Um divã para dois escrita por Tulipa


Capítulo 3
Três


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo teremos a "presença" de um personagem que um monte de gente ama. Acho que ama, sei lá.

Boa leitura.



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*Pepper*




Estou tão acostumada a me desentender com ele que, às vezes, acontece sem que eu perceba, tornou-se algo trivial e rotineiro. Droga, porque que eu estou insistindo se é pra continuar sendo assim? E eu não posso mais dizer que ele não está lutando por nós, afinal, ele foi à terapia. Quando eu já não acreditava mais que ele ainda pudesse ir, ele foi, e o conhecendo como eu conheço não deve ter sido fácil. Nem pra mim foi, na primeira sessão eu fugi, na segunda fiquei em silêncio ouvindo experiências de outros casais clientes do Dr Hayden, só na sessão passada eu consegui me abrir e começar a compartilhar a nossa história. Será que com o Tony aconteceu o mesmo, será que ele conseguiu conversar logo de cara? Eu preciso saber. Faz duas horas que ele chegou, faz duas horas que ele está incomunicável na oficina, bem, pelo menos eu acho que ele ainda está lá.

—Jarvis, o Tony ainda está em casa?

—Está sim, Sra Stark, na oficina.

—Obrigada, Jarvis.— respondo ao fechar o livro que estava tentando ler enquanto pensava em nós, o coloco sobre o crido-mudo e deixo o quarto.

Não entro na oficina há meses, aliás, acho que desde que voltamos pra Torre Stark nunca mais pisei naquele lugar. O local passou a ser o refúgio dele, seja aqui ou em Malibu, é pra onde ele vai quando quer fugir de mim e dos nossos problemas conjugais. E só há duas coisas que ele pode fazer lá, lidar com as coisas da SHIELD ou beber, ultimamente detesto as duas opções. Quando chego o vejo largado no sofá com um copo de uísque nas mãos.

—Você desistiu, não foi?— ele pergunta ao desviar o olhar do copo em suas mãos pra mim —Você desistiu de tentar fazer dar certo.

—Não.— respondo ao me sentar ao seu lado —Não desisti.

—Então porque você não foi?

—Eu já disse, eu achei que você não...— interrompo a minha desculpa —Eu estava me sentindo cansada, Tony, porque parecia que eu era a única a tentar. Foram três tentativas, não funciona se você não estiver lá.

—Hoje eu estava...

—Me desculpa por não ter acreditado quando você disse que iria, na próxima sessão estaremos os dois.— eu garanto, pego o copo de uísque de suas mãos e coloco sobre a mesinha ao lado do sofá —Obrigada por ter ido.— volto-me pra ele. Tony segura meu rosto entre suas mãos e suspira, seu olhar é triste, ele contorna meu lábio com o polegar direito enquanto me encara. Quero beijá-lo, quero que ele me beije, mas não quero precisar pedir. Não me obrigue a pedir, Tony, apenas faça, você nunca precisou de permissão.

—Quantas vezes você acha que ainda vai se casar se nós...?— eu o calo antes que ele termine. Será que ele não é capaz de perceber que se eu conseguisse deixá-lo já teria feito?

—Nós estamos juntos nisso pra que eu não precise mais arrumar marido algum.— eu digo.

—Sinto falta de como éramos antes, antes de...— ele engole —Eu a deixei ir e escolhi você, Pep.

—Não, Tony...— a minha voz embarga —Não quero falar sobre isso.

—Mas a gente precisa, eu sei que nós só chegamos na situação em que estamos porque evitamos falar...— eu não o deixo terminar, me levanto do sofá e o abandono sem conseguir conversar. Sei que um dia o assunto que tanto evito surgirá numa das sessões, mas não agora.



Quinta sessão

São duas sessões por semana, não pra acelerar o processo, mas por acreditar que precisamos. Desde a nossa tentativa de conversa na oficina eu acho que preciso muito mais que ele. No entanto, a experiência é válida pra nós dois. Chegamos juntos, Tony fez questão, e o Dr Hayden parece ter curtido a novidade. Estamos sentados lado a lado no sofá vermelho diante dele, enquanto ele, certamente, analisa a nossa postura. Li que nas sessões de terapia de casais os terapeutas interpretam até a maneira como os corpos do casal “conversam” um com o outro.

—Enfim os dois.— ele comenta —Vocês conversaram, Anthony?

—Não consegui.— Tony respondeu.

—Por quê?

—Porque o assunto não surgiu.

—Durante o final de semana todo você não encontrou uma brecha pra conversar com a sua esposa?

—A culpa não foi minha.— ele se defende.

—Talvez ele esteja querendo dizer que a culpa é minha.

—Ninguém é culpado de nada aqui, Virginia, mas vocês precisam aproveitar as oportunidades para conversarem sobre vocês.— o Dr intercede —A maioria dos casais chega aqui e diz que os desentendimentos são apenas pela falta de tempo, mas às vezes por causa de uma má interpretação os casais discutem por horas a fio, nesses casos já não dá pra usar o tempo como desculpa, afinal, o pouco que se tem está sendo desperdiçado.

—Eu também tentei, até porque queria saber se ele havia conseguido se abrir na primeira sessão, pelo visto conseguiu.— olho para o Tony.

—E curiosamente continuou do ponto onde você parou.— o Dr comenta.

—De como eu voltei pra Stark?— pergunto, ele assenti —Você contou mesmo?— me viro pro Tony e ele aquiesce —Tudo?— outra afirmação.

—Com riqueza de detalhes.— ele diz sorrindo, talvez ele esteja me provocando.

—Não acredito.— eu digo —Duvido que você se lembre.

—Só não consegui lembrar a música.

—Que música?

—A que você estava cantando quando ele chegou ao bar na noite em que você aceitou voltar pra Stark.— Dr Hayden fala. Meu rosto queima. O dr sabe como e onde a nossa conversa aconteceu —Você se lembra?— perplexa fico em silêncio, há anos não tocamos nesse assunto e agora outra pessoa sabe. Outra pessoa sabe que eu quase transei com um estranho num carro.

—Ela se lembra.— Tony diz —Eu é que tive que fingir que esqueci, era o acordo pra ela voltar, pra ela ficar, não tocamos nesse assunto desde 99.

—Não acredito que você contou isso pra um estranho.— eu digo.

—Ele é nosso, analista, Pep, é tipo um padre, não pode nos julgar, e nem falar sobre o que falamos aqui com outras pessoas, não é Dr?— Tony questiona adorando o meu desconforto, Dr Hayden concorda.

—Era...— eu olho pro Tony, quero bater nele ao mesmo tempo que quero beijá-lo —Alanis Morissette, All I Really Want.— eu digo.

—Devia ter chutado uma da Alanis, ela era viciada, rock de menina.— ele me provoca.

—Muito melhor do que aquela barulheira que você ouvia.— rebato —Rock de menina que eu superei, já você ouve aquilo até hoje.

—A música que ele ouve te incomoda?

—Naquela época até a maneira que ele se vestia me incomodava, Dr.— respondo.

—Por quê?— o Dr quer saber.

—Porque eu era sexy, rebelde e irresistível.— Tony responde no meu lugar, quero concordar com ele, mas não vou.

—Então, Virginia, porque ele te incomodava?— a pergunta do Dr Hayden me transporta pra 1999.




Faltavam dois meses pra formatura e eu teria que deixar o dormitório no campus em breve. Eu iria morar sozinha pela primeira vez na vida, já que Jessica tinha planos de morar com Travis e eu jamais dividiria apartamento com eles, mas seria impossível conseguir um bom lugar com o salário de garçonete, mesmo que meu pai fosse o fiador eu quem bancaria as contas, inclusive o aluguel. Mais do que nunca eu precisava do emprego, e realmente me dedicaria a ele.

Eu tinha passado duas semanas revisando um orçamento que precisava ser aprovado pela diretoria, depois da historia com Peter Harris tudo precisava ser revisto e aprovado, mas eu nunca tinha tido problemas até então, Obadiah sempre era o primeiro a devolver as planilhas assinadas, Tony sempre demorava, mas nunca a ponto de atrasar os projetos. Nós acabamos perdendo o prazo estabelecido pelo cliente. Era um cliente grande, a empresa perdeu muito dinheiro e o Sr Stane ficou furioso. Daquele dia em diante Obadiah decidiu que precisava de alguém para fazer a comunicação entre a empresa e o Tony. Daquele dia em diante eu me meti numa das maiores enrascadas da minha vida.




—A maior enrascada da sua vida?— Tony questiona ao me interromper.

—Fácil não foi.— respondi.

—Porque não foi fácil, Virginia?— o Dr perguntou.




Uma semana depois ele ligou no meu departamento, eu não o via desde quando aceitei voltar. Ele pediu que eu o encontrasse depois do trabalho na sala dele, eu nem sabia que ele tinha uma sala, afinal ele nunca estava na empresa, mesmo assim fui ao seu encontro. A sala era bem decorada, a mobília era bonita e moderna, mais moderna do que a das outras. Quando entrei ele estava lá, com as suas roupas informais, jaqueta, camiseta, jeans, tênis nos pés, e os pés apoiados em cima da mesa. Eu nunca tinha visto alguém tão displicente.

—Eu quero que você trabalhe pra mim.

—Eu trabalho pra você.

—Não, Potts, você não entendeu preciso que você trabalhe diretamente pra mim.— ele me disse.

—Fazendo exatamente o que?

—Sendo a minha Assessora.— ele disse —Obadiah está no meu pé, e quanto mais sério eu parecer menos ele vai me encher o saco. Basicamente eu só preciso que você me represente e me mantenha informado, quando tiver algo pra eu assinar você leva pra mim. Você! Não um mensageiro.

—Porque isso?

—Eu não gosto de vir pra cá, Potts, Obie não entende que aqui não é lugar pra mim, que essa responsabilidade toda não é pra mim, eu crio, desenvolvo, mas a burocracia sempre foi com ele. As reuniões sempre foram departamento dele.

—Porque eu?— perguntei, afinal, poderia ser qualquer pessoa.

—Porque eu não posso dormir com a minha Assessora.— ele me sorri —E você e eu temos um acordo quanto a isso, não é?

—Sr Stark, não sei se eu sou a pessoa mais indicada pro cargo.— eu falo.

—Claro que você é. Você disse que seria a melhor funcionaria da empresa, e eu quero a melhor funcionaria da empresa pra mim. Eu pago bem.— comecei a ponderar em silêncio, não sabia ao certo qual seria o meu salário, mas eu já podia pensar em alugar um apartamento num bairro melhor do que os que eu já tinha visto, conseguiria bancar as despesas, ainda poderia pensar na minha pós-graduação —E então, Potts?

—Eu aceito.

—Ótimo, Potts, você começa na sua nova função na segunda. Eu tenho uma reunião as 8h com toda essa gente simpática da diretoria, não se preocupe, não vou deixar você enfrentá-los sozinha, estarei aqui pra apresentar você.— aquiesci. Na segunda-feira eu acordei cedo, e me arrumei pro meu primeiro dia de trabalho como assistente, optei por um vestido preto, formal e bonito, na altura dos joelhos e calcei os meus melhores sapatos, tendo a certeza de que na minha função eu precisaria comprar roupas e sapatos melhores. Eu me preocupei tanto com as minhas roupas enquanto ele vestia jeans e camiseta. A reunião demorou horas e quando terminou fui dispensada pelo resto do dia, era menos de duas da tarde e eu já não precisava mais ficar na empresa. —Preciso que você venha comigo até a minha casa.

—Por quê?

—Pra você conhecer o caminho, você vai precisar ir muito lá, e pra pegar o seu material de trabalho.— ele disse.

—Ok, Sr Stark.

—Essa coisa de Sr Stark precisa acabar, eu não sou um velho, me chame de Tony.— ele pediu.

—O Sr é meu chefe não vou chamá-lo pelo apelido.

—Que seja Anthony, então, mas Sr Stark não, por favor.

—Ok— eu disse resignada. A casa dele era longe da empresa, mas a vista até lá era incrível, a estrada quase deserta compensava o percurso. Eu me perdi por duas vezes porque, com certeza, ele esqueceu que o carro dele era muito mais potente que o meu. Quando cheguei me dei conta que casa era o que meus pais tinham em Portland, ele morava numa enorme mansão em Malibu. —O Sr mora aqui sozinho?

—Você.— ele me corrigiu —Desde que meus pais faleceram moramos eu e o Edwin. Você vai adorar ele.— ele me sorriu.

—Jarvis, está em casa?— ele chamou assim que entramos.

—Na sala de jantar, Sr.— o tal Jarvis, avisou pelo sistema de som, afinal, numa casa daquele tamanho seria impossível alguém gritar seja lá onde quer que estivesse e ser ouvido em outro cômodo. Mas se ele estava falando com o tal Jarvis, estava claro que ele era um empregado, talvez Edwin fosse um animal de estimação, sei lá. Quando chegamos à sala de jantar, um senhor impecavelmente vestidos estava em pé ao lado da mesa arrumada para o almoço.

—Boa tarde, Sr Stark.— o senhor grisalho de olhos claros e sotaque britânico falou —Quando o Sr disse que traria visita tomei a liberdade de pedir que preparassem algo.— o algo preparado era um exagero de comida —Essa é a moça da qual o Sr falou?— ele perguntou.

—É ela sim, Jarvis.— ele colocou a mão no meu ombro —Mas ela não é pro teu bico, tire os olhos das pernas dela.

—Eu não estava, Srta...— o senhor ficou encabulado e eu também, enquanto ele se divertia.

— Virginia Potts, esse é Edwin Jarvis.

—Muito prazer, Srta Potts, eu sou o mordomo do Sr Stark.— ele se apresentou pra mim.

—Muito prazer, Sr Jarvis.— o cumprimentei, nós dois estávamos com as mãos geladas.

—Talvez você fosse mordomo para o meu pai, pra mim você é da família. É a única que me resta.— Tony o corrigiu, e eu achei fofo —Jarvis, nós vamos comer, tá? Mas só depois de falarmos de trabalho.

Ele me apresentou a casa toda, inclusive a oficina, que devia ter um carro pra cada dia da semana, onde ele desenvolvia os projetos pra Stark. Ele me deu um pager, um telefone celular, e um computador portátil. Tudo pra conseguir me achar quando ELE quisesse.




—Porque esse tom? Você não conseguia encontrá-lo sempre?— o Dr Hayden perguntou.

—Claro que não.— rolei os olhos.




Os primeiros seis meses como assistente foram ótimos, só que quanto mais eu pegava o ritmo de trabalho menos ele me atendia, menos ele aparecia e mais eu trabalhava. Eu comparecia a TODAS as reuniões até mesmo as que a presença dele era obrigatoriamente necessária, enquanto ele vivia nas colunas sociais, saindo cada noite com uma mulher diferente. Eu levava os documentos pra ele analisar e o via assiná-los sem ler, Obadiah fechava os contratos da maneira mais conveniente pra ele, foi assim durante quase todo o meu primeiro ano como assistente.



—E o que você fez, já que não estava satisfeita com o comportamento dele?

—Eu...

—Ela ameaçou se demitir.— Tony falou.

—E você, Anthony, o que fez?

—Não aceitei a demissão, claro.




Numa manhã, eu tentei contato por horas, sempre ligava no celular dele, nunca na mansão, ele dizia que eu não deveria incomodar o Jarvis e eu respeitava, só que ele não me atendia, ele nunca me atendia e isso me deixava furiosa. Eu liguei na casa dele e ele estava dormindo, eram mais de 10 da manhã, meio de semana, e o herdeiro do império na cama.

—Srta Potts, ele não está sozinho.— Jarvis me avisou quando eu ia em direção ao quarto.

—Logo ele estará, Edwin!

Quando eu cheguei ao quarto dele o chuveiro estava ligado e a moça estava na cama sozinha. Eu a acordei, estava tão fora de mim que nem me dava conta do que estava fazendo.

—Quem é você?— a loira semi-nua perguntou sonolenta —Cadê o Tony?

—Não interessa.— respondi —Você sabe aonde estão as suas roupas?— a moça estava confusa —Hoje não tem café da manhã não, querida. Vista as suas roupas e vá embora.— surpreendentemente a garota se levantou e foi.

—É sempre difícil me livrar delas.— ele disse ao sair do banho —Você tá contratada pra isso também, Potts.

—Não vou mais trabalhar pra você.— eu disse nervosa —Eu perdi um ano da minha vida fazendo o trabalho que você devia fazer.

—Pensa pelo lado positivo. Você era uma garota recém-formada com experiência de garçonete agora você é uma Assistente Pessoal Profissional.— ele argumentou ironicamente. Eu odiava aquele ar irônico e aquele riso de deboche, naquele rosto bonito, ainda tinha que desviar a atenção do fato de ele estar só de toalha.

—E com toda essa nova experiência profissional eu posso sair da Stark e arrumar emprego onde eu quiser.

—Você não vai se demitir.

—Se você não estiver lá em baixo em 15 minutos, vestido decentemente, nem adianta me procurar em canto algum, porque eu não volto mais a trabalhar pra você.— ameacei e saí do quarto.



—Você lembra quanto tempo eu demorei?— ele me perguntou

—Aposto que menos de 15 minutos.— o Dr respondeu no meu lugar.




Bastaram 10 minutos e ele estava na sala.

—Patrão, o Sr pegará um resfriado se continuar com os pés no chão.— Jarvis disse assim que o viu.

—Não deu tempo pra procurar os chinelos Edwin, eu recebi um ultimato da Srta Ardida aqui.— ele disse —Qual é o seu problema, Potts?

—Você, Anthony, e a sua total falta de comprometimento. Poxa, eu estou fazendo o meu trabalho, mas não é a minha obrigação...

—Não é a sua obrigação?— ele me interrompeu.

—Eu sei que eu tinha que representar você, mas, Anthony, eu trago os papéis e você mal os lê e já assina. Você não tem a mínima ideia do que está fazendo. Você não aparece quando tem que aparecer.— argumentei.

—Eu disse pra você que não gosto daquele lugar.

—Eu não gosto de segundas-feiras, mas todas as semanas elas acontecem. Aquilo tudo é seu, se você não cuidar do seu patrimônio quem é que vai cuidar?

—O Obie?

—Você confia mesmo tanto assim naquele homem?

—O meu pai confiava.— ele respondeu.

—Não confiava não, Sr.— Jarvis avisou —Não 100% pelo menos.

—Tá vendo? Além do mais, você acha mesmo que Peter Harris desviou todo aquele dinheiro sem ninguém saber? Obadiah iria me deixar ser demitida sem sequer falar comigo. Ele suspeitava de mim e me deixaria sair da empresa ilesa, é muito estranho você não acha?

—Eu acho, Sr.

—Quantos anos você tem, Anthony?

—28.

—Se você não tomar as rédeas da sua vida agora, aos 38 você não terá mais nada do que o seu pai lhe deixou.

—A srta Potts está completamente certa, Sr.

—Obrigada, Edwin.— eu agradeci —Agora, por favor, peça para o seu patrão vestir-se como um homem adulto e vir pra empresa comigo?

—Sr...

—Eu a ouvi, Edwin.— ele disse contrariado.

Enquanto ele voltou pro quarto eu e Jarvis tomamos o café da manhã que havia sido preparado pra loira que eu não fiz nenhuma questão de saber o nome —A srta apareceu na hora certa, sabia?— Jarvis me perguntou, só depois de muito tempo eu entendi porque ele me disse aquilo.


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Notas finais do capítulo

Essa música da Alanis, é do Jagged Little Pill, um disco de 1995, pela ordem cronológica da história é mais ou menos o ano em que a Pepper entrou pra universidade

;)


Aguardando os comentários fofolindos.
Ate mais =)



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