Um divã para dois escrita por Tulipa


Capítulo 5
Cinco


Notas iniciais do capítulo

Como já cantou Marcelo Camelo "Todo Carnaval Tem Seu Fim", voltemos aos trabalhos.



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*Pepper*





­ Menti. Quando cheguei à sala eu só queria o beijo, o afago, o toque, queria estar perto dele, só Deus sabe o quanto sinto falta disso. Mas ele quis mais. Não o culpo por querer mais, não transávamos há uma eternidade. Nunca achei que um dia eu precisaria usar desse atifício com um homem que eu tanto desejei e ainda desejo, mas eu fingi. Fingi por receio de que se eu o negasse, outra vez, ele sairia e não voltaria mais, mesmo mostrando o oposto. “Tudo bem, baby, eu vou ser paciente”, ele disse quando eu hesitei. Mesmo querendo tanto ele estava disposto a, mais uma vez, abrir mão do momento por mim. Eu só não sei por quanto tempo ele estaria disposto a esperar, então cedi. Fiz questão que fosse no quarto, com as luzes apagadas, talvez fosse mais fácil. Me deixei levar, o deixei gozar e menti. Espero que ele não me conheça tão bem, espero que ele nunca saiba que eu precisei fingir.

—Eu amo você, baby.— ele diz e então me abraça. Sou completamente acolhida pela culpa de ter fingido com ele.







Sexta Sessão


Faltam dez minutos para o nosso horário e nem sinal dele. Isso me faz não me arrepender da noite de terça-feira, as consequências foram as mais previsíveis possíveis. Ele não vem pra terapia, porque fizemos sexo e, aparentemente, se um casal faz sexo todos os outros problemas estão resolvidos.

—Onde é mesmo o toalete?— pergunto para a recepcionista, ela deve ter no máximo 22 anos, espero que ela nunca precise passar pelo que acontece dentro das paredes desse consultório. Saudades dos meus 22 anos, se eu soubesse o peso das minhas escolhas teria fugido mais.

—Saindo no corredor, segunda porta à esquerda.— ela sorri.

Deixo a sala de espera por alguns minutos e quando estou voltando ouço a voz do Tony.

—Porque eu não posso entrar?— ele pergunta.

—Porque o Dr Christopher não autorizou.— a mocinha argumenta.

—Você tem certeza? Porque se a minha esposa não está aqui, ela só pode estar lá dentro.— ele diz —Você sabe quem ela é, uma ruiva, alta, linda? Ruiva natural, você sabe diferenciar uma ruiva de verdade?— ele pergunta, estou parada na entrada da recepção.

—Ela é uma ruiva de verdade?— a loirinha aponta com a caneta pra mim.

—Hey, baby, aí está você.— ele caminha até onde estou e me dá um beijo casto —Desculpe por chegar atrasado.

Culpa. Culpa.Culpa. Porque ele tem que ser tão doce?

—O Dr Hayden está esperando vocês.— anuncia a garota.

Salva pelo gongo. Ou não.

Quando adentramos o consultório Dr Hayden está em sua poltrona com caderno e caneta em mãos, deve haver uma desse para cada casal.

—Algum avanço na relação?— ele pergunta logo de cara ao tirar o olhar do caderninho assim que nos acomodamos.

—De que tipo?— pergunto.

—Qualquer tipo.

—Quando nós saímos daqui na terça, eu achei que ficaríamos na mesma situação...— Tony começa —...Mas ao chegar em casa conversamos sobre o último assunto debatido aqui. Conseguimos manter um diálogo saudável.— ele olha pra mim, enquanto seu dedo mindinho acaricia minha mão sobre o sofá. Ele não vai falar sobre o sexo, pois sabe que eu ficaria desconfortável. Ele me conhece. Ele é meu amigo e meu cúmplice e, com certeza, sabe que eu fingi naquela noite. Não sei por que me sinto tão culpada por isso, talvez por nunca ter feito antes, não com ele, pelo menos.

—Como é a relação de vocês com outros casais?— o dr indaga.

—Sexualmente falando?— Tony replica com outra pergunta, reconheço seu tom zombeteiro, mas é o Dr Christopher quem me surpreende.

—Pode ser também.

—Nunca rolou.

—E nem vai.— manifesto-me.

—Ok, mas ainda não é o momento de falarmos sobre sexo. — diz o dr —Quero saber da convivência de vocês com outros casais. Vocês são sociáveis?

—Quando morávamos em Malibu éramos bastante próximos do meu amigo, meu melhor amigo, o Rhodey, ele é casado com a Kate há uns seis anos.

—Você acha que o casamento deles é feliz, Anthony?

—Acho que sim.— ele responde.

—Por quê?

—Porque, apesar da Alex, eles parecem se bastar um pro outro.— ele responde, o dr não diz nada, apenas anota.

—E pra você, Virginia, eles parecem felizes?

—Parecem.

—Por quê?

—Porque eles parecem, sei lá, completos.— respondo e imediatamente me arrependo, porque essa pergunta pode originar outra que talvez eu não esteja pronta ou nem queira responder, mas o dr não se manifesta a respeito da minha resposta, apenas faz as suas anotações.

—E essa sua amiga que você às vezes cita, ela ainda está presente na sua vida?

—Sim.

—Ela é casada?

—Ela está no meio de um processo de divórcio. — respondo.

—Do terceiro marido.— Tony se intromete.

—Jess sempre foi passional demais.— eu a defendo —E pra ela isso é bom, auxilia na processo criativo. No primeiro divórcio, depois de todo o sofrimento ela gravou um disco. Não duvido que ela faça de novo. Eu queria ser mais como Jessica Walsh.

—Por quê?

—Ela sempre me disse que, de maneiras diferentes, conseguiu amar intensamente os três maridos. E eu não duvido dela, no entanto não fui, ou melhor, não sou capaz de tal proeza. Me apaixonei por outras pessoas, mas, amor, aconteceu uma vez só.

—Quando aconteceu?— Tony pergunta e me surpreende.

—Aconteceu o quê?— mostro-me confusa.

—Quando você descobriu que seu amor era meu?

—Ou que poderia ser...— disse o Dr.

—Acho que quando eu percebi que, mais do que chefe e assistente, nós poderíamos nos tornar amigos, mesmo apesar de toda a tensão.

—Essa tensão, tinha a ver com a atração mútua e negação de sentimento?— o Dr pergunta, eu aquiesço, e Tony move a cabeça em afirmação.




A minha surpresa ao voltar das minhas férias foi não o encontrar na empresa, quando procurei o Obadiah ele me disse que Tony não aparecia há pelo menos duas semanas.

—Eu sabia que isso de vir à empresa todos os dias, viajar a trabalho e comparecer as reuniões não duraria.— Obadiah comentou —Quer dizer, dar dois meses de férias para a assistente e não colocar outra no lugar? Anthony não tem a menor noção de como é administrar uma empresa.

—Você ao menos procurou saber por que ele não apareceu?— quis saber.

—Ele deve estar na farra, ter viajado pra Ibiza com alguma dessas modelos, ou talvez...

—Deve, talvez, se você não tem certeza pare de julgá-lo.— eu disse e dei as costas.

—Você é bastante insolente pra uma mera assistente, mocinha, não ache que você é intocável por massagear o ego dele e outras coisas mais.— ele disse com malícia.

Não respondi, não valia a pena. Voltei pra sala do Tony e tudo parecia em ordem, tentei ligar o seu computador e não consegui, estava protegido por senha. Liguei pra ele inúmeras vezes, ele não me atendeu no celular, muito menos na mansão, nem Edwin ou qualquer outro empregado atendeu. Decidi deixar a empresa, afinal, se meu chefe não estava lá pra me delegar qualquer trabalho eu não precisaria estar.

Voltei pra casa e fiquei lá o resto do dia, quando anoiteceu eu voltei a tentar contato. E nada. Decidi ir até a mansão, talvez ele estivesse me evitando, talvez ainda estivesse bravo pela última vez que nos vimos. Eu tinha a senha de acesso do portão, o carro dele estava no pátio externo, mas quando entrei na casa não o encontrei. Chamei por ele e pelo Jarvis e ninguém respondeu. Nenhum empregado apareceu. Quando ouvi um barulho no alto da escada eu me escondi e tirei spray de pimenta da bolsa, dei de cara com o desconhecido, um rapaz negro, de estatura mediana, bonito e bem vestido, mas isso não me impediu de agir.

—Quem é você?!— perguntei ignorando o grito dele.

—James Rhodes, amigo do Tony.— ele me respondeu esfregando os olhos, a mala que ele tinha nas mãos estava no chão, então ele caminhou até o lavabo. Devo reconhecer que se meio cego ele sabia onde o lavabo ficava então ele conhecia a casa muito bem.

—Amigo?— perguntei receosa —Como ele nunca falou de você?

—Talvez ter um amigo militar há dois anos no Iraque não fosse o assunto mais interessante pra impressionar as garotas.— ele brincou quando voltou enxugando o rosto —Em compensação, pelo tanto que eu já li a seu respeito devo dizer que a conheço, Pepper.— ele me estendeu a mão.

Bem, se ele sabia o apelido que ganhei meses atrás, talvez ele fosse mesmo quem dizia ser —Muito prazer, Sr Rhodes.— enfim peguei em sua mão estendida —E me desculpe pelos olhos.

—James.— ele me sorri —Se você já não tivesse esse apelido eu a batizaria agora, Pepper do spray de pimenta.

—Você sabe me dizer onde o Tony está?— pergunto sem graça.

—No General Hospital.

—Hospital? O que houve com ele? Ele está bem? Me diz?!

—Ei, calma, ele está bem, quer dizer, não está, mas não é com ele.— James me diz —Edwin sofreu um aneurisma há algumas semanas.

—Ele vai ficar bem?— eu pergunto, James move a cabeça em negação —Parece que não há mais nada que os médicos possam fazer, o que o mantém vivo são os aparelhos.— ele me informa —Bem, estou voltando pra lá, você quer vir?— um pouco atordoada com toda a informação aceno positivamente e mesmo não conhecendo o James acabo pegando carona com ele.

Quando chego ao hospital não posso entrar no setor onde Jarvis está, apenas James tem autorização.

—Vou dizer ao Tony que você está aqui.— ele me disse antes de entrar.

Eu espero por apenas alguns minutos e nesse tempo lembro-me dos meus poucos momentos com Jarvis, sempre tão amável e solicito. Lembro-me de Tony dizer que ele era da família, sua única família, não deve estar sendo fácil pra ele. Quando vejo o Tony, apesar das roupas, ele em nada se parece com o homem que conheço. Ele caminha até mim e me abraça, nunca houve um contato tão intenso entre nós. Quer dizer, houve dois beijos, mas o abraço é extremamente puro. Tudo o que eu posso fazer é abraçá-lo de volta. Ele deita a cabeça em meu ombro, afunda o rosto na curva do meu pescoço e suspira. Ele está em pedaços posso sentir.

—Eu não posso fazer nada por ele. De que serve todo esse dinheiro se eu não posso fazer nada por ele?— ele me pergunta ainda abraçado a mim e eu não sei o que responder —É egoísmo não deixar que desliguem os aparelhos? Não quero deixá-lo ir.

—Tony, se não há mais o que fazer você deve deixá-lo descansar. Deixe-o ir.

24 horas depois da minha chegada os aparelhos foram desligados e Edwin teve morte cerebral, convenci o Tony a doar seus órgãos. E, além disso, Tony fez uma grande doação pro setor de pesquisas neurológicas do hospital. Jarvis não tinha filhos ou família sua esposa já era falecida, e ele foi sepultado ao lado dela no jazigo dos Stark.

—Você vai ficar bem?— James perguntou para o Tony quando deixávamos o cemitério.

—Na medida do possível.

—Não quer mesmo ir lá pra casa? Não vai ser bom pra você ficar sozinho...

—Preciso aprender a ficar sozinho, Rhodey.— ele disse com a voz triste —Eu vou ficar bem, não será hoje, mas eu vou ficar.— de repente ele solta a minha mão, eu nem lembrava mais que estávamos de mãos dadas, parecia tão natural, ele se vira para mim, me abraça, beija meu rosto e sussurra um "Obrigado por tudo".

—Se eu pudesse fazer mais eu faria.— respondo, e ele beija meu rosto novamente.

—Rhodey, você a deixa em casa pra mim?— James assente.

—Aonde você vai, Tony?— pergunto aflita, ele não responde, entra em seu carro e vai embora.

—Se eu o conheço bem ele vai se trancar na oficina, abrir uma garrafa de uísque, ligar o som nas alturas e criar alguma coisa.— James diz ao abrir a porta do carro pra mim.

—Você o conhece há muito tempo?— pergunto no caminho pra casa.

—A vida toda.— ele responde —Nossos pais eram grandes amigos, se conheceram no exército, bem, meu pai era do exército, Howard era o fornecedor de armamentos.— fico em silêncio pelo restante do caminho até chegar a minha rua —É aqui?— ele pergunta ao parar em frente ao meu prédio.

—É sim, obrigada.— desembarco do carro e entro no prédio, ao entrar no meu apartamento vou tomar um banho na tentativa de parar de pensar, no entanto, não consigo.

Porque raios eu era o assunto nas cartas que ele escrevia para o amigo? Porque ele não contratou alguém para ficar no meu lugar mesmo que provisoriamente? Se eu sou tão importante assim, porque ele não me ligou pra ampará-lo? Fecho os olhos e ouço sua voz triste. Ninguém deve ficar sozinho num momento desses. Me visto, pego meu carro e vou ficar com ele. Quando chego à oficina a cena que vejo é exatamente a descrita por James. A música está alta, os computadores estão ligados e há uma garrafa com menos de um dedo de uísque sobre sua mesa de trabalho.

—Vou trazê-lo de volta, Pepper.— completamente embriagado ele grita ao me ver.

—Isso é impossível, Tony.— grito de volta, a música está realmente alta e não faço ideia de onde ela está vindo.

—Não é não, eu vou criar um sistema de inteligência artificial, Jarvis estará na casa toda como sempre esteve. Eu vou trazê-lo de volta. Eu posso!

—Certo, você pode!— concordei mesmo achando a conversa dele um absurdo —Mas não hoje. Não agora!— é a última vez que preciso gritar, finalmente ele percebeu e desligou o som.

—Tem que ser agora, Pep.— ele disse criando um novo apelido a partir do meu apelido.

—Não, não tem, agora você precisa de um banho, trocar essa roupa e descansar.— eu falo e ele não oferece resistência, mas levá-lo até o quarto foi bastante difícil, o enfiei sob o jato d'água do chuveiro de roupa e tudo.

—Está gelado!

—É melhor assim.

Eu o deixo no chuveiro e vou a cozinha preparar um café. Quando volto ao quarto ele está saindo do banheiro.

—Não tem chá aí, tem?— ele questiona ao ajeitar o roupão.

—Café.— respondo —Bem forte.

—Nós estávamos tomando chá, nunca tive coragem de dizer pra ele que detestava aquele chá inglês, e então ele foi à cozinha pra buscar algo e caiu no meio do caminho. Assim, de repente, sem nunca ter reclamado de nada, nem uma dor de cabeça.— ele comenta, não falo nada, acho que ele está apenas desabafando, Tony senta em sua cama —Você sabe que não vou comer nada dessa bandeja, né?— quando ele diz isso eu caminho até o criado-mudo e deixo a bandeja —Mas obrigado mesmo assim.— ele pega a minha mão e me impede de sair de perto dele —Você não precisava fazer isso.— ele diz.

—Mas eu quis fazer.— me sento ao seu lado, mesmo sabendo que eu não deveria me sentar em sua cama.

—Nem adianta te mandar embora então, né?— ele pergunta.

—Se você realmente quiser que eu vá eu vou, você quer?— ele faz que não com a cabeça.

—Você sabe o que eu quero de você, Pep, e o fato de você ser uma boa moça, como Edwin dizia, está dificultando as coisas.— ele diz com seu rosto bem próximo ao meu —Então nós seremos isso, seremos amigos, nada mais que isso.— seus lábios estão roçando nos meus e enquanto ele fala sinto seu hálito etílico, fico confusa, não sei se ele ainda está embriagado ou sóbrio demais, mas acima de tudo ele esta sendo sensato e verdadeiro —Não posso estragar tudo, e não vou. Não vou te fazer ir embora, então, por favor, vá embora.— ele se afasta.

Entendo o que ele quer dizer, porque se eu ficar mais um minuto no quarto dele talvez não haja mais saída. Ele não vai saber lidar com a situação pela manhã, eu muito menos. Não haverá volta pra nenhum de nós. Mas eu quero cuidar dele, quero ficar com ele, então tomo minha decisão.

—Posso ficar no quarto de hóspedes?

—Pepper...— ele suspira e fecha os olhos.

—Não quero deixá-lo sozinho, Tony.— digo sabendo que vai ser uma noite difícil pra nós dois.

—Tranque a porta do quarto.— ele me recomenda, eu aquiesço, me levanto e o deixo. Estranhamente a partir daí a casa dele passa a ser a minha segunda casa.





Estou chorando. Seus dedos estão entrelaçados aos meus, com o polegar ele acaricia a minha mão. Dr Hayden me entrega uma caixa de lenços que não faço a mínima ideia de onde veio, mas aceito de bom grado.

—Foi fácil aceitar que nada aconteceria entre vocês, Anthony?— olho pra ele esperando sua resposta.

—Claro que não, durante aquela madrugada, eu só pensava em ir até o quarto de hóspedes. Arrombar a porta ou pular a janela, e torná-la minha, sabia que ela não ofereceria resistência porque Pepper também me queria. Mas eu não podia, porque não conseguiríamos manter a relação que estávamos construindo. Eu não conseguiria.— ele respondeu —Durante quase um ano não foi nada fácil, mas então surgiram outras pessoas. E a nossa situação pareceu definitivamente resolvida.— ele responde.

—Vocês se envolveram em outros relacionamentos?

—Eu voltei a viver os meus casos, mas ela...— ele olha pra mim e, por um instante, pensa no que vai dizer.

—Ela o quê, Anthony?— o dr insiste.

—Acho que o nosso tempo acabou.— Tony diz ao apontar para a ampulheta sobre a mesa. Ele não quer estender a sessão de hoje, e nem eu.

—Certo, mas pela sua resistência vejo que precisaremos continuar desse ponto na próxima sessão.— observa o dr.

Nós deixamos o consultório juntos, mas no estacionamento nos separamos, Tony entra no carro dele e eu no meu. No caminho pra casa me dou conta de que nas próximas sessões não vou conseguir evitar que meu marido fale sobre o meu ex-marido.


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Notas finais do capítulo

Mais revelações estão por vir.
Aguardem as cenas dos próximos capítulos. Hahaha


Beijos.



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