As Relíquias do Tempo escrita por Bakurei


Capítulo 7
Capítulo 7 - Rose


Notas iniciais do capítulo

As barreiras começam a quebrar e Rose tem um sonho, suficientemente esclarecedor para o início da busca por Alvo.



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A cada passo, o som das botas dele ecoavam no grande corredor. Eram dez metros do início dos pisos de madeira até a luz esverdeada ao fundo. Fotos de diversos casais em molduras amadeiradas eram vistos nas paredes com brasões. Todos iguais.

Aos poucos, Rose percebia que estava sonhando. Não era como os sonhos tradicionais que ela tinha e quando viu o homem, achou que era um pesadelo. O homem caminhava, sorrindo como um maníaco. Não era possível vê-lo muito bem, mas a iluminação no fim do corredor deixava o rosto à mostra: A pele dele era cinza e as cicatrizes pareciam amassar seus olhos. O que é que tenha acontecido com ele, não parecia a pessoa mais agradável do mundo.

Ela não tinha influência no que via, parecia um vídeo em três dimensões. Não sabia quem era as pessoas nas paredes, mas não pareciam bruxos. As fotos eram imóveis e nenhuma varinha ou chapéu pontudo eram vistos. Rose não tinha certeza aonde era, mas sabia que era uma casa trouxa. Sem magia em seus tijolos.

O homem se aproximou da porta e perguntou para quem é que estava lá dentro:

–Milorde? É uma boa hora?

–Depende do que trouxe para mim. -Respondeu uma voz, leve como fumaça.

O homem entrou, com a cabeça baixa, sem encarar seu lorde, como se olhá-lo fosse uma honra que ele não podia ter. O quarto era muito bem mobiliado e parecia um típico cômodo da realeza inglesa. O Lorde sentava-se na cadeira de couro ao fundo, movendos os braços como se treinasse algum feitiço, emanando a luz verde que iluminara o corredor.

O homem moveu os punhos para os bolsos e retirou de lá duas caixas pequenas. Caminhou pelo quarto e posicionou em frente ao Lorde, ajoelhando-se.

–Aqui está. -Disse ele, entregando as duas caixas.

O Lorde virou-se antes da luz esverdeada cessar. Não foi possível enxergar o que ele estava fazendo antes de pegar uma das caixas e rir. O rosto dele estava oculto pelo capuz negro que usava, junto com o grande manto que escondia qualquer característica que tinha, mas era fácil ouvir as quase intermináveis gargalhadas que ecooavam por todo o quarto.

–Perfeito, Sophus. -Elogiou o Lorde, tirando dois fracos da caixa. -O sangue deles servirão perfeitamente. Venha, traga-me o Vira-Tempo na outra caixa.

Sophus obedeceu, posicionando-se novamente próximo ao Lorde. Havia uma mesa com alguns frascos, de diversas cores e rótulos diferentes, onde em uma pequena vasilha de vidro despejou os dois frascos de sangue. O líquido borbulhava e novamente Ele ria, mas agora acompanhado do fiel comensal.

Rose ouvia em paralelo, a voz da mãe recontando as aventuras no Ministério da Magia para alcançar a profecia de Harry. Haviam diversos comensais da morte por todo o lugar no Ministério, dizia ela, inclusive o avô de Scorpius, o que deixou Rose incomodada.

O Lorde parou de rir ao abrir a segunda caixa. O Vira-Tempo brilhava e Ele fez um som como se estivesse surpreso e maravilhado ao mesmo tempo.

–Nunca achei que seria tão incrível. -Disse o Lorde. -Como um objeto tão pequeno pode causar tanta destruição e tantas maravilhas. Agora com o sangue de Harry Potter, o Eleito, o Menino que Sobreviveu, o Herói. Em conflito com o sangue de Tom Riddle, o Lorde das Trevas, o Herdeiro de Salazar Sonserina, o Vilão... Ambos apagados de todo o tempo e espaço, sem influência para qualquer pessoa, apenas memórias se apagando lentamente. Agora, só será necessário mais um item, que já está sendo providenciado em 93... Faça o favor de buscá-lo para mim, pequeno Tomwell?

–Sim, milorde. -Tomwell Sophus moveu sua cabeça em positivo. -O que ordenar será feito.

Rose desejou com toda a força acordar, precisava impedir o que iria acontecer, e foi o que aconteceu. Aos poucos, a imagem tremia e a claridade no quarto das meninas de Grifinória se mostrava presente. Quando os olhos de Rose abriram, Lucy a estava encarando.

–Bom dia, Bruxa Adormecida. -Disse ela, pulando ao lado da cama. -Vamos, vamos! Hoje tem aula de Poções!

Ela comemorava como se o Sr. Mooney fosse dar doces para ela. Rose ignorou Lucy e sua alegria para se arrumar rapidamente. Ela e Scorpius já estavam dois dias procurando alguma informação para começar a procura, mas não tinham encontrado nenhuma dica de um esconderijo para o Outro Vira-Tempo.

–E quem era esse Lorde? -Perguntou Scorpius, sussurrando na aula de Poções.

–Eu não sei, mas ele tem o sangue do pai de Alvo e... -Rose não gostava dizer. -O sangue de Voldemort. Se descobrirmos a próxima missão deles, podemos achar aonde está o Vira-Tempo.

–Nós já estamos dois dias procurando tudo sobre os possíveis esconderijos. -Disse Scorpius, tentando acompanhar o que Sr. Mooney escrevia no quadro negro. -Você ouviu alguma coisa que pode dar uma dica? Algum lugar, uma data, até roupas estranhas?

–Eles vão buscar alguma coisa em 1993. -Disse Rose, um pouco antes de levar uma bronca do professor.

–Vamos parar de namorar aí? -Gritou Sr. Mooney, fazendo a sala inteira encarar Malfoy e Weasley, que quase explodiam de vergonha.

Não foi necessário entrar na sessão reservada da biblioteca para encontrar os acontecimentos do ano de 1993. Rose achou dois livros que contavam tudo sobre o mundo trouxa e bruxo, e todos os grandes acontecimentos.

–Não tem nada útil. -Disse Scorpius, folheando um dos livros ao lado de Rose.

A biblioteca não estava muito cheia, mas Rose estava acostumada. Inclusive a mãe dela dizia que aquele lugar era um contato entre as palavras escritas nos livros e a mente. Se as lembranças não estavam nos livros, só podiam estar na mente de quem lia.

–Minha mãe contou que ganhou o Vira-Tempo no terceiro ano dela. -Disse Rose. -Se ela entrou no colégio em 1991, 1993 é o ano em que ela viajou no tempo.

–E isso é importante? -Perguntou Scorpius.

–Claro que é importante! -Disse Rose, novamente correndo para fora da biblioteca.

Rose Weasley era uma das companhias de que os que ficavam na biblioteca odiavam. Sempre fazia barulho quando ia lá ler algo com Malfoy.

–Se esse tal de Tomwell Sophus for atrás do Vira-Tempo que minha mãe usou em 1993, ele estará criando um paradoxo gigante! -Gritou Rose.

–E o que vamos fazer? -Gritou Scorpius, logo atrás.

–Criar um paradoxo ainda maior!


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Notas finais do capítulo

Mais um capitulo! Aeee
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