Dolce Amore escrita por Valk


Capítulo 13
Declarações


Notas iniciais do capítulo

EEEEEEEEI, GALERA! Tudo bem com vocês?
Bom, contar pra vocês... Quando eu comecei a escrever essa história eu prometi que só iria postá-la caso escrevesse até um determinado capítulo! Na pressa de postar logo em alguns capítulos eu escrevi só a narração e deixei um espaço para os diálogos... Eu esqueci que tinha feito isso e ontem quando fui postar esse capítulo percebi que faltava alguma coisa! E eram os diálogos... Tipo o.0 Aí eu recebi um e-mail do meu professor e tive que fazer algumas atividades... Enfim, não deu pra postar ontem, mas hoje acordei, consertei o que tinha que consertar e... Particularmente eu gostei do resultado!
Boa leitura ;)



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Edward

Janeiro sempre era um mês complicado. Primeiro porque era um mês bem movimentado na pizzaria e na doceria, era um dos meses onde mais se via turistas por aqui. Além disso tinha o aniversário do meu pai e uma dezena de festivais por toda a Itália. Era um mês de muito trabalho e muita festa.

Quando o aniversário do meu pai chegou pensamos que seria a mesma coisa de todo ano, um almoço e só, mas dessa vez contávamos com uma ajuda. Marie. Como o aniversário do meu pai caiu em plena terça-feira e nesse dia não abríamos a pizzaria, Marie nos convidou para comemorar o aniversário dele na casa dela.

Chamar o que Marie tinha de casa parecia ser até uma ofensa. Era uma casa bem grande com uma plantação de uva na parte de trás. Mas todos sabiam que não foi sempre assim. Marie passou muitas dificuldades para conseguir tudo que tem hoje e isso refletiu em muito na vida de Charlie, mas graças a Deus hoje todos estão vivendo bem.

Carlisle não sabia que estávamos indo até a casa de Marie para o seu aniversário então foi uma surpresa enorme encontrar uma faixa com os dizeres “Feliz aniversário, Carlisle” bem no meio da sala dela. Meu pai havia ficado emocionado com a surpresa e no fim foi tudo muito divertido.

Sem poder ficar até tarde na casa de Marie, resolvemos voltar quase no final da tarde e chegamos minutos antes de uma missa começar. Sentamos na mesma fileira como de costume e enquanto a missa não começava, Jasper nos contava sobre os turistas que haviam passado na mecânica do seu pai.

O coral começou a cantar e a missa logo começou. Hoje eu havia agradecido por ter meu pai por mais um ano ao meu lado, pedi proteção para Bella e toda a minha família. E rezei pelo meu anjo, que estava tomando forma e voz em minha mente.

Fui em direção á pizzaria para aproveitar do computador de lá. Eu havia decidido comprar um notebook assim como Emmett havia me orientado, mas não entendia nada disso e esperaria Tânia para me ajudar com isso.

Liguei o computador e logo me conectei. Bella já estava online.

Edward: Tutto bene, bella ragazza? (Tudo bem com você, garota bonita?)

Bella: Tudo bem, Edward. E com você?

Edward: Tudo ótimo. Você está no trabalho?

Bella: Não.

Edward: Está acontecendo alguma coisa?

Bella: Acho que sim, mas ainda não sei o que é.

Bella era confusa e tinha o poder de me deixar confuso também. Eu não sabia se deixava pra lá ou forçava ela a me falar o que sentia, mas preferia a primeira opção. Não conversamos muito, pois ela não parecia a vontade, só espero que não esteja com a ideia de parar de falar comigo novamente.

(...)

O resto de Janeiro se passou com Bella oscilando entre ser a menina doce e curiosa que eu conheci e a garota fria e confusa que aparecia ás vezes. Eu estava sempre tentando ajudá-la de alguma maneira, mas sentia impotente estando longe dela. E para completar, toda a minha família estava envolvida com Bella também e sempre procuravam saber como ela estava e ter que dizer que eu não sabia porque ela não se abria comigo acabava me machucando.

Fevereiro veio esclarecer as dúvidas que Janeiro deixou. Depois de dias me sentindo mal por causa de Bella e da distância que estava se tornando um grande obstáculo entre nós, eu percebi algo.

Eu a amava.

Não amava Bella como amava meus irmãos, ou como amava meus amigos. Eu a amava como um homem ama uma mulher. Eu a amava e queria muito aliviar o peso que ela sentia. Queria aliviar sua dor, confortá-la com um abraço, dizer que tudo ficaria bem e que eu estaria sempre ao lado dela. E ela simplesmente me afastava. Mas o que ela não esperava era o fato de eu ser tão insistente com as pessoas que eu amava. Na primeira semana do mês eu já havia decidido que faria o que fosse necessário pra que ela não fugisse mais de mim.

Eu orei tanto pedindo pra que Deus acalmasse o coração de Bella e que ela pudesse confiar em mim. Eu sentia que tinha achado o meu anjo pelo qual eu tanto pedi pra o Senhor. Eu tinha achado a mulher que eu queria pra mim e eu não iria perde-la assim. Pedi que Ele a protegesse dela mesma.

Quando o dia de San Valentino foi se aproximando eu sabia exatamente o que deveria fazer. Peguei o álbum que Bella havia me enviado e adicionei fotos de alguns lugares por onde passei aqui na Itália, fotos como as que ela havia me mandado: dos meus lugares favoritos, a visão da minha janela e outros. Depois de quase completar o álbum, imprimi a foto de perfil da Bella e escrevi uma frase no verso.

“Um homem está não onde mora mas onde ama.”

Em uma quinta-feira saí de casa cedo para ir até o correio. Deixei minha encomenda lá e rezei para que chegasse antes do dia 14 de Fevereiro e que Bella entendesse o que eu quis dizer com aquela frase simples de um provérbio italiano.

– Filho? – chamou meu pai do lado de fora do carro. Eu havia chegado em casa e estacionado na garagem sem nem perceber.

– Oi, pai. Desculpa. – disse.

– O que tá acontecendo, Edward? – perguntou meu pai preocupado. Desci do carro e encostei nele.

– Bella. – disse simplesmente. – Eu estou apaixonado por ela. Apaixonado por uma garota que se abre comigo um dia e depois se fecha como se nossa amizade não fosse tão importante. Uma garota que não confia em mim...

– Edward, ela deve ter bons motivos pra fazer isso. Não pense que ela não confia em você, ás vezes queremos deixar nossos problemas apenas conosco independente de quem está do nosso lado para nos ajudar. Vai dar tudo certo. – disse meu pai. Eu deixei que aquelas palavras entrassem em meu coração e passei todos os dias até o dia de San Valentino esperando que Bella me mostrasse um sinal de que gostava de mim tanto quanto eu a amava. Era só isso que eu esperava.

(...)

O dia de San Valentino chegou e contrariando tudo o que eu estava sentindo nos últimos dias, acordei animado e preparando minha maneira especial de acordar minha família. Dessa vez eu usei Donna para a minha surpresa. Ao meu sinal ela iria correr na casa dos meus pais e deixar uma rosa em cima da cama. Abri a porta da casa deles e quando ela estava saindo comecei a bater nas panelas e enquanto isso Donna ia levando as rosas nas outras casas.

– GIORNO DI SAN VALENTINO! – gritei e já consegui escutar Emmett resmungando. Quando virei as costas para chamar Tânia ela já estava ali ainda de camisola com a cara emburrada. Ela olhou pra mim espantada e só depois percebi que ela estava olhando para o alto. Emmett me jogou um balde de água gelada.

– Isso é pra você deixar de ser estúpido, Edward. – ele disse até vermelho de raiva e eu não pude segurar o riso. Fui para o meu quarto correndo trocar de roupa e o meu celular piscava em cima da cama. Quando peguei percebi que era uma mensagem. Bella havia enviado uma mensagem dizendo que precisava falar comigo.

Deus, só o balde de água fria do Emmett já basta por hoje, por favor.

Corri para a pizzaria enquanto minha família ainda acordava e se arrumava para o café. Liguei o computador e entrei no Pheed. Bella já estava online e se minhas contas estavam certas lá não passava das 3 horas da manhã.

Edward: Bom dia, querida. Tudo bem com você?

Bella: Bom dia, anjo. Tudo bem e com você?

Edward: Depois de preparar minha surpresa pra minha família e tomar um banho de água gelada... estou ótimo

Bella: kkkk estava esperando alguém fazer isso

E é sobre surpresa mesmo que quero falar com você

Edward: Diga

Bella: O que foi esse presente, Edward?

Edward: A maneira que eu encontrei pra dizer que te amo e quero que você confie mais em mim

Bella: Eu confio em você

Edward: Então me fala o que tá acontecendo! Você não tá bem há dias. Quando te ligo você está sempre com voz de choro...

Bella: Posso te ligar agora?

Edward: Pode

Peguei o celular e esperei impacientemente que Bella me ligasse. Três minutos depois o telefone tocava. Ninguém disse nada por longos minutos até que resolvi começar.

– Bella, eu nunca vi seu rosto, nunca senti seu perfume, nunca senti seu abraço, seu cheiro, seu toque. E isso é tão ruim. Eu tenho tão pouco de você, mas esse pouco me deixou apaixonado.

– Edward...

– Bella! Foi a sua curiosidade, sua timidez, suas brincadeiras e até os seus momentos ruins que me fizeram chegar até aqui, nesse ponto, onde eu falo que te amo. Amo você mesmo com essa infinidade de “nunca”. Amo você mesmo sem sua total entrega. Eu já tenho o “não”, Bella, e mesmo com medo do “talvez”, eu amo você e é só isso que te peço. – disse rapidamente sem deixar espaço para interrupções. – Eu entendo se você não sentir o mesmo que eu, mas eu só quero uma única chance pra te conhecer melhor e fazer você confiar plenamente em mim e no que eu estou sentindo. – concluí. Do outro lado da linha Bella estava calada e a única coisa que eu conseguia escutar era sua respiração ofegante. – Por Deus, Bella, fala alguma coisa!

Eu estava nervoso, ansioso e temeroso da reação de Bella. Eu esperava que ela desligasse o telefone na minha cara ou dissesse que não pode me dar essa chance, sendo muito otimista eu poderia esperar que ela dissesse que me ama, mas como amigo. Mas contrariando até o meu pensamento mais positivo, o que escutei superou os meus melhores sonhos.

– Eu te amo, Edward. Muito mesmo. Você é a coisa mais importante que apareceu na minha vida há muito tempo. – disse Bella e pude escutar seu choro.

– Você me ama? Isso é sério? Bella, eu rezei tanto pra escutar isso de você. Ti voglio bene, principessa. (Eu te amo, princesa) – disse com toda a emoção que eu sentia no momento.

– Você não tem a noção do quanto é importante pra mim ter você na minha vida. Eu amo sua amizade, seu carinho, e um belo dia eu acordei e percebi que já não conseguia viver bem sem você. - ela continuou e deu um suspiro pesado. – Eu nunca me senti assim. Eu tenho medo. Por isso não me sentia bem nesses últimos dias.

– Medo? Medo de quê, Bella? – perguntei.

– Amar é tão doloroso. Eu tenho medo do sentimento, da distância, do tempo. – ela disse com a voz embargada e eu estava prestes a interrompê-la, mas ela continuou: - Eu nunca tive boas referências de amor, Edward. Não quero que seja assim conosco também. – a última frase foi dita em meio á um choro tão cheio de dor, ressentimento, saudade e medo. Tudo que eu queria agora era abraçá-la forte e dizer que estou aqui para o que ela precisar.

– Bella, por favor, você não precisa ter medo. Eu entendo que seu passado tenha lhe deixado marcas negativas e uma visão ruim sobre o amor, mas não precisa ser assim. Amar pode ser um ato bonito e saudável. E eu quero poder te mostrar isso. – disse calmamente. – Medo da distância? Com a distância eu posso lidar, mas não posso suportar se você não for sincera comigo sobre o que sente. Eu suporto a distância entre Atri e Miami, mas não suportaria a mesma distância entre você e eu. Entende?

– Entendo. Obrigada pela paciência, Edward. Eu te amo mesmo. Seria impossível não me apaixonar por você sendo assim tão doce e carinhoso. – ela disse ainda com a voz embargada.

– Sem choro, querida. Buon San Valentino. – disse por fim.

– Buon San Valentino, meu anjo.

Depois de nossa breve conversa onde nos declaramos, o dia não poderia ficar melhor. Estava pronto para sair quando lembrei que Bella disse ter medo do tempo e resolvi enviar uma mensagem para ela.

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Eclesiastes 3:1-2”

Saí correndo para o pátio onde eu havia mais uma vez preparado a mesa de café da manhã. Todos estavam sentados mas ninguém comia, apenas olhava um para o outro.

– A única parte boa da sua surpresa é comer e você demora desse jeito? – disse Emmett. Apenas ri balançando a cabeça, desejei “Buon San Valentino” para todos e começamos a comer. Nem mesmo comendo o sorriso saía do meu rosto. Todos me lançavam olhares estranhos e eu apenas ria mais.

– Tá bom, Edward! O banho de água fria afetou seu cérebro? – perguntou Emmett.

– Não que eu me lembre. – provoquei.

– Qual o motivo desse sorriso, Edward? – dessa vez foi Tânia quem perguntou.

– A vida, maninha. A vida, essa família linda, esse café da manhã delicioso, o amor, Bella dizendo que me ama... – disse e me interrompi propositalmente. Depois disso só escutei os gritos. Minhas irmãs me abraçaram, meus pais me perguntaram como foi, Emmett e Rosalie me parabenizaram e Valentina não tava entendendo nada.

Expliquei para eles tudo o que havia acontecido desde os dias que Bella estava estranha até o telefonema de minutos atrás. Eu sei que parecia um bobo, mas era exatamente assim que eu me sentia. Um bobo apaixonado e feliz.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Odiaram? Acharam perfeito? Acharam um lixo? ME CONTA, GENTE!
Bom, como vocês podem ver... Edward se declarou pra Bella o/ E ela correspondeu *-----* Nesse capítulo vocês conheceram um pouco mais da Bella e dos seus medos... e entenderam como o Edward se sente, certo? Como vocês acham que isso vai se desenrolar? Conto com a opinião de vocês!
No próximo capítulo... Edward vai pedir uma coisa pra Bella hehehe =P
Beijos,
Valk ;)
P.S.: Eclesiastes 3:1-2 é um dos versículos que eu mais amo na bíblia... Todo o capítulo na verdade