Keep Holding On escrita por Tris Pond


Capítulo 13
The Age Of Aquarius - Let The Sunshine In


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo leve para vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590204/chapter/13

Harmonia e compreensão

Simpatia e confiança em abundância

Nenhuma falsidade ou escárnio

Visões vivas de sonhos dourados

(The Age Of Aquarius/Let The Sunshine In - 5th Dimension)

Eu estava feliz e cansada ao mesmo tempo. Ter dois filhos era assim. Eles faziam meu dia valer a pena, mas também me fazia ficar mais esgotada do que eu imaginava ser possível.

Samuel exigia mais atenção ainda que Dean, porque era mais difícil de entender o que ele queria. Não conseguia adivinhar facilmente qual era o problema.

Eu sabia que era em parte culpa minha: eu tinha começado a trabalhar muito mais que o normal, para podermos pagarmos todas as contas em dia. Eu gostava do trabalho e passava horas e horas lá sem o menor problema, só que eu sentia falta dos meus filhos e sabiam que eles precisavam de mim também, então quando eu podia eu ia para casa.

Sabia que Dean me ajudava muito a cuidar de Sam, e agradecia a ele sempre, mas também me certificava que ele soubesse que não era responsabilidade dele e que ele podia sair também, afinal ele também era uma criança. Eu queria dar uma infância normal a ele.

Sam era lindo assim como o irmão, mas eu ainda não tinha ideia de como ele seria porque ele era muito pequeno para eu saber. Sam também era um bebê só. Ele nem falava ainda! E mesmo assim, tinha uma cara adorável.

Era gratificante chegar em casa e encontrar com eles e John. Minha família.

Estava orgulhosa da família que tinha conseguido construir mesmo depois de tudo que eu tinha passado. Sam era um bebê educado, Dean um menino encantador e John um marido fiel.

Mesmo passando alguns pequenos no casamento, eu sabia que não era nada demais, sabia que era normal e que passaria. Porque eu olhava para John e via o amor que eu sentia por ele refletido de volta para mim. Não erámos perfeitos, longe disso, mas íamos errando e acertando juntos.

John nunca fingiu ser nada que não era, então eu não tive grandes surpresas depois de casar com ele. Sabia exatamente o que estava me esperando e também sabia que todos os problemas eram compensados por um momento bom com ele.

Mesmo que ele fizesse algo muito errado, não era necessário o perdoar por nada, porque eu simplesmente nunca podia o culpar por nada. Não conseguia ficar com raiva dele, era mais forte de mim. Era algo que eu nunca tinha sonhado em viver antes e que eu jamais entenderia por completo. Era amor.

John errava, mas bastava olhava para mim com um olhar arrependido que eu já estava bem de novo. Ele era o único que podia me quebrar ou me destruir tão facilmente, depois de eu passar uma vida inteira tentando ser forte e inquebrável.

Com ele, eu não era uma ex-caçadora, eu era Mary. Só isso. Nem me lembrava da minha vida passada. Por alguns momentos, eu era até capaz de fingir que era tudo um sonho.

Eu aprendia com ele mais do que achava ser possível. Como perdoar. Viver sem violência. Nunca me perder de quem eu era.

John era simples e complexo ao mesmo tempo. A primeira vista, seria somente um homem comum. Mas de perto, eu podia ver o coração dele. O quanto ele era bom e isso era muito mais mágico que qualquer outra coisa que eu já tenha visto.

Ele me ajudava todo dia com Sam e Dean. Nós dois não sabíamos muito bem o que estávamos fazendo, mas ao ver Dean, não tinham duvidas que fizemos um bom trabalho, mesmo com todo o desespero e confusão de não saber o que fazer.

John não gostava muito de passear com eles, mas mesmo assim ainda saia algumas vezes, horas em que eu via os meus dois filhos mais felizes que qualquer coisa e que eu sorria ao ver a cena dos três chegando de volta de um passeio. Os três homens da minha vida.

Mesmo quando eles não saiam, John assistia TV ou jogava algo com eles, nunca algo muito amoroso, mas carinhoso do mesmo jeito.

Eu estava meio preocupado porque Dean parecia me preferir em relação a ele (mesmo tendo uma adoração enorme pelo pai, ele não me largava), mas John disse que era normal. Que os filhos eram mais apegados a mãe e as filhas ao pai.

Não questionei, mas sabia que ele queria ter tido uma filha. Podia ver que ele a mimaria muito e seria muito protetivo com ela.

Mas já tínhamos dois filhos maravilhosos e já era o suficiente. Não aguentaríamos mais outro filho e eu já sentia que minha família estava completa. Era mais do que eu podia sonhar em ter em qualquer dia.

– Mãe! – Dean gritou quando me viu chegar a casa, mas ao contrário da maioria dos gritos que eu ouvia, esse não era de dor, só de felicidade. Um que eu ouvia quase todos os dias.

– Ei bebê – falei, o abraçando.

O levantei do chão e o girei pelo ar, agradecendo pelo pouco peso dele, antes de colocá-lo de volta no chão.

– Não sou um bebê – protestou com a voz emburrada.

Segurei o riso.

– Claro que não. Você é um menino crescido. Lembrei.

Dean acenou seriamente.

– Sammy derramou a comida hoje – reclamou Dean.

Sammy era o apelido que Dean tinha dado para o irmão antes mesmo dele nascer e parecia que o bebê gostava, porque ele sempre ria quando Dean o chamava assim.

– Ele ainda não aprendeu a comer – o lembrei.

Dean revirou os olhos (coisa que supreendentemente ele fazia muito para a idade dele) e foi comigo ver Sam no quarto dele.

Vi que ele estava brincando com as peças de um brinquedo e não contive um sorriso com a cena. Era incrível ver que aquele era o meu filho.

– Papai chegou também – Dean informou, orgulhoso de saber as informações da casa.

Sorri.

Talvez não estivéssemos na melhor situação financeira, mas daríamos um jeito e tudo ficaria bem. Porque eu tinha uma família perfeita e nada mais importava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Keep Holding On" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.