Dolce Amore escrita por Valk


Capítulo 29
Sonho quase realizado


Notas iniciais do capítulo

FAAAAAAAALA, GALERA! Tudo belê?
Então, depois de 1 semana... Aqui estou eu! E AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA DOLCE AMORE RECEBEU SUA NONA RECOMENDAÇÃO O/ Obrigada, Vick barros. Achei super fofa e engraçada a sua recomendação kkkk *----*
Quem aí vai ser a décima pessoa a recomendar? Quem? Quem? kkkkk Gente, LEIAM AS NOTAS FINAIS, É MUUUUUITO IMPORTANTE MESMO!
É isso aí! Gente, EDWARD VOLTOOOOOU!
Boa leitura ;)



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Edward

Nos últimos dias tenho passado por situações extremas. Da mais forte esperança até a mais profunda decepção. Depois da primeira conversa que eu, Nate e Marcus tivemos, precisei tirar um dia pra relaxar e passear com Donna na praia. Eles vieram junto comigo pra conhecer o lugar e pareceram encantados.

Depois de alguns minutos na praia, Nate me perguntou o que havia me chamado atenção em Bella.

– Bella é uma garota curiosa, tímida e divertida. Isso me fez querer conhecer ela melhor. Ela parece ter um passado doloroso e me faz querer cuidar dela. Quando tudo isso se misturou eu percebi que queria ela comigo, principalmente quando vi a forma como ela se encaixava na minha família. – disse.

– Quando voltarmos vamos começar a fazer algumas pesquisas pra ver se encontramos algo sobre ela. Espero ter sucesso. – explicou Nate.

– E eu espero que ela seja exatamente a garota pela qual me apaixonei.

(...)

Depois de aproveitarmos mais algumas horas na praia, resolvemos voltar. Chegamos em casa, almoçamos e vi que Nate e Marcus foram começar o trabalho. Eu fui pra pizzaria ajudar meu pai e meu irmão. Fiquei ali até que os garotos apareceram querendo falar comigo.

– Será que podemos conversar com você um minuto, Edward? – perguntou Nate. Assenti e caminhamos até a sala da minha casa. Depois de nos acomodar e Marcus ter ligado a câmera, Nate começou a falar: – Edward, nós começamos a pesquisar sobre Bella essa tarde e achamos uma coisa curiosa. Pesquisamos por sua foto de perfil do Pheed e seu nome e não encontramos nada, pesquisamos aquela foto dela tocando violão e mais uma vez nada. Mas quando pesquisamos a foto de Bella quando criança achamos uma coisa. – ele disse e virou a tela do notebook pra mim.

Quando olhei para a tela do notebook e vi a página da polícia fiquei confuso e assustado.

– Isso é o site da polícia? – perguntei.

– Sim, Edward. Você sabe quantos anos Bella tinha nessa foto?

– Talvez 1 ou 2 anos. – respondi. – Se a foto dela bebê está numa página policial é porque ela foi dada como desaparecida, certo?

– Muito provavelmente, Edward, afinal não tem como ela ter cometido um crime. – respondeu Marcus. – Ela alguma vez falou sobre a família dela?

– Ela perdeu a mãe quando tinha 9 anos e disse que o pai havia feito besteiras demais para ficar com a guarda dela. – disse pensativo. – Bella parece ter alguns traumas e uma vez ela me disse que o passado perseguia ela. Será que Bella foi sequestrada quando criança, sofreu maus tratos ou coisa do tipo?

– Só podemos ter essa informação depois que encontrar com ela. – disse. – O site da polícia onde essa foto está parece bloqueada. Não tem como ter acesso a ficha dela.

Depois dessa conversa cada um voltou ao seu serviço. Eu não conseguia tirar da cabeça a ideia de que Bella pode ter sido mau tratada quando criança. Mais tarde convidei Nate e Marcus para irem á igreja comigo e minha família, e eles aceitaram. Durante a missa confesso que meus pensamentos estavam longe e tudo que eu conseguia pensar era que eu precisava ter Bella comigo.

Quando a missa acabou e voltamos para a casa, estava na hora de abrir a pizzaria. Nate e Marcus se juntaram a nós e até se arriscaram a fazer uma pizza. Eu achava graça da empolgação de Marcus como se fosse um verdadeiro pizzaiolo. Passamos a noite e uma parte da madrugada trabalhando e nos divertindo com os garotos.

(...)

No dia seguinte acordei cedo devido á ansiedade pra saber o que faríamos hoje.

– Bom dia, família. – cumprimentei assim que cheguei na cozinha da casa dos meus pais.

– Bom dia, Edward. – todos me cumprimentaram.

– Será que Nate e Marcus descobriram alguma coisa? – perguntou Alice.

– Eles descobriram uma coisa. – disse e toda a família esperou que eu continuasse. – Mas é melhor que eles mesmo contem.

Antes que eu dissesse qualquer outra coisa, Nate e Marcus apareceram na cozinha.

– Bom dia, família. – cumprimentou Nate. Respondemos e perguntamos como foi a noite. Marcus começou a contar que estava dolorido pelas acrobacias que tentava fazer com a massa das pizzas. Todos riram.

– Edward contou que vocês descobriram algo. – disse Emmett.

– Sim, Emmett. Nós descobrimos pouca coisa porque o nome e algumas fotos de Bella não nos levaram a lugar algum, mas a foto dela criança deixou uma pista. – disse Nate enquanto Marcus gravava.

– Que pista? – perguntou Alice.

– Quando procuramos pela foto de Bella mais nova nos direcionaram pra uma página da polícia. – disse Marcus.

– POLÍCIA? – perguntou Emmett exaltado.

– Mas como eu havia dito pra Nate e Marcus, a foto de um bebê só poderia estar em uma página policial caso ela fosse dada como desaparecida. – disse. Emmett se acalmou um pouco e toda a família ficou pensativa.

– Hoje nós vamos pesquisar sobre a empresa que vocês visitaram quando foram lá. Algo naquele lugar tem uma conexão com Bella. – disse Nate quebrando o silêncio.

– Sabe o que eu pensei? – perguntou Tânia e todos esperaram que ela continuasse. – Edward conheceu Bella porque ela queria um ingresso para um show que James estava organizando. Ele deve ter visto ela, ou pelo menos ter alguma informação.

– Mas já fazem dois anos desde o evento. – disse Rosalie.

– Faz muito tempo mesmo. Talvez James nem se lembre mais desse show, mas é uma hipótese. – disse Alice.

– Foi o primeiro grande show que James organizou, ele não esqueceria. E agora ele tem sua própria casa de show. Alguma coisa ele pode ter. – disse esperançoso. Eu não tinha nada a perder tentando.

– Então, vamos ligar pra ele? – perguntou Marcus e eu assenti. Concordamos que teria que ligar mais tarde, pois nos EUA não deveria ser nem 3 horas da manhã. Acabamos de tomar o café em silêncio.

Depois do café ficamos conversando com os garotos e contando um pouco mais sobre a cidade, os festivais que costumavam acontecer e até falamos um pouco sobre nós mesmos. Apenas Valentina não estava aqui por conta da escola, mas Nate e Marcus a conheceram melhor no dia anterior. Pedi pra que não colocassem as imagens dela na edição final do programa e eles concordaram.

Depois do almoço resolvemos que estava na hora de voltar ao trabalho. Nate me pediu para ligar pra James e colocar o celular no viva-voz.

– Fala, meu camarada. – atendeu James.

– E aí, James? Tudo bem?

– Tudo mais que perfeito.

– Cara, eu preciso da sua ajuda. – disse meio apreensivo. No momento ele era como minha última esperança.

– Pode falar.

– Há uns dois anos atrás uma garota me procurou pra saber sobre os ingressos do show do DJ Benny, lembra? – perguntei retoricamente. - Depois desse dia eu continuei conversando com ela e nós começamos um relacionamento virtual.

– Wow! – exclamou James.

– Acontece que ela, Bella, me enviou um presente um dia, e na época do casamento de Garrett eu procurei por ela aí e acabei encontrando uma empresa onde ninguém sabia sobre ela. Por causa disso, Emmett me inscreveu em um programa chamado Catfish e estamos agora pesquisando sobre ela. Tânia pensou que talvez você possa se lembrar como ela era ou alguma coisa do tipo. – expliquei rapidamente.

– Você nunca viu ela? – perguntou James incrédulo.

– Nunca.

– Porra! Desculpa! – disse James apressadamente. – Fazem dois anos, mas eu não esqueceria desse dia.

– James, aqui é o Nate do Catfish. Você se lembraria do rosto dela ou alguma coisa? – perguntou Nate.

– Eu havia guardado os ingressos para Edward e eram do camarote onde eu estava. Quando as garotas chegaram eu recepcionei elas da melhor maneira possível. Eram duas. E tenho certeza que nenhuma se chamava Bella. – disse James.

– Você lembra o nome ou a fisionomia das duas? – perguntou Marcus.

– Até pouco tempo atrás eu tinha contato com uma delas, o nome dela é Leah e a outra eu não me lembro. Mas eu tenho as fotos do show, talvez tenham tirado foto das duas. Eu posso scanear e mandar pra vocês.

– Vai me ajudar muito, James. Obrigado! – disse e desliguei.

– Será que Bella é um nome falso? – perguntou Alice.

– Ou Bella não queria os ingressos pra ela. – disse. Nate e Marcus concordaram e ligamos o notebook. Esperamos uns 30 minutos até que o e-mail com as fotos chegou. Abri o e-mail e baixei todas as 10 fotos que havia ali. Quando a primeira foto abriu eu reconheci a garota da recepção.

– É ELA! – gritei. A mesma garota que havia dito se chamar ‘Bella’ quando fomos até a empresa em Miami.

– É a garota que disse se chamar Bella na empresa que visitamos. – disse Emmett.

– Essa garota? – apontou Nate pra uma garota baixinha e loira que estava na foto. Assenti. Era ela. Entrei no Pheed e enviei uma mensagem para James.

Edward: Você tem algum meio pra saber o nome completo das duas garotas?

James: Cara, vai ser difícil, mas acho que posso.

– Pergunta se ele postou as fotos em alguma rede social. – pediu Nate.

Edward: Você postou essas fotos em algum lugar?

James: Postei em uma página no Pheed e no site.

Edward: Obrigado, James!

James: Eu vou tentar achar nos meus documentos, um arquivo onde eu guardo todas as notas de pagamento dos ingressos. Talvez eu ache algum nome lá.

Agradeci e cada um começou a pesquisar em um lugar. Eu entrei no site e Nate começou a procurar alguma coisa na página do Pheed.

– Em eventos assim as pessoas costumam esperar que a equipe do evento poste as fotos do dia. Talvez podemos encontrar nos comentários alguma coisa dessas garotas. – disse Marcus explicando para mim e minha família.

Eu não achei nada. Não tinha nenhum comentários nas fotos postadas no site. Mas Nate havia achado algo.

– Achamos! – disse Nate. Ele clicou no perfil de Jessica e a foto apareceu bem nítida. – Tem certeza que é ela? O nome é Jessica Stanley. – disse pra mim.

– Tenho certeza absoluta. – confirmei. Procuramos por Leah nos seus assinantes, mas não encontramos ninguém com o nome nem mesmo parecido. – Nada dessa tal de Leah.

– Bom, uma coisa nós já temos certeza, a garota que vocês encontraram não é Bella a menos que ela tenha mentido seu nome. – disse Marcus e eu concordei.

– E agora? – perguntei.

– Agora nós vamos pesquisar o endereço que seria de Bella e a empresa que vocês encontraram.

Jogamos o endereço da empresa no Google e logo encontramos o site de uma empresa de publicidade chamada “Clearwater Advertising”. Entramos no site e logo na página inicial havia a foto das filiais da empresa. Quando apareceu a imagem da filial de Miami, eu reconheci a empresa onde havia estado.

– Pesquisamos pelo endereço que você tinha e já havia visitado e encontramos o site de uma empresa chamada “Clearwater Advertising”. Esse nome é familiar pra vocês? – perguntou Nate e todos disseram que não. Entramos em todos os links dispostos no menu e achamos na página de “sobre”, uma carta do presidente da empresa, Harry Clearwater.

– Em empresas desse porte, não é comum que o endereço seja usado para envio de cartas e encomendas sem a assinatura do presidente da empresa. Ou Bella conseguiu passar por cima disso, ou ela é bem próxima de Harry pra ter enviado um pacote pessoal usando o endereço da empresa. – disse Marcus. Pesquisamos sobre a equipe da empresa, mas nada sobre Bella.

O meu telefone tocou e quando vi que se tratava de Bella, saí da sala para atender.

– Pronto! – atendi.

– Oi, Edward, tudo bem? – perguntou e parecia apreensiva.

– Mais ou menos, Bella. E com você? – perguntei.

– Mais ou menos também. Você sumiu. Quer dizer... você aparece, mas não fala comigo. Aconteceu alguma coisa?

–Eu tenho uns assuntos urgentes pra resolver e tenho andado muito ocupado com isso. – disse. Eu não conseguiria mentir pra Bella, então resolvi contar uma meia verdade.

– Eu posso ajudar em alguma coisa? – perguntou. Eu queria dizer que sim. Que se ela aparecesse pra mim, aceitasse me encontrar todos os meus assuntos urgentes seriam resolvidos, mas eu sabia que ela fugiria.

– Não no momento, amor. Obrigado. – disse.

– Eu te amo, Edward. – ela disse carinhosa.

– Eu também te amo muito, principessa. – e foi assim que finalizamos a ligação. Assim que desliguei o telefone voltou a tocar e dessa vez era James. Voltei pra sala e coloquei o telefone no viva-voz.

– James. – disse simplesmente.

– Edward, eu descobri algo que pode ajudar ou não. – disse James.

– Você está no viva-voz. Pode falar.

– Eu consegui recuperar a conversa que tive com Bella no dia que ela comprou os ingressos. E ela havia dito que pagaria no cartão. Entrei no meu sistema pra procurar pelo nome dela e não achei nada. Então eu filtrei os dados para o mês e o ano do evento e achei alguns nomes, mas só um me chamou a atenção.

– Qual? – perguntou Emmett.

– Harry Clearwater. O cartão de crédito em que Bella comprou os ingressos está no nome dele. – concluiu James.

– Mas porque esse nome te chamou a atenção? – perguntou Marcus.

– Porque lembrei do sobrenome de Leah. Ela é filha dele. – disse James bastante orgulhoso do que encontrou. Agradecemos por sua ajuda e desliguei o telefone.

– Bom, conseguimos bastante informação. – disse Marcus. – Agora precisamos direcionar a pesquisa por Leah e Harry Clearwater.

Eu estava apreensivo. Minha família toda estava apreensiva. Esme sentou ao meu lado e a todo momento passava a mão em meus cabelos e beijava minha testa. Eu estava muito nervoso. Nate e Marcus continuaram sua pesquisa mesmo não tendo muito sucesso.

– Todas as notícias que temos sobre Harry só fala da sua empresa e de sua ex-esposa, Rachel. Parece que a ex-mulher dele fornece uma grande ajuda para orfanatos e associações que ajudam crianças e mulheres que sofreram maus tratos. – contou Marcus.

– Achei também uma notícia que confirma o que James disse. Leah é filha de Harry Clearwater. E ela tem um irmão chamado Seth. – disse Nate. – Familiar?

– Não. – disse. Eu estava frustrado por aparentemente não saber nada da vida da mulher que eu amo.

– Bom, acho que podemos tentar falar com Harry. - Nate pegou o telefone da empresa e ligou pra lá tentando falar com Harry.

– Ligamos pra empresa e a secretária disse que ele só trata de assuntos profissionais pessoalmente. Então a solução é ir pra lá. – disse Nate. Todos concordaram que era a melhor opção. Fizemos uma pausa nas gravações, mas vi que Nate continuou a pesquisar.

Alguns minutos depois que havíamos feito a pausa, Nate e Marcus nos contaram o que haviam decidido. Depois de conversar com o produtor do programa, ficou acordado que era melhor que apenas Nate ou Marcus fossem para Miami. Marcus concordou em ir sozinho, compraram sua passagem e na mesma noite ele estaria embarcando.

Emmett levou Marcus ao aeroporto e quando o mesmo voltou conversamos mais um pouco sobre tudo que estava acontecendo.

– Agora temos que esperar? – perguntou Tânia.

– Sim. Precisamos saber o resultado do encontro de Marcus e Harry pra saber que caminho temos que seguir agora. – respondeu Nate. Depois do jantar todos foram se deitar. Eu fui pra minha casa e liguei á TV. Assisti uns dois filmes, bebi um copo de leite, brinquei com Donna e o sono não aparecia. Olhei para o relógio e já era duas horas da manhã quando escutei alguém bater na porta da minha casa. Era Nate.

– Algum problema, Edward? Vi você andando de um lado para o outro no seu quarto. – disse. Convidei o mesmo pra entrar e ele aceitou.

–É muito mistério ao redor de Bella. Isso não está me deixando bem. Desde que tudo isso começou, não consigo dormir direito. E ficar sem falar com ela está me matando. – disse desesperado.

– Eu já passei por isso, Edward. E sei como é a ansiedade e a esperança a cada descoberta. Eu e toda a equipe do Catfish estamos torcendo muito pra que sua história termine bem. – disse. Mesmo depois disso não consegui dormir e Nate também não. Começamos a falar sobre coisas aleatórias até que chegamos no tema fotografia. Nate também tinha experiência na área e as compartilhou comigo.

Ás 5 horas da manhã, Esme acordou e vimos a movimentação dela na cozinha da doceria. Caminhamos tranquilamente até lá e fizemos companhia á ela. Eu fiquei ajudando na maneira que podia: fazendo algumas tortas e embrulhando as que ela já havia feito. O telefone de Nate tocou e pelo teor da conversa, era Marcus avisando que já havia chegado.

(...)

Após o almoço, Nate ligou o notebook e colocou sobre a mesa da sala de jantar onde toda família estava reunida, exceto por Rosalie e Valentina.

– Olá, Marcus. Como vão as coisas aí? – perguntou Nate assim que a chamada de vídeo foi aceita.

– E aí, pessoal? – disse ele cumprimentando todo mundo que respondeu de volta. – As coisas aqui foram bem estranhas. Eu gravei toda a conversa e vou enviar pra vocês.

Assim que o arquivo chegou e começamos a ouví-lo, Nate pulou uma parte da gravação até a parte que realmente interessava.

– Bom dia, Sr. Clearwater.

– Bom dia, Sr. Joseph. Minha secretária disse que o assunto era urgente.

– Bom, eu tenho um amigo que recebeu uma encomenda com o endereço daqui e ele pensou que fosse o endereço da casa de uma amiga, mas quando chegou aqui e encontrou sua empresa ficou meio confuso.

– Uma encomenda... pessoal? Com o endereço da empresa?

– Sim. Eu achei isso muito estranho, por isso quis falar diretamente com o presidente da empresa.

– É impossível. Todas as encomendas e cartas que precisam ser enviadas são feitas pelo banco ou passam diretamente pelas minhas mãos. Eu não permitiria o uso do nome da empresa para envio de algo pessoa de algum funcionário.

– A questão é que a pessoa que enviou a encomenda também não trabalha aqui.

– Não? E como o senhor sabe disso?

– Quando meu amigo veio ele teve essa informação.

– Qual o nome da pessoa que enviou a encomenda?

– Bella Marie.

– Quem é você? – perguntou Harry rispidamente.

– Marcus Joseph, do programa Catfish.

– Um programa de TV? Você está investigando alguma coisa? – pela voz de Harry ele parecia estar apavorado.

– Edward, meu amigo, está a procura dessa Bella Marie.

– Edward? Eu não conheço ninguém com esse nome. E por sinal não conheço ninguém com o nome de Bella. Agora queira se retirar, por favor. – escutamos um som de cadeira se arrastando.

– O senhor pode me explicar como alguém que o senhor não conhece enviou uma encomenda pra Itália levando o endereço da sua empresa?

– Será necessário que eu chame os seguranças? – escutamos o som da porta se abrindo.

– Está tudo bem por aqui, senhor Clearwater? – perguntou o que deveria ser sua secretária.

– Chame os seguranças, por favor. – disse Harry.

– Isso não será necessário. Leah? Talvez você possa explicar melhor que o seu pai como Bella Marie enviou uma encomenda pra alguém na Itália com o endereço dessa empresa.

– Bella? – perguntou uma voz firme e assustada.

– Como sabe o nome da minha filha? Saia daqui agora antes que eu chame a polícia.

Quando acabou a gravação todos soltaram o ar como se tivessem evitado respirar durante esse tempo.

– Marcus, o que aconteceu naquela sala?

– É o que eu gostaria de saber. Harry foi tranquilo e solicito o tempo todo. Em nenhum momento levantou a voz ou pareceu desconfiado até que eu disse o nome de Bella. Depois disso ele mudou completamente de comportamento. Foi ríspido e parecia assustado. Quando saí da sala e vi Leah era uma chance de arrancar algo dela, mas tudo que consegui foi ver uma Leah confusa e igualmente assustada olhando para o pai e o olhar de Harry gritava medo. – disse Marcus.

– Está mais que claro que ele conhece Bella, mas porque teria medo? – perguntou Nate. – Você suspeita de algo, Marcus?

– Você já procurou pelo número de telefone da Bella? – retrucou Marcus.

– Vou procurar agora. – disse Nate.

Nate pegou um papel onde eu havia anotado o número de telefone da Bella. Ele entrou em um site que eu nunca havia escutado falar que se chama People Smart. Nesse site Nate iria pesquisar Bella através do número de telefone.

– O número de telefone da Bella aparece como sendo de Harry Clearwater. – Nate disse. Apenas assenti.

– Esse nome de novo? – perguntou Emmett assustado. Não entendi o motivo de tanto espanto. Nate voltou para a tela do Skype onde Marcus esperava.

– E então? – Marcus perguntou.

– Harry Clearwater. – respondeu Nate.

– Bella pede informações sobre um ingresso de show e compra os ingressos com um cartão no nome de Harry Clearwater. Bella não vai ao show, mas sim a filha e a funcionária de Harry Clearwater, o endereço de Bella leva á empresa do Harry, o telefone dela está no nome dele... – disse Marcus e continuou: – Entende? Tudo leva á Harry Clearwater. E o medo que eu vi em seus olhos... Talvez ele seja nossa ‘Bella’. – concluiu.

Nate olhou pra mim e minha reação foi rir. Impossível. Impossível!

– Não! Não! Isso é impossível! Eu conversei com Bella e nem de longe ela tem uma voz masculina. Isso é impossível. – disse.

– Edward, isso é fácil de modificar. Existem aparelhos que fazem isso, modificam a voz das pessoas, e qualquer um pode fingir uma voz diferente da sua. – disse Marcus cautelosamente. Levantei e saí da casa dos meus pais sentando na varanda. Isso não pode estar acontecendo. Percebi que toda minha família tinha me seguido. Eu tinha vergonha e medo de olhar nos olhos deles.

– O que eu te falei, Edward? – disse Emmett puxando meu rosto pra olhar para ele. – Nós vamos estar com você independente do fim dessa história. Você não pode se deixar abater.

– Edward? – chamou Nate. – Tudo bem?

– Nada bem. Meu coração diz que tudo isso é mentira. Que Bella continua sendo Bella, a garota tímida e curiosa que eu conheci, mas eu tenho medo de estar me enganando e ser mais difícil quando provar que isso é verdade. – disse.

– Você acha que Bella e Harry podem ser a mesma pessoa? – perguntou Emmett.

– Não, mas e se for? – perguntei e ninguém respondeu.

– Você decide se quer continuar procurando ou se quer parar. – disse Nate. Assenti, mas nada disse. Eu precisava pensar em tudo que estava acontecendo. – Nós temos três hipóteses: Bella pode ser realmente Jessica, Bella pode ser Harry ou ela pode ser alguém que ele quer muito proteger.

E eu torcia e rezava com todas as forças para que fosse a terceira opção.

(...)

Quando a noite estava quase caindo, procurei por Nate e disse que eu não queria desistir. Eu ia seguir o meu coração e ia acreditar que tudo isso estava acontecendo por algum motivo. Nate ligou a câmera na sala e começou a pesquisar sobre Leah e não encontrou nada.

– No perfil de Jessica tem o link do seu Facebook, quando olhei seu perfil por lá vi uma foto dela com Leah. Procurei por mais publicações e encontrei uma foto das duas onde a Leah comentou. – disse ele.

Nate continuou abrindo links e pesquisando por postagens na época que eu e Bella começamos a nos comunicar.

– Achei algo muito interessante. – disse pra mim. – Procurei pelas publicações de Leah em 2012, na época do show e encontrei uma foto dela onde o DJ aparece atrás e olha a legenda da foto. – disse e virou o notebook na minha direção.

– “Olha onde eu estava na noite do meu aniversário! Uhuuul... DJ Benny arrasa, galera! Isso foi um grande presente da minha irmãzinha Bella! Obrigada, princesa” – li. – Então Bella existe de verdade. E é amiga, irmã de Leah.

– Sim e quer saber mais? Parece que Bella chegou a comentar nessa foto, mas por algum motivo não aparece nada aqui. Ela deve ter desativado o perfil. – disse Nate. Minhas forças foram renovadas depois dessa notícia.

– E agora? – perguntou Emmett.

– Leah chama Bella de irmãzinha no post. Tudo o que achamos sobre a família Clearwater foram informações sobre Leah e Seth, não falam de um terceiro filho. Elas podem ter se chamado assim por que são muito amigas. – explicou Nate.

– Ou é uma filha fora do casamento que Harry quer esconder. Por isso o medo dele e a confusão de Leah. – disse Tânia.

– É uma boa hipótese. – ele disse concordando com minha irmã.

– Acho que devíamos ligar pra James. Ele parece ser próximo de Leah. – disse Emmett. Disquei o número de James e já coloquei o telefone no viva-voz.

– Fala, meu amigo! Tudo certo? – cumprimentou James.

– Quase tudo certo. James, você saberia me dizer se Harry Clearwater tem um terceiro filho? – perguntei.

– Ele só tem Leah e Seth com a ex-esposa Rachel Black. Com a atual esposa ele não teve nenhum filho. – afirmou.

– E a atual esposa tem filhos? – perguntou Nate.

– Não. Mas por que a pergunta? – tentei explicar de maneira simples tudo o que estava acontecendo e o que havíamos encontrado e suspeitado até aquele momento. – Wow! Bom, Leah é muito envolvida nos projetos da mãe, talvez alguma garota do orfanato tenha ganhado a amizade dela, mas irmã de sangue ela não tem.

– Tem como você descobrir isso pra mim, James? – perguntou Nate.

– Claro! Minha mãe trabalha em uma das instituições que a Sra. Black ajuda. – disse James. O que nos resta agora é esperar pelo que James vai descobrir. Nate pediu que Marcus entrasse em contato com James e gravasse tudo. Enquanto esperamos por notícias o jantar ficou pronto e mesmo ansioso, consegui comer um pouco.

Depois do jantar voltamos a ficar ansiosos no sofá da sala esperando por notícias. Logo as garotas foram dormir, pois precisavam acordar cedo por causa da doceria. Emmett e meu pai continuaram ali comigo. O telefone de Nate tocou e ele colocou no viva-voz.

– Marcus?

– Tenho novidades, pessoal. – disse ele.

– O que você encontrou? – perguntei ansioso.

– James me levou até a instituição onde a mãe dele trabalha. É uma instituição que dá todo suporte médico para crianças que sofreram maus tratos. Quando chegamos lá, a mãe dele estava na recepção e eu contei apenas uma parte da história já que tínhamos pouco tempo. Não disse nada sobre a conversa com Harry e Leah. E sabe o que ela disse?

– O quê? – perguntou Nate tão apreensivo quanto eu.

– A instituição tem psicólogos que atendem pessoas de todos os tipos que sofreram algum trauma. Depois de uma enorme insistência por parte de James, a mãe dele deixou escapar que havia uma garota que se consultava ali e que Rachel Black e Harry Clearwater parecem ter um grande carinho.

– Nome?

– Isabella Marie.

Isabella Marie? Bella Marie? Eu havia mesmo encontrado a minha Bella? Naquele momento, mesmo sem ter certeza de nada, agradeci á Deus por mais esse passo que havíamos dado.

– Tem que ser ela! – exclamei.

– Mais alguma coisa, Marcus? – perguntou Nate.

– Há 10 anos atrás Bella deu entrada na instituição com sinal de maus tratos, ela tinha 14 anos. E dois anos depois, Bella saiu daqui e foi morar em um apartamento nobre, se matriculou na faculdade e tinha um carro. E ela não tinha nenhum parente e nem emprego pra ter conseguido isso sozinha. Há 8 anos, Rachel meio que adotou uma garota, mas ela não fala sobre ela pra ninguém.

– Então, Rachel adotou Bella?

– Pelo que parece sim, mas vai ser difícil encontrar ela com toda essa armadura em volta. – disse Marcus.

– Acho que está na hora de falar com a sua garota, Edward. – disse Nate após finalizar a ligação. Ele desligou a câmera e a levou para o seu quarto. Ele iria ligar pra Bella.

– Feliz, Edward? Sua Bella realmente existe. – disse Emmett animado.

– Estou aliviado e um pouco feliz. Saber que Bella sofreu quando era mais nova não me deixa estar 100% animado. Eu só quero poder encontrar com ela agora e cuidar dela. – disse. Meu pai concordou com o que disse. Esperamos alguns minutos pra ver se Nate iria descer para nos contar algo, mas logo desistimos. Meu pai e meu irmão foram dormir, e eu passei mais uma noite andando de um lado para o outro em minha casa.

(...)

No dia seguinte logo cedo fui pra casa dos meus pais e mais uma vez ajudei minha mãe com as encomendas.

– Bom dia, Edward. – cumprimentou Nate que acordou tarde naquele dia.

– Bom dia, Nate. – cumprimentei.

– Conseguiu dormir?

– Nem por 1 minuto. – disse rindo sem graça.

– Posso? – ele perguntou apontando pra câmera. Apenas assenti. Nate ligou a câmera e a posicionou sobre a mesa antes de tomarmos café. Depois que comemos e eu retirei a mesa, começamos a conversar.

– Novidades? – perguntei.

– Liguei pra Bella ontem e contei pra ela que Marcus foi quem procurou pela mesma na empresa e que você estava querendo encontrá-la. – disse Nate.

– E...?

– Bella disse que não pode te encontrar agora. – disse Nate. Não vou mentir dizendo que não esperava por isso, porque eu estava esperando todo tipo de reação vinda de Bella, mas desanimei um pouco. – Eu vou continuar tentando, Edward, mas Bella parecia bem firme nessa decisão.

– Tudo bem. – disse e me levantei saindo de casa. Fui para o único lugar onde eu conseguia ficar em paz nos últimos dias. A igreja. Mesmo não tendo missa, os fiéis chegavam a passar horas ali admirando a igreja e rezando. Eu não estava longe disso.

Sentei em um banco vazio da igreja e por longos minutos fiquei apenas olhando a imagem de San Francesco no centro do altar. Olhei para o teto da igreja onde havia uma pintura de anjos voando por um céu azul. Logo uma calma tomou conta de mim. Abaixei minha cabeça e comecei a rezar o Pai Nosso.

“PAI, livre o meu coração de toda sombra e negatividade que possa assombrá-lo. Derrame suas bençãos sobre mim e permita-me realizar mais um sonho. O sonho de encontrar Bella. Tenho rezado por tantos anos por alguém como ela, um anjo e sinto que minhas preces estão sendo atendidas. Proteja minha princesa, Senhor, e permita que ela possa vir até mim para que eu cuide dela.”

(...)

Voltei para casa na hora do almoço e a família toda se reuniu. Nate contou tudo que havia descoberto depois que alguns foram dormir e falou sobre o que conversou com Bella. Decidi que eu iria ligar pra ela e convence-la de me encontrar. Depois do almoço comecei minha missão.

– Edward? – atendeu Bella.

– Amor, me escuta, por favor. Eu sei que parece loucura da minha parte concordar que um programa de televisão procure por você e arrume um encontro entre a gente, mas você não me deixou escolha, Bella. – ela estava pronta pra me interromper, mas continuei: - Sim, você não me deixou escolha. Nós fizemos planos, Bella. Planos que não podem ser realizados com você há quilometros de distância. Eu preciso de você, amor.

– Edward, por favor, eu estou passando por um momento muito tenso aqui. – ela disse com a voz embargada.

– Me deixa te ajudar. Eu já te pedi tantas vezes pra me deixar cuidar de você. Por que não aceita? Eu te amo, te quero aqui comigo. Te amar, te respeitar, cuidar de você. Por favor, princesa. – pedi e pude ver as mulheres da família chorando e eu não estava longe disso.

– Eu... Eu posso pensar só mais um pouquinho? – ela pediu.

– Pode, amor. Eu te amo tanto, Bella. Minha família toda já te ama tanto.

– Eu também te amo e você sabe o que eu acho da sua família. – ela disse e riu. – Eles são incríveis!

– Obrigado, Bella! – gritou Emmett. Bella riu do outro lado da linha.

– Bella, aqui é o Nate. O Marcus ele está aí na cidade. Não em Miami, mas na sua cidade. Se você mudar de ideia, me avisa que ele irá te procurar, okay?

– Ok. – ela respondeu. Tirei o telefone do viva-voz e finalizei a conversa com Bella. – Por que você é assim tão perfeito? – perguntou e eu escutei seu soluço.

– Eu não sou perfeito, Bella, mas prometo ser o que você precisar. Eu te amo. – disse e finalizamos a ligação.

Quarta-feira era dia de abrir a pizzaria. Nate resolveu ajudar, mas no momento estava só observando como eu fazia para tentar imitar. O telefone dele tocou e ele saiu para atender. Continuei a preparar massas, molhos e recheios até que Nate voltou alguns minutos depois.

– Era Bella. – ele disse.

– E...? – perguntei ansioso.

– Ela aceitou conversar com Marcus. – ele disse simplesmente e consegui ficar mais feliz e aliviado do que já estava. Nate logo desistiu das pizzas e ficou apenas observando todo o movimento e vez ou outra fazia alguma pergunta.

Passamos o dia assim sem nenhuma novidade. Mesmo aliviado e feliz com as descobertas sobre Bella eu ainda não conseguia dormir. E acho que só conseguiria quando Marcus me dissesse que estava pegando um vôo pra Itália junto com Bella.

No dia seguinte fiz o mesmo ritual de sempre. Fui á casa dos meus pais ajudar minha mãe com as encomendas. Ela sempre que me via apenas balançava a cabeça e ria. Ela sabia que eu não estava conseguindo dormir e o motivo tinha nome e sobrenome: Isabella Marie.

Nate acordou cedo naquele dia e desceu parecendo animado. Depois que toda a família se reuniu para o café, Nate contou do encontro de Marcus e Bella.

– Marcus encontrou com Bella e ela explicou mais ou menos o que está acontecendo na vida dela no momento. – disse Nate. – Ela não disse com todas as letras que vai se encontrar com Edward, mas Marcus parece esperançoso. Leah e Seth apareceram por lá enquanto ele estava gravando e eles estavam apoiando Bella para aceitar vir pra cá.

E mais uma vez teríamos que esperar.

(...)

Próximo a hora do almoço, Marie, Charlie e Sue apareceram na doceria. Apresentei Nate para eles e contei o motivo dele estar ali. Marie estava confiante que Bella iria aceitar. Sue e Esme já planejavam o que fariam caso Bella viesse e Charlie me dava um apoio sem igual.

Depois de colocar a conversa em dia, Charlie e Sue foram embora. Marie havia contado que eles planejavam se mudar para Atri e estavam á procura de alguma casa confortável para os três. Marie gostava da ideia ao mesmo tempo que estava triste em abandonar sua terra, mas há muito os três se sentiam isolados ali. Prometi que iria ajudá-los a achar um lugar confortável assim que toda essa loucura do Catfish passasse.

Ela foi embora antes do almoço, pois disse que não queria incomodar. Até parece que minha nonna iria incomodar alguma coisa. Almoçamos em silêncio e nada foi dito sobre Bella ou Marcus. Estávamos tentando manter a calma. Marcus deveria pegar um vôo ás 21 horas no horário dos EUA. Ou seja, só ás 3 horas da manhã daqui é que teríamos uma resposta definitiva se Bella viria ou não com ele.

Agora que Bella sabia tudo que estava acontecendo, voltamos a conversar normalmente pelo Pheed e por telefone.

– Então eu era o assunto urgente que você precisava resolver? – perguntou Bella depois de ter me ligado quase no fim da tarde.

– Um assunto mais que urgente. – brinquei.

– Você não existe, Edward! – ela disse rindo.

– Fiquei sabendo que Leah e Seth estavam apoiando que você viesse pra cá. – disse.

– Leah, Seth, Harry e Rachel. – ela disse suspirando.

– Você deveria escutá-los.

– Rachel e Harry acham que seria mais seguro pra mim ficar um tempo por aí. Leah e Seth queriam me mandar junto com os móveis e o carro. – ela disse rindo.

– Estarei aqui te esperando de braços bem abertos. Seria incrível se você viesse pra ficar. – disse sorridente imaginando Bella vivendo aqui.

– Sua família iria concordar se eu fosse e ficasse aí? – perguntou apreensiva.

– Você deveria ver os vídeos que te mandei novamente. – disse me referindo aos vídeos dos festivais e das festas de aniversário que tivemos aqui. – Minha família já te ama e com certeza te receberia com todo carinho do mundo, amor.

–Tem certeza? – ela perguntou novamente.

– Espere 1 minuto. – disse e saí de casa correndo. A doceria estava fechada e a estava quase na hora da pizzaria abrir, por isso a família estava toda reunida na cozinha. Até Nate estava ali novamente. Coloquei o celular no viva-voz. – Os amigos de Bella estão apoiando que ela venha pra cá e fique aqui, mas ela está com medo que vocês não aceitem isso bem. – disse.

Logo toda a minha família começou a falar junto dizendo que isso era um absurdo e que Bella já deveria estar morando aqui há muito tempo. Até Valentina entrou na conversa. Nate apenas observava rindo.

– Conseguiu entender? – perguntei.

– Nem mesmo uma palavra, mas parece que apoiam, certo? – ela disse rindo.

– Eu posso preparar um quarto maravilhoso pra você na minha casa. Um lugar confortável e bonito pra você ficar. Nem precisa se preocupar com isso. – disse Esme.

– E se você não souber falar muito bem nossa língua, eu posso te dar aulas particulares até que você pareça uma verdadeira italiana. – disse Tânia.

– Pra nós você já faz parte da família, Bella. Vem pra cá sem medo. Vamos cuidar bem de você. – disse Carlisle.

Todos se dispuseram a ajudar Bella em alguma coisa. Conversamos por longos minutos com Bella no telefone. Ela demonstrou mais uma vez todo o carinho que tinha pela minha família. Como logo todos começaram a se arrumar para o trabalho, tirei o telefone do viva-voz e voltei pra casa ainda falando com Bella.

– Sabe o que eu estava pensando? – perguntei retoricamente. – Marcus já te viu, te filmou, mas até agora eu não vi você. Me manda uma foto atual sua. – pedi.

– Não, Edward. – ela respondeu.

– O quê? Mas Bella...

– Eu só espero que você não se assuste quando me ver. Eu tenho que ir arrumar as malas, Edward. Te vejo amanhã. Te amo. – ela disse e desligou o telefone.

Eu tinha entendido bem? Bella acabou de dizer indiretamente que aceitou me encontrar?

Depois de 10 minutos olhando para o celular, larguei ele em cima da cama e desci até a pizzaria ainda absorto. Será que eu tinha entendido corretamente? Bella viria mesmo me ver? Comecei a trabalhar na pizzaria e diversas vezes quase coloquei açúcar no lugar do sal e creme de leite no lugar do molho de tomate. Eu estava bem disperso.

No meio da noite, Nate saiu da cozinha e voltou minutos depois com uma cara surpresa e feliz.

– Edward. – chamou Nate e atraiu a atenção de toda a minha família. – Bella e Marcus acabam de embarcar pra Itália. – disse e a gritaria começou. Bella, a minha Bella, meu amor, minha princesa estava embarcando pra me encontrar. Se eu havia ficado disperso com a ideia que Bella deu a entender que viria pra cá, agora que tudo estava confirmado, eu me sentia fora de mim. Mas não cometi nenhum deslize, na verdade devo ter preparado as melhores pizzas que já fiz na vida.

Quando o trabalho enfim terminou e a pizzaria foi fechada, conferi as janelas e fornos, e recolhi o dinheiro do caixa como sempre estive acostumado a fazer. Como amanhã era a volta de Marcus, minha mãe já havia deixado avisado que não abriria a doceria pela manhã, só na parte da tarde. Então enquanto estávamos na pizzaria, ela fazia suas encomendas.

Era 3 horas da manhã quando decidimos comer alguma coisa na casa dos meus pais.

– Bella tá aqui há alguns quilometros de mim. – disse ainda sem acreditar. Enquanto minha família toda falava ao mesmo tempo o quanto estavam surpresos, eu abaixei minha cabeça e agradeci á Deus. Meu sonho estava prestes a ser realizado. Eu me encontraria com Bella, finalmente.

A comemoração durou até Alice lembrar que deveríamos acordar cedo amanhã para receber Bella. Cada um foi para a sua casa dormir e eu ainda fiquei um tempinho no pátio olhando para o nada.

– Está feliz? – Nate perguntou com a câmera em mãos.

– Felicidade ainda é pouco para o que eu estou sentindo. Estou sem acreditar até agora. – disse rindo, mas com a voz embargada. – Dois anos conversando com essa garota que eu nunca nem vi o rosto, mas eu tenho certeza que a espera vai valer a pena.

Nate concordou, desligou a câmera e me abraçou. Ele repetiu mais uma vez o quanto estava torcendo por mim e Bella. Fui pra minha casa e encontrei Donna já deitada no canto do meu quarto. Deitei em minha cama e consegui dormir como há muito não dormia.


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Notas finais do capítulo

Vocês pediram um capítulo grande... 17 páginas do Word está okay pra vocês? kkkkk EDWARD VOLTOU! E que surpresa a da Bella hein?! É NO PRÓXIMO, MEU POVO! No próximo terá o encontro de Bella e Edward, e toda a história dessa garota misteriosa kkkk
Bom, a fanfic TERMINA NO CAPÍTULO 32! Sim, faltam 3 capítulos! Porém... A história termina sem explicar o motivo da foto da Bella estar no site da polícia, e sem a famosa volta do Catfish pra saber como o casal está e tudo mais. Por isso, eu pensei em continuar a fanfic até esse último mistério ser resolvido, mas a fanfic já está muito grande! Então eu queria saber o que vocês preferem: Que eu faça uma segunda temporada ou que eu continue a escrever nessa fanfic mesmo que ela ultrapasse 50 capítulos! RESPONDAM, POR FAVOR! É SUPER IMPORTANTE!
Obrigada por tudo, povo!
Fiquem com Deus!
Beijos,
Valk ;)