As Relíquias do Tempo escrita por Bakurei


Capítulo 1
Capítulo 1 - Rose


Notas iniciais do capítulo

Rose Weasley, Alvo Potter e Scorpius Malfoy têm o primeiro contato com a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Os pensamentos da ruiva sempre a confundem, as histórias da geração anterior pressionam e o primeiro medo começa com a escolha do Chapéu Seletor.



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Rose Weasley não imaginaria que poderia virar amiga de alguém como Scorpius Malfoy. O pai dela sempre contava, com orgulho, as batalhas que ocasionaram a derrota de Lorde Voldemort e sempre mencionava a fuga da família Malfoy. Na visão de Tiago e Alvo, Scorpius só podia ser um dos covardes ou um dos que procuravam um meio de trazer o bruxo das trevas de volta à vida. Rose não conseguia ver essa maldade nos olhos dele, mas sempre o observava com um pé atrás.

A viagem até Hogwarts causava tontura, não pelos movimentos do trem expresso, mas pela sensação de precisar se impor no primeiro ano, assim como a mãe, Hermione Granger, que contribuiu para a primeira derrota de Voldemort logo no primeiro ano. O Chapéu Seletor também incomodava. Ronald Weasley, o pai de Rose, sempre dizia que não havia um bruxo mau que não era da Sonserina. A família de Scorpius era de lá há gerações e ela se preocupava muito com isso, sempre haveriam aqueles que poderiam ser considerados vilões.

—Alguém quer uma guloseima? -Uma voz se aproximava do vagão.

—Vamos, Alvo, pegue logo! -Disse Tiago Sirius Potter, cutucando o irmão.

—O que vão comprar? -Perguntou Rose.

—Tiago adora aqueles feijões coloridos. -Disse Alvo Severo Potter, entregando um tipo de carteira para o irmão mais velho. -Não sei porque alguém provaria aquilo.

—Ah, cale a boca. -Disse Tiago, pegando algumas moedas da pequena carteira de couro. -Quer algum, ruiva?

—Não, obrigada. -Rose também achava aquele tipo de doce bem nojento. -Meu tio disse que até de meleca ele já achou.

Alvo não gostou da informação e quando a mulher surgiu com os doces, pediu um sapo de chocolate. Enquanto Tiago comia os feijõezinhos, Alvo fechou a janela do cômodo antes de abrir o doce. Quando Rose perguntou por que o fazia, ele disse que Harry, o pai dele, havia dado essa dica sem explicar a razão. O sapo pulou da embalagem e foi em direção à janela, onde bateu e caiu.

A escadaria era enorme, exatamente como seus pais haviam contado, mas os alunos do primeiro ano não foram recepcionados por Minerva McGonagall, agora ela era diretora e tinha afazeres mais complicados. Rúbeo Hagrid agora tomava conta dos novatos e foi bem gentil ao explicar o que era necessário na primeira noite em Hogwarts.

—Alunos novos, sigam-me. -Hagrid era enorme e sua aparência afrontou Rose e Alvo.

Uma grande porta de madeira se encontrava a frente. Rúbeo posicionou-se próximo a ela e ajeitou a roupa que usava, parecia um terno velho. Por algum motivo, Hagrid queria parecer agradável ali. Cortar o cabelo não seria ruim também, pensou Rose.

—Bem vindos à Hogwarts. -Ele disse. -Em breve poderão se sentar e achar seus colegas, mas antes serão selecionados para suas casas. Elas são: Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina. Lá dentro, por favor, não peguem seus dispositivos troux-digo, não-mágicos.

—O que houve com Hagrid? -Alvo perguntou, sussurrando para a prima.

—Ele está tentando falar difícil... -Deduziu Rose.

—Ou ele quer manter o emprego. -Disse Scorpius, posicionando-se próximo à Alvo.

Scorpius Malfoy não parecia gostar de falar muito, mas estava tentando se mostrar presente. Rose não gostaria de começar o ano sem amigos, já falava com Alvo e Tiago, então não deixaria Scorpius sozinho, pelo menos era o que ela pretendia.

Hagrid abriu os portões e Rose finalmente viu o teto tão mencionado no livro Hogwarts: Uma história. Era lindo. As velas brilhavam e o céu acima representado estava limpo. As quatro mesas, com os membros mais antigos de cada casa estavam cheias e a cor predominante era o vermelho e dourado de Grifinória. Aparentemente, a casa ganhara a Taça das Casas no ano anterior, com grande reprentação de Tiago Potter, que encarava o irmão.

—Tudo bem, Hagrid, eu assumo daqui. -Disse Minerva, tomando o lugar do meio-gigante.

Um banco de madeira estava em foco e todos encaravam um chapéu marrom que descansava nele. O Chapéu Seletor parecia sorrir e quando McGonagall chamou o primeiro nome, Rose tremeu:

—Holly Will.

Qualquer nome com fonética parecida fazia Rose Weasley entrar em pânico.

—Alvo Potter. -Chamou Minerva.

Por algum motivo, Alvo estava muito confiante e quando o chapéu pousou em sua cabeça, sorriu. O chapéu sorriu junto, mas não de alegria, parecia com alguma ideia maléfica.

—Hum... Eu sei exatamente o que fazer com você, Potter. -Disse o chapéu.

Alvo sussurrou algo para ele, mantendo o sorriso.

—”Sonserina não”? Seu pai lhe ensinou direitinho... E ele estava certo, eu levo sua opinião em consideração. Acho melhor você ir para... Corvinal.

Alvo ficou pálido. Rose pensou em Tiago, ele era o que sempre dizia, brincando, que Alvo iria para a Sonserina. Estava errado, mas também não iria para Grifinória. A cada passo, Alvo ia para a mesa de cor azul, Rose se sentiu mal por ele, sabia que o maior sonho de Potter era seguir os passos do pai, afinal, quem não gostaria de seguir os passos do maior bruxo vivo?

—Scorpius Malfoy. -Chamou McGonagall.

O loiro sentou-se e Minerva colocou o chapéu na cabeça de Malfoy. Hugo, o irmão mais novo de Rose, dizia que os Malfoy não ficavam com o chapéu por mais de dois segundos sem serem escolhidos para Sonserina, então algo estava muito estranho. O chapéu levou dois minutos para escolher a casa de Scorpius.

—Você tem certeza? -Perguntava o chapéu. -Você sabe que faria grandes coisas!

Scorpius sussurrava uma frase longa que Rose não conseguia entender.

—Se você deseja... Sonserina!

Não havia um bruxo que não tenha ficado mau que não foi da Sonserina, dizia Ronald. Rose tentava ignorar esse fato ao máximo e quando chegou a sua vez, quase desejou ir para lá também.

—Muito bem... -O chapéu a avaliava. -Grifinória!

Alvo sorriu, estava orgulhoso de Rose, mas não parecia feliz.

O dormitório feminino era muito bem arrumado. No quarto onde Rose dormia, haviam seis camas e a ruiva tinha a companhia de todo o tipo de aluna. Próxima a ela, Dominique Weasley, sua prima, dormia. Já estava à noite, mas pensar em Alvo e Scorpius não a deixava dormir também. O Chapéu não ia colocar Scorpius na Sonserina, algo o fez mudar de ideia. Alvo queria acompanhar os passos do pai, mas não conseguiu. Poucas coisas deram certo na primeira noite do primeiro ano.

Rose se forçou a dormir, o primeiro dia de aula seria cheio.


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Notas finais do capítulo

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