Love Remains escrita por Lady Danvers


Capítulo 4
Nada é Como Se Imagina


Notas iniciais do capítulo

Voltei com o novo capítulo.
Primeiro capítulo narrado pelo Steve e um momento Bralie no final.
Espero que gostem :)



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MEGAN

 

Sabe aqueles momentos em que você não sabe o que dizer, para onde olhar e o que fazer?

Esse era um desses momentos.

Acho que fiquei encarando Steve e Scott, sem reação alguma, por alguns minutos.

— Steve… o que você… — foi apenas o que consegui pronunciar enquanto Steve parecia constrangido.

— Desculpe por aparecer assim — ele disse. Seu olhar se focou em Scott — Não sabia que estava acompanhada. Posso voltar outra hora.

— Não! — falei um pouco alto demais — Este é Scott, meu colega.

Me aproximei dos dois que ainda não haviam se movido de onde estavam. Scott olhava para Steve com um olhar atípico seu.

— Colega de quarto, na verdade — Scott explicou como se tentasse provar algo.

— Será que podemos conversar? — Steve perguntou.

— Claro — respondi prontamente até me lembrar de Scott que agora olhava para mim.

— Tudo bem, pode ir — Scott disse em resposta a minha pergunta silenciosa. Ele sorria embora não aparentasse estar muito feliz com o que estava acontecendo.

— Você não se importa mesmo? — perguntei. Não queria que ele ficasse chateado comigo por desmarcar.

Ele olhou rapidamente para Steve e respondeu:

— Claro que não — ele sorriu, mas pude ver em seus olhos que havia algo a mais.

Reprimi a mim mesma internamente. Como se eu fosse boa em analizar as pessoas.

 

 

 

 

STEVE

 

Ver aquele rapaz — Scott — no quarto de Megan foi inesperado. Talvez tenha sido esse o aviso que Julie dera.

Ainda não sei porque escutei Julie, não é como se eu estivesse desesperado por uma namorada. Ou é?

Mesmo assim, duvido que Megan esteja interessada em mim. Ela apenas quer fazer isso por Peggy.

Depois que deixamos Scott, ela liderou o caminho até uma lanchonete próxima sem falar uma palavra. Acho que Peggy estava certa, não tenho jeito com mulheres.

— Então, ao que devo a honra da visita? — ela perguntou enquanto esperávamos pela garçonete.

— Julie me avisou que você estava aqui — falei, sem saber por onde começar — E você disse que poderia me ajudar. Se ainda quiser, é claro.

— Você não tem o meu número? — ela arqueou as sombrancelhas, fazendo com que eu me lembrasse de Peggy.

— Fiz muitas missões neste último mês — respondi, omitindo a parte em que perdi o número dela e fiquei envergonhado por isso. Era humilhante demais — E espero não estar incomodando você agora.

— De modo algum — ela respondeu parecendo entusiasmada — Tenho certeza de que a tia Peggy adoraria revê-lo.

Nesse instante, a garçonete chegou. Era uma moça de cabelos pretos lisos e pele morena.

— O que vão querer? — perguntou e pude notar que ela estava me encarando. Desviei o olhar rapidamente e olhei para Megan. Ela sorria, parecia ter notado.

— Vou querer cheeseburger e um copão de Coca-Cola — ela disse, me surpreendendo. Não achei que ela comesse tanto — E traz batata frita também.

— E você? — a garota voltou-se para mim.

— O mesmo.

A garota ficou me encarando alguns segundos a mais do que o necessário, se afastando logo depois.

Assim que ela saiu, Megan começou a rir descontoladamente.

— O que foi? — perguntei.

— Ela estava te devorando com os olhos — respondeu — Acho que você não está muito acostumado com isso, não é?

— Como sabe?

— Porque você está totalmente vermelho — ela riu, me fazendo rir também.

— Você vai ter que se acostumar com isso — continuou — caras loiros em jaquetas de couro chamam atenção.

A garçonete voltou e entregou nossos pedidos. Junto ao meu prato havia um bilhete, mas Megan o pegou antes, fazendo uma careta ao ler o que estava escrito.

— Lyla Leach — ela pronunciou pausadamente — número: 8061675914322. Gostaria de conhecê-la?

— Provavelmente não é uma boa ideia — respondi, pegando o papel de volta e amassando-o — Ela pode ser uma assassina.

— Você tem que se arriscar de vez em quando — ela disse, tomando o refrigerante — E além do mais, eu poderia ser uma assassina também.

— Tenho certeza de que esse não é o caso — afirmei.

— Como pode ter tanta certeza? — ela perguntou.

Porque você é sobrinha da Peggy, pensei em dizer, mas tenho certeza de que garotas como Megan não gostam de ser comparadas com outras.

— É um pressentimento — falei apenas.

 

 

 

JULIE

 

É uma droga ser uma pessoa conhecida.

Pior ainda, ser uma Stark em treinamento para se tornar uma agente.

Meu sobrenome e tudo o que já fiz são temas constantes de discussão entre os novatos, principalmente na hora do almoço.

Peguei meu prato que consistia em uma dieta balanceada de carboidrato e proteína. Aposto que a comida da faculdade é bem melhor. Observei o local e rapidamente encontrei uma mesa vazia.

Ao contrário do que muitos podem pensar, nunca fui uma pessoa muito sociável. Tive muito poucos amigos verdadeiros depois que descobri quem era meu pai já que a maioria se aproximava de mim por causa do meu sobrenome. Acho que Megan foi a única amiga verdadeira que tive depois que fui morar com meu pai.

Até o que aconteceu entre Loki e eu era comentado pelas minhas costas, principalmente por Maureen Jones, uma agente recentemente saída da Academia que não gostava de mim por algum motivo que eu ainda não sei.

Remexi na comida, totalmente sem apetite. Fechei meus olhos quando senti minha cabeça latejar. Senti angústia, raiva e ressentimento e sabia que era Loki quem estava sentindo.

Respirei fundo e contei até três, esperando a dor passar. As dores vinham em ondas, os sentimentos contidos nelas também, mas por sorte eu estava conseguindo controlar.

— Precisa ir para casa, Princesa Stark? — ouvi a voz melodiosa e totalmente desagradável de Maureen Jones.

Abri meus olhos, ainda massageando minhas têmporas e vi seu rosto de porcelana. Maureen parecia uma boneca: cabelos loiros e olhos verdes brilhantes. Era irritante.

— Por que? — me endireitei na cadeira — Quer uma carona?

Ela sorriu falsamente, mas vi que seus olhos estavam cheios de raiva contida.

— Apenas me preocupo que a senhorita não aguente o treinamento até o final — ela respondeu.

— Não se preocupe, agente Jones — respondi educadamente — Sei cuidar de mim mesma.

— Sabe mesmo? — ela rebateu, mas não tive tempo de respondê-la.

— Julie — ouvi, me virei e vi Brad na entrada do refeitório.

Esqueci Maureen completamente enquanto ia até ele que estava vestido casualmente de calça jeans, camiseta branca e jaqueta marrom escura. O abracei sem pensar que estávamos na entrada do refeitório e que provavelmente todos os agentes estavam olhando para nós. Não liguei, já falavam de mim mesmo.

Ele me abraçou de volta. Não sei quanto tempo ficamos daquele jeito.

— Sentiu saudade? — perguntei quando nos afastamos e notei que seus cabelos loiros ainda estavam molhados.

— Quase morri — ele respondeu sorrindo enquanto pegava minha mão já que era o máximo que podíamos fazer ali — E você? Estava desesperada sem mim?

— Totalmente — falei e olhei para trás rapidamente notando os olhares de Maureen e da maioria dos agentes para nós — Que tal sairmos daqui para evitar sermos o tópico da próxima conversa?

Brad me conduziu pelo corredor segurando minha mão.

— Você é uma Stark — ele disse e percebi que seus olhos estavam incrivelmente azuis. Ele sorria — Você é o tópico de todas as conversas por aqui.


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Notas finais do capítulo

Maureen Jones: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/36/38/ff/3638ff638472b1e312b9e6b0ae218fc7.jpg

O que acharam???



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