Senhorita Jackson. escrita por Luana Bankersen


Capítulo 7
Capítulo 7: E ser vitorioso é muito mais do que conseguir uma medalha de ouro.


Notas iniciais do capítulo

TONIGHT WE ARE VICTORIOUS!
He-ey!
Capítulo novo, finalmente!
Motivo do atraso: minhas provas de Vestibular que é pra ensino médio (diz que).
Entãaaaaaao. Vocês vão achar o contexto de história desse capítulo bem desnecessário, porém, ele é muito mais do que necessário.
Esse capítulo marca o final da primeira parte de Senhorita Jackson.
E o que isso significa? Que vocês vão começar a me odiar.
Bem, dedico esse capítulo a todos vocês que estão comigo desde o primeiro capítulo acompanhando essa jornada em direção à vitória (QUE). E também dedico a Líbna que mora no meu coração.
Sem mais delongas, SÓ VAI.



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Sentir dor é o que nos mantem vivos. Um dia eu ouvi alguém dizer isso e achei engraçado. Quem diabos iria querer sentir dor para provar que está vivo? Hoje essa frase parece ter sentido. Se a vida fosse calma e sem problemas, não teria motivo algum para viver. Você precisa de obstáculos para conseguir vencer. E ser vitorioso é muito mais do que conseguir uma medalha de ouro. Dar tudo o que você é quando isso é tudo o que você tem ou entregar o Inferno para tirar um gosto do Céu, jogar-lhes uma amostra do seu veneno para provar seu valor ou mostrar-lhes o quão é louco; isso é ser realmente vitorioso.

Porém, alcançar a vitória talvez signifique sofrer para conquistar, e sofrimento é o que sinto todas as vezes que me recordo dos erros horríveis que cometi. Quando penso sobre tudo o que aconteceu, toda a dor volta, e eu sinto como se meu coração estivesse sendo atravessado por uma faca, como se eu estivesse esperando para morrer, para quando a dor passa e eu posso ser livre. Mas a dor não passa. Ela parece ser eterna.

Essa dor que eu sinto por não ter a Senhorita Jackson ao meu lado agora poderia ser comparada a dor de sentir meus pulmões sendo queimados. Eu falhei, e meus olhos foram amaldiçoados. A cada palavra sinto-me como se libertasse uma parte de minha alma, mesmo que as coisas que estou a escrever sejam exageradas e façam-me parecer um psicopata.

Pareço solitário? Eu consigo ver as sombras que cobrem o meu rosto quando olho-me no espelho. Talvez eu tenha perdido peso e por isso as pessoas tendem a dizer que eu estou diferente. Tenho essas esperanças fracas de que ninguém perceba o quão mal eu ainda estou por causa do sumiço de Jackson. Não suporto fechar meus olhos, pois sei que ela vai estar lá quando eu o fizer. O sorriso dela faz com que eu perceba o quão mal ela me fazia e ainda faz. Nesse caso, estar triste é melhor do que superar. Superar me faz sofrer mais do que viver em minhas lembranças, e eu não tenho coragem de apagar as coisas que vivi com ela.

A verdade é que as pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas, e eu me apaixonei por uma estranha que me fez perder a cabeça.

Acordei sentindo-me consumido pela ressaca da noite anterior. Estava tonto, mas olhei ao redor. Eu estava deitado na minha cama, nu. Virei meu rosto para o outro lado e vi um amontoado de cabelos louros saindo debaixo do cobertor. Annanda dormia tranquilamente ao meu lado, e eu me odeio por não lembrar-me de absolutamente nada. Oh céus, eu nunca tinha me sentido tão apaixonado e confuso; eu me lembrava da noite inteira, mas nada do que aconteceu depois do nosso beijo adocicado vem a minha mente.

Senti a dor de cabeça forte me atingir e soube que precisava tomar um pouco de água para clarear minha mente. Do meu lado direito havia um copo d’água que eu não me recordo de ter deixado lá, peguei-o e bebi o líquido que ele continha. Já sentado na minha cama, eu passei minhas mãos pelo cabelo. Eu preciso tomar um banho. Levantei-me e fui cambaleante até meu armário, escolhi minhas roupas e peguei uma toalha. Dei uma última olhada para Jackson e percebi que ela sorria enquanto dormia. Perguntei-me se ela sorria por minha causa; eu me sentiria feliz se pudesse fazê-la sorrir até o final de nossas vidas. Seus cabelos estavam bagunçados e seu rosto estava completamente sem maquiagem; ela tinha olheiras e parecia bem cansada. Mas eu a amava e ainda a amo de qualquer jeito. Ela é linda para mim e sempre será. Meu amor nunca perderá a intensidade.

Decidi parar com meus devaneios por um momento. Fui até o banheiro e coloquei minhas roupas sobre a pia. Encarei minha imagem abatida no espelho por um segundo e concluí que, apesar de Spencer saber escolher bebidas muito bem, as consequências que elas trazem são terríveis. Annanda não vai estar nada bem quando acordar. Dirigi-me ao chuveiro, liguei-o e fechei os olhos. A água entrou em contato com a minha pele e eu me senti libertado. Logo eu estarei bem.

Enquanto tomava meu banho, recordei-me de vários dos motivos que me levaram a querer ser músico. Quando eu ouvia uma música da qual gostava na TV, eu pulava e ia correndo para o piano para tentar descobrir como tocá-la. Eu tinha 10 ou 11 anos de idade quando construí minha própria bateria com baldes, garrafas de detergente, latas de tinta ou qualquer outra coisa que eu achara em minha casa e parecia servir para a minha invenção. Naquela época, meus pais me deram meu primeiro violão. Foi nessa pouca idade que eu percebi que a música iria me acompanhar durante grande parte da minha vida. Eu não fazia ideia do que o futuro tinha guardado para mim.

Abri meus olhos e enxuguei-os com as mãos. Desliguei o chuveiro e percebi que estava bem melhor, um pouco de descanso e logo eu estaria bem novamente. Vesti-me, criando pensamentos malucos e indesejáveis que incluíam Annanda fugindo novamente. Eu não podia perdê-la de novo, já tinha tido o coração partido uma vez, não queria que isso se repetisse. Meu olhar se entreteve na minha imagem refletida no espelho e eu vi o que a ressaca estava fazendo comigo. Maldito álcool.

Saí pela porta do banheiro dirigindo-me ao meu quarto e olhei para Jackson dormindo despreocupada na cama. Eu a amo, essa é a única certeza que eu tenho. Fui até ela e mexi em seus cabelos, sentindo o perfume doce dela preencher minhas narinas. Seus olhos se abriram junto de um sorriso, e eu sorri com ela.

– Fico surpreso de você não ter fugido. Fiquei imaginando você correndo até a Tardis e desaparecendo, não duvido que isso aconteça. – Comentei, fazendo-a rir. – Porém, eu não seria o Doctor que estaria com você dentro da Tardis, e isso me desanima.

– Bom dia, Doctor Urie. Eu estou tonta. – Ajudei-a a se sentar e ela puxou as cobertas, aparentemente com frio. – Onde estão as minhas roupas?

– Eu não faço a mínima ideia. O que aconteceu ontem depois dos beijos? Eu não me lembro de nada. – Indaguei, olhando ao redor a procura das roupas de Jackson.

– O que você acha que aconteceu? – Recebi a pergunta recheada de sarcasmo no mesmo instante no qual encontrei as roupas de Annanda.

– Várias coisas das quais eu queria poder lembrar. – Disse-lhe, indo na direção do amontoado de roupas amassadas num dos cantos do quarto.

– Eu preciso ir embora. – Suas palavras me fizeram parar; eu não queria que ela fosse embora porque temia que minha amada não voltasse.

– Prometa que vai voltar. – Pedi, pegando suas roupas e me voltando para ela. Ela confirmou com um aceno de cabeça.

– Eu prometo que vou voltar. – Annanda pegou as roupas que estavam em minha mão e foi até o banheiro. Ela demorou em torno de uma hora para ficar pronta, e nesse tempo eu refleti sobre tudo o que estava acontecendo. Se ela não foi embora, quer dizer que não vai mais fugir de mim? Quando eu finalmente voltei a mim, Jackson estava parada na minha frente, me encarando.

– O quê? – Indaguei, sentindo-me como um garoto confuso. Ela riu, mexendo no cabelo preso em um rabo de cavalo. Annanda usava roupas normais e não havia nem um pingo de maquiagem no seu rosto. Eu só havia percebido que seus olhos eram azuis naquele momento, me senti uma droga por nunca ter prestado atenção nisso.

– Eu vim me despedir e lhe agradecer por tudo. Você pode não acreditar no que eu vou dizer, mas eu te amo e vou continuar a repetir isso até que você entenda. – Cada palavra ficou gravada na minha mente e eu acreditei nela. Ela me abraçou e eu me senti feliz, mesmo estando tonto por conta da ressaca.

– Você quer que eu te leve? Quer dizer, aonde você precisa ir agora? – Perguntei, extasiado pelo querer de que o nosso abraço nunca tivesse fim.

– Brendon, não precisa. Descanse, você está precisando. Eu voltarei para você. – Ela desfez nosso abraço e me beijou. Eu cambaleei para trás e apoiei minhas mãos na beirada da cama, Annanda começou a rir e parou nosso beijo. – Você precisa descansar.

– E você? Eu não bebi aquela garrafa de champanhe sozinho. – Indaguei, sentando-me e encarando Jackson.

– Eu já estive pior. – Annanda suspirou e foi em direção à porta. – Até mais tarde, Urie.

– Assim eu espero. – Ela sorriu e foi embora, me deixando sozinho com a minha ressaca.

Mal sabia eu que aquela seria a última vez que eu veria aquele sorriso fora dos meus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Esse capítulo foi meio parado por motivos de capítulo 8 promete.
Se preparem para uma nova perspectiva.

Já leu a minha nova história "A Dinastia Decapitada"? Ela é uma one baseada na música Emperor's New Clothes, também do Panic! At The Disco. Corre lá! https://fanfiction.com.br/historia/656380/ADinastiaDecapitada/

Beijos, chocolates e referências!

Luana Bankersen.



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