As Relíquias do Tempo escrita por Bakurei


Capítulo 2
Capítulo 2 - Scorpius


Notas iniciais do capítulo

Scorpius nunca foi a pessoa mais extrovertida e viu em Rose e Alvo, possíveis amigos. Assim como ele esperava, as coisas não seriam tão fáceis.



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Scorpius recebeu instruções claras do avô, Lucio Malfoy. Ele precisava entrar para Sonserina. A família precisava se manter pura e essa pureza era a ambição, marca dos sonserinos de Hogwarts. Quando Scorpius lembrou que Rose e Alvo estudaríam com ele, desejou por um momento ir para Grifinória, prevendo que ambos iríam para lá.

Quando Alvo foi para Corvinal, Scorpius ficou sem reação. Um Potter sem o leão estampado no peito era tão estranho quanto um Malfoy sem a serpente estampada. E quando chegou sua vez, precisava ter foco. Rose com certeza iria para Grifinória, mas ele não podia nem pensar em acompanhá-la. Quando o Chapéu Seletor começou a decidir, Scorpius fez de tudo para se focar na pureza da família e ignorar o verdadeiro desejo que tinha.

–A família precisa se manter pura. -Dizia Scorpius. -A família precisa se manter pura.

Conseguiu ir para Sonserina, não sabia se estava feliz lá, mas sabia que o avô não o incomodaria. A primeira aula no dia seguinte seria Poções, o que agradava Scorpius, mas que não apresentava o mesmo efeito aos colegas de quarto. Rick Melghart, o garoto do segundo ano que dormia na cama ao lado, planejava não aparecer, mas sabia que o professor Mooney não gostaria nem um pouco.

Chegando lá, viu Rose e Alvo conversando. A sala era grande, com muitos livros espalhados por todo o lugar. Equipamentos nas mesas e líquidos coloridos brilhavam aos cantos. Scorpius sentou-se próximo de Rose e tentou fazer parte da conversa várias vezes, não deu muito certo.

–Podemos falar com a diretora ou com alguém. -Dizia Rose, parecia tentar tranquilizar Alvo pela escolha do Chapéu.

–Não se preocupe, Corvinal não é tão ruim. -Disse Alvo, não parecia confiante. -A minha irmã tem o segundo nome em homenagem a uma estudante de lá.

–Não acho que essa coisa de Casa sirva para alguma coisa. -Scorpius opinou.

Alvo o ignorou totalmente, talvez o pai havia dito algo sobre a família de Malfoy e causava essa raiva irracional nele, mas Scorpius tentou não se preocupar com isso. Rose, ao contrário do primo, concordou e tentou continuar o assunto, dizendo que um chapéu não definia a bondade e a coragem dele. A conversa não rendeu muito, o professor chegara na sala.

–Bom dia, classe. -O professor usava um manto cinza e óculos rendondos assustadores. Era magricela e parecia muito hiperativo.

–Bom dia, professor. -Disse toda a sala, em coro.

O professor andava e cumprimentava alguns alunos. Não parecia aquele tipo de professor que iria incomodar, mas também não parecia um professor que daria notas altas para quem não merecesse. As mesas dos alunos eram metade do tamanho da mesa dele.

Luiz Mooney, ele escreveu no quadro negro com o giz branco que sujava o manto cinza a cada vez que escrevia alguma informação. Luiz virou-se para a turma e sorriu.

–Este é meu nome. -Disse Sr. Mooney. -Fui escolhido pelo próprio vice-diretor, Horácio Slughorn, para tomar seu lugar. Gostaria que pudéssemos preencher os porta-retratos de Horácio com seus nomes, alguém pode me dizer as habilidades da criatura Wiggentree?

A sala ficou em silêncio, Scorpius não fazia a mínima ideia do que era um Wiggentree. De repente, um gemido foi ouvido ao lado dele, Rose levantava o braço como louca. O professor sorriu e a chamou. Rose Weasley se preparou para a grande explicação. O pai de Scorpius o havia avisado que Hermione, a mãe de Rose, era muito inteligente e irritante, talvez uma parte dela iria para Rose, Scorpius quase concordou com o pai.

–Wiggentree não é uma criatura propriamente dita. -Ela disse. -É um nome dado à popular árvore que cede suas cascas como um dos ingredientes da poção Wiggenweld.

–Perfeito! -Gritou o professor, bem animado. -Dez pontos para Grifinória.

Rose sorriu e sentou-se. Até que a ruiva é inteligente, pensou Scorpius.

Mesmo Malfoy gostando bastante de poções, a de Wiggenweld era bem complicada e quando precisou fazer, o livro parecia escrito em hebraico. Quando o horário acabou, estava com o cabelo quase tão escuro quanto Alvo.

O problema de estudar em um castelo tão grande, é o fato de estar constantemente andando, às vezes até correndo, para assistir as aulas. Scorpius foi convidado por Rose para fazer companhia até a aula de quadribol, Alvo o ignorou todo o caminho.

–Muco de Verme Gosmento? -Dizia Alvo, próximo ao campo de quadribol. -Sério?!

–Não foi pior do que esmagar Moly. -Disse Malfoy.

Quando Scorpius percebeu que Alvo novamente o ignorava, não conseguiu segurar:

–Potter! Posso saber porque esse desprezo?

Rose ficou quieta, sem demonstrar reação.

–Quer mesmo saber, Malfoy? -Alvo disse, o encarando.

–Adoraria. -Caçoou Scorpius.

Se aquela conversa durasse mais do que aquele momento...

–Chega! -Gritou Rose, afastando Alvo, que se aproximava do sonserino. -Qual é o sentido disso? Alvo, você está louco?

Antes que Potter dissesse algo, Scorpius se afastou em direção ao campo, onde Madame Hooch esperava os alunos para a primeira aula. Antes, ele estava ansioso para a volta às aulas, mas com a discussão com Alvo, se sentia mal. Naquele momento, ser um sonserino não parecia tão ruim, o avô de Scorpius talvez estivesse certo. Ele não podia se preocupar com os outros mais do que se preocupava com o próprio bem estar.

A professora posicionou as vassouras e deu os primeiros comandos:

–Fique do lado de suas vassouras. Levante o braço oposto e diga “Suba”!

Todos gritaram. Suba! A vassoura de Scorpius subiu um pouco antes da de Alvo, Malfoy precisou admitir que aumentou um pouco seu ego, mas tentou evitar olhar para Rose e Alvo toda a aula. Na saída para o almoço, Rose o chamou, não conseguiu fingir que não viu uma ruiva balançando os braços no meio do campo de quadribol, então a cumprimentou.

–Me desculpe por Alvo. -Disse Rose. -Tio Harry não é responsável por esses atos.

–E quem é? -Perguntou Scorpius.

–Meu pai. -A Weasley abaixou os olhos, envergonhada.

E por que você não age do mesmo jeito? Scorpius queria perguntar. O sonserino achou que sorrir e se retirar seria mais inteligente naquela hora, mas quando o fez, Rose o chamou:

–Scorpius! Você pediu para ser escolhido para a Casa do seu pai, não é?

–Não. -Disse Scorpius Malfoy. -Pedi para ser escolhido para a Casa do meu avô.


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Notas finais do capítulo

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Até o/



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