Perdidit Memoriis escrita por Gabriely Giovanna


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Heeeyyy
Desculpem a demora
Começou as aulas e eu como uma boa aluna tenho que focar U.u
Esse capítulo não tem muita coisa, meio parado
Mas o próximo que sai em breve vai ter ação e pah kkkkkk'
Boa leitura >



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Assim que sai do Instituto recebi uma mensagem de Malik com o endereço do feiticeiro de East Village.

“Hotel Hampishire Brands. East Village. 20 1st Avenue”

Peguei a moto e sai em disparada. Manhattan não era longe, mas eu já não tinha a sorte das sombras. A noite seria o momento perfeito para pegar o feiticeiro e extrair qualquer informação que eu precise.

Mas por hora eu não preciso enfrentar o feiticeiro.

Tudo em uma missão é à base da discrição. Se ninguém sabe da missão, ninguém vai te atrapalhar.

Existem vários meios de se conseguir informações, e quase nenhum deles você precisa necessariamente se apresentar ou ter algum vinculo com o portador da fofoca. Como foi o meu caso e o do Magnus.

Nesse caso eu já tenho um nome e um endereço, eu poderia simplesmente bater na porta do feiticeiro e o torturar para conseguir a informação.

Seria realmente mais fácil, mas acarretaria conseqüências que prejudicariam a missão.

Se eu torturar o feiticeiro, eu vou precisar matá-lo depois, por que eu não vou estar protegida pelas leis do pacto. Com a morte do feiticeiro eu vou ter no máximo mais 2 ou 3 dias para encontrar os 2 seguidores de Valentin. Se Emil e Samuel estão envolvidos com um feiticeiro (Ladriel), e ele ainda está vivo, é porque com certeza eles estão usando o feiticeiro para algo, e se ele morrer, eles vão concluir que estão atrás deles e desaparecer novamente do rastro da Clave.

Sem contar que o feiticeiro pode não ter informação nenhuma, o que acabaria com toda a missão.

O primeiro passo é esperar e observar. Se eu passar o dia observando Ladriel eu vou saber aonde ele vai, e qual seus hábitos. Depois disso vou invadir sua casa e vasculhar. Caso eu não encontre nada, coisa que é quase impossível, eu procuro outros métodos, só em ultimo caso uso a tortura e morte para conseguir algo.

Já estava pilotando fazia quase 30 minutos, por sorte não tinha muito transito.

Cheguei ao local pouco mais de 10 minutos depois e observei. Rua pouco movimentada, local até calmo em comparação que há uma avenida do lado. Lojas em tudo quanto é lugar e um restaurante no fim da rua.

O hotel devia ter 10 andares. A cor era de um marrom avermelhado. Considerável. 450 dólares o aluguel de um quarto. Nada demais.

Olhei em volta. Precisaria descobrir em que quarto o feiticeiro está. Estacionei a moto alguns metros antes do Hotel e depois entrei.

Havia um senhor na recepção. Ele me olhou e deu um sorriso simpático.

— Posso ajudar?— Perguntou o senhor que estava com um uniforme azul.

— Claro. Saberia me dizer se Ladriel Portland está hospedado aqui? E se estiver em que quarto está? — Perguntei igualmente simpática.

Não havia motivos para ser grossa com o senhor e com certeza não conseguiria nada se eu o tratasse mal.

— Me desculpe moça, mas não posso dar essa informação para a senhora. É contra as normas. — Respondeu com uma cara de pena.

O encarei por algum instante e peguei 5 notas de 100 dólares. O senhor arregalou os olhos e ficou vermelho.

—Moça guarde esse dinheiro, não quero que pense que falei não porque queria dinheiro, claro que dinheiro é bom, mas em momento algum o pedi.. — Falava o senhor desesperado.

O olhei divertida.

— Se acalme senhor, não estou tentando te comprar. — Respondi ainda divertida. — Mas eu acredito que esse tipo de informação só pode ser fornecida a hospedes certo? — Perguntei com um sorriso.

— Sim sim, mas não precisa..

— Claro que preciso. — Respondi séria — Não vou atrapalhar o trabalho do senhor e nem o colocar em qualquer problema. Agora vamos e me de um quarto — Pedi com uma voz leve e que deixou o senhor um pouco vermelho e agradecido.

— Não precisa não moça. Já que foi tão simpática com esse pobre velho vou te passar a informação que quer. Acredito que não fará nenhum mal ao senhor Ladriel. — Respondeu o senhor com um olhar tranqüilo e agradecido.

Poucas pessoas deveriam o tratar tão bem, pensei amargamente.

O senhor logo pegou um livro velho e grosso e procurou o nome do feiticeiro. Em algum instante forçou a vista e então se lembrou de colocar os óculos. Dei um sorriso divertido que logo se transformou em uma careta quando vi os óculos sem uma perna do pobre velho.

— Huuum deixe-me ver... Aah, aqui está.. Ladriel Portland, 4 andar apartamento 12. — Me informou o senhor levantando a cabeça para me olhar.

—Muito obrigada senhor. — Respondi agradecida. — Só mais uma coisa. Ladriel esta em casa? — Perguntei distraidamente.

— Não moça. Senhor Ladriel saiu faz 1 hora +/-. — Respondeu o senhor ainda com um sorriso simpático.

— Obrigada senhor — Agradeci novamente deixando o dinheiro em cima do balcão. — E fique com o dinheiro, é um presente, não um pagamento. Compre óculos novos. E por favor, não avise ao senhor Ladriel que passei aqui — Conclui vendo o senhor concordar com a cabeça e seguindo em direção as escadas rumo ao 4 andar.

Existe um fato interessante nas escadas de qualquer prédio ou edifício. Elas nunca são monitoradas. Existem câmeras no saguão, hall de entrada, elevadores, corredores, mas nunca nas escadas.

Não há necessidade usá-las já que existem elevadores. E isso é a maior vantagem que se pode ter.

Depois nos corredores você só precisa escolher ângulos em que as câmeras não te peguem.

Assim que subi os 4 andares fiquei na espreita esperando alguém passar. Mas não havia ninguém saindo ou entrando de seus apartamentos. Fui em direção ao quarto 12 e com a minha estela abri a porta me dando ao trabalho de ficar de costas para todas as câmeras e não me virar na hora de fechar a porta.

Olhei ao redor e o apartamento estava um lixo. Caixas de pizzas jogadas no chão, junto com roupas sujas e garrafas de cerveja.

Respirei fundo e fui dar uma varredura na casa para ver se tinha alguém. O apartamento era pequeno e bagunçado. Havia um banheiro que por algum milagre estava limpo. Um quarto sem cama, só um colchão no chão, um guarda-roupa e um quadro na parede, a sala com uma tv, um vídeo game e um sofá velho. A cozinha tinha uma pilha de louça suja e a geladeira só tinha comida congelada, havia um forno microondas e uma mesa que tinha um notebook em cima.

Não havia ninguém na casa. Olhei novamente em busca de saídas fáceis e bons esconderijos caso alguém pudesse chegar.

Olhei ao redor e tinha a janela da sala, a janela do quarto e só. Fui em direção a janela e vi que tinha escadas de emergência. Perfeito.

Peguei minha estela e coloquei runas de silencio, agilidade, força, equilíbrio e umas 3 runas de calma.

Olhei o relógio 10h00min. Fui em direção a notebook e liguei. Se houvesse algo útil naquela bagunça, estaria ali. Assim que ligou abri a pasta “meus documentos” e comecei a procurar qualquer indício de atividades estranhas.

Achei algumas pastas com imagens de demônios maiores. Belial, Behemont, Lúcifer, Lilith. Todos os dados eram de pesquisas feitas na internet.

Abri o Google Chrome e entrei no Histórico. As últimas pesquisas eram sobre demônios menores e seus poderes.

Abri meu e-mail rapidamente e passei todos os dados que o feiticeiro tinha no seu computador para o meu e-mail e os sites de pesquisa acessados por ele.

Continuei vasculhando por um tempo e não havia encontrado mais nada. Desliguei o computador e apaguei o histórico das minhas pesquisas e do envio de dados.

Parei pra pensar. Se ele é um feiticeiro ele tem um Grimorio. Me levantei da cadeira e fui em direção ao quarto.

Abri o guarda roupa e comecei a vasculhar para ver se achava algo. Mas não havia papel ou livro algum ali dentro. Só roupas. Levantei o coxão do chão para ver se encontrava algo, mas não havia nada. Olhei ao redor e o quadro me chamou atenção.

“É claro”, pensei colocando um sorriso.

Fui rapidamente até a parede oposta ao guarda roupa e tirei o quadro do lugar. Não havia nada pintado no quando, era completamente branco. Assim que tirei consegui ver um perfeito quadrado na parede.

Empurrei o lado direito com a quantidade certa de força e o bloco de cimento saiu me mostrando 4 grimorios, as capas eram de couro com as cores marrom, verde, vermelho e preto. Todas as capas eram velhas e gastadas.

Peguei todos os grimorios e comecei a tirar fotos com o celular. No primeiro havia anotações de feitiços, rituais e encantamentos. Comecei a tirar foto de tudo antes de alguém chegar.

E foi só o pensamento me ocorrer que eu começo a sentir a presença de 2 pessoas. Parei o que estava fazendo e apurei meus ouvidos. A chave estava sendo colocada na porta.

Peguei os grimorios e os coloquei novamente no buraco na parede o fechando com a pedra e colocando o quadro branco na frente.

Assim que acabei a porta foi aberta e eu já havia pulado a janela com silencio e agilidade sentando tranquilamente na escada de emergência.

Fechei os olhos e deixei meu treinamento me dominar. Minha audição misturada com meu instinto.

Senti a presença do feiticeiro Ladriel rapidamente logo em seguida identificando uma energia desconhecida, mas tinha a certeza de que era um vampiro.

Ouvi a televisão ser ligada e o vídeo game depois. Barulhos de tiro ecoavam a casa. Ninguém se deu ao trabalho de vir ao quarto. Risadas, xingamentos e gritos eram ouvidos.

—Vai se foder Simon. Para de ser bixa e joga direito. — Falou o feiticeiro.

Até que o barulho do telefone começou a tocar. O jogo foi pausado, as risadas e o barulho cessados, um sentimento de apreensão começou a se apresentar no interior do feiticeiro e o de confusão no vampiro que se chama Simon.

“Simon... Já ouvi falar desse nome antes”, pensei distraidamente.

A voz no telefone era tensa, o clima mudou, não era mais divertido.

—O que quer? — Atendeu ríspido —... Okay— Respondeu a uma pergunta—... Sei disso... —Afirmou Ladriel com raiva. — Mas tão cedo?— Perguntou indignado... — Tudo bem... —Pausa. — Sei onde fica... — Respondeu afirmativamente — Eu já sei Samuel... — Disse ríspido. — Desculpe... — Falou com tom humilde — Estarei ai... — Afirmou— Daqui a dois dias? — Perguntou o feiticeiro— Não precisa se preocupar, eu estarei ai... — Confirmou com uma raiva mal contida — Como se eu pudesse esquecer... — Terminou de falar Ladriel desligando o telefone.

Silencio e então Ladriel manda o vampiro Simon embora, o vampiro confuso vai sem falar nada.

Abri os olhos e me levantei encostando na parede ao lado da janela cruzando os braços, impossibilitando que alguém me visse. Alguém como Ladriel. Após a saída do vampiro foi direto ao quarto tirando o quadro e pegando os grimorios.

Fiquei ali encostada na parede durante algumas horas. Em nenhum momento o feiticeiro sentiu minha presença. Em alguns momentos ele recitava cânticos em latim, provavelmente para efetuar feitiços, em outros ele simplesmente xingava e socava a parede.

Sem mexer à cabeça olhei para o sol constatando que eram 15h00min.

“Se passou um bom tempo desde que cheguei”, pensei distraidamente.

Fiquei atenta aos movimentos dentro da casa e percebi que agora o feiticeiro não se encontrava mais no quarto.

Resolvi ir embora, tinha o suficiente por hoje e não podia passar muito tempo sem dar noticias.

Dei uma breve olhada para os 3 andares abaixo e pulei. Aterrissando perfeitamente no chão. Olhei para cima e vi que nada havia mudado.

Andei rapidamente até minha moto e parti para o instituto. Tinha 2 dias até o feiticeiro se encontrar com Samuel.

Daqui a 2 dias minha missão acaba.


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Notas finais do capítulo

Meio parado
Me desculpem pela demora
O próximo posto em breve
Até ^^



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