As Relíquias do Tempo escrita por Bakurei


Capítulo 14
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

A disputa pela Taça das Casas.



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Não tinha um lugar em Hogwarts que não estivesse congelando. Poucos alunos tinham a coragem de transitar entre os corredores sem, no mínimo, dois casacos para se protegerem do vento que uivavam por todo o lugar. O ano letivo estava próximo do fim e todas as Casas estavam ansiosas para a contagem dos pontos, fazendo todos os alunos se esforçarem para acumular boas ações, principalmente em Sonserina.

Rodrick Melghart andava de um lado para outro recitando poemas e todos o ignoravam, ele já fizera aquilo inúmeras vezes. Ele descobriu com o passar dos meses que o Sr. Mooney adorava um bom poema, principalmente de Viveryon Triveryon. Ele é um artista, disse o professor, durante uma conversa muito profunda sobre literatura britânica e bruxa.

Em Corvinal, a situação não era muito diferente. Beth Lovegood encarava o teto como se passasse a premiere da nova temporada de Game of Thrones nela. Em volta do sofá em que ela sentava, outros alunos estudavam e jogavam xadrez... Ao mesmo tempo. Isso causava algumas peças e canetas voando, mas Beth não tirava os olhos do teto.

Lufa-Lufa vibrava em alegria. O Esquadrão Texugo achavam que finalmente ganhariam a Taça das Casas, depois décadas sem uma vitória. O líder do esquadrão era sempre muito confiante e sorria para todos os alunos, dentro e fora da Casa que estava. Era como se ele entendesse todos ali, entendesse estar em outro lugar, principalmente aonde ele não pertencia. Era popular e leal aos amigos do Esquadrão e de outras Casas. Como qualquer aluno do primeiro ano, boatos rondavam sua imagem e muita gente acreditava que ele namorava uma aluna de Grifinória, ele sempre negava, mesmo depois de corar.

Grifinória sabia que não ganharia. O Esquadrão Texugo era o grupo mais organizado que Rose Weasley já vira. Um dos melhores amigos dela comandava os alunos de Lufa-Lufa e os pontos daquela Casa saltavam a cada aula. Talvez conseguiriam o segundo lugar, mas Sonserina também preocupava, Sr. Mooney gostava muitos dos alunos de lá. A ruiva tentava elaborar um plano para não ficar em último lugar e todos os alunos de Grifinória confiavam nela, o que causava uma pressão, principalmente do primo, Alvo Potter, que a cada cinco minutos sentava-se ao lado dela e perguntava: Já conseguiu?

Ver Alvo usando o uniforme da Grifinória ainda emocionava Rose. Lembrou de quando ele se sentiu triste por não ser da mesma casa que o pai e isso o fez evoluir para uma personalidade semelhante a de um leão da Grifinória. Corajoso e amigável. Sempre que ele e Scorpius se encontravam nos corredores, se cumprimentavam e sempre que possível, estava ao lado de Rose para ajudá-la em qualquer coisa que ela precisasse. Enfrentar Sophus e todos aqueles paradoxos e problemas temporais pareciam fáceis.

Meses se passaram e Rose, Alvo e Scorpius se encontraram antes da entrega da Taça das Casas. As pedras enfeitiçadas já tinham sido colocadas no Grande Salão e Scorpius, o líder do Esquadrão Texugo, olhava para o topázio, a cor de Lufa-Lufa, esperançoso.

–Você não contou o que seu avô disse quando soube. -Perguntou Alvo para Scorpius.

Malfoy não entendeu de início, mas olhou para baixo e entendeu que Potter falava da segunda escolha do Chapéu Seletor.

–Eu não sou tão ambicioso quanto meus pais. Meu avô precisou entender.

Onde seus moradores são justos e leais, pacientes, sinceros, sem medo da dor–Disse Rose. -Parece com você, loiro.

–Por isso estou aonde estou. -Disse Malfoy. -Aonde eu pertenço, ruiva.

Scorpius sorriu, chamar Rose de ruiva virara um hábito. Vestir verde ou amarelo não fazia diferença, mas estava feliz em ter fundado um grupo de bruxos leais e sem medo da dor. Era o que ele queria para ele mesmo e se podia ser O Líder do Esquadrão Texugo e o simples aluno Scorpius Hyperion Malfoy, ele seria. Ele não podia falar que não queria Rose em Lufa-Lufa, talvez Alvo também, mas estava feliz que eles estavam no lugar que pertenciam.

–E como estão em Grifinória? -Perguntou Scorpius. -Acha que conseguiram pontos?

–Claro que não. -Disse Alvo, não parecia abalado. -Parece que vocês vão ganhar esse ano.

–Pelo menos uma vez, né? -Rose disse.

–O primeiro ano desde 1987! -Exclamou Malfoy. -E muitos virão!

–Tem certeza que não é ambicioso? -Perguntou Alvo, chamando ambos para o a cerimônia.

–Assim como nosso penúltimo diretor, ainda tenho alguns pontos a considerar. -Disse Minerva McGonagall, levantando-se da grande cadeira dourada que brilhava a luz das bandeiras amarelas. -Não irão tirar o prêmio de Lufa-Lufa, mas precisam entrar em consideração. Cinquenta pontos para Alvo Severo Potter, por escapar da armadilha maligna, mesmo que ela seja feita por uma diretora do bem.

–Foi ela. -Sussurrou Alvo enquanto todos a sua volta batiam palmas, mesmo sem entender os pontos dados para ele. -Minerva me levou para o esconderijo da relíquia! Onde tinha o Bicho-Papão! -Sorrir foi a única coisa que podia fazer. Alvo olhou para Tiago que o observava, orgulhoso. Ele nunca estava tão feliz por estar ali.

–Cinquenta pontos para Scorpius Hyperion Malfoy, por elevar não só suas atitudes, mas também por elevar seu espírito, justo e leal.

Mais palmas cercavam o líder do Esquadrão.

–E por fim, cinquenta pontos para Rose Weasley, por provar que mesmo uma geração antiga, ainda pode realizar feitos inacreditáveis.

Rose olhou para a janela atrás da mesa dos professores, desejando que os pais estivessem ouvindo, escondidos em algum lugar. Ela sabia que depois daquilo, mesmo sabendo que a escuridão voltaria, uma simples Relíquia do Tempo era o mínimo de aventura que eles teriam.


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Notas finais do capítulo

A fanfic acabooou!! :/
Gostou do final? Sim? Não? Deixe um review!
Adoraria saber sua opinião para as minhas próximas fics! Até a próxima o/



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