Dolce Amore escrita por Valk


Capítulo 2
Edward


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PENSEM EM UMA PESSOA QUE SURTOU QUANDO VIU 3 COMENTÁRIOS DEPOIS DE 50 MINUTOS QUE HAVIA POSTADO A HISTÓRIA? ESSA PESSOA SOU EU O/
~voltando ao normal~ Bom dia... Boa tarde... Boa noite, pessoas o/
Primeiro eu quero agradecer pelos 8 comentários e pelas 17 pessoas que estão dando um voto de confiança á mim e minha história! Vocês são incríveis!
Primeiro capítulo está aí... Boa leitura ;)
P.S.: LEIAM AS NOTAS FINAIS



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Edward

Hoje eu estava me sentindo diferente, renovado. Nas últimas semanas me bateu uma tristeza enorme. O motivo? Eu tenho 24 anos e todo mundo acredita que está na hora de me casar. É óbvio que eu tenho esse sonho de casar e construir uma família tão sólida e bonita quanto a minha, mas ainda não encontrei nenhuma garota que pudesse fazer esses sonhos tomarem mais vida dentro de mim. Minha família me apoia, pois seguem os mesmos princípios que eu e sabem que espero pela pessoa certa.

Minhas escolhas nunca foram um problema, pelo menos não aqui na Itália que é onde nasci e onde moro hoje. Aos 18 anos fui para os EUA fazer um curso técnico de Fotografia e durante o meu período como universitário americano percebi como a juventude de hoje dá mais valor a quantidade do que qualidade. Sofri um pouco com os comentários maldosos sobre a minha crença de existir por aí uma pessoa certa pra mim. Não vou mentir e dizer que sou um santo. Já tive minha cota de erros e arrependimentos, mas hoje estou completamente focado em seguir as instruções que recebi desde muito cedo.

Quando voltei para a Itália há 4 anos, parecia que a minha cidade toda esperava que eu tivesse mudado, vamos dizer que eles não tinham boas referências sobre o comportamento dos adolescentes americanos, mas quando voltei e viram que eu continuava o mesmo, todos se tranquilizaram.

Minha cidade se chama Atri e fica na provícia de Téramos na região de Abruzzo, na Itália. Com pouco mais de 11.000 pessoas, a cidade é tecnicamente pequena, com muitas praças, igrejas e muita história. A maioria das casas daqui são de pedra e as vielas são tão apertadas que mal cabem um carro. Para uma pessoa acostumada com agitação e lugares diferentes talvez essa cidade não tenha muito a oferecer em longo prazo, mas minha vida não é nem um pouco tediosa por isso. Minha família é dona de uma doceria muito conhecida por aqui. Além disso, Emmett – meu irmão mais velho – resolveu abrir uma pizzaria. Formamos uma sociedade e hoje temos mais um negócio de família.

Todos os dias em que ajudo na doceria ou na pizzaria acontece alguma coisa interessante. Na verdade o interessante mesmo é ver pessoas novas sempre. Turistas de todo o mundo, com gostos e jeitos diferentes. Isso é encantador. Adoro conhecer pessoas novas e talvez seja por isso que tenha feito muitos bons amigos tanto italianos quanto americanos. E um desses amigos estava agora me telefonando.

– Pronto, dimmi! (Pronto, pode falar) – atendi o telefone em italiano para implicar com James, meu amigo americano. Ele havia passado seis meses por aqui e festeiro do jeito que era nem sei como conseguiu.

– Con chi parlo? (Com quem falo?) – disse James com um sotaque bem forçado.

– Vai mesmo tentar falar italiano comigo, James? – disse rindo.

– Preciso praticar pra ver se atraio mulheres como você, camarada!

– Sem essa, James! Mas por qual razão me incomoda? – brinquei.

– Assim você parte meu coração, Eddie.

– Eddie? Posso te chamar de Jam agora? – perguntei sabendo do quanto ele detestava esse apelido.

– Ok. Ok. Sem brincadeiras. – respondeu James me fazendo rir. – Preciso de um favor seu, amigo.

– Pode falar.

– Vai ter um evento com o DJ Benny Benassi aqui nos EUA e eu que estou organizando. – disse orgulhoso. James sabia como organizar um evento como ninguém. – Você conhece o Benny né?!

– O cara é do meu país. É claro que eu conheço.

– Então... Ele está na Itália agora e eu já havia combinado com ele tirar umas fotos pra colocar no site e anunciar o evento, mas o fotógrafo que eu tinha acabou furando comigo. – estava preparado para perguntar onde ele queria chegar com tudo isso apesar de já desconfiar, mas ele continuou. – Eu sei que fotografia é mais um hobby pra você, mas eu preciso tanto da sua ajuda. O evento já é daqui há duas semanas. Quebra esse galho pra mim?

– Quando e como seriam essas fotos? – perguntei quase me rendendo.

– Ele vai fazer um show em algum lugar perto de Pineto. Se você disser que sim eu passo seu número pra ele e vocês podem combinar um local pra ir, sei que não gosta de ir nessas casas de show. – disse James apressado. – E seriam fotos dele como se estivesse remixando algo. É pra divulgação dele nas redes sociais. E o cachê seria por hora gasta para fotografar e pela edição.

– Um dinheiro a mais no fim do mês nunca é ruim, mas vou fazer isso pra quebrar seu galho mesmo. Não se acostume. – brinquei. Depois disso James ficou ainda mais eufórico e disse que iria passar todas as instruções por e-mail assim que falasse com o empresário do Benny. Concordei, nos despedimos e eu voltei para a pizzaria. A minha casa parecia mais um condomínio fechado. Existia a pizzaria e a doceria no que seria a frente da casa e nos fundos tinham 4 casas: a casa dos meus pais Esme e Carlisle, a casa de Alice – minha irmã gêmea -, a casa de Emmett e Rosalie, e a minha casa. Ao lado da pizzaria ainda ficava a casa de Tânia, minha prima-irmã.

– Tudo bem, meu filho? Você demorou. – disse minha mãe assim que cheguei á cozinha da pizzaria.

– Um amigo me ligou perguntando se eu poderia fazer uma sessão de fotos com o DJ Benny pra um evento que ele está organizando. – disse beijando a testa da minha mãe.

– E você aceitou?

– Aceitei, mãe, mas se a senhora precisar de mim no dia eu arranjo outra pessoa pra ajudar James.

– Não, meu filho. Eu espero que você consiga mais e mais trabalhos assim. Você fotografa tão bem. Não sei porquê não investe mais nisso. – disse passando a mão em meu avental.

– Eu gosto da doceria e da pizzaria. É uma coisa da nossa família e eu não me sentiria bem trabalhando fora. – concluí vendo o sorriso orgulhoso da minha mãe.

**********

Após alguns dias estava eu pegando a estrada para Pineto. Naquele mesmo dia James havia me enviado um e-mail com todas as instruções sobre a sessão de fotos. Como nas instruções não falava nada sobre o local eu resolvi “inovar” e enviei um e-mail para a produção do DJ perguntando se o mesmo toparia fazer as fotos na praia com os aparelhos e tudo. E não é que deu certo? Eu sabia que a festa seria no litoral da Flórida, então uni o útil ao agradável e o resultado ficou bem interessante.

Foram ao todo quatro horas de ensaio e como James só precisava de 15 fotos logo eu já as havia editado. Ele pediu o número da minha conta bancária e quando fui ao banco no dia seguinte... Havia mais de mil euros na minha conta. Nem acreditei. Eu estava acostumado a receber um salário mínimo por esse tipo de trabalho, ou seja 900 euros, mas foram tão poucas fotos que não achei que receberia tudo isso. Liguei para James no mesmo momento e agradeci. O que faria com o dinheiro? Estava guardando para comprar um carro. Já havia mais dinheiro na minha conta do que o necessário pra isso, mas também queria ter uma boa quantia para emergências e para ajudar mais nos negócios da família.

Naquele dia quando cheguei em casa já estava bem tarde e a família estava toda na pizzaria, exceto por Valentina e Donna.

Valentina tem 4 anos e é minha sobrinha, filha de Emmett e Rosalie. A pequena era uma linda principessa loira dos olhos verdes. E amava dançar, cantar, brincar com Donna e “cozinhar” com minha mãe.

Donna é minha cadelinha da raça Maremmano, ela é branquinha e peluda, e já está comigo há 3 anos. Ela é muito leal a mim e a minha família. Serve tanto como cão de guarda quanto de companhia.

– Tio! – gritou Valentina assim que me viu. Donna logo levantou suas orelhas e também correu pra cima de mim. Na última semana não tinha dado muita atenção a ela por causa do trabalho, mas agora tudo ficaria mais tranquilo.

– Olá, mia principessa! – disse me abaixando para abraçá-la. Valentina me deu um super abraço e um beijo no rosto. Ela era tão carinhosa. – Saudades do tio?

– Muita! Assim ó – disse abrindo os braços até não poder mais. Dei um beijo em seu rosto e apertei sua barriga fazendo ela se contorcer e rir. – Para, tio! – disse agora com seu jeitinho de menina brava.

– O tio parou, linda! – disse. Coloquei ela no chão e fiquei acariciando Donna.

– A gente vai na capela hoje? – perguntou enquanto me sentava no chão com ela no colo. Valentina não dizia “igreja” porque ainda não conseguia pronunciar a palavra, então preferia falar capela.

– Vamos, sim. Você já está pronta? Tem uma missa daqui 30 minutos. – quando disse isso ela arregalou os olhos e saiu gritando por sua mãe. Donna se assustou um pouco com o escândalo. Ri um pouco enquanto via Rosalie sendo arrastada por uma criança de meio metro de altura. Exatos 30 minutos depois, Valentina saía de casa com um vestido branco cheio de flores coloridas, uma sandália rosa e uma tiara também rosa segurando sua franja. – Tá linda, boneca. Agora vamos correr. – disse a pegando no colo.

Era claro que não precisava correr tanto assim, afinal tudo que eu precisava fazer era atravessar a pizzaria e uma parte da praça para chegar até á igreja. Sim! A igreja era em frente à pizzaria e isso era normal em todas as cidades italianas. Subi as escadarias correndo com Valentina no meu colo e vi que o padre ainda não havia começado a missa. Após cumprimentarmos todos os nossos conhecidos, sentamos na quinta fileira que estava mais vazia.

– Não acharam que assistiriam a missa sem mim não é mesmo? – perguntou meu pai sentando ao nosso lado. Normalmente em dias de semana a minha família se revezava para tomar conta da pizzaria, então era muito difícil sair muita gente no mesmo horário para assistir a missa, mas aos finais de semana nosso comércio fechava por duas horas apenas para termos esse momento em família, afinal a família que ora unida permanece unida.

– Não sabia que viria, pai. – disse. Valentina estava distraída com um bebê que estava no colo da mãe em nossa frente. Era Melinda filha de Aro e Sulpícia, donos de uma loja de artesanato do local.

– Quebrar a rotina ás vezes faz bem. – disse sorrindo. Esse era o meu pai. Sempre surpreendendo. Antes mesmo que pudesse fazer um comentário sobre isso, o padre anunciou o início da missa.

Naquele dia orei para que Deus protegesse minha família e as pessoas que eu amava, orei para Valentina e por um crescimento forte, saudável e abençoado. E ao concluir minha oração, não esqueci do pedido que gritava em meu coração.

“PAI, coloco diante de ti todos os meu sonhos, todas as minhas dúvidas e aflições. Coloco diante de ti, senhor, a minha vontade de ter uma esposa, um anjo que me ame, e o desejo de construir uma família tão abençoada quanto a que meus pais construíram. Sinto que estou preparado, mas entrego todas as minhas vontades em suas mãos. Amém.”


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Notas finais do capítulo

Gente, eu sou APAIXONADA pela Itália mesmo sem nunca ter ido lá, então durante a história vocês vão ver muitos detalhes sobre a cidade do Edward (que eu demorei 2 meses pra escolher) e sobre coisas que acontecem lá... Eu pesquisei por muitos blogs e com muitas pessoas e espero não "viajar" muito com alguns detalhes :)

Esse capítulo é só pra vocês conhecerem o Edward e um pouco da sua família! Espero que tenham gostado e... COMENTEM SEM MEDO, MEU POVO!

Eu pensei em postar 1 ou 2 capítulos por semana, mas vai depender de vocês =D Eu tenho muitos capítulos escritos aqui e com muitos comentários eu posso postar mais rápido ~chantagem aqui~ kkkkk

Beijos,
Valk ;)