Dolce Amore escrita por Valk


Capítulo 24
Nate


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera? Tudo bem com vocês?
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA RECEBI MAIS UMA RECOMENDAÇÃO O/ Obrigada, sirlei cruz! Eu fiquei mega feliz com sua recomendação e tudo o que disse sobre mim e a história *---*
LEIAM AS NOTAS FINAIS... tem um comunicado importante lá, okay?!
P.S.: Tem uma coisa nesse capítulo que dá uma dica do que a Bella pode estar escondendo... Leiam com atenção!
Boa leitura ;)



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Nate Schulman

Meu nome é Nataniel Schulman, mas todos me conhecem como Nate. Eu sou um produtor e fotógrafo americano de 29 anos. Há alguns anos passei por uma situação um tanto estranha. Eu conheci uma pessoa pela internet que não era quem eu pensava ser. Depois de sofrer uma desilusão amorosa por confiar em um relacionamento online, eu lancei um filme contando a minha história e criei um programa de televisão para ajudar as pessoas que poderiam estar passando pelo mesmo problema.

Com a criação do Catfish eu passei por muita coisa junto do meu amigo e também produtor Marcus Joseph. No início pensei que o programa não iria pra frente porque poucas pessoas desconfiam estar sendo enganadas por amigos ou amantes virtuais, mas me enganei. Logo fazendo a primeira temporada do programa recebi dezenas e mais dezenas de e-mails de pessoas desesperadas querendo uma chance de conhecer as pessoas com quem se relacionavam virtualmente.

Durante esses 3 anos que estamos trabalhando conhecemos casos cada vez mais estranhos e com finais surpreendentes ou não. Há casos onde tudo dá certo, outros onde tudo dá errado e outros que ficam no meio termo. Há pessoas que querem apenas saber quem é o amigo do outro lado do computador e podem se decepcionar ou não, mas os casos mais difíceis envolve pessoas apaixonadas.

Quando pegamos um caso onde a pessoa desconfiada está apaixonada pelo seu “catfish”, nós nos envolvemos ainda mais e nos empenhamos ainda mais. Pessoas apaixonadas podem perder a noção do tempo, do espaço, do bom senso e acabar se entregando a algo sem fundamento. Sei disso porque passei por isso. Esses casos são os que mais nos emociona e os que mais nos fazem torcer para que tudo dê certo.

No início de Outubro de 2013 abrimos a inscrição para a terceira temporada de Catfish. Ainda tínhamos que exibir os últimos episódios da segunda, mas como já tínhamos fechado o contrato para a próxima, não era necessário esperar. No mesmo dia em que abrimos a inscrição recebemos em torno de 100 e-mails. Apagamos as mensagens pedindo para o programa ser feito em outro país e começamos a analisar as outras. Como recebemos muitas mensagens, o prazo para o envio da história é de uma semana e dessa vez conseguimos bastante história.

Como escolhemos as histórias que iremos investigar? Primeiro optamos pelos casos mais diferentes. Quando esses já completam a média de episódios que queremos investigar, deixamos os outros em uma lista de espera. Depois disso entramos em contato com as pessoas que nos enviaram o e-mail e em muitos casos quando a pessoa vê que está prestes a ter seu relacionamento online exposto na TV, acabam desistindo. Dessa vez não foi diferente. Havíamos separado 20 histórias, mas apenas 12 haviam concordado com os termos do programa.

Até que começamos a gravar, muitos casos são solucionados antes de começarmos as investigações, então esses ficam fora da edição final da temporada. E lá vamos nós mais uma vez procurar outras histórias. Quando o critério “casos diferentes” não funciona optamos por escolher o caso que mais nos envolve. Não o mais dramático ou exótico, mas aquele que gostaríamos de ver.

Eu procurava uma história onde eu e Marcus pudessemos gostar e sentir uma vontade imensa de resolver e foi então que me deparei com o e-mail de um tal Emmett Cullen. O mesmo havia enviado um e-mail pedindo ajuda para o irmão que poderia estar na mão de uma “catfish”. Esse caso de cara já nos chamou a atenção porque são poucas as vezes em que uma terceira pessoa pede ajuda pra o programa. Normalmente o casal que mantem um relacionamento online não conta para outras pessoas e quando conta são para pessoas não tão próximas a ponto de desconfiar de algo e nos pedir ajuda.

Depois que li o e-mail de Emmett fiquei com muita vontade de solucionar esse caso. Primeiro porque parecia uma daquelas histórias onde você torce para dar tudo certo porque o envolvido é bom demais para sofrer. Edward – o irmão que Emmett quer ajudar – parecia ser um desses caras. Marcus também havia sentido uma conexão com a história e queríamos resolvê-la, mas tinha um problema: O Cafish só atua dentro dos EUA.

Por que o Catfish só atua nos EUA? Porque conhecemos as leis daqui e sabemos até onde podemos chegar com a nossa investigação e nosso programa. E porque temos meios de encontrar os dados que precisamos para localizar o catfish. Conversamos com o produtor e ele teve a mesma sensação que nós a de querer resolver a história, mas esbarrar nesse problema. Meu irmão Nahuel que é um dos criadores do programa disse que não haveria problema quanto a investigação já que aparentemente a “catfish” é americana. E depois de muito discutir decidimos que iríamos resolver esse caso.

Há toda uma burocracia por trás das câmeras. Precisamos fazer um contrato onde todas as pessoas que aparecem topam aparecer na frente das câmeras e terem seus dados expostos. O contrato da pessoa que iremos investigar só é feito depois que descobrimos quem ela é e sabemos se ela aceita entrar em contato pessoal conosco. Quando a resposta é positiva, sem a presença das câmeras entregamos o contrato e depois de 24 horas a pessoa nos entrega o papel assinado e só então podemos gravar. Quando a resposta é negativa, não há mais nada que possamos fazer.

Enviei uma resposta para Emmett e o retorno veio com Edward me adicionando no Skype. Fiz uma chamada em vídeo onde perguntei se a história era mesmo real e se ele estava de acordo com o que faríamos. Ainda expliquei para Edward sobre a burocracia do contrato que ele teria que assinar. Depois de tudo negociado já comecei a arrumar minhas malas e pesquisar sobre o lugar que iria e não achei muita coisa.

Quando o dia de embarcar chegou, enviei uma mensagem para Edward dizendo mais ou menos a que horas chegaria. Assim que saí da área de desembarque do aeroporto, avistei um grandalhão de cabelos pretos com uma placa na mão escrito “Catfish”. Aquele deveria ser Emmett. Me aproximei e nos apresentamos.

– Como você soube que seu irmão estava tendo um relacionamento online? – perguntei quando eu, Marcus e Emmett já estávamos no carro. Marcus havia perguntado se poderia filmar isso pra colocar na edição final, pois seria interessante. Emmett aceitou e logo estávamos prendendo a câmera no vidro do carro.

– Edward me contou em um dia que normalmente tiramos pra conversar. Fazia 9 meses que ele estava conversando com Bella. – respondeu.

– Isso é interessante. Normalmente pessoas que tem relacionamentos online não divulgam pra família. – disse.

– Minha família é muito unida. Só pra ter uma ideia nós moramos num mesmo terreno, mas em casas diferentes. Parece um grande condomínio. – ele disse rindo. – E na época os dois eram só amigos. Acho que não passava pela cabeça de Edward que isso iria evoluir.

– Por que você o inscreveu?

– Quando tivemos que ir pra Miami, resolvemos procurar por Bella no endereço que apareceu no presente como sendo dela. Quando chegamos ao local e nos deparamos com uma empresa que não era de Bella e que nem havia uma funcionária com esse nome... eu fiquei meio desconfiado. E quando Bella ficou magoada por conta disso, minhas desconfianças só aumentaram. – ele disse e parou em um sinal vermelho que havia ali. – Conversei com a minha família sobre o que havia acontecido e aconselhamos ele a procurar por um detetive, mas ele alegou que não havia dados suficientes para um detetive procurar por Bella. Deixamos passar, mas quando os dois voltaram a conversar eu percebi a intensidade do relacionamento deles. Bella enviou presentes de aniversário e Natal, conversou por telefone com a gente, fizemos uma espécie de festa de aniversário pra ela e quando parei pra pensar... Eu posso ter feito uma festa de aniversário pra uma garota que pode nem ser uma garota. – disse rindo nos fazendo rir também e concordar. – Entende o que eu quero dizer? Não passou a ser uma questão do Edward, passou a envolver toda a família. Valentina, minha filha de 6 anos, já a chama de tia, minha mãe já passou horas trocando receita com ela por telefone. Não me parece justo que ela esteja tão dentro da nossa família e não sabermos nem como ela é.

– Seu irmão concordou com isso tranquilamente? – perguntou Marcus.

– Primeiro eu o inscrevi e depois contei pra ele. – disse rindo. – Eu sabia que ele ia acabar não aceitando. Ele acha que pode estar traindo Bella fazendo isso. Ele tem medo que ela fique magoada com ele, e tem medo de descobrir que ela não é o que ele acredita. Eu confesso ter um pouco de receio dele acabar colocando tudo a perder contando pra ela, mas vou confiar que ele esteja aceitando que esse é o melhor caminho.

Depois de responder nossas perguntas, chegamos em Atri e Emmett foi nos explicando bem rapidamente onde ficava os pontos importantes da cidade. Entramos em uma praça com uma igreja que parecia brilhar, Emmett passou em frente á uma pizzaria e apontou dizendo ser a da sua família, assim como a doceria que ficava ao lado. Ele desceu em uma viela que só tinha espaço para o carro a mais nada, virou em outra ruazinha e chegou na parte da frente de onde seria a casa da família.

Depois de descer do carro e retirar os equipamentos necessários, Emmett nos encaminhou até a passagem da garagem para dentro da casa. Assim que entrei tive a sensação de estar em uma outra praça com direito há um pequeno jardim no centro e alguns bancos. Em frente a uma das portas estava um Edward apreensivo. Me apresentei, apresentei Marcus e toda a equipe. Ele nos convidou para entrar e lá explicamos á ele tudo que iria acontecer, além de entregar o contrato que necessitava da sua assinatura.

Depois que pedimos á Edward que contasse a história de como conheceu Bella e fizemos algumas perguntas, pedimos por pausa. Edward nos levou para apresentar a casa e então entendi o que Emmett havia dito. O lugar parecia um grande condomínio. Pelo pátio avistamos 7 portas. Uma da garagem, uma da pizzaria, uma da doceria e as outras levavam cada uma á uma casa. O acesso á casa de uma das irmãs se dava por dentro da garagem.

Edward nos levou até a pizzaria para nos apresentar o local, além de Carlisle – seu pai –, Jasper – marido da sua irmã gêmea – e Rosalie – esposa de Emmett. Na doceria, conheci Esme – sua mãe - e suas irmãs Alice e Tânia. Marcus resolveu ligar a câmera depois do consentimento de cada membro da família e fez a todos a mesma pergunta: o que você acha do relacionamento de Edward e Bella? A resposta de todos foi quase parecida. A família rezava pra que o relacionamento deles fosse pra frente, pois Edward a amava e sonhava tanto com um relacionamento forte e abençoado, e merecia ser muito feliz.

Voltamos a gravar e dessa vez esclareci a questão dela nunca ter enviado nenhuma foto pra ele. Na verdade ela tinha enviado, mas duas fotos que em nada adiantavam. Paramos a gravação cedo, pois ainda precisava procurar por um hotel para ficar. Antes que fosse embora, Carlisle e Esme ofereceram a própria casa para que ficássemos. Jantamos com eles e estranhei a maneira deles de comer. Eles separavam a refeição em 3 ou 4 pratos.

Antes de deitar conheci melhor Donna. Durante todo o dia ela havia ficado pelos cantos e nunca se apoximava de mim, nem mesmo quando a chamava. No final do dia ela foi mais dócil e eu entendi que ela precisava de um tempo para se certificar que estava tudo bem com a família dela mesmo com a presença de estranhos. Pedi á Edward a senha de suas redes sociais, pois pretendia fazer umas pesquisas já hoje, mas o cansaço não permitiu.

Assim que deitei na cama confortável do quarto de hóspedes o sono me abateu e o notebook acabou nem mesmo sendo ligado.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Quero mais uma vez lembrar que eu não sei como funciona o Catfish por trás das câmeras, então escrevi apenas o que eu acredito que aconteça e coisas que encontrei em entrevistas, okay?!
Bom, o comunicado importante é ESSA SEMANA NÃO HAVERÁ MAIS CAPÍTULOS =/ Eu estou entrando em semana de provas na faculdade e minha cabeça está 100% nisso! Eu nem iria postar hoje, mas eu devia esse aviso pra vocês! Então, o próximo capítulo só sairá no próximo domingo, okay?! Sinto muito, mas é um mal necessário!
Obrigada por tudo! Aguardo vocês nos comentários!
Beijos,
Valk ;)
P.S.: Aviso básico: O Edward só volta a narrar a história no capítulo 29 =P