Uma história de amor escrita por Deh


Capítulo 2
1996


Notas iniciais do capítulo

Comentário são sempre bem vindos ;)
Obs. O número em que começa o capitulo, é o ano dos acontecimentos.
Espero que gostem.



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1996

Como Letícia Thompson escreveu em seu poema: “Ser mãe dói sim. Mas engrandece também. A medida da dor é também a medida da alegria de ver filho feliz.”

“Vamos lá querida, só mais uma vez”. Mamãe disse apertando minha mão. “Eu não aguento mais”. Disse eu com lagrimas nos olhos. “Só mais um pouco, eu já vejo ela.” Disse o médico. Fiz pela milésima vez, o que havia feito desde o início: Empurrado. Mas dessa vez foi diferente não era apenas eu que estava chorando, havia mais alguém. Um ser pequenino que me foi entregue nos braços. “Ela se parece com você” foi o que mamãe me disse, ela estava emocionada, havia lagrimas em seus olhos, sim Elizabeth Prentiss estava chorando comigo. Uma das coisas que nunca pensei que veria acaba de acontecer, acho que é verdade quando as pessoas dizem que não existe nada impossível.

Sei que você deve estar meio confuso então deixe eu te explicar direito. Há alguns meses atrás eu sai com Aaron, e devo dizer que o beijo não foi a última coisa que fizemos. Mas infelizmente nem tudo pode ser do jeito que queremos, pois se fosse as coisas não teriam graça. Aquela noite nos marcou para sempre. Mas depois dela seguimos nossos caminhos e a vida continuo.

Havia se passado uns três meses desde o nosso encontro, e já fazia alguns dias que eu não me sentia bem. No início pensei que podia ser alguma intoxicação, mas não passava, então fiz a coisa mais sensata: Fui ao médico. Devo dizer e poupar-lhes os detalhes que eu surtei com o meu diagnostico. Não podia ser tinha que estar errado. E como se isso não é o suficiente recebo uma ligação da minha mãe me informando que ela estava na cidade e queria me ver. Perfeito! Já não bastava a notícia, eu teria que ser obrigada a conta-la imediatamente para minha mãe. Pois se tem uma coisa que minha mãe é boa, é em descobrir as coisas.

Dito e certo! Eu cheguei ao hotel onde mamãe estava, tentando agir naturalmente, mas acho que fiz o oposto disso. Pois ela descobriu que havia alguma coisa errada. Eu sabia que ela não pararia de me encher até eu dizer a verdade então disparei logo “Estou gravida” Tenho a leve suspeita que ela se assustou pois a primeira coisa que ela me disse foi “Desculpe-me, eu acho que não escutei direito”. Eu olhei para ela seriamente, e ela percebeu que havia escutado perfeitamente bem “Como isso aconteceu Emily?” Eu não consigo resistir e reviro os olhos ”Acho que nós duas sabemos como, mamãe”. Ela apenas ignorou o que eu disse “Quem é o pai?” Eu desviei o olhar. ”Tudo bem isso não é tão relevante. O mais importante é você vai ficar com esse?”. Para poupar tempo vou falar que essa não foi a nossa melhor reunião. Depois de me insultar, falar o quanto sou irresponsável, ela tocou no assunto a muito tempo censurado: Roma. Não aguentei mais, ao invés de explodir e retrucar o que geralmente faço eu sai de lá o mais rápido que pude, deixando uma mãe furiosa, seguranças curiosos e o mais importante uma decisão tomada.

Já era noite e eu pensava se contaria a ele ou não. Minha decisão havia sido tomada, só caberia a ele saber a verdade. Mas não eu não podia. Pelo que soube, ele havia ganhado uma promoção, havia sido transferido para uma unidade de elite e sua carreira estava em ascensão. Ele não poderia saber de modo algum, eu convivi tempo suficiente com Aaron para saber que ele assumiria essa responsabilidade, mas eu não poderia de maneira nenhuma acabar com seu futuro promissor no FBI. “Emily, você está aí?” Essa pergunta me tirou do meu debate interior, e fui abrir a porta. “Olá mamãe, veio me insultar mais?” Eu já sabia antes mesmo de abrir a porta que era ela, afinal de contas eu conheceria a voz dela em qualquer lugar. Ela me olhou seriamente. Ótimo estou falando com a embaixadora pensei. “Pelo contrário Emily, eu vim me desculpar.” Eu não podia acreditar, ela a embaixadora Prentiss me pedir desculpas? Isso seria realmente uma coisa rara de se ver. Convidei ela para entrar, nos sentamos e ela começou o seu discurso. “Me desculpe pelo o que eu disse, eu estava errada afinal de contas” Eu a encarei, ela admitindo um erro? Mas ela continuou ”Eu errei ao lhe chamar de irresponsável, acho que agora você precisa de alguém, assim como você precisou há muito tempo.” Olhei curiosa para ela, então ela realmente sabia sobre Roma. “Sim querida eu sei sobre todo o episódio de Roma, e sei também que você tomou sua decisão. Não cabe a mim julgá-la afinal de contas não fui um verdadeiro exemplo . Saiba que se você realmente quiser essa criança eu lhe darei total apoio. Tentarei ser uma boa mãe pra você e uma ótima vó para esse bebé.” Ela sorriu, eu mal pude acreditar, eu não sabia o que fazer simplesmente a abracei e desabei a chorar. Ela me deixou chorar em seu ombro, até que eu parei ela limpou as lagrimas dos meus olhos e disse “Você não irá contar ao agente Hotchner não é mesmo?” Eu assenti, mas perguntei em meio a soluços “Como a senhora sabe?” Ela sorriu e continuo calmamente como se fosse a coisa mais natural do mundo “Emily eu posso ser velha, mas sei como as coisas funcionam. Eu vi vocês se aproximando, e o mais importante aquela última noite, eu sabia que você sairia com ele. Vocês se davam tão bem. Vocês estavam apaixonados” Eu a interrompi “Mãe a senhora está enganada, ele só saiu comigo por pena” Ela continuo, ignorando meu comentário “No início, Não sei se você se lembra, mas ele não queria ser o seu guarda costas. Ele estava frustrado em ter que andar com você, mas os dias passaram e eu dei a oportunidade de ele deixar você afinal você tinha terminado com aquele garoto estupido e não haveria mais problemas” Eu interrompi ela novamente. “Achei que você gostasse do Jake” Ela revirou os olhos e continuo “ Pare de me interromper Emily, eu não gostava daquele garoto mimado. Mas voltando ao assunto seu querido agente se recusou a deixar você, então eu inventei uma desculpa dizendo que talvez ele poderia continuar trabalhando com você até o final de suas férias.” Fiquei calada por um tempo, eu não sabia o que dizer. Porém ela foi se levantando, se despedindo de mim, quando me abraçou ela disse” Tenho que ir, mas saiba que estarei aqui para você, não importa o que aconteça.”

Acordei em minha cama de hospital. Mamãe estava com ela nos braços. “Você acordou, finalmente.” Ela disse me entregando a pequena criança embrulhada em cobertores rosas. Eu sorri, talvez fosse verdade, ela se parecia muito comigo, muito com mamãe também. “Então... Qual será o nome dela? Não podemos chama-la de bebé para sempre” Ela disse meio sorrindo, mas em um tom sério. “Elena” Tocha de luz completei mentalmente, essa seria uma forma que eu me lembraria dele, mesmo que talvez ele nem lembre o que me falou, mesmo que ele nem se lembre de mim. “Elena Prentiss” Eu repeti agora, tornando de fato real. “ Escolha perfeita, um nome francês, para uma garotinha francesa” Mamãe disse aparentemente satisfeita.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem por qualquer erro de português.



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