiro aliviado logo ouvindo outro em seguida de Ziff que também estava preocupado.

Olhamos um para o outro e cada um pegou um lado de Adrian que ganiu de dor.

Logo o colocamos no chão de novo ele precisava acordar.

— Acorda vadia, você precisa dançar pra mim. — Falei dando um tapa na cara dele e via ele acordando logo em seguida em alerta.

Ele parecia desorientado e levemente assustado, mas assim que nos viu relaxou.

— Os demônios? — Perguntou fracamente.

—A gente deixou eles passar pra eles explodirem outras portas. — Respondi irônico levantando e o deixando no chão.

Olhei pra Ziff que estava com um olhar de que iria me matar a qualquer segundo eu simplesmente ri irônico e fui até o quarto no fim do corredor. Estava cauteloso, afinal poderia ter mais demônios por aqui.

Assim que cheguei vi que só permanecia o cheiro de enxofre e putrefação, delicia.

Olhei ao redor e logo encontrei o quadro branco, tirei o quadro e vi o bloco logo o tirando e avistando os grimorios falados.

No total eram 4, nunca os tinha visto antes, mas não me importei, só queria sair daqui logo.

Assim que voltei Adrian estava com os braços se apoiando em Ziff que o levava para a sala.

Os segui silenciosamente, não tinha mais saco pra isso, só queria terminar isso logo e ir para uma festa qualquer, transar com uma fada e ser caçado pela eternidade, isso é tudo que eu quero da minha vida, fiz uma cara sonhadora.

Ziff sentou Adrian no sofá e eu coloquei os grimorios em cima da mesa a frente deles e sentei esparramado na poltrona.

Ziff estava com um mau humor do caramba enquanto eu sorria pra tudo aquilo, coisa que estava irritando perceptivelmente Adrian.

— Precisamos avisar Malik sobre o que aconteceu. As coisas saíram de controle por aqui, você poderia ter morrido Adrian. — Ziff falava com raiva para Adrian.

— Não vamos incomodar Malik, ele deve estar em condições piores que a nossa. Vamos seguir o plano. — Disse Adrian cansado e ainda um pouco atordoado. — Vocês vão encontrá-lo enquanto eu fico com os grimorios e os mantenho em segurança. — Disse tentando parecer convincente e decidido.

—Você quebrou algo?— Perguntei já não gostando dos caminhos que esse plano está seguindo.

—Sim Ronny, por isso não vou. Seria só mais um peso extra. — Falou Adrian um pouco amargurado. — Quero pedir desculpas, fui descuidado e quebrei minha costela. Coloquei tudo em perigo inclusive a vida de vocês, minhas sinceras desculpas. — Falou Adrian com ombros caídos face triste e olhando para o chão.

— Tranquilo. Eu e o Zé gotinha demos um jeito na situação. — Falei condescendente colocando os pés na mesa.

—Cala a boca seu inútil e prova pra todo mundo que você é um viado enfiando sua boca esperta em um lobisomem — Terminou de falar já vindo pra cima de mim, Adrian só deu um suspiro enquanto eu pulava do sofá que foi rapidamente estraçalhado pelo machado.

Peguei minhas facas e fui pra cima dele colocando meus braços pra cima e prendendo o machado antes que pudesse descer e me cortar ao meio logo dando um chute no peito o afastando e consequentemente deixando Ziff muito mais nervoso.

Dei um sorriso de canto enquanto ele vinha pra cima novamente, mas fui mais rápido desviando de novo e ouvindo um zunido conhecido logo dando um passo para trás enquanto sentia uma leve ardência no meu braço direito.

Assim que olhei pra frente vi Ziff caído no chão e Adrian atrás dele meio agachado com as mãos no joelho com aparência cansada.

— Ziff, definitivamente você engordou. — Falou Adrian sentando no sofá dando um suspiro audível.

Eu e Ziff devíamos estar com a maior cara de taxo de todas porque logo Adrian começou a rir que nem uma hiena.

Adrian estava quase chorando de tanto rir e eu ainda estava parado no mesmo lugar com a mesma cara e do mesmo jeito. Quando ia me sentar vi um papelzinho se formando de um fogo na frente de Adrian que logo parou de rir e ficou sério.

Olhei para Adrian que encarava o papel muito seriamente e segui para perto para ler sendo seguido por Ziff.

Assim que cheguei perto o suficiente Adrian levantou o olhar e me entregou o papel, nele tinha um endereço e uma mensagem.

“Preciso de ajuda. Agora. – Malik”

Não precisei nem olhar pra Adrian pra saber que já deveríamos ter partido há muito tempo.

Olhei pra Ziff que deu um leve aceno com a cabeça e sem falar um “A” saímos do apartamento indo em direção ao local deixando um amigo fe rido e indo atrás de uma nova batalha.

POV Malik

Estávamos há aproximadamente 50 metros do teatro.

Já havia recebido uma mensagem de fogo de Clarissa onde ela avisava sobre os demônios e para nós ficarmos preparados.

Dilan e Fábio estavam sentados em uma tora de arvore caída no chão esperando pacientemente meu comando.

Mas mal sabiam é que eu estava esperando o comando de outra pessoa para poder atacar.

Olhei para o céu já ficando impaciente.

Olhei para os 2 e decidi me aproximar mais do teatro.

—Levantem-se, vamos nos aproximar — Falei sem olhar pra eles seguindo caminho silenciosamente.

Dilan e Fábio seguiram silenciosamente atrás de mim.

45 metros.

40 metros.

30 metros.

20 metros.

15 metros.

E então um tilintar no chão.

Olhei para trás com raiva tendo certeza que foi um dos 2, e vejo Fábio pegando desajeitadamente uma adaga do chão.

Já estava pronto pra dar uma bronca nele quando uma mensagem formada de fogo paira no ar. Há peguei rapidamente. Só havia uma palavra.

Ataquem”

Olhei para os garotos e logo entenderam.

Dilan e Fábio pegaram suas armas e se juntaram a mim e andamos mais 10 metros encontrando uma boa posição.

Dilan rapidamente colocou a corda no seu arco feito de adamas logo posicionando a seta e Fábio posicionou sua besta.

O plano era abater o maior numero de inimigos sem sermos detectados e depois ir para um combate de frente.

Dilan e Fábio ficariam com o combate a distancia e eu os cobriria, dando qualquer tipo de assistência e proteção que precisarem.

Olhei para os 2 com um olhar significativo e ambos responderam ao mesmo tempo com um leve aceno da cabeça, afirmando que já estavam prontos.

E então um grito.

Uma brisa leve passou trazendo consigo um gosto peculiar de ferro e sal.

Vampiros, e não eram poucos.

Olhei para Dilan e Fábio que sabiam exatamente o que estava acontecendo e logo chegaram mais perto ficando em formação.

Peguei rapidamente minha lâmina serafim e sussurrei seu nome fracamente.

—Galadriel.

E então um barulho muito forte de passos, pessoas correndo e em pouco mais de 1 segundo estávamos cercados pelo menos 15 vampiros e sem trocar uma palavra eles começaram a nos atacar.

De primeira um grandão com olhar entediado e prezas mais afiadas que minha espada se lançou para cima de mim, desviando por pouco da minha lamina e me derrubando no chão prendendo meus braços com uma força impressionante e me impedido de me mexer.

Logo em seguida ouvi um grito vindo de Fábio e uma voz desconhecida se pronunciou.

—Não os matem idiotas, eles não são nossos alvos.

Com essa pequena distração deu uma cabeçada no vampiro o que o deixou desorientado tempo suficiente para mim trocar nossas posições o deixando por baixo e quase afundar minha lamina em sua garganta, porém ele desviou fazendo com que a lamina só arrancasse um pedaço de sua orelha.

Mas eu já estava preparado pra isso e logo uma adaga de prata e adamas estava em seu pescoço pronta para cortar a jugular e talvez o decapitar de uma vez, até que eu ouço uma voz.

— Acho melhor não fazer isso caçador ou seus companheiros morrem.

Viro minha cabeça de vagar sem perder o aperto no pescoço do vampiro e vejo Dilan e Fábio com alguns ferimentos no rosto e uma faca pressionada no pescoço de cada um.

Olhei para o vampiro embaixo de mim que permanecia com a face entediada e em um só movimento tirei a adaga de seu pescoço e a derrubo no chão.

Assim que a faca tocou o a grama um vampiro me puxou pela gola da camisa me fazendo ficar de pé e pressionando uma faca em meu pescoço.

Olhei ao redor e Dilan e Fábio estavam com uma carranca irritada e um pedido de desculpas silencioso rodeava a mente de nós 3.

Olhei para o vampiro que eu quase matei há poucos segundos e ele já havia se levantado seguindo para um canto.

— E então, o que vão fazer conosco se não vão matar? — Perguntei com uma expressão neutra e sem demonstrar nada na voz.

Todos eles olharam para um vampiro ruivo de olhos azuis que tinha uma espada em seu cinto, um olhar sério e expressão corporal imponente. Ele devia ser o líder.

—Desarmem, os amarrem e os apaguem. — Ele ordenou sério, olhando nos meus olhos como se estivesse me estudando. — E façam rápido, já estamos atrasados. — Terminou seguindo para um canto e deixando os outros fazerem o trabalho.

Os vampiros fizeram o trabalho direitinho, não deixando se quer uma arma em meu corpo, logo em seguida nos amarrando na árvore que tinha ali.

Assim que os vampiros terminaram olharam um na cara dos outros e saírem de lá indo para um canto falar com o líder.

— Malik, estela, baixo, bota. — Sussurrou rapidamente Dilan que estava do meu lado direito.

Olhei para ele rapidamente e acenei de leve a cabeça.

Se Malik havia falado da estela é porque ele conseguia pega-la e eu o mandei faze-lo.

Assim que a estela estava em mãos ele me passou discretamente e mais discretamente ainda eu peguei um pedaço de papel que havia preparado para emergência e coloquei uma runa nele.

Logo devolvendo a estela para Dilan, que me encarou sem entender, mas eu simplesmente ignorei, olhando em direção aos vampiros que voltavam com algo nas mãos e um olhar determinado.

Assim que eles estavam perto o suficiente eu pude definir que o objeto era uma seringa. Os 3 agacharam nas nossas frentes, sem olhar nos nossos olhos por mais de um segundo injetaram algo no meu pescoço.

Segundos depois me senti apagar.

Instituto de Nova York – POV Rick

Já devia ser a milésima vez que olhava para a janela aquela noite. Nunca havia me sentido tão inquieto.

Nenhuma ligação sobre movimentação demoníaca, nenhuma fada reclamando sobre raveners no seu quintal, nenhum lobisomem metido em encrenca e nem mesmo Raphael ligou hoje para ver se já havíamos marcado a reunião para julgar Clarissa.

Clary.

Há 2 dias vem me evitando e pelo que parece a todos do Instituto.

Ninguém a vê chegar e muito menos sair. Ela não almoça conosco, não toma café, não janta.

Ela poderia estar morta que nenhum de nós saberia.

E pelo que eu sei, ela pode muito bem estar em qualquer lugar do mundo agora.

Olho mais uma vez na janela e não percebo nada mais uma vez. A noite esta perfeitamente calma e pacifica.

Levanto da cadeira e me afasto da mesa da biblioteca indo para a lareira que estava estranhamente acesa deixando o ambiente quente demais para o tempo lá fora.

Me virei mais uma vez para a janela até que algo me chama a atenção.

Uns 30 centímetros acima da minha mesa um pequeno papel queimava.

Rapidamente sigo até a mesa e pego a mensagem de fogo.

“Me desculpe – Malik.”

Em um instinto rápido decido olhar o quadro com o mapa da cidade de Nova York que me mostra qualquer atividade demoníaca fora do comum.

E foi então que eu percebi um pontinho laranja bem no canto do mapa, em uma parte bem afastada da cidade, nada muito especial ou preocupante, mas uma atividade demoníaca incomum.

E então de laranja foi para vermelho, mostrando uma movimentação demoníaca muito maior do que o normal ou esperado.

Clary.

— Que saco. — Gritei da biblioteca.

Olhei para um aparelho em cima da mesa, ele me permitia chamar todos os integrantes do instituto em uma só voz, sem nem precisar sair da biblioteca.

Apertei o botão e falei. — Quero TODO MUNDO na biblioteca em 10 minutos e prontos para combate. — Falei ríspido.

10 minutos depois Jace, Alec e Sebastian aparecem na biblioteca prontos para combate assim como eu mandei.

— Cadê a Izzy? Eu mandei estarem todos aqui, sem exceção. — Falei irritado.

— A Izzy saiu com o namorado, acho que ela não volta hoje. — Respondeu Alec meio sem graça e espantado já que não me via irritado com frequência.

— Em cima da mesa está o endereço. — Apontei para o lugar e Sebastian pegou o papel calado.

Olhei para cada um deles. Alec olhava pra baixo meio envergonhado por eu ter o repreendido, Jace estava com aquela cara entediada de sempre e Sebastian mantinha a sua face séria de sempre com uma leve preocupação que suspeito ser pra mim.

— Venham aqui, de frente pra mim. — Falei ainda sério.

Todos eles deram um passo ficando na minha frente.

Olhei para cada um nos olhos e os abracei e todos os 3, inclusive Jace, retribuíram.

— Voltem vivos. — Ordenei os soltando com a voz séria.

Com um leve aceno com a cabeça eles saíram para o endereço ordenado.

Após eles saírem peguei meu celular e disquei para um numero a qual há tempos eu nem sequer pensava

— Alô?! Logan. Eu sei que faz algum tempo, mas encontre Clary. Acredito que ela está ficando fora de controle.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ae?
Como foi?
Foi legal?
Foi bosta?
Comentem U.u
Não mordo não, juro!
Mas então, tive que dividir em 2 essa pequena batalha, pois ficou grande pra burro e ia passar das 15 mil palavras, entãaaaoooo...
Até o próximo
Que podem apostar, vai ter ação pra caralhooooo !!!!
Depois prometo colocar um pouco de romance meninas :3
Bjão e FIQUEM VIVAS hsuahsuahsuahsuahs'
Xau U.u



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