A Estranha escrita por DeidaSammys


Capítulo 44
Amigos


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Não me matem, por favor ;-;, eu sei que mereço sdfokdfopd mas me perdoem realmente. Foi um pouco dificil para mim escrever os capítulos. Eu meio que sabia o que ia acontecer mas sabe quando você não consegue passar para as páginas? Então, eu estava bem assim, então me desculpe.
Como recompensa, vocês terão mais dois caps!
Espero que gostem e que ainda estejam por ai haha



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Abgail bocejou, passando a mão pelo rosto e se espreguiçando. A garota estava na biblioteca e lia alguns livros para se distrair, sentindo os costumeiros olhares sobre ela, mas não se importou.

Desde que ela saiu da Ala Hospitalar -que não faz muito tempo-, muitos alunos ficaram tentando deduzir o porquê de ela ter estado lá. Mas obviamente, nenhum chegava perto do que realmente aconteceu.

Um dos motivos para que ela acordasse tão cedo naquele dia foi porquê a garota teve um pesadelo sobre o ocorrido e acordou toda suada e tremendo, mas por sorte, não fez barulho o suficiente para acordar suas amigas. E para não incomodar ninguém, não contou para ninguém, nem para Sirius.

Primeiro ela queria resolver as coisas antes de tudo, por isso que Abgail estava na biblioteca. Ela foi para lá na esperança de encontrar com ninguém menos que Régulus, pois sabia que ele passava bastante tempo ali.

Mas ela estava a bastante tempo ali e até agora, nada.

Seus pensamentos foram interrompidos por um baque. Olhou para cima vendo uma garota da Lufa-lufa pegando suas coisas no chão enquanto o outro fez sua respiração parar.

Ironicamente, era Régulus.

O sonserino apenas lançou um olhar de desculpas para a garota loira, mas a mesma nem reparou, e o moreno logo saiu, sem nem ter visto que Abgail estava ali perto.

A morena pegou sua bolsa e conseguiu pegar com dificuldade todos os livros que estavam na mesa com os braços, e começou a caminhar apressadamente atrás de Régulus.

Ele saiu da biblioteca e começou a caminhar com passos largos, parecendo estar nervoso e logo dobrou um corredor, e a garota o seguiu tentando não chamar atenção. Ela se virou para o mesmo corredor e se assustou quando viu a varinha do sonserino apontada em seu rosto, fazendo ela deixar todo seu material cair de seus braços.

Régulus ao ver quem era, arregalou os olhos e abaixou a mão com a varinha, dando um passo para trás.

—O-oi... –Abgail cumprimentou constrangida e se agachou para pegar as coisas que caíram-

—Eu... você, me desculpa, eu...

—E-está tudo bem. –a morena deu de ombros sorrindo sem graça e levantou o olhar para ele-

Ele engoliu o seco ao olhar para os belos olhos de Abgail e fechou os punhos, falando entre dentes:

—Eu... eu tenho que ir... –deu as costas e voltou para seu caminho com passos mais rápidos agora-

—Espera! –a morena levantou já com suas coisas de volta e correu atrás dele- P-por favor... me escuta, Régulus, pare por favor... Reg!

O sonserino parou bruscamente ao escutar o ela levantar a voz em seu apelido. Se virou para trás, mas não a olhando diretamente.

—O que... o que você quer?

Abgail deu um suspiro pesado sentindo uma grande ansiedade em seu estômago e começando a soar frio.

—E-eu... eu quero saber a verdade.

—O que? Do que você está... –ele parou ao ver o olhar desesperado de Abgail-

—Por favor, Reg. –ela implorou dolorosamente- Eu quero resolver as coisas, eu... eu quero saber o que realmente está acontecendo.

Ele desviou o olhar e sua voz falhou um pouco antes de perguntar com a voz baixa:

—O que você quer saber?

—Foi... foi você naquele dia?

—O que...

—Em Hogsmeade. Quando eu estava sendo... –ela parou e fechou os olhos com força, sentindo um nó na garganta- Quando eu estava sendo torturada pela sua... prima. Foi você que me salvou, Reg?

Régulus cerrou os dentes fechando os olhos com força, seus dedos ficando brancos de tanto que apertava a varinha em sua mão.

—Por favor Reg, me responda. E-eu... eu tenho que saber. –a morena implorou-

—Sim. Eu... eu que te ajudei em Hogsmeade. –o sonserino respondeu seriamente agora olhando enfim para a garota-

—Por... por que?

—Droga, Abby! –Regulus passou a mão pela a nuca desesperado- Você não entende?

—Se... se você não me disser nada, é claro que eu não entendo! –Abgail retrucou ficando irritada e em seguida ela suspira sofridamente- Eu estou confusa, Reg! E-eu não entendo mais... eu não sei porque você ainda continua fazendo isso, eu...

—Porque eu gosto de você, Abgail! –o sonserino explodiu- Eu faço isso porque eu sou apaixonado por você!

A morena engoliu o seco com os olhos levemente arregalados, não estava surpresa, mas mesmo assim não estava preparada para a resposta, mesmo que já soubesse.

—V-você...

—Eu gosto de você, Abby. –ele a interrompeu- Eu me importo com você, Abby. Por isso que eu fiz isso...

—Então por que... –a garota limpou a garganta tentando pensar em algo para falar- Então por que... por que você continua com essa vida?

Régulus deu uma risada seca e a encarou:

—Você não entende. Eu escolhi essa vida, Abgail, eu procurei por ela e agora eu estou condenado para sempre à ela.

—Mas eu sei que você não quer mais continuar com isso, Reg. –a morena falou- Você pode mudar...

—Não, eu não posso. Eu... eu não sou da Grifinória, Abgail. Eu não sou corajoso, eu sou um covarde, simplesmente eu não consigo. –ele protestou- E também, eu não mereço no final de contas, eu fiz coisas ruins e nada irá mudar isso.

Abgail tentou se aproximar do garoto, mas o mesmo rapidamente se distanciou, fazendo a garota suspirar antes de começar:

—Você não é um covarde, Reg. Se você fosse realmente um covarde, você... você nunca teria se arriscado da forma que fez. Você me salvou Reg, se arriscou ao me salvar sabendo que poderia ser visto. Aquele dia em que... em que você me falou em Hogsmeade que eu corria em perigo, você colocou sua própria vida em perigo ao se arriscar para apenas me avisar sobre aquilo. Você é corajoso, Régulus e eu sei que você quer que isso acabe.

—Eu...

—Eu sei que você não quer mais ser um comensal, Régulus.

O rapaz praguejou irritado passando a mão pelo rosto.

—Não, Abby. Eu... Eu não mereço, eu fiz coisas horríveis quando me tornei um comensal e das coisas que eu mais me arrependi foram as coisas que eu fiz à você...

—Mas eu o perdoo! –ela exclamou o interrompendo, fazendo o coração do moreno saltar- Nada irá mudar o que você falou, isso é verdade, mas... eu sei que você se arrepende e isso é o que importa, Reg.

O sonserino soltou o ar que prendia e franziu a testa, sentindo um nó na garganta, começando:

—Eu simplesmente não posso Abby. Eu não consigo, eu... Não tenho coragem o suficiente. Eu estou sozinho...

—Você não está sozinho, Reg. Você tem a mim. –o interrompeu com um sorriso triste e logo continua- Mas principalmente, você tem a Sirius.

O peito dele doeu a menção do irmão mais velho. Pensar em Sirius era extremamente doloroso a ele.

—S-Sirius...? –murmurou com a voz falha, parecendo não acreditar no que escutou-

—Sim, você tem a Sirius. Ele ainda se importa com você, eu sei, por mais que... que ele não fale nada sobre, eu sei o quanto Sirius ainda se importa com você e que o ama, e sei o quão ele fica arrasado em pensar que o irmão é um comensal. –Abgail falou sorrindo- Ele te ama Régulus, e faria de tudo para ajudar você a sair dessa.

—Você... você acha? –ele perguntou com a voz baixa-

—Sim, eu tenho certeza, Reg. –ela assentiu repetidamente dando uma risada fraca- Ele... quer o irmão de volta, e eu sei que você também. Eu sei que você também sente falta dele, apesar de tudo.

Régulus olhou para a garota que sorria compreensiva e não conseguiu evitar em soltar um pequeno sorriso.

—Por favor, Reg, pense nisso. –a morena falou- Você não merece passar por isso sozinho, então pense no caso, está bem. Eu... eu e Sirius estamos aqui para te ajudar.

Ela esperou um pouco e ao ver que o garoto continuou em silêncio, suspirou, mas sorriu mesmo assim, terminando:

—B-bem, acho melhor eu ir andando. Tchau... Régulus.

Se virou, mas parou quando a voz de Régulus irrompeu:

—Eu irei pensar. –ela olhou para trás, mas só para encontrar ele de cabeça baixa, sem olhar para ela- E Abby?

—S-sim?

Ele finalmente olhou para ela e sorriu, continuando:

—Fico feliz que você tenha finalmente se acertado com meu irmão.

Abgail ficou surpresa se sentindo um pouco mal já que agora tinha certeza dos sentimentos dele sobre ela, mas mesmo assim deu um sorriso.

—Y-yeah, e-eu também.

E deu as costas para ele, desaparecendo da vista de Régulus.

O sonserino soltou o ar e continuou parado, encarando aonde a garota tinha acabado de sair. Não conseguiu evitar de parar o sentimento que invadiu em seu peito. Uma pequena pontada de esperança.

Depois de tanto tempo, Régulus finalmente tinha um pouco de esperança.

Abgail suspirou tentando ajeitar os livros em seus braços que insistiam em cair. Seu coração batia rápido e seus passos apressados não ajudavam muito, mas não conseguia evitar. Ela estava feliz, estava tudo começando a se resolver.

Não conseguia esconder o sorriso, ela estava esperançosa. Se Régulus realmente concordasse em querer mudar, não conseguia imaginar o quão feliz Sirius ficaria. Sem falar que a garota ganharia seu melhor amigo de volta.

Deu uma risada e finalmente encontrou quem queria. Saltou do degrau para o gramado, praticamente começando a correr na direção de Sirius, que vinha conversando com James, Remus e Peter.

—Ah, ei Abby... –ele começou ao ver a namorada correndo na direção deles- O qu...?

A garota largou os livros que caíram em um baque no chão e praticamente saltou em Sirius, o puxando para um beijo. Ela parecia ter se esquecido que havia gente em volta deles, mesmo que fosse poucos, ainda sim tinha.

O maroto arregalou os olhos, estava surpreendido com a atitude da garota, mas obviamente retribuiu o beijo, colocando as mãos na cintura da garota, logo fechando os olhos. Apertou o corpo dela contra o seu sentindo Abgail colocar a mão em sua nuca, fazendo uma carícia no local.

—Bem, que surpresa. –Remus comentou olhando a agarração do casal, não parecendo se importar muito-

—A Abby, ela... –Peter começou, mas não conseguiu exatamente achar uma palavra certa-

—Quem diria, né? –James completou concordando-

Abgail puxou Sirius pela gola da camiseta aprofundando o beijo, fazendo eles cambalearem um pouco com a intensidade. Ele estava completamente surpreso com tanta ansiedade que a morena estava colocando no beijo e admitia que estava amando isso.

A língua dos dois logo se entrelaçava e Sirius apertava a cintura dela com tanta força que talvez ficasse marcado, ele pressionava o corpo dela com o dele deixando ambos abobados.

Então a necessidade de respirar se fez presente e eles se separaram com a respiração ofegante. Abgail encostou a testa no peitoral de Sirius tentando se acalmar enquanto o maroto apoiou o queixo na cabeça dela.

—Eu... eu não sei exatamente o que aconteceu aqui, garota do Quadribol... –ele começou com uma dificuldade de falar- Mas eu amei.

Ela deu uma risada sentindo o rosto ficar quente como brasa. Não acreditava que fez isso, ainda mais em público mesmo que tivesse só algumas pessoas que passavam por ali. Mas mesmo assim.

—Finalmente, pensei que vocês esqueceram de nossa presença sabe. –Remus comentou chamando a atenção dos dois- Na verdade, acho que vocês esqueceram que também estão em público e não em um quarto.

—Por um momento eu quase cogitei de sair daqui para deixar os dois a sós. –o de óculos provocou-

Sirius fechou a cara, enquanto Abgail escondeu o rosto envergonhado no peito do namorado.

—Mas quem diria que a Abby faria assim. –Peter comentou dando uma risada-

—Sempre achei mais propenso que fosse Sirius a atacar Abby, não ao contrário. –Remus brincou vendo a garota gemer envergonhada-

—É, nunca achei que Abby fosse do tipo selvagem. –James concordou brincando-

Os três riram do casal, de Sirius que continuava com a expressão fechada e de Abgail que se encolhia de constrangimento.

—Então Abby, o que aconteceu para você ter me beijado do nada daquele jeito?

Depois que do que aconteceu, os cincos foram para o salão comunal e logo Abgail subiu para o dormitório feminino. E alguns minutos depois enquanto folheava seu caderno de desenho de pé em frente de seu malão, Sirius apareceu e se jogou em sua cama, rapidamente perguntando isso.

A morena ruborizou e olhou de canto para ele, respondendo timidamente:
—N-nada...

O maroto ergueu a sobrancelha olhando cético para ela, comentando:
—Você quer mesmo que eu acredite que não é nada, garota do Quadribol?

Abgail riu levemente sentindo seu rosto ferver. Suspirou fechando seu caderno e jogando na ponta da cama, se aproximando do namorado. Ele sorriu quando a garota cercou seu pescoço com os braços, começando:
—Não é nada demais, sério. Eu apenas... estou feliz. –ela falou sendo sincera. Mesmo que não fosse toda a verdade, não era uma mentira-

—Uhum, tá... –ele ironizou-

—Sirius! –ela deu um tapa na cabeça dele- Não duvide de mim.

Ele deu uma risada e envolveu os braços em torno da cintura dela, a puxando para mais perto.

—Está bem, está bem. –concordou sorrindo sacanamente, em seguida continua com uma pergunta- Então qual seria o motivo de sua felicidade?

—Bem, apenas que... feliz que algumas coisas estejam se resolvendo. –respondeu dando de ombros-

—E quer que eu acredite nisso também? –provocou-

—Sirius. –ralhou revirando os olhos, escutando a risada dele que parecia um latido-

A garota balançou a cabeça negativamente e o encarou, que olhava para ela risonho. Abgail sorriu levemente e aproximou seus rostos.

—Bem Abby, seja lá o que te deixou feliz... –Sirius começou, baixando seu olhar para os lábios dela- Eu adorei.

Ela riu levemente e logo grudou os lábios carinhosamente com os dele. Suspirou entre o beijo, e fechou os olhos apreciando o beijo. Ele a apertou entre os braços e mordeu o lábio inferior dela, fazendo a garota soltar um outro suspiro.

Abgail não se segurou e subiu na cama, se sentando no colo do maroto. Sirius grunhiu e a puxou pela a cabeça, aprofundando mais o beijo e a garota gemeu com a sensação da língua dele contra a sua.

—Ah Abby, você está aq... Ai pelas barbas do senhor!
A morena se separou rapidamente de Sirius e o maroto a tirou delicadamente se cima de si, já sabendo o quanto a garota deveria estar constrangida, pelo rosto dela contra seu braço dizia tudo.

—Oh, olá Dorcas. –Sirius sorriu inocentemente-

—O-olá S-Sirius... –a garota que estava com a mão direita sobre os olhos acenou com a outra mão- Como você está?

—Eu estou ótimo, para falar a verdade. –respondeu sarcasticamente-

—C-certo.

—Sabe, loirinha, eu e a Abby não estamos pelados, pode tirar a mão dos olhos.

Dorcas baixou a mão se sentindo um pouco culpada, sentindo que Sirius não estava nenhum pouquinho feliz por terem sido interrompidos.

—Ah, que pena. D-digo, que bom! –ela se confundiu toda e balançou a cabeça, respirando fundo. Andou até seu malão e pegou dois livros- B-bem, já peguei o que eu queria, então... Tchau, para vocês. E-e desculpe.

E a loira saiu como um furação do dormitório.


Sirius suspirou passando a mão pelo o rosto e se apoiou pelos cotovelos na cama. Olhou para o lado e teve vontade de rir ao ver a namorada deitada com as mãos no rosto.

—Achei que já tivesse se acostumado. –comentou divertido-

—H-hã?

—Digo, todo mundo já viu a gente nos beijar e...

—M-mas não em situações com essa. –ela retrucou constrangida o fazendo rir-

—Bem, não é como se uma hora ou não, eu e você iremos...

—Sirius! –a morena exclamou tirando as mãos no roso, olhando envergonhada e ao mesmo tempo nervosa para ele-

Ele gargalhou enquanto ela olhava mal humorada para ele, mas no fim Abgail não resistiu e se juntou a ele, mas timidamente. E  alguns segundos depois, os dois entraram em um profundo silêncio confortável, apenas olhando um para o outro.

—Hoje... hoje é lua cheia, não é? –Abgail interrompeu o silêncio com uma pergunta em tom apreensivo-

—Yeah...

—Ah, bem... tenham cuidado, todos vocês.

—Abby, nós fazemos isso já faz um tempo. Já nos acostumamos.

—Mas isso não impede nada de acontecer algo. –ela retrucou cruzando os braços-

Sirius riu pelo nariz e colocou a mão no rosto dela, a tranquilizando.
—Ah vamos lá garota do Quadribol, não se preocupe, vai ficar tudo bem. –assegurou-

Ela sorriu e desejou:

—Bem... eu espero que sim.

Dorcas respirou fundo ao sair do dormitório feminino, sentindo seu rosto queimando, provavelmente deveria estar super vermelha. Nunca imaginaria flagrar uma cena daquelas, principalmente porquê estavam falando de Abgail.

Mesmo que ao mesmo tempo não fosse uma surpresa, pois estavam falando também de Sirius Black.

Balançou a cabeça. Era melhor fingir que nada aconteceu, apenas desejou não ter interrompido o momento deles, tinha certeza que Abgail deveria estar morrendo de vergonha lá dentro.

Desceu as escadas e foi até a saída, passando pelo retrato da Mulher Gorda. Começou seu caminho até a biblioteca quando ao virar em um corredor acabou que esbarrando com alguém.

Sentiu o coração acelerar ao ver que era Remus.

Por que entre tantas pessoas tinha que ser justo ele?! Pensou desesperada.

—A-ah, olá R-Remus.

—Ah, oi... Dorcas.

E então os dois ficaram em um silêncio que trouxe uma sensação desconfortável para ambos. A loira encarou discretamente o rapaz e percebeu que ele estava em um daqueles estados que parecia que ficava mais cansado que o normal, e sua olheiras pareciam piores. Sem falar a expressão depressiva que ele carregava no rosto.

Ficou preocupada, na verdade, estava sempre assim com Remus. Quer dizer, até hoje ainda tinha uma mágoa dentro de si, mas isso não a impedia de sentir as outras coisas. Sabia que ele sempre teve uma saúde frágil que parecia afetar bastante ele.

—Ahn, Dorcas. –ela ficou surpresa quando ele a chamou. O olhou interrogativa e esperou ele continuar, e assim o fez- Eu... Eu sei que eu demorei muito e que não mereço, mas eu irei tentar mesmo assim... Me desculpe.

—S-se... se desculpar?

—Sim, por aquele dia em Hogsmeade. Eu realmente fui um idiota, mas é que... –o maroto travou e engoliu o seco- Olha Dorcas, eu aprecio seus sentimentos, só que...

—Você não sente o mesmo por mim, não é? –ela perguntou tristemente olhando para baixo-

—Nãa, não... Digo, não quis dizer isso, é que...

Remus parou, grunhindo irritado consigo mesmo.

Admitia que seus sentimentos por Dorcas não estavam tão fortes como antes, mas ainda sim se importava muito com a garota e não queria deixa-la magoado. Ele foi um idiota sim e talvez continue sendo, mas Remus não podia contar para ela sobre ele, simplesmente não conseguia.

—Ah, eu... eu gosto de você Dorcas. –ele falou suspirando fazendo a garota arregalar levemente os olhos- Eu... eu apenas não posso.

A loira respirou fundo, comentando com uma risada sem vontade:
—Não pode, não é? Fico me perguntando o quão problemático deve ser o motivo para isso.

—Dorcas, por favor entenda que... eu não posso. Me desculpe. –pediu

—Está tudo bem. Eu... não irei forçar você a falar qual é o problema, irei respeitar suas vontades Remus. –a loira falou finalmente conseguindo encarar o maroto- Bem, acho que terei que seguir em frente mesmo, não é?

Ele abaixou o olhar.

—Me desculpe.

—Ah, está tudo okay.

—Só não quero que... que fique mais um clima estranho entre a gente, sabe? –Remus comentou sincero- Não estava aguentando mais daquele jeito.

Ela deu uma pequena risada concordando:
—É, eu também não estava.

O rapaz sorriu e estendeu a mão hesitantemente, perguntando:

—Amigos?

Dorcas sorriu e apertou a mão dele, dizendo enquanto assentia:
—Amigos.


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