A Filha Da Empregada escrita por Ginnyweas


Capítulo 45
O velho novo


Notas iniciais do capítulo

Hey angels!! Eu disse que apareceria de novo ainda essa semana...
E vim especialmente hoje por motivos de: hoje a fic completa um ano ❤️ (Vamos cantar parabéns pra você? haha)
E bem, já que ela já tem um ano significa que já estamos em reta final. (Vou entrar em depressão) Acredito que não teremos uma grande quantidade de capítulos pela frente... Mas já tenho um novo projeto, que também sera uma long Romione. Já tenho alguns capítulos escritos e minha beta já está ficando a par de tudo, ela substituirá AFDE e nela teríamos um Ron e uma Mione um pouco mais adultos e quero saber se vocês leriam?
Agora vou parar de falar e ir logo pro capítulo! hahaha
Desculpem-me os erros ortográficos.
Boa leitura :)



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Hermione virou-se para encarar o pai e o irmão com um pequeno sorriso no rosto. Ela ainda estava um pouco extasiada com a situação, mas estava imensamente feliz.

— Eu nem acredito que vocês estão aqui! Que você é o meu pai e você é o meu irmão! Isso é tão surreal e eu estou tão feliz! Eu senti tanto a falta de vocês... — ela disse recomeçando a chorar e o irmão foi até ela abraçá-la.

— Nós também sentimos a sua falta! E eu também não estou acreditando que você é minha irmã. Depois de todos esses anos você continua baixinha! Esqueceu de crescer foi? — disse fazendo-a rir.

— Eu cresci sim, tá? — ela desvencilhou-se e caminhou em direção ao pai — E você pai... o senhor também sentiu nossa falta?

— Ah... venham até aqui vocês dois, venham! — ele chamou os dois para sentarem-se no sofá — Nós temos muito o que conversar!

— Temos mesmo! — concordou o filho mais velho com grosseria.

— Johnny... — Hermione o advertiu.

— Eu sei que nenhum de vocês dois vai cair nessa história de "tudo o que eu fiz foi por amor" porque sei que são espertos demais para isso. Mas mesmo que não acreditem esse foi o real motivo de tudo! O pior erro que cometi foi tentar tirá-los de sua mãe. Eu estraguei a vida de vocês por puro egoísmo. Eu pensei que poderia cuidar de vocês dois. Que poderia criá-los sozinho como eu achava que tinha feito a vida inteira, mas no final das contas eu não soube fazer isso. Não soube dar um futuro digno pra vocês e também não tive coragem de aceitar isso, então eu os abandonei. E isso não é a coisa que um pai deve fazer, um homem não faz isso.

— Então por que fez? — Johnny perguntou irritado.

— Porque eu fui um fraco, meu filho. Eu tive vergonha de mim mesmo por não poder cuidar de vocês, e acabei errando dessa maneira drástica e sei que não mereço o perdão de nenhum dos dois. Mas agora que estou olhando pra vocês, e vejo o homem e a mulher que se tornaram eu me sinto tão... tão orgulhoso! Me sinto orgulhoso de saber que essas duas pessoas maravilhosas são os meus filhos! Me sinto envergonhado em saber que nenhum dos dois tiveram o pai que mereceram, não me sinto digno de estar aqui... mas eu estou! E se vocês soubessem o quanto eu amo vocês e o quanto eu fico feliz de saber que estão bem, que estão vivos... — as palavras dele deram lugar ao um choro agoniado e Hermione não conteve o impulso de abraçá-lo.

Ajoelhada no chão em frente o pai que chorava no sofá ela estava abraçada a ele. Lançou alguns olhares ao irmão que parecia não acreditar em uma palavra sequer que o homem havia dito, e Hermione sentiu-se incomodada com aquela situação.

— Pai... — ela começou fazendo-o olhá-la — nós sabemos que... eu sei que o senhor fez o melhor que pode por nós dois. Eu acredito no senhor!

— Acredita? — ele perguntou e ela assentiu — Oh, minha menina... me perdoe...

— Acalme-se papai, está tudo bem! — disse abraçada ao pai — Vamos mudar de assunto ok? Vamos falar sobre vocês... onde estiveram? O que fizeram?

— Sim, vamos... — Johnny concordou quando a irmã voltou a se sentar ao seu lado.

— Eu não fiz muita coisa. — o pai começou — Depois de perder o contato com vocês eu entrei em depressão e passei um tempo morando com um colega, mas agora eu consegui um emprego numa lanchonete e as coisas estão se ajeitando com o tempo.

— Bom, você deve saber o porque me proibiram de entrar no abrigo pra te ver né? — Johnny começou ignorando a fala do pai.

— Sei. — Hermione respondeu.

— Eu juro que tentei fazer com que me deixasse entrar lá, mas não teve jeito. Aí eu acabei me entregando de vez nesse mundo horrível das drogas e acabei conhecendo uma pessoa...

— Uma pessoa?

— Uma assistente social na verdade. Ela trabalhava tirando menores das ruas e acabou me encontrando. Ela me ajudou muito, e graças a ela eu consegui me livrar daquele vicio horrível!

— Sério?

— Sério! E bem... ela tinha uma filha...

— E você usou dos seus dotes de garanhão para conquistá-la! — Hermione brincou.

— É... mas se você disser isso pra ela; ela vai dizer que eu é que fui conquistado. — disse brincando também — Bem, como ela iria pra faculdade ela teria que se mudar para Dublin e eu fui com ela.

— Então foi por isso que você me viu! Você mora lá!

— Sim. Eu te vi na cafeteria e te reconheci... você não mudou nada!

— Por que não veio falar comigo?

— Eu não tinha certeza de que era você! E aquele garoto que estava com você ficou me encarando...

— O Victor? Um moreno alto, forte?

— Não sei, ele estava sentado né! Mas ele não foi muito com a minha cara quando percebeu que eu estava te olhando...

— Ah sim... não era uma época muito propícia para homens ficarem me encarando enquanto eu estivesse perto dele. — disse lembrando de que Victor gostava dela naquele tempo.

— O que?

— Deixe pra lá... mas e aí? Você está na faculdade também?

— Não, eu não entrei na faculdade... mas eu abri um negócio, uma floricultura!

— Sério? — perguntou alegre — E como é ser dono do próprio negócio?

— Ah, é bem divertido! E sempre tem aquelas senhorinhas fofas pra bater um papo com a gente — disse lembrando-se de que os dois adoravam conversar com os mais velhos quando pequenos — e é o suficiente para sustentar minha família!

— Sua família?

— É aí que vem a surpresa! — ele disse animado levantando e saindo da sala.

— Ãhn? O que ele vai...? — Hermione perguntou ao pai sem entender o que estava acontecendo.

— Você verá... a pequena é a coisa mais linda deste mundo! — ele respondeu e a filha continuava confusa.

Hermione ouviu passos se aproximando da sala novamente e percebeu que o irmão estava acompanhado e logo ele apareceu de mãos dadas com uma mulher, ela aparentava ter a mesma idade que ele, era morena e tinha a barriga pontuda e estava de mãos dadas com outra pessoa. Uma pequena garotinha de cabelos lisos e castanhos, ela parecia encantada com algo.

— Vai lá filha! Corre e pula no colo da sua tia! — Johnny disse e no segundo seguinte ela sentiu a pequena em cima dela.

Ela abraçava Hermione e soltava uma gargalhada gostosa de ouvir. Hermione retribuiu o abraço ainda sem entender um pouco a situação e a menina se separou um pouco dela para encará-la.

— Oi! — disse sorridente.

— Oi. Quem... quem é esta pequena aqui, Johnny?

— Meu nome é Lisa! — foi a pequena que respondeu.

— Lisa?

— Sim, Lisa! Assim como o nome da sua boneca favorita! — ela explicou e Hermione lembrou-se de sua antiga boneca de pano. Talvez se a pequena prendesse o cabelo no estilo "Maria Chiquinha" ela se parecesse com sua boneca. — Meu pai disse que quando me conhecesse eu é que seria sua nova boneca favorita!

— Seu pai? — Hermione perguntou já emocionando-se entendendo toda a situação — Johnny...?

— Sim Mione, está aí é minha filha Lisa. E este aqui dentro é o Scott. — ele disse apontando para a barriga pontuda da moça que estava com ele.

Era bom demais para ser verdade. Para quem só tinha a mãe como família, reencontrar o pai o irmão e ainda ganhar sobrinhos era realmente muito bom. Já chorando novamente ela abraçou a pequena que estava tão alegre quanto ela perante aquela situação. E agora que sabia que ela se chamava Lisa, pode saber o grande mistério de quem havia escrito "Lis" em seu velho exemplar de O Pequeno Príncipe.

— Ei! Foi você que escreveu no meu livro? — Hermione perguntou.

— Foi. Me desculpe. Meu pai não deixava eu mexer naquele livro, mas eu queria muito ele!

— Não deu tempo de escrever seu nome todo, não é?

— É. Meu pai chegou e brigou comigo!

— Porque eu disse que não era pra mexer! — ver o irmão bronqueando a filha era uma situação engraçada. Ele ainda agia da mesma maneira de quando a bronqueada era ela.

— Oras, pelo menos a menina demonstra interesse pela leitura! — Hermione a defendeu.

— Conte para sua tia o quanto você gosta dela, filha!

— Eu sou muito sua fã! — a pequena disse correndo para o quarto voltando rapidamente com algumas revistas nas mãos, as revistas em que a foto de Hermione estava na capa — Eu assisti seu desfile tia! Eu e minhas amigas! Elas querem te conhecer também! Todo mundo acha muito legal que eu tenho uma tia supermodelo, ninguém tem, só eu! E você é tão bonita! Eu queria tanto ser igual você quando crescer!

— Lisa é muito sua fã, Hermione. Eu também não fico muito atrás... — a moça que estava com o irmão disse envergonhada.

Hermione levantou-se e foi até ela colocando as mãos em sua barriga. Grávida! Seu irmão seria pai outra vez!

— Este aqui é o Scott, e você é...? — perguntou.

— Está é minha esposa Violet. — o irmão disse todo pomposo.

— É um prazer conhecê-la, Violet! Obrigada por ter cuidado desse bobão para mim. — disse a abraçando.

— É um prazer conhecê-la também, Hermione. Bem, como pode ter visto você é muito famosa lá em casa! — ela disse apontando para a filha que folheava sua revista junto com o avô.

— Lisa é tão linda! Fico feliz que ela seja parecida com você. Convenhamos que meu irmão é muito feio, mas tem bom gosto para nomes. — vangloriou-se indiretamente já que Lisa sempre fora um nome que ela gostava.

— Não irei retrucar só porque estou muito feliz por estar aqui com você! — Johnny respondeu envolvendo-a num abraço.

— Você não vai ficar com raiva do papai, não é? — ela perguntou baixinho ainda abraçada a ele.

— Vamos combinar de resolver isso depois? — ele perguntou e ela permaneceu em silêncio.

Não queria que o irmão punisse o pai ou que ficasse com raiva dele, mas sabia que não lhe faltavam motivos para aquilo. Mas o irmão tinha razão, não era um momento propício para aquilo. Aquele era um momento para sorrisos, abraços, e se houvessem algumas lágrimas elas seriam de alegria, pois ela estava feliz de uma maneira que não se sentia há muito tempo. Da maneira que só as palavras de um pai acalmam, que só um abraço de um irmão protegem, da maneira que só uma verdadeira família pode deixar. E depois de tantos anos sua família estava completa. Com novos integrantes tão amados quantos os antigos. Com uma nova vida, um novo propósito, uma nova oportunidade.


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Notas finais do capítulo

O Ron não está no capítulo porque é um momento da Mione com a família dela, no próximo ele aparece pra dar o ar da graça, ok? haha
Espero que tenham gostado!
Nos vemos nos reviews... (Novos leitores sempre são bem-vindos)
Então é isso, até a próxima e beijinhooooos ❤️