Naruto Epic escrita por Sr M


Capítulo 19
A Batalha do Xeque-Mate


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores xD Não sei se já perceberam, mas a história tem se direcionado para sua conclusão nos últimos capítulos.

Espero que estejam preparados para ler este, que é o penúltimo capítulo da fic kkk

Entendam que essa é apenas a primeira aventura do GRANDE Mago do Leste, o que nos deixa com a possibilidade de muitas outras histórias desse grupinho louco kkk

Queria agradecer a cada um que tem lido e também os que tem comentado a fic até este ponto. Em especial um grande abraço e um muito obrigado aos que mais tem comentado, Sakurita Haruno e Nihal q acompanharam praticamente do começo, Marcos Moreira q começou depois, mas comentou todos, valew cara, Rapha100over, Debora Uchiha q também comentaram várias vezes. É pelo apoio de vcs q vou conseguir acabar a fic. Valew

Espero q gostem desse e do próximo capítulo gente. Sem mais,

bora ler



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Hiashi está enfurecido andando de um lado a outro. Ele pára e se lembra do que Naruto disse: “... em momento algum do dia de hoje, nenhum de meus amigos sequer pisaram em seu reino”.

– Hisatsu, pegue os quatro guerreiros e vá imediatamente para o jardim de teletransporte. Estou indo na frente e espero vocês em Link Porth. – Ao terminar de instruir, o Rei toca a empunhadura de sua majestosa espada.

Uma das joias incrustadas é vermelha num formato de octaedro. Mais um dos Cristais de teletransporte. O Rei concentra-se em seu destino e, no instante seguinte, deixa a sala para aparecer no cais da cidade de Link.

Com sua visão privilegiada, mesmo no escuro da noite, distingui a mais de quinhentos metros um navio. Ele ergue a espada e passa a proferir palavras em élfico. As nuvens sobre sua cabeça passam a se movimentar e relâmpagos clareiam-nas. Um grande raio desce cortando os céus até alcançar a lâmina de mithril, que é redirecionada para o navio, lançando toda a energia elétrica para ele.

Quando o raio alcança a embarcação, ao contrário do esperado, uma luz violeta semitransparente o absorve e repele na mesma direção de onde veio. Hiashi não tem sequer tempo de praguejar. Ele estica o braço esquerdo à frente e levanta o direito com a espada para o céu. O Elfo se faz de condutor e lança toda a carga energética para o alto.

Todo o céu brilha com um clarão, seguido de um grande estrondo de trovão. BRR-BOOOM !!!

O Rei olha furioso para o horizonte entendendo que o navio não será afetado por magia. Seus cinco guerreiros de elite aparecem magicamente a seu lado. Ele dá as ordens e Hisatsu sobe a bordo de um dos navios ancorados no porto, acorda o capitão e o faz levá-los quer queira, quer não.

– Não há problemas em servi-lo, Vossa Majestade, mas meu navio não é rápido o suficiente para alcançá-los tão longe. – Desculpa-se o bom homem.

De fato o barco é pequeno, podendo ser tripulado pelo próprio capitão sozinho, sem tripulação. Como não há tempo para convocarem os navios reais, terão de se arranjar com esse mesmo.

– Preocupe-se apenas com o leme capitão. Deixe que da velocidade cuidemos nós. – Responde Hiashi apontando para as velas do navio.

Seus subordinados entoam magias que comandam os ventos fazendo-os soprar com toda a força nas velas enfunando-as e emprestando grande velocidade a pequena embarcação.

Pouco a pouco a distância entre eles vai desaparecendo. Em minutos o pequeno Dheros Lesrin já alcança o imponente Lance Hawk. Quando ambos estão emparelhados, os Elfos balançam-se em cordas e se lançam para o ataque. Todos exceto o Rei que não tem tempo pra isso ao ser atacado repentinamente.

Ele saca velozmente sua espada bloqueando a arma inimiga.

– Você !!! – Grita para o atacante.

– Olá Hiashiniraieen. Como tem passado ? – Pergunta Dwym com um sorriso sádico no rosto.

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No convés do Lance Hawk uma difícil batalha é travada aos pares. Kakashi está enfrentando Hisatsu, desta vez em pessoa. O mercenário cruza sua katar várias vezes com a espada do Elfo.

Naruto, Sakura e Sasuke enfrentam, cada um, outro dos Elfos de elite. Hinata lança flechas com seu arco na direção do quarto inimigo.

O mago conjura magias de forma controlada para não danificar o navio e isso dificulta a luta. Ele acaba vendo-se obrigado a lutar mais uma vez com sua espada elemental. Quando o garoto está bloqueando a espada do inimigo medindo forças com ele, Konohamaru aparece por trás e desfere um golpe de adaga na perna do guerreiro.

– Aaargh. Verme maldito. - Arfa de dor o Elfo.

Naruto aproveita para lhe empurrar e lhe desferir um golpe no ombro. Apenas um corte superficial. E a luta segue com o pequeno ladino atrapalhando os adversários para ajudar seus amigos.

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O Rei é um espadachim brilhante, mas de alguma forma, Dwym é tanto quanto, ou até mesmo mais. Eles travam uma batalha épica com cortes e desvios, saltos e manobras, magias e bloqueios mágicos. O capitão ao leme do Dheros assiste a luta embasbacado.

– Vocês não foram páreo para os Elfos Aliados nem mesmo juntos. O que te faz pensar que pode me vencer, Dwymnioraan Tarannys ?

– E o que te faz pensar que não ? Filho de um covarde que não ousou lutar nem de um lado nem de outro !! - Diz o capitão cuspindo as palavras.

O Rei arregala os olhos surpreso e em seguida os serra partindo para um novo ataque violento. Dwym só consegue aparar e bloquear os golpes daquela espada assustadora porque a sua própria espada também é feita de Mithril. Porém é de um Mithril Negro, ainda mais raro que o outro.

Hiashi desvia de uma estocada mortal e bloqueia um corte transversal. Usa seu Cristal na espada para teletransportar-se atrás de Dwym que fica surpreso e leva um corte grande nas costas. O capitão cai enfraquecido pelo grave ferimento e é ignorado pelo Elfo Rei que caminha até a amurada do navio e pega uma corda na intenção de se lançar ao Lance Hawk.

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Hinata entoa uma magia de pura energia mágica semitransparente que atinge o peito do alvo e o lança para longe. No instante que Hiashi põe o primeiro pé na amurada do outro navio, a garota percebe e lança uma flecha perfeitamente precisa que rompe a corda e interrompe automaticamente o movimento de seu pai.

Ela também se aproxima da amurada desse navio e ambos se encaram sérios em silêncio.

Hiashi começa, enfim, uma conversa baseada no olhar e movimento dos lábios, de um jeito que um humano não conseguiria.

– Por que Hinata ? Por que escolheu essa gente, ao seu povo ? Por que escolheu esse humano a mim ?

– Porque o senhor nunca usou as chances que teve de me ouvir. Nunca se importou com o que eu penso e nem sequer me considerou alguém importante. Pode até ser que as coisas saiam erradas no fim, mas ao menos saberei que tentei e que foi minha escolha. Eu não teria isso se ficasse, pai.

– Entendo seus motivos Hinata, apesar de não concordar com eles. Um dia você saberá como é ser responsável pela vida de todo um povo e, somente nesse dia, entenderá minhas escolhas. Tudo que te peço agora é que não pense assim de mim. Não pense que não me importo com você minha filha, pois isso não é verdade.

Antes que possam dizer qualquer outra coisa, um dos Elfos movimenta-se para atacar a garota. Naruto percebe, mas não tem tempo de usar magia. Ele corre e se joga em cima do adversário. Ambos caem ao chão e o mago dá um soco na cara do outro que o atordoa.

– Não interrompa uma dama, idiota. - Diz o garoto levantando-se e olhando para o Elfo Rei. - Sei que nunca irá nos aceitar Hiashi, mas farei o que estiver a meu alcance para proteger a Hinata de quem quer que seja. Até mesmo de você se esse for o caso.

Ele termina de falar e pega na mão da princesa élfica. Hiashi move os lábios, mas Naruto não é capaz de identificar sua fala.

– Adeus, Rei dos Elfos. - Diz a garota se virando. Ela olha uma vez mais e diz no idioma élfico. - Adeus, papai. - Uma lágrima escorre de seus olhos e puxando o humano, vão juntos outra vez ao combate.

Hiashi sente um aperto no peito ao ver sua menina partindo. Ao virar-se para o corpo de Dwym, vê uma energia negra brilhar intensa nas costas do adversário que tem o ferimento fechado, levantando-se de repente de uma forma estranha.

O capitão mantém um olhar sinistro e assassino. Ele parte com alta velocidade para cima do Rei e passa a desferir golpes violentos. Hiashi desvia e aproveita para fazer novos cortes, já que seu inimigo não está mais preocupado com a guarda .

Dwym parece não se importar com os ferimentos, e aumenta mais e mais a agilidade e a força dos ataques, de forma que o Elfo não consegue mais atacar, só defender e ainda levar alguns cortes.

Quando a espada do capitão encontra uma brecha e penetra o ombro do Rei, a luz da razão enfim volta a seus olhos. Ele retira a arma do ferimento e se afasta. Hiashi usa algumas magias de cura para aliviar a dor e poder continuar lutando, mas sua regeneração nem de longe se compara a de Dwym.

– Desculpe-me Hiashi, me excedi um pouco.

– Não brinque comigo, párea. Vou te matar por se aliar a humanos nojentos para raptarem minha Hinata.

– Não ouse falar sobre se aliar ou não, Hiashi. Sabe bem que nunca me juntaria a você, nem mesmo se a existência da raça élfica dependesse disso. - Diz com o olhar carregado de mágoa e ódio. - E se realmente se importasse com sua filha como tenta demonstrar só agora, ela não teria escolhido ir embora por vontade própria.

Hiashi é tomado pela fúria e parte para um ataque decisivo, mas Dwym recita algumas palavras e faz um gesto com a mão. A espada do Rei voa e se crava no chão. Ele se apressa a pegar a arma novamente. Quando toca na empunhadura para retirá-la da madeira do convés, sente um pequeno choque lhe correr por todo o corpo.

Ele é pego numa armadilha mágica e se vê paralisado, podendo mexer apenas os olhos.

O capitão do Lance aproveita para soltar outra corda e dirigi-se para a amurada. Ele sobe pronto para se lançar de volta a seu navio, porém se detém por um instante e olha na direção de Hiashi.

– Não pense que estou fazendo isso por vingança. Nunca senti necessidade de me vingar desse reino. Não DESSE reino. Fiz tudo isso por sua filha que é uma boa garota e merece uma chance. E também fiz por meus amigos humanos. Naruto mostrou seu valor diversas vezes, só um cego ou um tolo seria capaz de não enxergar isso.

Dwym pára e olha para seu navio com um sorriso de vitória. Ele então ordena. - Deck 2, Torre em D1, peões em B1 e F1, abrir comportas.

As comportas de madeira na lateral do navio se erguem revelando três grandes bocas de canhão que emprestam terror para os olhos do capitão de Dheros e do próprio Hiashi.

– Nos vemos na próxima batalha, Hiashiniraieen. - Diz o capitão, saltando em seguida e gritando ao balançar-se. - FOOOGOOOO !!!

Os canhões se acendem num grande clarão e um gigantesco estrondo. BOOOOM !!! As Bolas Negras de ferro abrem três buracos no casco do pequeno navio inimigo, que não passa de um navio mercante.

Antes que Dwym toque os pés em seu próprio convés, os canhões são recarregados e disparados uma vez mais. Outros dois buracos no casco e a terceira bala de canhão acerta bem no mastro central, fazendo-o cair na direção de Hiashi.

Ao perceber que estão sob ataque, o Elfo deixa o timão e corre para seu Rei imobilizado. Por sorte, ele chega bem a tempo de puxá-lo, salvando-o de ser esmagado pelo mastro. O navio começa a rachar ao meio e afundar. Hiashi recupera os movimentos, uma vez que foi tirado da área da armadilha mágica. Ele segura o capitão e, tocando em sua espada, em um segundo está no cais de Link vendo o navio afundar e os inimigos escaparem.

A ele só resta confiar em seus homens, mas a essa altura, já não acredita mais que possam vencer.

– Maldito ... PIRATAAA !!!! - Grita transtornado o Rei dos Elfos.

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A batalha no Lance Hawk segue para seu desfecho de forma equilibrada. A luta não pende para nenhum dos lados, mesmo com Konohamaru atrapalhando, pois o garoto já levou alguns golpes e não pode mais ajudar muito.

Dwym não se importa nem um pouco com a situação. Ele caminha calmamente para o centro do navio e crava sua espada no chão do convés. Dá então uma nova ordem. - Convés, Torre, Cavalo, Bispo, Rainha e Rei .... Xeque-Mate !!

Todos sentem um calafrio e notam seus pelos eriçarem. Uma energia fantasmagórica se reúne com o soprar de um vento gélido. Cinco figuras translúcidas fazem-se visíveis chamando a atenção de todos.

São fantasmas élficos trajando gloriosas armaduras de batalha. O senhor e a senhora ao meio, ostentam realmente o porte de Rei e Rainha. Eles sorriem de forma sinistra. Cada um dirige-se em velocidade sobre natural para um dos quatro Elfos de Elite, enquanto o Rei Fantasma vai em direção a Hisatsu.

Esses espíritos entram nos corpos dos adversários possuindo-os e controlando seus movimentos. A prancha é estendida e eles caminham por ela e jogam-se ao mar gelado um a um. Hisatsu tenta resistir e faz um esforço espantoso para virar a cabeça na direção de Dwym, que não perde o sorriso por nada.

Em seguida as feições do Rei aparecem no rosto do guerreiro que não é capaz de resistir e corre pela prancha jogando-se também ao mar. A batalha está terminada, e os Heróis saíram vitoriosos. Porém ganhar uma batalha não significa ganhar a guerra, e Hiashi não desistirá.

A noite será bem longa para os cinco comandados do Rei élfico, uma vez que usarão as madeiras do destroço de Dheros Lesrin para boiarem e remarem até o porto de Link.

Os aventureiros e o capitão pirata, que ainda não tinha revelado esse detalhe, adentram o Deck 2 para comemorarem a grande vitória.

Especial - A história de Dwymnioraan Tarannys

– Hey, Dwym. Então aquelas salas trancadas eram dos canhões de guerra, né ? - Pergunta Naruto entusiasmado por terem posto os Elfos pra correr.

– Isso aí. não contei antes pra não estragar a surpresa. HAHAHAHA

Eles estão todos sentados em círculo ao chão. Dwym, Hinata, Naruto, Sasuke, Sakura, Konohamaru, Kakashi e novamente Dwym, nessa ordem.

– Pra ter um navio fortemente armado e não ser um navio real de guerra, você é um Pirata ? - Pergunta Kakashi com sua calma habitual.

– Podemos dizer que sim. Eu navego com armamento de pólvora de forma ilegal e clandestina. Perante as regras de todo o reinado leste, e dos demais também, sou um Pirata. - Responde Dwym virando um belo caneco de rum.

– Mas ... e aqueles ... fantasmas ? - Pergunta Sakura com os olhos arregalados e se arrepia, arrastando-se um pouco mais pra perto de Sasuke.

– Bem ... os comandos de vozes do meu navio, são cumpridos por eles. Acho que isso é o que chamam de navio fantasma afinal. HAHAHAHA - Gargalha mais uma vez o excêntrico capitão.

– Mas você não é um fantasma, certo ? - Quem fala é Hinata que está encostada no mago do leste.

– Não, não. Eu tenho uma espécie de poder xamânico. Certo. Vou lhes contar minha história e acabar de vez com o mistério.

"Acho que já devem ter ouvido falar do antigo império élfico. Há muitos séculos atrás houve um grande Rei Elfo que conquistou e comandou todo o mundo conhecido. Ele permitia que houvesse um Rei para cada povo élfico, mas todos sob sua liderança. Norte, Oeste, Sul e Leste tinham seus Reis. O grande reino élfico da região central era comandado por esse Rei e Imperador, Daemnyeraan Tarannys ... meu pai.

Ele conquistou todo esse poder antes de se casar. E quando tudo estava sob seu controle escolheu minha mãe, DaedelinRane Hyuuga, para ser sua esposa. Ela era filha do Rei do Leste daquela época. Os outros três reinos sentiram inveja. Cada Rei queria ver uma de suas próprias filhas casada com o homem mais poderoso do mundo.

Meu pai nunca manteve interesse em ter um harem. Era fiel a minha mãe. Eles tiveram filhos, dos quais eu fui o terceiro e último. E fomos uma família feliz. Meu pai sempre se esforçou para ser um bom regente, esposo e pai. E cumpriu com êxito essas tarefas. Nos criou e nos treinou para sermos grandes Reis assim como ele próprio o era.

Porém quanto se está no topo do mundo, você atrai os olhares de todos que estão embaixo, quase como se fosse um Deus. Muitos desses olhares de admiração e respeito, mas também, muitos de inveja, cobiça, ódio.

Muito tempo se passou assim. Tanto que no Leste o poderoso Rei Hinmiriiel Hyuuga, meu avô materno, passou o trono para seu outro filho, meu tio e pai de Hiashi e Hizashi. O que faz de mim primo do atual Rei do Leste.

Eu já havia vivido muitos séculos. Hiashi e seu irmão já eram príncipes prontos até mesmo para assumir esse reino. Foi quando o fim de nossa glória chegou. Os outros três reinos do Norte, Oeste e Sul, haviam alimentado e fortalecido os sentimentos negativos por nós e uma aliança por parte deles próprios. Meu pai era poderoso, mas não estava preparado para enfrentar os exércitos de todos esses reinos juntos. Ao menos não sozinho. Ele pediu então ajuda ao irmão de minha mão, aquele que não ouso pronunciar o nome jamais durante o resto de minha existência, e ele negou.

A verdade é que ele nunca gostara de meu pai. Nunca gostara de vê-lo ser brilhante em tudo que fazia. Ainda que não tenha se unido aos demais exércitos, ele também tinha inveja de tudo o que meu pai conquistara, até mesmo minha mãe. Pois ele era o irmão mais novo e ela deixou o reino quanto ele ainda era jovem.

Nosso reino sucumbiu aos ataques concentrados. Sem aliados nem alternativa, não importava quantos meu pai era capaz de enfrentar e derrotar sozinho. Tudo foi destruído. Grande parte do povo e dos guerreiros foram mortos. Até mesmo minha mãe, meu irmão e minha irmã. O restante de minha família por parte de pai também, tios e primos, enfim, todos.

Por uma benção, ou maldição, eu não estava no reino no dia de tal batalha. Sobrevivi sozinho. O único Tarannys que restou vivo em todo o mundo sou eu. Na batalha porém, meu pai não caiu. Ele foi o último guerreiro de pé do nosso lado. Ninguém era poderoso o suficiente para derrotá-lo, mas ele já estava morto por dentro. Ainda assim, fugiu do campo de batalha.

Dentro de pouco tempo, ele por si só invadiu o reino de cada um deles um por vez. Matou a todos, príncipes e parentes de cada reino, deixando apenas os Reis para viverem em amargura. Enquanto que no Leste fez o contrário, matou apenas o irmão de minha mãe, que reinava na época e mais ninguém, uma vez que a decisão de não ajudar havia sido exclusivamente dele.

Meu avô ao ver ambos os filhos mortos não aguentou e realizou o ritual proibido Aisu Hitsugi, uma espécie de confinamento no gelo, de forma que o reino passou para o comando de Hiashi.

Meu pai retornou ao nosso reino destruído e já não havia vida nele. Quando chegou, me encontrou lá e pediu perdão por não ter sido forte pra proteger a todos e por ter sido fraco por não se manter firme por mim, pois ele havia desistido. Não havia nada que eu pudesse fazer ou dizer que o fizesse mudar de ideia.

Eu, por outro lado, ainda tinha motivação. Ser mais forte que ele próprio havia sido. Me tornar um Rei imortal e indestrutível. Retomar o direito de cada um desses reinos de se auto comandarem. Meu pai vendo aquele fogo arder em mim assim como ardera nele um dia, usou seu resquício de poder para realizar meu desejo. Me enviou pra longe dali com teletransporte e convocou os três Reis para uma batalha final.

Eles lutaram na capital central, em nosso castelo antigo e destruído. Meu pai ainda que pudesse vencer, deixou-se ser derrotado. Mas antes de morrer, lançou-lhes uma maldição. Nenhum deles poderia seguir seu caminho de descanso e paz. Eles foram amaldiçoados a serem indestrutíveis e vagarem para sempre no mundo lembrando de tudo que aconteceu por sua ganância e ambição. O único que seria capaz de impor um fim em suas existências seria eu, no dia em que estivesse pronto para retomar o poder e a glória de nossa família.

Eu passei os primeiros séculos reunindo poder. Quanto mais poder eu reunia, maior era o vazio que sentia pela falta deles. Vingança é um estado de auto-destruição, não é capaz de sustentar um homem através do tempo. Por fim, procurei e dominei magias negras proibidas. Aprendi um truque ou dois com os humanos que passaram a dominar grandes partes do nosso mundo. Me preparei e com meu navio, Lance Hawk, retornei a nosso reino destruído. Invoquei as almas de todos os meus familiares mortos naquele local e as selei no navio, de modo que pudessem passar a eternidade comigo. A princípio alguns deles não gostaram, mas com o tempo se acostumaram e passaram a me proteger e me guiar. Acabei por abandonar a missão. Não quero mais ser o Rei do mundo. Não quero mais poder. Apenas continuar minha existência no mar junto dos que amo ... por toda ... a ... eternidade."

– Essa é minha história. É um pouco exaustivo invocar a todos de uma única vez, mas vou fazê-lo hoje para lhes apresentar.

Dwym reúne poder mágico, desenha algumas rúnas élficas antigas e materializa um grande número de espíritos. Ele aponta para seus pais e irmãos. Depois para tios e primos, indicando os nomes de todos.

Assim como chegaram, logo se vão. Eles olham para o capitão entristecidos por sua história, mas ele sorri.

– Não façam essas caras, crianças. Já vivi tempo o suficiente para que cada ferida tenha cicatrizado. Vivo hoje como quero, sabem ? Espero que possam fazer o mesmo também.

Naruto e Hinata se olham com o comentário e beijam-se. Sakura olha para Sasuke, que se mantém sério e nada faz. Mas a garota o puxa e beija querendo ou não.

– Pois vou me retirar para descansar agora. Pela manhã chegaremos a uma ilha. A partir de lá poderei levá-los a qualquer lugar que queiram.

– Muito obrigado, Dwym. Você fez muito por nós. - Agradece Kakashi.

– Ele tá certo. Não sei como eu tiraria a Hinata de lá sem sua ajuda. Teria sido muito mais difícil. Obrigado Dwym.

– Tudo bem. Foi mesmo divertido fazer parte disso. - Responde com um sorriso.

Hinata aproxima-se do capitão um pouco sem jeito. - Ainda que meu avô tenha lhes negado ajuda, você não o fez a mim. Obrigada, eu agradeço de coração.

– Sei que sim pequena Hinata. Você, diferente de Hiashi, não herdou a arrogância de seu avô. Na verdade, herdou a bondade de sua mãe. Fico feliz em vê-la enfrentar as regras idiotas dos Elfos em busca de seus próprios sonhos.

A garota sorri e todos despedem-se rumando cada um para seu dormitório. Após algumas horas o sol irá nascer e um novo dia irá começar, cheio de novas surpresas e aventuras. Que cada um deles encontrem o poder em seus corações para enfrentar os desafios e medos enquanto seguem pelo árduo caminho que os leva a serem Heróis.


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Notas finais do capítulo

Pois bem povo, aí está a treta final pela guarda da querida Hinata (quase um casos de família kkk) E o Mago venceu, eeeeeba !!!!

As decisões foram tomadas, as ações realizadas, resta agora contemplarmos as consequências, então não percam por nada o cap final (q alguns chamam de epílogo)

E como eu queria q tivesse 20 cap e não 21 coloquei aí a história do Dwym como especial, um bônus, se preferir.

Semana q vem eu fecho a história, se tiverem dúvidas ou pedidos, mandem nos comentários que eu levarei em consideração para o próximo capítulo.

Tem certas coisas q foram mencionadas no decorrer da fic q não foram mais citadas, mas foi intencional, então relaxem q no próximo as peças finais vão se encaixar.

Até semana q vem então,

Sr. M.