As Relíquias do Tempo escrita por Bakurei


Capítulo 8
Capítulo 8 - Scorpius


Notas iniciais do capítulo

Scorpius e Rose irão se preparar para o grande paradoxo e não será tão fácil chegar no tempo da geração anterior para salvar Alvo.



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Não é um lugar tão fácil de se encontrar. É um lugar independente do tempo e do espaço e quando Scorpius ouviu falar de lá, achou ser mentira. Ele já quis muitas coisas na vida e mesmo desejando muito, não apareciam como mágica. Scorpius Malfoy já quis viajar pelo mundo, desistir da escola e só olhar tudo que o mundo poderia oferecer. Não se preocupava com a pureza da família como o avô, e também não precisava se desculpar pelo passado como o pai. E mesmo querendo muito, nenhuma porta se abria para ele.

–E sua mãe também te contou sobre isso? -Perguntou Scorpius, andando com Rose pelos corredores, em um dos intervalos entre as aulas.

–Não. -Respondeu ela. -Nesse caso, foi Tia Gina. Ela se orgulha muito de fazer parte de umas das gerações que conseguiu entrar lá. Dizem que é impossível, para quem tem intenções duvidosas.

–E como você pretende entrar lá? -Malfoy sabia que ela tinha um plano.

–Para nós, entrar não vai ser a parte difícil. -Disse Rose Weasley. -A parte realmente complicada é entrar na hora certa.

Scorpius sabia que Rose era inteligente e sabia muita coisa sobre Hogwarts, mas a ideia de uma sala que só aparece quando você precisa muito, em lugares estratégicos e aleatórios, sem a distinção do tempo, parecia irreal. Voltar no tempo com uma ampulheta dourada era uma coisa, voltar no tempo entrando em um quarto era outra.

–Como você planeja entrar lá na “hora certa”? -Disse Scorpius, movendo os dedos.

–A Sala Precisa aparece quando a situação é crítica e realmente necessára. Com a incrível habilidade de se moldar para cada um que entrava, para a maior utilidade. -Disse Rose. -Se conseguirmos moldar nossos pensamentos utilizando as memórias de alguém do passado, talvez seja possível entrar na mesma sala que foi utilizada pelos meus pais, talvez até encontrar um resquício da existência de Alvo!

Scorpius Malfoy pensou em perguntar aonde eles achariam a memória do passado, mas quando olhou para frente, viu o plano de Weasley se formando. Os prêmios do time de quadribol se encontravam na estante superior da vidraça, próximo ao jardim e à sala de Horácio Slughorn. Diversos nomes estavam cravados lá e era possível reconhecer alguns: Hoke Melghart, Oliver Wood, Tiago Potter, Jon McDonald, entre outros. Dois dos prêmios tinham seus nomes apagados, Scorpius pensou se seria um dos prêmios da escola, sem nome.

–Os nomes deles já estão sumindo, precisamos nos apressar. -Disse Rose, tirando a varinha e alguns frascos dos bolsos do sobretudo.

Ela abriu um dos frascos, o liquido cinza que se encontrava se espalhou no vidro e quando a ruiva mirou a varinha para os prêmios, Scorpius achou que ela tinha ficado louca.

–O que você vai fazer?! -Ele sussurrou, sem querer chamar a atenção de alguns estudantes da Corvinal que passavam logo atrás.

–Só observe. -Ela disse, com a cabeça alta como se soubesse tudo que estava fazendo. Malfoy queria acreditar nisso. -Bombarda!

Scorpius não conhecia muitos feitiços, mas sabia que um feitiço com esse nome, tinha tudo para causar uma explosão enorme. Ele pulou para o lado, levando Rose junto ao chão. Muitos alunos da Grifinória, inclusive algumas amigas dela, riram, quando um pequeno círculoatingiu o vidro, criando um pequeno buraco na frente do que seria o prêmio de Harry Potter.

–Scorpius. -Disse Rose.

–O que foi? -Perguntou ele.

–Você poderia sair de cima de mim? -Ela perguntou, posicionando-se ao lado dele, enquanto tentava levantar do chão.

–Ah, desculpe. -Disse Malfoy. -Eu achei que causaria uma explosão.

–Causou uma explosão, mas não na proporção normal. Lembra do líquido que eu joguei antes? Então, eu peguei a poção de neutralização de ligação e...

–Brilhante. -Scorpius Malfoy estava realmente impressionado. -Você adicionou a semente de Flubell junto com o neutralizador, somando as utilidades. Realmente brilhante.

–Se acha isso brilhante, preste atenção! -Disse Rose pegando os dois cálices dourados, rapidamente, olhando para todos os lados.

O problema de roubar algo no meio de Hogwarts é que, não muito diferente de bancos trouxas, fantasmas estão observando e não costumam guardar segredos. Assim que a ruiva pegou os prêmios, Barão Sangrento surgiu da parede ao lado.

Parecia um digno lorde inglês. Bem vestido (com algumas gotas de sangue nelas, mas não importava para Scorpius) e com um grande cabelo mais branco do que o resto dos cabelos presentes nas mãos e nas sobrancelhas. Ser pego por um fantasma da própria Casa era inadmissível e tentar fugir só diminuiria os pontos de Sonserina e até de Grifinória.

–O que acham que estão fazendo, crianças? -Ele perguntou.

–Precisamos destes cálices. -Disse Scorpius, tirando ambos das mãos de Rose e virando-se para o lado oposto. -Lamentamos muito, mas será rápido.

O Barão Sangrento fingiu um sorriso e desapareceu. A felicidade de Malfoy e Weasley durou menos que dois segundos quando o fantasma novamente apareceu, impedindo a passagem deles. Scorpius precisava pensar rápido para concluir o plano.

–Tudo bem, tudo bem. -Ele disse, devolvendo os prêmios para Rose. -Coloque de volta no vidro, não queremos problema e aparentemente, nosso amigo não está feliz com isso.

–Sim, menina! -Disse o Barão Sangrento. -Devolva e desfaça a magia que usou para furtar esse objeto! Nem será necessário informar que cada um acaba de perder pontos, estou certo?

A ruiva olhou para ambos antes de perceber que Malfoy tinha algo em mente.

–Ah, claro, mas antes, diga mais sobre esses pontos perdidos. -Ela disse, caminhando para longe. -Soube que não é educado atravessar um fantasma de propósito, não é?

Um defeito que o Barão tinha era o grande ego e a vontade de falar de si mesmo (às vezes gostava de conversar sobre a beleza de Helena, a mulher que ele amava, mas sempre acabava em lágrimas, Scorpius não sabia muito bem a razão). Quando Rose deu a oportunidade para ele falar, era como se estivesse dado um dos prêmios que estavam guardados, para ele.

–A menina está certa. -O Barão sorriu. -Dez pontos são perdidos se algo atravessar a barriga e cinquenta pontos se atravessar a cabeça. Essa regra é antiga, feita na época de uns garotos que se denominavam “marietes”, “marionetes”, “mariotos”, não me recordo.

Marotos, Barão. -Corrigiu Scorpius, posicionando-se na frente de Rose, para impedir a visão do fantasma. -Meu pai já me contara sobre eles. Soube que causavam muitos problemas.

–Realmente. -Ele concordou, dando continuidade a conversa. -Um dia eu vi eles...

Está funcionando, corre ruiva! Pensou Malfoy, tentando ao máximo parecer entretido com as histórias de uns estudantes qualquer. Marotos... Que tipo de nome era aquele?

–E o sapo ficou apavorado! -Concluiu o Barão, quando percebeu que Rose havia sumido. -A sua amiga, a menina, onde ela está?!

Scorpius sentiu o coração bater mais rápido, achando que a ruiva fugira com os cálices, mas na verdade, ela não só fez isso como deu tempo de criar uma imagem com a varinha, dando a ilusão de tudo parecer em ordem.

–Não se preocupe, viu que ela é de Grifinória, viu que eu sou de Sonserina. -Malfoy tentava ser didático. -Já pode tirar os pontos que mencionou, se quiser me dar licença, preciso ir para a aula. -Scopius se retirou, deixando o fantasma pálido, mais pálido que o normal.

Rose Weasley não estava muito longe quando Scorpius a encontrou. Ela sorriu, tirou os cálices dos bolsos e sorriu novamente. Derramou líquidos azuis em cada recipiente e segurou a mão de Malfoy. Ele corou e se esqueceu de perguntar que líquidos eram aqueles.

–Pronto? -Rose Weasley perguntou.

–Visita ao passado? -Scorpius Malfoy perguntou retoricamente. -É claro que estou pronto!

E assim, a Sala Precisa surgiu, com a geração anterior esperando por eles.


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Notas finais do capítulo

Eeee! Mais um capítulo concluído!
Desculpe a demora, espero que tenha valido a pena...
Capítulo diferente, mas espero que tenham gostado!
Gostou? Sim? Não? Deixe um review!
Adoraria saber sua opinião!



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