Um ano depois.

Luna Lovegood

–George acorda – chamo meu marido e ele deita de bruços na cama – Você vai acabar se atrasando para o serviço.

Beijo suas costas e ele se remexe, faço uma trilha ate seu pescoço e sussurro perto de seu ouvido:

– Levanta seu preguiçoso – George se vira me puxando para cima dele.

–Bom dia linda – ele me beija com carinho – Você já esta saindo?

–Sim e você já esta ficando atrasado – falo e saio da cama ajeitando minha roupa.

–Fred pode se virar sem mim – ele diz sentando – Não é como se ele fosse morrer se eu não chegar no horário.

–Tudo bem Sr. Atrasadinho, Fred pode não ligar, mas eu tenho que ir porque minha supervisora odeia atrasos.

Dou-lhe um beijo de despedida e saio de casa aparatando direto no St. Mungus. Onde trabalho como curandeira de ferimentos causados por criaturas mágicas.

Atendi vários pacientes desde casos leves ate casos sérios. Fui almoçar com Gina e Hermione num restaurante trouxa no meu horário de almoço e quando deu sete horas da noite pude finalmente voltar para casa.

Cheguei morrendo em casa, George estava na cozinha fazendo nosso jantar. O abracei por trás e descansei minha cabeça em suas costas, depositando um leve beijo ali.

–Oi – falei o apertando contra mim.

–Oi – ele disse – Muito cansada? – assenti mesmo sabendo que ele não pode ver.

–Sim, foi um dia longo.

–Já estou terminando aqui – George se vira e me abraça beijando meu pescoço, arrepiei no mesmo instante – Vá tomar um banho que quando voltar o jantar estará na mesa.

Concordo, dou um beijo nele e vou para o banheiro. Tomo um longo banho e saio enrolada na toalha, coloco meu pijama e volto para a cozinha.

George me olha e eu sorrio.

–Prefiro uma das minhas camisetas – ele diz sorrindo, sento ao seu lado e comemos sua macarronada maravilhosa – Eu tenho uma surpresa para você. Na verdade é para nos dois, mas não deixa de ser uma surpresa.

–Surpresa? Que tipo de surpresa? – pergunto curiosa e ele ri.

–Do tipo secreta – diz e eu reviro os olhos.

Jantamos e depois eu lavei a louça enquanto George foi assistir TV na sala, me juntei a ele e ficamos agarradinhos no sofá.

–Preciso trocar de roupa? – pergunto e ele olha o relógio de pulso e concorda.

–Não precisa por nada chique – ele diz e eu vou para o quarto me trocar, coloco um moletom antigo da Corvinal, jeans e all stars.

Volto para a sala e George venda meus olhos e aparata. Sinto o vento balançando meus cabelos e ouço o barulho de uma porta sendo destrancada.

Ele me conduz em silencio e então para, tira a venda e espera por uma reação minha.

Estamos em um cômodo grande e vazio, olho para os lados e tirando George e eu ali tudo estava vazio.

–O que significa isso? – perguntei sem entender qual é a tal surpresa.

George ri.

–Não sei se percebeu isso é uma casa – ele diz o obvio e eu concordo – Hm essa de agora em diante é a NOSSA casa.

Meu Merlin!

–George! – exclamo sem reação – Você não... Você comprou... Mas... George! –resmungo estupefata e ele ri vindo me abraçar.

–Sim eu comprei – ele diz beijando minha testa – Agora temos uma casa e poderemos começar nossa família.

–Isso é incrível, mas se eu bem me lembro nos compraríamos uma casa juntos – digo e ele da de ombros e sorri como se não tivesse tido escolha.

–Amor entenda eu comprei a casa há alguns meses, eu tinha juntado dinheiro e então paguei metade e ontem terminei de pagar – ele diz e eu reviro os olhos.

–Isso não é desculpa, deveríamos ter feito a compra juntos – começo e George logo me corta.

–Vamos olhar a casa! – ele me puxa para os outros cômodos.

A casa tem uma cozinha enorme, a sala que vimos e mais duas salas, isso no primeiro andar. Subimos a escada e chegamos a um corredor com cinco portas, duas do lado esquerdo, duas do direito e uma no final do mesmo.

As duas primeiras portas são quartos, todos espaçosos. A segunda porta a esquerda é o banheiro, enorme. As duas ultimas portas também são quartos, a da direita é do mesmo tamanho que os outros dois e a ultima e o quarto principal, com um banheiro e closet.

–Essa casa é enorme – falo e George concorda.

–Poderemos ter uma família grande para continuar com a tradição Weasley – ele brinca – Vamos ver lá fora, acho que podemos montar um campo de quadribol.

Ele me puxa para fora da casa, onde tem uma área separada para lavar as roupas, uma garagem e um jardim gigantesco.

Essa casa deve ter custado tão caro, penso.

–George – começo e ele me interrompe.

–Nem pense nisso! Seja lá o que você esteja pensando! – tive que rir – Era para ser um presente, se você ficar reclamando vou me sentir mal.

–Tudo bem – digo rendida – Quando nos mudamos?

Pergunto mudando de assunto e George ri.

–Assim que pudermos – ele fala me abraçando apertado.

Um mês depois já tínhamos nos mudado e alugado o apartamento.

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Argh como eu odeio esses enjôos, são terríveis.

Escovei os dentes e fui para o quarto, deitei-me e rapidamente dormi. Hoje eu estava livre do trabalho e pude ficar em casa.

Senti que alguém beijava meu rosto em todo canto e então abri os olhos me deparando com um ruivo extremamente sexy sobre mim e sorridente.

–Oi amor – digo ainda sonolenta e me sento, por um momento sinto uma leve tontura com o movimento rápido, mas ela passa sem que George perceba algo – Como foi no trabalho?

–Um saco! – ele diz se sentando ao meu lado, franzi a testa confusa e ele sorriu – É que eu tive que passar o dia todo longe da minha curandeira particular.

Sorri.

–O meu foi ótimo sem certo vendedor de logros por perto – cutuco seu braço rindo e ele faz bico.

–Bate que dói menos – George diz e eu gargalho.

–Brincadeirinha moreco – digo e beijo seus lábios suavemente, levanto-me da cama e desço para a cozinha, pensando em como vou contar para George a novidade.

Começo a fazer o jantar e depois de um tempo George desce de bermuda, regata e chinelo.

–Eu estava pensando que nos podemos começar a pensar em ter um bebê – ele fala sentado na mesa tomando alguma coisa numa caneca que eu não me dei a trabalho de saber o que era. Parei no mesmo instante. Aquilo seria uma indireta? Ele já sabe? Mas como?

–Digo, já faz um ano que estamos casados, temos uma casa de verdade, não aquele ‘apertamento’ e queremos um filho, não queremos? – ele pergunta e eu me viro para ele.

–George...- droga o que eu falo? Não queria contar pra ele desse jeito – Eu...

–O que? Você o que? – ele pergunta e eu suspiro.

–Eu queria fazer uma surpresa, mas você é um chato então la vai – digo respirando fundo – Eu estou grávida.

–O que?!!! – ele exclama meio abobado e eu riu.

–Falei que eu estou grávida, de dois meses para ser exata – repito a noticia e ele continua com a boca aberta e me olhando de olhos arregalados.

Me aproximei dele e coloquei as mãos em seu rosto.

–Amor? Esta tudo bem? – perguntei meio insegura – George?

–É verdade? – ele balbucia e eu concordo sorrindo – Mas isso é maravilhoso!!!

George me abraça tirando-me do chão. Ele deposita beijos em todo pedacinho da meu rosto ate encontrar meus lábios, onde me beija com carinho.

–Eu não acredito, quando você ia contar? – George pergunta me colocando no chão, mas ele não me soltou.

–Eu queria fazer uma surpresa – digo e ele ri.

–Pode acreditar que eu estou surpreso – eu riu – Isso é maravilhoso!

–Eu sei – concordo colocando nossas mãos em minha barriga que não dava indicações de ter um bebê ali – Daqui alguns meses teremos um pedaçinho de nos em nossos braços.

Suspiro com os olhos marejados só de pensar na ideia. George me beija novamente. Agora seu beijo é necessitado e ardente.

–Vamos comemorar – ele fala me puxando escada acima.

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–Vamos Luna! – George me chama pela enésima vez – Ou vamos nos atrasar para a consulta.

–Nos estamos uma hora adiantados – exclamo enquanto tento descer a escada – E não é fácil andar com todo esse meu tamanho.

George ri e me pega no colo, não sei como ele consegue fazer isso ainda.

Hoje vamos ao medico, fazer a ultra-som para saber o sexo dos bebês. Sim bebê, porque estou grávida de gêmeos. Agora já estou entrando no sexto mês e pareço uma bola de basquete, só que gigantesca.

Quando finalmente chegamos ao consultório da minha medica, optamos por fazer o acompanhamento do modo trouxa, tivemos que esperar quase quarenta minutos ate que fomos atendidos.

–Luna, George como estão? – Sandra, minha medica, perguntou quando entramos na sala de ultra-som. Deitei-me na cama.

–Estamos bem – falo enquanto ele passa aquele gel gelado sobre minha barriga – Continuo me sentindo enorme, meus pés incham se eu ando muito e meu apetite esta maior que o do meu cunhado, que é um morto de fome, mas estamos bem.

Sandra ri acompanhada de George que esta ao meu lado segurando minha mão esquerda.

–Você tem seguido todas as recomendações que lhe passei? – ela pergunta passando a maquina sobre minha barriga.

–Sim, George fica o tempo todo me lembrando e perguntando se eu estou seguindo as ‘regras’ – digo e ela sorri.

–Falando assim parece ate que você esta sendo maltratada – George comenta e eu o ignoro.

–Vamos ver se esses pequeninos são – Sandra diz e olha atentamente para a tela do ultra-som – Bom papais fico feliz em dizer que terão duas saudáveis menininhas.

–Ai Merlin isso é incrível – exclamo com lagrimas nos olhos e sinto George beijar o topo de minha cabeça – Nossas menininhas!

Falo o olhando e ele sorri.

–Só nossas – ele concorda beijando meus lábios.

Depois Sandra limpou minha barriga e nos deu nossa copia do ultra-som, fomos direto pra A Toca onde contamos a novidade e depois fomos para casa.

Não poderíamos estar mais felizes, discutimos alguns possíveis nomes e depois fomos dormir.

Sonhei com minha futura família.

Senti os braços de George me apertarem e então sorri no sonho.

Minha vida parecia um sonho, o melhor de todos.

Tenho o marido perfeito, tudo bem ele pode ate não ser perfeito em muitas situações, mas ele é perfeito para mim.

Minha Alma Gêmea.

Minha Cara Metade.

Meu George Weasley.